Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Acadêmicos: Gabriel Adaltino Josiane Cordeiro Stelle Afonso Léia Silva Su Mariane de almeida Rodrigues 01 TRABALHO SOBRE MENINGITE PROF°: HELENO DE SOUSA FARIA 1 INTRODUÇÃO 02 As meningites são infecções do Sistema Nervoso Central (SNC), com acometimento das meninges e podem ter como causas uma variedade de microrganismos: vírus, bactérias, fungos, protozoários e helmintos. Seu prognóstico depende do diagnóstico precoce e do início imediato do tratamento. As doenças transmissíveis (DTs) constituem grandes problemas de saúde pública no Brasil, sendo responsáveis por elevadas taxas de morbidade e mortalidade em nosso meio. Os índices devem-se à associação de fatores sociais, políticos, econômicos e geográficos. Dentre as DTs, destaca-se a meningite, por representar uma das patologias mais preocupantes em nosso meio apesar das importantes melhorias feitas no diagnóstico. FISIOPATOLOGIA 03 A fisiopatogenia da meningite bacteriana aguda se inicia na nasofaringe, após a colonização, ocorre a replicação bacteriana no espaço subaracnóideo e há uma liberação de componentes bacterianos que atingem o endotélio cerebral, que vão desencadear um processo inflamatório com liberação de citocinas; Com o aumento da permeabilidade vascular há um edema vasogênico, inflamação do espaço subaracnóideo e um aumento da resistência ao fluxo liquórico; Esses eventos causam aumento da pressão intracraniana, redução do fluxo cerebral e perda da autorregulação cerebrovascular. SINAIS E SINTOMAS . As manifestações clínicas variam de acordo com a idade e a duração da doença e podem apresentar sintomas inespecíficos. As manifestações cutâneas mais comuns são petéquias, púrpura e exantema maculopapular; Podem apresentar febre, hipotermia, letargia, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória, fotofobia, anorexia, bradicardia, sinais de irritação meníngea como rigidez na nuca, dor lombar. No exame físico pode ser realizado o sinal de Brudzinski e Kernig. 04 CAUSAS 05 A meningite é um processo inflamatório das meninges que envolvem as duas membranas cerebrais (pia-máter e aracnoide) e o líquido cefalorraquidiano (LCR), podendo ser causado por diversos fatores, infecciosos ou não. O processo inflamatório não infeccioso pode ser desencadeado por substâncias químicas ou tumores. As de origem infecciosa, são causadas por bactérias e vírus, são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido à sua maior ocorrência; A meningite viral é a que aparece com maior frequência, entretanto a meningite bacteriana afeta principalmente lactentes, com uma alta mortalidade e morbidade, evolui de forma rápida e ocorre em grandes regiões de baixa situação econômico-social. Existem três principais agentes etiológicos causadores da meningite bacteriana: Neisseria meningitidis, Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae. A doença meningocócica, que tem como agente etiológico a Neisseria meningitidis (meningococo), caracteriza-se por uma infecção bacteriana aguda. Quando está na forma invasiva apresenta uma ou mais síndromes clínicas – a meningite meningocócica, que ocorre com maior frequência, e a meningococcemia, que é caracterizada como a forma mais grave. A análise laboratorial é uma ferramenta que auxilia no diagnóstico da meningite, confirmando os casos clínicos ou sugestivos de meningite. A análise se inicia pela contagem das células brancas do sangue periférico, sendo observada uma leucopenia; Entretanto, a cultura do sangue periférico não estabelece uma confirmação eficaz, pois, se o paciente tiver recebido um pré-tratamento com antibióticos, o rendimento das culturas diminui em torno de 20%; A cultura do LCR permanece como “padrão ouro” para o diagnóstico, permitindo a diferenciação entre as formas de meningite bacteriana e viral; Sendo assim, os principais exames para esclarecer diagnósticos suspeitos são: cultura, exame quimiocitológico do LCR, bacterioscopia direta, aglutinação pelo látex e reação em cadeia da polimerase. DIAGNÓSTICO 06 DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM 07 Risco para infecção Conhecimento insuficiente sobre a doença e tratamento Rigidez muscular da nuca Monitorar os sinais e os sintomas de infecções (calafrios, febre, ruídos respiratórios adventícios, dor) Verificar sinais vitais, atentando para temperatura, quando acima de 37,8ºC administrar antitérmico conforme indicado Avaliar normalização da Tax 30 minutos após administração do antitérmico Observar sinais de complicação (alteração no nível de consciência, alterações gustativa, auditivas, visuais, verbais táteis) Verificar o nível de conhecimento do paciente acerca do processo patológico Identificar os fatores motivadores no indivíduo Avaliar os resultados obtidos através de técnica de feedback Posicionar confortavelmente o pescoço do paciente com auxílio de um coxim Dar sustentação cervical durante os cuidados de enfermagem Administrar agentes farmacológicos quando necessário e observar a eficácia do mesmo 08 Realizar gavagem se indicado Propiciar mudança na dieta do paciente conforme indicado Pesar o paciente em jejum diariamente Estimular o paciente a escolher os alimentos que mais lhe agradam Proporcionar higiene oral antes e depois das refeições Monitorar sinais e sintomas de anemia (palidez, fraqueza, fadiga...) Monitorar a contagem de eritrócitos Emagrecimento Dor aguda nas regiões lombar, cervical e cabeça Administrar analgésico e corticóide conforme indicado Avaliar alívio da dor 30 minutos após administração de analgésico Proporcionar ambiente calmo e confortável Auxiliar nas atividades de autocuidado (banho, troca de roupa, alimentação). Risco para tegumento interrompido Manter uma rígida higiene da pele usando sabão neutro Secar suave e completamente a pele Lubrificar a pele do paciente utilizando soluções emolientes Massagear saliências ósseas suavemente e evitar fricção quando movimentar o paciente Promover mudança de decúbito em horários regulares Manter roupas de cama secas sem rugas e sem dobras Examinar as superfícies pontos de pressão da pele Remover roupa de cama ou do paciente quando molhada DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM TRATAMENTO 8 TRATAMENTO 09 Mesmo sendo desconhecida a real causa da meningite, deve-se iniciar o tratamento com antibioticoterapia. Na pediatria, são utilizados como antibiótico de escolha, a ampicilina, ou penicilina e ceftriaxona. Em adultos também é utilizado ceftriaxona. É de extrema importância o cuidado clínico com todos os contatos próximos do paciente, sendo assim iniciada a quimioprofilaxia com o medicamento rifampicina dentro de 48 horas, considerando o tempo de incubação do patógeno. No caso dos profissionais de saúde que entraram em contato com o paciente, será necessário a quimioprofilaxia em profissionais, quando o mesmo manusear equipamentos invasivos nos pacientes em questão, ou que não tomaram os devidos cuidados no manuseio do paciente, já os que participam da triagem hospitalar não se faz necessária a profilaxia. Por mais que tenhamos um tratamento medicamentoso, a meningite deixa sequelas, principalmente o portador menor de 12 meses de idade, assim, as sequelas neurológicas são diversas e que fogem do plano assistencial hospitalar. CONCLUSÃO 10 As meningites são infeções potencialmente graves, afetando uma população atualmente que se encontra em baixa situação econômico-social, principalmente lactantes e crianças de até 5 anos. Atualmente no Brasil a meningite é uma doença endêmica, ou seja, está presente por todo país com alguns surtos, a taxa de incidência tem diminuído nos últimos anos, porém ainda a maior prevalência são casos em crianças. A epidemiologia tem um fundamental papel na vigilância dessa doença, a meningite é monitorada a partir de dados do comunidade e a notificação compulsória é obrigatória em todo o país. A prevenção da meningite é a vacina que está Calendário Básico de Vacinaçãoda Criança do Programa Nacional de Imunização (PNI/MS), sendo iniciada entre os 3 e 5 meses de vida, há um reforço no 12 mês de vida, nos adolescentes a vacina está disponível para idades entre 12 e 13 anos. A enfermagem desempenha um importante papel na prevenção da meningite, desde a monitorização de casos na atenção primária, secundária ou terciária, e assistencialmente, as ações melhoram o padrão do paciente para que não ocorra eventos mais graves da doença ou iatrogenias relacionadas. REFERÊNCIAS 11 Ministério da Saúde; Guia de Vigilância epidemiológica. Volume 1. 1ª Edição atualizada. Brasília - DF . 2017 DA SILVA, Maria Izabel Leite; MARQUES, Rosa Rita da C. DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM EM PACIENTES COM MENINGITE: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM. Revista de Ciências da Saúde Nova Esperança, v. 3, n. 2, p. 84-94, 2005. TEIXEIRA, Andrea Bessa; etc al . Meningite bacteriana: uma atualização. Revista Brasileira de Análises Clínicas. Fortaleza – CE. 2018 Disponível em: Meningite bacteriana: uma atualização - Revista RBAC ANTONIUK, Sérgio A. et al . Meningite bacteriana aguda na infância: fatores de risco para complicações agudas e sequelas. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre , v. 87, n. 6, p. 535-540, Dec. 2011 .
Compartilhar