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Resumo Asma

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Aula Prof. Ana Carolina 
 
1 Letícia Marques- P6 
ASMA 
CARACTERÍSTICAS 
• Pode ser controlada, mas não curada → doença 
crônica; 
• Presença de: 
✓ Sibilos; 
✓ Dispnéia; 
✓ Opressão torácica (sensação de aperto no 
peito); 
✓ Tosse. 
 
• Variação de fluxo expiratório: o fluxo expiratório vai 
estar alterado devido: 
✓ Broncoespasmo; 
✓ Edema de via aérea; 
✓ Muco presente na via aérea. 
 
• A crise é desencadeada ou piorada por infecções 
virais, alérgenos, cigarro, exercício ou estresse; 
Diferença principal de asma x DPOC: asma responde 
muito bem a dilatador, enquanto a DPOC não 
responde. Além disso, pacientes com DPOC tem crises 
todos os dias. 
DEFINIÇÃO 
• Doença heterogênea caracterizada por inflamação 
crônica em via aérea; 
 
• Definida pela história de sintomas respiratórios 
como sibilos, dispnéia, opressão torácica e tosse, 
que variam com o tempo e em intensidade, 
associado com limitação variável de fluxo 
expiratório. 
ETIOLOGIA 
FATORES DO HOSPEDEIRO 
• Genética (genes que predispõe atopia, 
hiperrresponsividade aérea e inflamação); 
• Obesidade – porque esse fator leva o paciente a ter 
estado hiperinflamatório; 
• Sexo – masculino (2:1). 
FATORES AMBIENTAIS 
• Alérgenos 
o Caseiros: ácaros, animais peludos (gatos, 
cachorros, ratos), baratas, fungos, mofos, 
ferment. 
o Ambiente externo: pólens, mofo 
• Sensibilização ocupacional a alérgenos (trigo, 
roedores de laboratório, pinturas) – o indivíduo que 
nunca teve asma, mas quando exposto a 
determinados agentes entra em crise; 
• Infecções (virais) – sobretudo em lactentes; 
• Microbioma – flora intestinal interfe no quanto o 
indivíduo está exposto a alérgenos; 
• Tabaco 
o Tabagismo passivo 
o Tabagismo ativo 
• Poluição; 
• Dieta; 
• Paracetamol – alguns estudos relatam que 
gestantes que usaram paracetamol durante a 
gravidez, o bebê pode desencadear asma; 
• Stress. 
INFLAMAÇÃO 
• Existe a inflamação aguda, se não tratada, ela pode 
se transformar em crônica; 
• A inflamação crônica leva a destruição da via 
aérea. Quando isso ocorre, as células da via área 
são substituídas por outro tipo que não possuem 
quase que nenhuma função 
- Ex.: a musculatura lisa, que tem função de contrair 
a via aérea ou relaxar, é substituída por 
miofibroblastos, que não terá mais nenhuma 
funcionalidade; 
• O paciente pode ter um remodelamento de via 
aérea (substituição de um tecido bom para um que 
não responde ao tratamento). Essa limitação, que 
antes era variável, vai se transformar em fixa; 
• Inflamação aguda → inflamação crônica → 
remodelamento de vias aéreas. 
• Deve-se evitar que o paciente tenha essa 
progressão, assim, deve-se iniciar o tratamento 
ainda na inflamação aguda. 
CÉLULAS ENVOLVIDAS NA INFLAMAÇÃO: 
• Mastócitos → liberam, principalmente, histamina, 
leucotrienos e prostaglandina D2. Desencadeia a 
inflamação; 
• Eosinófilos → liberam proteínas, leucotrienos, 
fatores de crescimento, além de algumas 
substâncias que conferem resistência para 
corticoesteroides; 
 
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- Ativação: o IgE se liga ao antígeno, ativa todos 
os fatores que se encontram dentro do mastócito, e 
os liberam no ambiente. O principal mediador 
inflamatório liberado é a histamina. 
CÉLULAS MEDIADORAS DA ASMA: 
• Músculo liso → na inflamação, está aumentado 
em número (hiperplasia) e tamanho (hipertrofia). A 
força do músculo liso de pacientes com asma é 
maior; 
• Fibroblastos e miofibroblastos → células do 
tecido conectivo que vão substituir as células 
normais. 
- Célula epitelial: será substituída por fibroblasto; 
- Célula do músculo liso: será substituída por 
miofibroblasto. 
• Fibras colinérgicas → cobertas pela mucosa, 
assim, quando tem inflamação dessa mucosa ela 
fica exposta. Podem ser estimuladas (vento, 
alérgenos, mediadores inflamatórios), estimulando 
a bronconstricção e a produção de muco. 
MEDIADORES INFLAMATÓRIOS: 
• Leucotrienos → agentes usar os anti-leucotrienos; 
• Histamina → contribui para bronconstricção e para 
resposta inflamatória. 
ESTREITAMENTO DA VIA AÉREA 
Acontece através de: 
• Contração do músculo liso - broncoespasmo 
• Edema; 
• Remodelamento; 
• Secreção de muco. 
• Hiperreatividade 
O paciente asmático tem, principalmente, dificuldade 
para expelir o ar. Assim, o sibilo expiratório é mais 
característico. 
 
FATORES DESENCADEANTES 
AEROALÉRGENOS: 
• Ácaros – mais comuns no Brasil; 
• Fungos; 
• Baratas; 
• Animais – gatos, cães, hamster; 
• Polens; 
• Ocupacionais: trigo, poeira de madeira, látex, 
detergentes. 
IRRITANTES E POLUENTES: 
• Intradomiciliares: fumaça de cigarro, poluentes 
ambientais; 
• Extra-domiciliares: ozônio, óxidos de nitrogênio, 
dióxido de enxofre. 
DIAGNÓSTICO 
 
• Sintomas respiratórios típicos da asma – dispneia, 
opressão torácica, tosse e sibilo 
- Se não: procurar outros diagnósticos e tratá-lo; 
- Se sim: realizar anamnese completa e fazer os 
primeiros exames para diagnosticar asma. 
 
• Exames solicitados: 
- Não compatíveis com asma: procurar outro 
diagnóstico e fazer o tratamento de acordo com o 
achado; 
- Compatível com asma: realiza a espirometria. 
 
• Espirometria: 
- Não compatível com asma: repetir em outra 
ocasião a espirometria, se realmente for não, faz o 
tratamento para outro diagnóstico; 
- Compatível com asma: tratamento da asma. 
 
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• Se durante essa investigação, de suspeita positiva 
para asma, e o paciente evoluir para uma urgência 
clínica e outros diagnósticos (DPOC, ou outros) → 
não espera a espirometria, já realiza o tratamento 
para a asma. 
 
É asma: 
• Mais de um sintoma (sibilância, dispnéia, tosse e 
opressão torácica); 
• Sintomas pioram a noite ou pela manhã; 
• Sintomas variam com o tempo e em intensidade – 
não é fixo; 
• Sintomas causados por infecções virais, exercício, 
alérgenos, mudanças no tempo, gargalhadas, 
irritantes como cigarro e cheiros fortes. 
Não é asma: 
• Tosse isolada sem outros sintomas; 
• Escarro crônico; 
• Dispneia associada a tonturas e parestesias; 
• Dor torácica; 
• Dispnéia induzida por exercício com estridor 
inspiratório. 
FENÓTIPOS 
ASMA ALÉRGICA 
• Fenótipo mais reconhecido; 
• Início na infância; 
• Associado a história pessoal e/ou familiar de atopia; 
• IL- 4, IL-5, IL-13; 
• O exame do escarro induzido, antes do tratamento, 
deve revelar uma inflamação eosinofílica; 
• Normalmente, respodem bem ao tratamento com 
corticoiesteróide inalado. 
ASMA NÃO ALÉRGICA 
• Comum em adultos e não é associada à alergia 
• O exame do escarro induzido revela uma 
neutrofilia, eosinofilia ou conter apenas algumas 
células inflamatórias (paucigranulócitos). 
• IL 8, IL 17, IL 23; 
• Geralmente, correspondem menos aos corticoides 
inalatórios. 
ASMA DE INÍCIO TARDIO 
• Alguns adultos, principalmente mulheres, 
desenvolvem asma, pela primeira vez, na vida 
adulta; 
• Tendem a não ser alérgicos e necessitam de doses 
maiores de corticoides inalatórios ou são refratários 
a esse tratamento. 
ASMA ASSOCIADA A LIMITAÇÃO FIXA DE 
FLUXO AÉREO 
• Alguns pacientes com asma de longa data 
desenvolvem limitação de fluxo aéreo, 
provavelmente, devido a remodelação das 
paredes da via aérea. 
ASMA ASSOCIADA A OBESIDADE 
• Alguns pacientes obesos possuem sintomas 
respiratórios proeminentes e pouca inflamação 
eosinofílica; 
• Inflamação persistente devido a leptina, IL 1, IL 6, 
TNF e PCR; 
• Fatores mecânicos pela adiposidade; 
• Volume de reserva expiratório (VRE) diminuído. 
EXAME FÍSICO 
• Geralmente normal ou sibilos; 
• Outras condições causam sibilos: 
✓ Infecções respiratórias; 
✓ DPOC; 
✓ Disfunção de via aérea; 
✓ Obstrução endobronquial; 
✓ Aspiração de corpo estranho; 
➢ Nessas condições, o sibilo será unilateral, na 
asma é sempre universal. 
• Tórax silencioso– mais perigoso; está muito 
obstruído que não consegue passar ar pelo 
pulmão; os brônquios estão colabados; 
EXAMES 
LABORATORIAIS 
• Hemograma (pesquisa de eosinofilia); 
• Testes cutâneos in vivo: 
✓ Puntura; 
✓ Intra-dérmicos. 
• Testes in vitro: 
✓ Determinação da IgE total; 
✓ Determinação da IgE específica. 
EXAME RADIOLÓGICO 
• Se o paciente estiver entre as crises, o raio-x pode 
vir normal; 
 
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• O raio-x é pedindo para diagnósticos diferenciais de 
asma. 
• Paciente em crise, pode ter: 
✓ Retificação de arcos costais- hiperinsuflação 
✓ Infiltrado inflamatório – produção de muco no 
pulmão que pode aparecer no raio-x; 
- 
ESPIROMETRIA: 
• Confirmação diagnóstico para asma; 
• Realiza a partir de 7 anos de idade, pois é quando 
o paciente consegue realizar; 
• Consiste em um aparelho (espirômetro), na qual 
está ligado ao paciente. Ele respira (sopra) nesse 
aparelho, que quantifica o fluxo de ar em mL; 
- Ao soprar, o volume que está no pulmão é 
colocado quase todo para fora, assim, o aparelho 
quantifica. 
- Devido a asma ser uma doença que tem 
dificuldade de expiração, o volume final vai ser 
menor que o esperado para idade e tamanho do 
paciente, bem como, o fluxo de ar será menor. 
• Capacidade vital forçada (CVF) – volume máximo 
que conseguiu expelir, no tempo máximo. 
• Volume expiratório forçado (VEF1) – volume 
expiratório forçado no primeiro 1s; 
• 70-80% do volume total é expirado no primeiro 
segundo. 
 
CURVA DE VOLUME X TEMPO: 
• Dá o CVF. Ex.: no tempo máximo o paciente 
conseguiu expelir 500mL. CVF = 500mL. 
• O volume de ar que paciente asmático consegue 
colocar para fora é bem que nos pacientes sem a 
doença; 
• O uso de broncodilatador melhor a curva. 
 CURVA DE FLUXO X VOLUME 
• O paciente puxa ar do pulmão, quando ele começa 
a soprar, faz um pico de fluxo. Esse pico é menor 
em pacientes asmáticos; 
• Fluxo respiratório e volume de ar estarão 
diminuídos em asmáticos; 
• Administra broncodilatador para que melhore o pico 
de fluxo que ele faz. 
LIMITE DO FLUXO AÉREO VARIÁVEL 
Confirmar limitação de fluxo aéreo: 
• VEF1/CVF está reduzido ou normal: 
- Normal: quando VEF1 e CVF estiverem 
ambos baixos, dará um valor dentro do 
padrão da normalidade; 
- Reduzido: quando VEF1 está muito abaixo 
em relação ao CVF. 
• VEF1 reduzido – devido a obstrução do fluxo 
aéreo; 
 
Corresponde a normalidade, quando abaixo 
disso tem a limitação do fluxo aéreo. 
Confirmar variação do fluxo: 
• Reversibilidade com broncodilatador. Aumento do 
VEF1, tem que melhorar >12% e esses tem que 
corresponder a >200mL; 
• Quando o pico de fluxo aéreo varia 20% nas 
medidas diárias, dessa forma, não precisa da 
espirometria para afirmar a variação do fluxo; 
• Se não tiver o broncodilatador para mostrar a 
variação de fluxo → realiza a espirometriado e 
depois observa o aumento do VEF1 ou PFE após 
4 semanas de tratamento com corticoide. 
PICO DE FLUXO EXPIRATÓRIO: 
• O PFE representa o fluxo máximo gerado durante 
uma expiração forçada, realizada com a máxima 
intensidade; 
• Mede a velocidade e a força em L/min; 
• Objetivo: correlacionar as medidas do volume 
expiratório forçado (VEF) com o PFE; 
 
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• Não deve ser o único parâmetro utilizado ra 
paasmático; 
• Normal > 90%; 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Anel vascular; 
• Fístula traqueoesofágica; 
• Distúrbios de deglutição; 
• Infecções; 
• Bronquiectasias; 
• Bronquiolite obliterante; 
• Carcinoma brônquico; 
• DPOC; 
• DRGE; 
• Aspiração de corpo estranho; 
• Síndrome de Löeffler- pneumonia eosinofílica- 
verme 
• Obstrução das vias aéreas altas; 
• Disfunção de cordas vocais; 
• Discenesia laríngea; 
• Fibrose cística; 
• Imunodeficiências. 
TRATAMENTO DE CONTROLE 
• Objetivos: controle dos sintomas (corticoide) e 
redução do risco de entrar na crise asmática 
(broncodilatador); 
• Seguindo o ciclo 
✓ Avaliar; 
✓ Ajustar tratamento (farmacológico e não-
farmacológico); 
✓ Checar a resposta. 
 
• Ensine e reforce habilidades essenciais: 
✓ Técnica no uso da medicação; 
✓ Aderência ao tratamento; 
✓ Automedicação guiada; 
o Plano de ação escrito para Asma; 
o Monitorização; 
o Reavaliação médica frequente. 
MANEJO CLÍNICO DA ASMA 
Avaliar: 
• Diagnóstico; 
• Controle de sintomas e fatores de risco; 
• Técnica e aderência ao tratamento. 
Ajustar o tratamento: 
• Medicações de Asma; 
• Estratégias não-farmacológicas; 
• Tratar fatores de risco modificáveis. 
Checar resposta: 
• Sintomas; 
• Exarcebações; 
• Efeitos colaterais; 
• Satisfação; 
• Função pulmonar - espirometria. 
QUESTIONÁRIO DE CONTROLE DA ASMA 
(ACQ) 
A pontuação varia de 0-6 (quanto maior, pior): 
• 00-0,75 asma bem controlada; 
• 0,75-1,5: “zona cincenta”; 
• >1,5: asma mal controlada. 
TESTE DE CONTROLE DA ASMA (ACT) 
As pontuações variam de 5-25 (quanto maior, melhor): 
• 20-25: asma bem controlada; 
• 16-19: asma parcialmente controlada; 
• 5-15: asma muito mal controlada; 
• Avaliar após alguns meses de tratamento; 
• A gravidade não é estática 
 
 
 
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• Não controlado → avaliar se está fazendo a 
técnica correta, caso esteja correta, aumentar a 
dose do remédio; 
• Parcialmente controlado → avaliar se a técnica 
está correta. Geralmente, corrige a técnica e o 
paciente melhora; 
• Bem controlado → se for controlada por um 
tempo prolongado, pode diminuir a medicação. 
TRATAMENTO EM DEGRAUS 
STEP 1 : Dose baixa de CI e formoterol quando 
necessário. 
Se tiver muito sintima, já começa no STEP 3 ou 4. 
 
Step 1: 
• Paciente com crise de asma 1x por ano; 
• Consegue dormir direito; 
• Não tem sintoma durante exercício físico; 
• Tratamento de escolha: uso de beta2-agonista na 
crise; 
• Não tem medicação de controle; 
• Provavelmente a inflamação no pulmão é fraca. 
Paciente em crise 1x por ano, mas quando está na 
crise vai para UTI → considerar uso de corticoide 
inalatório em doses baixas; 
 
Step 2: 
• Paciente em crise 1-2x por mês; 
• 1º opção de tratamento: corticoide inalatório em 
dose baixa; 
• 2º opção de tratamento: antileucotrieno ou dose 
baixa de teofilina. 
 
Step 3: 
• Apesar de uso de corticoide, o paciente ainda 
apresenta sintomas; 
• 1º opção de tratamento: dose baixa de corticoide 
inalatório + beta2-agonista de longa duração; 
• 2º opção de tratamento: dose média/alta de 
corticoide inalatório OU dose baixa de corticoide 
inalatório + antileucotrieno. 
 
Step 4: 
• 1º opção de tratamento: dose média/alta de 
corticoide inalatório + beta2-agonista de longa 
duração; 
• 2º opção de tratamento: dose alta de corticoide 
inalatório + Tiotropium + antileucotrieno; 
 
Step 5: 
• Encaminhar para atendimento especializado. 
• Tratamento temporário: dose baixa de corticoide 
sistêmico; - Prednisona V. 
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE DA ASMA 
 
Asma leve: 
• Bem controlada com as etapas 1 ou 2 do GINA 
(SABA ou CI) 
 
Asma moderada: 
• Bem controlada com a etapa 3 (dose baixa de 
CI/LABA). 
 
Asma grave: 
• Requer as etapas 4/5 para controlar a asma do 
paciente (dose alta de CI/LABA + tratamento 
adjuvante); 
• Ou continua não controlada apesar do 
tratamento. 
MEDICAMENTOS UTILIZADOS PARA 
CONTROLE DE ASMA 
CORTICÓIDE INALATÓRIO 
 
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Crianças 6-11 anos: 
 
 
 
 
 
Adolescentes > 12 anos e adultos: 
 
Baixa dose para crianças menores ou = a 5 anos: 
 
No SUS está disponível o Beclametasona (HFA) e 
Budesonida (em casos mais graves). 
BRONCODILATADORES 
• Metilxantinas – em desuso; 
• Salbutamol – Aerolin; 
• Fenoterol – Berotec; 
• Nunca usar beta2-agonista de forma isolada para 
tratamento de controle. 
ANTILEUCOTIRENOS 
• Aumentam a secreção de muco, diminuio 
transporte de muco e libera a proteína reativa que 
vai causar dano celular. 
• Trata a asma, mas não tem mesmo efeito que o 
corticoide, sendo o corticoide melhor para 
tratamento de asma. 
• Montelucaste sódico. 
MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS 
• Evitar exposição à fumaça de cigarro - Fornecer 
aconselhamento e recursos para que os pacientes 
parem de fumar; recomendar não expor crianças à 
fumaça de cigarro (em casa, no carro); 
• Atividade física - Praticar regularmente uma 
atividade física devido aos benefícios para a saúde 
em geral. Oferecer aconselhamento sobre 
broncoconstrição induzida pelo exercício; 
• Asma ocupacional - Perguntar sobre histórico 
laboral. Eliminar os agentes sensibilizantes o mais 
rápido possível; 
• Evitar medicações que possam agravar a asma - 
Perguntar sempre se o paciente tem asma antes de 
prescrever AINES ou betabloqueadores; 
• Eliminar a umidade e mofo nas casas - Reduz 
sintomas de asma e uso de medicação em adultos. 
INALADORES 
• Inalador a jato - Aerossol – são “as bombinhas”. 
Devem ser usadas com espaçador (melhora a 
deposição pulmonar e diminui a incidência de 
efeitos colaterais, pois é capaz de filtrar as 
partículas que se depositam na orofaringe). 
- Utiliza espaçador + máscara → pcts < 7 anos. 
Agita a bombinha, acopla no espaçador e coloca a 
máscara na fase da criança, ativa o jato e conta de 
7 a 10 respirações. 
- Utiliza apenas espaçador → pcts > 7 anos, pois 
consegue puxar e prender a respiração. Agita a 
bombinha, acopla no espaçador, pct coloca o ar 
para fora, coloca o espaçador na boca, ativa o jato 
e puxa, prende a respiração por 10s. 
- Recomenda-se 4 jatos → faz 1º jato e prende por 
10s ou 7-10 respirações, o mesmo fazer com os 
outros 3; 
• Inaladores spray, a pó, a jato 
 
CRISE ASMÁTICA 
MANEJO NA EMERGÊNCIA 
• Avaliação inicial: 
✓ A – via aérea; 
✓ B – respiração; 
✓ C – circulação. 
• Ver se está presente – sonolência, confusão, 
tórax silencioso. Se um desses tiver presente: 
✓ Solicitar manejo na UTI; 
✓ Iniciar broncodilatador de curta duração; 
✓ Dar oxigênio; 
✓ Preparar intubação. 
 
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• Se fizer o ABC e ver que nenhum desses 
sintomas estiver presente: 
✓ Avaliação clínica completa de acordo com o 
achado mais grave; 
Leve ou moderada: 
✓ Fala frases completas; 
✓ Prefere posição sentada ao deitada; 
✓ Sem agitação; 
✓ Aumento da frequência respiratória; 
✓ Musculatura acessória não utilizada; 
✓ FC 100–120 bpm; 
✓ Saturação de O2 (aa) 90–95%; 
✓ PFE >50% do previsto ou maior. 
✓ Tratamento: Beta2-agonista de curta duração; 
Considerar brometo de ipratrópio – não é 
obrigatório; O2 para manter SatO2 93–95% 
(crianças 94-98%); Corticóide oral. 
 
Grave: 
✓ Fala palavras; 
✓ Senta inclinado para frente; 
✓ Agitado; 
✓ FR >30 ipm; 
✓ Usa musculatura acessória; 
✓ FC >120 bpm; 
✓ Saturação de O2 (aa) < 90%; 
✓ PFE ≤50% do previsto; 
✓ Tratamento: Beta2-agonista de curta duração; 
Adicionar brometo de ipratrópio; O2 para manter 
SatO2 93–95% (crianças 94-98%); Corticóide oral; 
Considerar sulfato de magnésio EV; Considerar 
alta dose de corticóide inalatório. 
TRATAMENTO INICIAL DA ASMA AGUDA 
 
• Medicamento mais importante para dar alta ao 
paciente o mais rápido possível é o oxigênio; 
• Salbutamol – spray, jato ou nebulizador (fazer 3 
nebulizações ou 3 doses em 1 hora – 
geralmente, intervalos de 20 min); 
• Prednisolona (1-2mg/kg)- sempre preferir o VO, 
efeito é o mesmo; 
• Opções adicionais na primeira hora: 
- Brometo de ipratrópio – em crises moderadas 
a graves. Dar 3 jatos ou 3 nebulizações a cada 
20 minutos por 1 hora; 
- Sulfato de magnésio – pode fazer EV. Usar em 
exarcebações graves. Nebulizar com solução 
isotônica – 3 doses em 1 hora. Potente 
broncodilatador. 
OBS:Se após realizar esse tratamento, o paciente 
mostrar piora progressiva → tratar como crise grave e 
encaminhar para UTI. 
 
ERROS E DEFICIÊNCIAS MAIS COMUNS 
DURANTE O TRATAMENTO NO PRONTO-
SOCORRO 
• História e exame físicos inadequados; 
• Não usar Peak Flow; 
• Não identificação de asma de risco; 
• Usar aminofilina como tratamento principal – não 
usa mais hoje em dia; 
• Subdoses de Salbutamol ou grande intervalo entre 
as doses; 
• Técnica de inalação inapropriada; 
• Demora na administração de corticosteróides. 
• Na alta: 
✓ Liberação precoce do PS; 
✓ Falta de orientação da técnica de uso dos 
aerossóis; 
✓ Não orientação sobre retorno à emergência se 
necessário; 
✓ Não prescrição de prednisona ou equivalente; 
✓ Não encaminhamento dos casos graves aos 
serviços especializados.

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