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@medinspira Doença inflamatória crônica que leva à uma hiperresponsividade de via aérea e à uma limitação variável ao fluxo aéreo; MAPA DA ASMA Países mais acometidos: Brasil > 10% da população com asma; mais comum em crianças (24,3%) DEFINIÇÃO Doença crônica que se caracteriza por: Inflamação das vias aéreas, principalmente por mastócitos, eosinófilos, linfócitos e neutrófilos, levando a várias alterações morfológicas do brônquio, inclusive descamação epitelial; A inflamação provoca hiperresponsividade brônquica a uma série de estímulos que resultam em sintomas; Episódios repetidos de sibilância, dispneia, aperto no peito e tosse, especialmente à noite; Sintomas associados à limitação ao fluxo aéreo variável e reversível espontaneamente ou com tratamento; CONCEITO Clínica: tosse, chiado, dispneia recorrente; Função: hiperresponsividade das vias aéreas; obstrução com resposta ao broncodilatador; Anatomopatológico: inflamação das vias aéreas; DENOMINAÇÕES POPULARES Como é denominada: bronquite asmática; bronquite alérgica; hiper-reatividade brônquica; “Independentemente de como seja denominada, o importante é o reconhecimento da INFLAMAÇÃO CRÔNICA DAS VIAS AÉREAS.” A inflamação é decorrente de: Fatores de risco; Hiperresponsividade de via aérea; Obstrução (sintomas); PATOGÊNESE Um alérgeno que vai estimular células do sistema imunológico, principalmente os mastócitos, linfócitos TCD4 e eosinófilos, que irão aumentar a descarga de muco pelas células caliciformes, causando broncoconstricção e hiper-reatividade, que pode gerar uma fibrose subepitelial; Graus de inflamação: Inflamação aguda; Inflamação crônica; Remodelamento das vias aéreas; Obs.: na inflamação aguda e crônica o quadro é reversível, a partir do momento em que se tem fibrose e remodelamento das vias aéreas passa-se a ser irreversível. DPOC: uso prolongado e crônico de cigarro, vai estimular macrófagos, células epiteliais, linfócitos CD8 e neutrófilos, que irão causar obstrução e pequenas vias aéreas e destruição alveolar; Tanto a asma quanto o DPOC, irão causar limitação ao fluxo aéreo, a diferença é que a asma é um quadro reversível; FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO E A EXPRESSÃO DA ASMA Fatores ligados ao hospedeiro: genéticos (atopia, hiperresponsividade brônquica), obesidade e gênero; Fatores ligados ao ambiente: alérgenos domésticos (ácaros) e externos (pólens), infecções (principalmente @medinspira virais), ocupacionais, tabagismo, ativo e passiva, poluição atmosférica, dieta; LOCALIZAÇÃO DA INFLAMAÇÃO A inflamação na asma está presente nas vias aéreas: centrais (grandes vias aéreas; > de 2mm de diâmetro), periféricas (pequenas vias aéreas; < de 2mm de diâmetro). ANATOMIA Qual o papel das pequenas vias aéreas? Correspondem a cerca de 80% da superfície pulmonar; A inflamação é mais grave nas pequenas vias aéreas; Podem atuar como “depósito” de mediadores inflamatórios e provocar sintomas; Para controle adequado dos sintomas e da inflamação, é importante que o medicamento também atinge pequenas vias aéreas; ASMA COMO DOENÇA SISTÊMICA Características inflamatórias pulmonares estão presentes no nariz, pele e medula óssea; Cerca de 70% dos pacientes com asma também apresentam sintomas de rinite alérgica; Os eosinófilos infiltram os tecidos afetados na asma, rinite alérgica e dermatite atópica; POSSÍVEIS MECANISMOS QUE CONECTAM AS VIAS AÉREAS SUPERIORES E INFERIORES (ASMA + RINITE ALÉRGICA) Drenagem pós-nasal de material inflamatório para as vias aéreas inferiores; Ativação de reflexos brônquicos nasofaríngeos; Mudança da respiração nasal pela bucal; Absorção de mediadores provenientes do processo inflamatório no nariz ou nos seios paranasais pelas vias aéreas inferiores; Fatores que exacerbam a asma: alérgenos, infecções respiratórias, exercício e hiperventilação, mudanças climáticas, dióxido de enxofre, alimentos, aditivos e drogas; MECÂNICA RESPIRATÓRIA Fluxo de ar: variação do volume, ligado à resistência; Volume: ligado à complacência (capacidade do pulmão de se distender); Pressão: relaciona-se às duas anteriores; Limitação ao fluxo/resistência Lei de Pouseuille: R = 8 n l π r4 Resistência é proporcional ao raio da via aérea. Ex: Caso tenha um bronquíolo normal com 2mm, caso diâmetro caia pela metade e vá para 1mm, que dizer que o raio caiu pela metade e isto afirma que a resistência aumenta a quarta potência desse raio. Ou seja o paciente terá uma resistência 16 vezes maior caso o raio de uma via aérea caia pela metade, com isso a ventilação fica muito ruim. TERMINOLOGIA DOS VOLUMES PULMONARES Capacidade pulmonar total: se divide em volume residual, volume de reserva expiratória (expiração forçada), volume corrente (volume de inspiração e expiração basal), volume de reserva inspiratória (inspiração forçada); @medinspira Capacidade vital: inspiração e expiração forçada; Capacidade pulmonar total = capacidade vital + volume residual; TRAÇADO NORMAL: VOLUME X TEMPO A Curva é avaliada em espirometria, paciente faz uma expiração forçada o mais rápido possível; Um paciente que possui uma capacidade vital (CVF) de 5L consegue no primeiro segundo da expiração forçada (VEF1) 4L; Se o paciente tiver um VEF1 diminuído, quer dizer que o paciente demora muito tempo para expirar o ar mesmo que ele esteja fazendo força; MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Chiado/sibilo Dispneia: paroxística, exercício Sensação de aperto torácico Tosse: seca e produtiva Cianose Asma? Pensar em pacientes que apresentam: Episódios recorrentes de sibilos Tosse seca noturna Tosse ou sibilo pós-exercício Tosse, sibilo ou aperto no peito após exposição a alérgenos ou poluentes; Resfriados deixam o “peito carregado” ou demoram a melhorar; DIAGNÓSTICO História e padrões de sintomas; Medidas de função pulmonar (espirometria e pico de fluxo expiratório); Medidas da hiper-reatividade brônquica; Medidas do “status” alérgico para identificar fatores de risco; Outras: idosos, menores de 5 anos; ESPIROMETRIA Realizar com o espirômetro: paciente veda o nariz para não ter perdas de volume, realiza uma inspiração forçada e segura o ar, acopla o espirômetro vedando com dentes e lábios e por fim realiza uma expiração forçada rápida (realizar 3 vezes para melhorar acurácia do exame); ESPIROMETRIA - CURVA VOLUME X TEMPO NA ASMA @medinspira Paciente com resistência aumentada devido à um raio diminuído; dificuldade de troca de gases. AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA ASMA Gravidade: intensidade intrínseca do processo da doença; Controle da asma: grau pelo qual as manifestações da doença são minimizadas e os objetivos do tratamento atingidos e mantidos; Resposta ao tratamento: facilidade pela qual o controle é atingido; CLASSIFICAÇÃO Classificar o paciente sempre pela manifestação de maior gravidade; CONTROLE DA ASMA Controle das limitações clínicas atuais, como sintomas mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite, necessidade reduzida de medicação de alívio dos sintomas; ausência de limitação das atividades físicas; Reduzir riscos futuros, definido por: instabilidade/piora, exacerbações, perda da função pulmonar, efeitos adversos do tratamento; • Com base nesses parâmetros, a asma pode ser classificada em controlada, parcialmente controlada e não controlada; • A avaliação do controle, em geral, é feita em relação às últimas 4 semanas; • A gravidade da asma refere-se à quantidade de medicamentos necessária para atingir o controle, refletindo uma característica intrínseca da doença e que pode ser alterada lentamente com o tempo Os fatores que influenciam a resposta ao tratamento da asma incluem: • Diagnóstico incorreto; • Falta de adesão; • Uso de drogas que podem diminuira resposta ao tratamento (anti-inflamatórios não esteroidais e β-bloqueadores); • Exposição domiciliar (por exemplo, poeira ou fumaça); • Exposição ocupacional; 1. A exposição ambiental (por exemplo, poeiras e poluição), domiciliar (como queima de biomassa, ácaros, alérgenos de barata e pelo de animais) ou ocupacional (como alergias a látex, agentes de baixo peso molecular e material de limpeza) são fatores importantes associados à dificuldade de controle da asma. 2. A exposição ocupacional pode ser a causa da asma (asma ocupacional). 3. Nesse sentido, é importante investigar cada paciente em relação às exposições associadas e, quando identificadas, essas devem, se possível, ser eliminadas (especialmente na asma ocupacional) ou minimizadas • Tabagismo; • Outras comorbidades. TRATAMENTO Broncodilatadores: ação rápida (SABA); longa duração (LABA) Corticoides: inalatórios, sistêmicos Anti-leucotrienos Xantinas Anti-IgE @medinspira (Broncodilatadores) Ação rápida: Inalatório melhor que oral: menos efeitos colaterais 5-15 min após administração Duração curta: 2h SABA β2 agonistas (fenoteral/terbutalina/ salbutamol) Anticolinérgico: brometo de ipratrópio São medicamentos de “resgate” Longa duração: LABA – β2 – agonistas de longa duração (até 12h): salmeterol (ação em 30min), formoterol (ação em 5 min), bambuterol (dose única, mas tem mais efeitos sistêmicos); Anticolinérgicos: tiotrópio ($$$), estudos recentes; (Corticoides) Sistêmicos: Injetáveis vs. orais – sem diferença clínica; preferível oral; Preferíveis nas exacerbações Baixa dosagem Curso rápido (7 a 10 dias): evitar usar mais que 10 dias! Casos relacionados para uso crônico Inalatórios: Primeira escolha para asma persistente Uso contínuo Menor dose que consiga controle Doença inflamatória = anti-inflamatório Monolíase oral: efeito adverso Crescimento na infância: não atuam muito Menos efeitos colaterais: menos absorção sistêmica Pó, aerossol, nebulização (Antagonistas dos leucotrienos) Úteis como substitutos dos LABA ou adicional Pode ser útil e lactentes sibilantes pós infecção pelo VSR Útil em asma induzida por exercício Montelucaste e Zafirlucaste Asma e rinite: boa alternativa Atua bloqueando a broncoconstrição e reduz a inflamação na via aérea; tem efeito não inferior ao CI no controle da asma, porém seu efeito na redução de exacerbações é menor. (Anticorpos anti - IgE) Asma de difícil controle Medicação de alto custo Referência ao especialista Benefício limítrofe (Xantinas) Ex.: aminofilina Efeito colateral supera benefício Indicação duvidosa Sem estudos que confirmem eficácia Não agem no processo inflamatório Contra-indicados nas exacerbações – sustentado por estudos TODOS OS ASMÁTICOS - MANEJO DA ASMA A base do tratamento medicamentoso da asma é constituída pelo uso de CI associado ou não a um long- acting β2 agonist (LABA, β2- agonista de longa duração). A escolha da droga, do dispositivo inalatório e da respectiva dosagem deve ser baseada na avaliação do controle dos sintomas, nas características do paciente (fatores de risco, capacidade de usar o dispositivo de forma correta e custo), na preferência do paciente @medinspira pelo dispositivo inalatório, no julgamento clínico e na disponibilidade do medicamento. Controle ambiental + rever controle da asma e risco futuro regularmente. ETAPA 1 - tratamento preferencial: dose baixa de Corticóide inalatório (CI) + formoterol por demanda; outras opções: CI + SABA (beta agonista de curta duração) por demanda, dose baixa de CI sempre que usar SABA; ETAPA 2 – tratamento preferencial: CI dose baixa diária + SABA por demanda ou dose baixa de CI + formoterol por demanda; outras opções: montelucaste + SABA por demanda ou dose baixa de CI sempre que usar SABA; ETAPA 3 – tratamento preferencial: CI dose baixa + LABA + SABA por demanda ou CI dose baixa + formoterol de manutenção e resgate; outras opções: dose média de CI + SABA por demanda ou dose baixa de CI + montelucaste + SABA por demanda; ETAPA 4 – tratamento preferencial: CI dose média + LABA + SABA de resgate ou CI dose média + formoterol de manutenção + CI dose baixa + formoterol de resgate; outras opções: CI dose alta, adcionar tiotrópio ou montelucaste; ETAPA 5 - tratamento preferencial: CI dose alta + LABA, adicionar tiotrópio, fenotipar: anti- IgE ou anti-IL5 ou anti – IL4R; outras opções: adicionar Corticoide oral em dose baixa; OBSERVAÇÕES: • A associação de CI com um LABA é o tratamento de controle preferencial nas etapas III a V da asma, ou seja, quando o tratamento com CI isolado não é suficiente para atingir e manter o controle da doença • O racional para o uso da associação CI + LABA é baseado em fortes evidências de que essa associação é mais eficaz em controlar os sintomas da asma e reduzir as exacerbações e a perda acelerada da função pulmonar após exacerbações do que a monoterapia com CI. • Existem evidências mostrando que a associação CI + LABA resulta em um efeito sinérgico dessas drogas, o que possibilita uma maior eficácia anti-inflamatória com uma menor dose de CI e, consequentemente, com menos efeitos adversos • Em pacientes usando CI + formoterol de manutenção e resgate, o ajuste da dose é feito pelo próprio paciente de acordo com a percepção de seus sintomas, mas deve-se acompanhar o controle da doença e as alterações funcionais. • O uso de SABA por demanda (sempre associado a CI) é eficaz no alívio imediato dos sintomas e na prevenção em curto prazo dos sintomas induzidos por exercício. A frequência de uso de SABA é um dos parâmetros que definem qual tratamento de manutenção é o mais apropriado, e a redução do seu uso é uma das metas do tratamento da asma. • O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano) está associado a um maior risco de exacerbações, e o uso de > 1 canister/mês está associado a um maior risco de morte por asma • Se o paciente estiver usando CI em monoterapia ou CI + LABA em dose fixa e SABA de resgate, o plano deve especificar a dose máxima de SABA por dia e o número de dias em uso do SABA antes de se modificar o tratamento ou procurar atendimento médico de rotina ou de emergência. • O uso repetido de SABA por ≥ 2 dias consecutivos é sinal de alerta e indica a necessidade de se reintroduzir ou reavaliar e ajustar o tratamento de controle. • O SABA isolado não deve ser usado • O plano de ação deve conter orientações de quando e como iniciar um curso de corticoides orais. Uma dose de no máximo 40-50 mg/dia por 5-7 dias está indicada para pacientes sem melhora do controle da asma com o uso de SABA após 48 h, com piora da função pulmonar ou com uma exacerbação mais grave. EFETIVIDADE DO TRATAMENTO Efetividade = eficácia + adesão @medinspira Eficácia = “Pode funcionar na vida real?” Adesão: Oral vs. Inalatório Frequência de doses Eventos adversos Custo Educação do paciente Início de ação Técnica inalatória CLASSIFICAÇÃO DA EXACERBAÇÃO Tabela abaixo: EXACERBAÇÕES Grave – evento que exige uma ação urgente por parte do doente e do médico para prevenir a ocorrência de internação ou morte por asma; Moderada – evento que interrompe a atividade normal do paciente e exige uma intervenção medicamentosa para resolução, não sendo obrigatoriamente grave; NÍVEIS DE CONTROLE @medinspira MANEJO NA CRISE DE ASMA (Anamnese) Há quanto tempo iniciou com os sintomas? (chieira /ou tosse e/ou cansaço) Apresenta febre associada? Há quantos dias? Está apresentando outros sintomas, como vômitos, diarréia, secreção nasal, espirros, etc? Quais medicações está usando? Verificar dose e intervalo. Faz controle médico? Onde? Usa “bombinhas”? Quais? Quando foi a últimacrise? O que usou? (perguntar sobre uso de corticóide oral) Já esteve internado? Quando? Apresenta outra(s) doença (s)? Apresenta história familiar para asma ou atopia? (exame fisico) Temperatura axilar Frequência respiratória Frequência cardíaca PFE (provas funcionais) Estado de consciência/prostração Estado geral - Avaliar: hidratação, cianose, palidez, orofaringe (se tem infecção secundária) Otoscopia Esforço respiratório Ausculta: murmúrio vesicular alterado? Sibilos, crepitações, roncos? Aparelho cardiovascular: arritimia? Sopros? Pulsos periféricos finos? ASMA GRAVE • Manter o paciente o mais tranquilo possível; • Manter o seguinte tratamento: corticoide oral, corticoide venoso, reavaliação contínua, avaliar a necessidade de sulfato de magnésio, corrigir desidratação, evitando hiper-hidratação; • Nebulizar paciente com: RESUMO – TRATAMENTO ASMA GRAVE CRISE ASMÁTICA - TRATAMENTO @medinspira ORIENTAÇÕES DE ALTA Técnica correta da medicação Curso de corticoide oral 5 a 10 dias CI + LABA – manutenção Reavaliação em 10-15 dias Educação do paciente CASOS CLÍNICOS [Caso 1] Paciente, feminino, 18 anos, se apresenta com queixa de “cansaço” há 1 dia. HMA: Refere que iniciou há 4 dias, quadro de congestão nasal e tosse seca, com piora no período noturno. Relata que hoje houve piora da tosse associada a quadro de taquidispneia. A mesma relata que isso acontece pelo menos 2 vezes na semana, e que realizou nebulização com soro fisiológico, sem melhora, e decidiu, portanto, procurar a emergência. Nega febre. Refere 1 episódio de vômito associado a dor abdominal. Nega outras queixas. Nega alergia medicamentosa. HPP: relata outros episódios semelhantes, nos últimos 3 meses. Refere que as crises incapacitam de realizar atividades diárias e que quase sempre necessitam de idas à emergência. Relata episódios noturnos esporádicos. Relata ainda que tem espirros em salva sempre que acorda e apresenta prurido nasal diário. HF: mãe relata ter tido bronquite na infância. Pai e irmão de 10 anos são portadores de rinite alérgica. Avós maternos hipertensos. Hipóteses diagnósticas: • Asma • Atopia • Pneumonia • Aspiração de corpo estranho • Aspiração de conteúdo gástrico Como fazer diagnóstico? Paciente com sintomas respiratórios? São sintomas típicos de asma? Pensar e história e exame físico ! Tratamento empírico e espirometria* *Diagnóstico de asma por espirometria: • VEF1 < 80% do previsto, com VEF1/CVF <75% • VEF1 > ou igual 7 pontos percentuais ou aumento percentual > ou igual 12% Diagnóstico diferencial de asma: Classificação: • Nível de controle • Gravidade @medinspira Tratamento: já citado Caso 1 - conclusão: • Sintomas típicos de asma? Sim • Tratamento empírico e espirometria? Não • Classificação: Asma persistente leve parcialmente controlada • Tratamento: etapa 1 (ambiente, CI + LABA/SABA) Objetivos de tratamento: [Caso 2] Paciente masculino de 39 anos, “falta de ar” há 2 meses. HMA: paciente masculino de 39 anos, com diagnóstico prévio de asma, comparece ao PSF com queixa há 2 meses estar apresentando dispneia e tosse intermitente todos os dias principalmente na hora de dormir. Durante a anamnese, ele confessa que não tem usado o Formoterol e Fluticasona, que havia sido prescrito pelo seu pneumologista, mas que melhora quando usa o Salbutamol de “resgate” em casa. Teve um episódio de febre de 37,8 graus. Procurou ajuda médica, pois está com muito medo do Coronavírus. Exame físico: paciente eupneico no momento sem sinais de esforço respiratório; • PA: 130x80; FC: 70, Sat: 99% em ar ambiente; • ACV: RCR2t; • AR: MV+ com sibilância; Espirometria: FEV1/FVC(%) = 53 Caso 2 - Conclusão: • Sintomas típicos de asma? Sim • Tratamento empírico e espirometria? Sim (VEF1/CVF: 53) • Classificação: asma persistente grave não controlada • Tratamento: manter paciente com o mesmo tratamento (etapa 3), se caso não melhorar passar para etapa 4, se houver melhora passar para etapa 2; • Ambiente, CI + LABA + SABA demanda; [Caso 3] Paciente com 54 anos de idade com queixas de chiado o peito e tosse há 6 anos. HMA: paciente com 54 anos de idade com queixas de falta de ar, não consegue mais fazer caminhadas longas, tosse com catarro claro e chiado no peito diariamente. O quadro apareceu nos últimos 6 anos e vem se intensificando, várias crises no último ano. Com melhora parcial após atendimento nas emergências. Precisou ir à emergência > 3 vezes no último ano. AP: tabagista de 20 anos/maço. Asma na infância que havia melhorado na adolescência. Caso 3 – conclusão: • Sintomas típicos de asma? Sim • Tratamento empírico e espirometria? Não • Classificação: asma persistente moderada não controlada • Tratamento: etapa 1 manter paciente com o mesmo tratamento (etapa 3), se caso não melhorar passar para etapa 4, se houver melhora passar para etapa 2; • Ambiente, CI + LABA + SABA demanda; @medinspira (caso 4) Paciente masculino, 29 anos, se apresenta com queixa de “falta de ar” há 2 horas. HMA: refere que iniciou há 2 horas, quadro de dor no peito e tosse seca. Relata que hoje houve piora da tosse associada a quadro de taquidispneia. A mesma relata que realizou nebulização com soro fisiológico, se melhora, e decidiu, portanto procurar a emergência. Nega febre. Refere um episódio de vômito associado a dor abdominal. Nega outras queixas. Nega alergia medicamentosa. Exame físico: PA: 120x60mmHg, FC: 105BPM, Retração costal leve, SpO2: 95%, AR: MVF + sibilos leves. Diagnósticos diferenciais de sibilos: Avaliação da gravidade da asma: • Identificação da gravidade da doença baseada em dados da história clínica pregressa; • Identificação da gravidade da crise atual baseada em dados da história atual, exame clínico e avaliação funcional pulmonar; • História clínica pregressa • Doença de difícil controle com maior risco para evolução fatal: • Intubação e ventilação mecânica prévias • Acidose respiratória sem necessidade de intubação • Duas ou mais hospitalizações por asma no último ano • Hospitalização no último mês • Tratamento crônico com corticoide no último ano • Suspensão recente da corticoterapia • Tratamento médico inadequado • Má aderência ao tratamento e problemas psicológicos ou psicossociais Caso 4 - conclusão • Sintomas típicos de asma? Sim • História e exame clínico? Sim • Classificação – gravidade da exacerbação leve e moderada • Tratamento: monitorização, oxigênio, salbutamol
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