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Asma resumo

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@medinspira 
Doença inflamatória crônica que leva à uma 
hiperresponsividade de via aérea e à uma limitação 
variável ao fluxo aéreo; 
MAPA DA ASMA 
Países mais acometidos: Brasil > 10% da população com 
asma; mais comum em crianças (24,3%) 
DEFINIÇÃO 
Doença crônica que se caracteriza por: 
 Inflamação das vias aéreas, principalmente por 
mastócitos, eosinófilos, linfócitos e neutrófilos, 
levando a várias alterações morfológicas do 
brônquio, inclusive descamação epitelial; 
 A inflamação provoca hiperresponsividade 
brônquica a uma série de estímulos que 
resultam em sintomas; 
 Episódios repetidos de sibilância, dispneia, 
aperto no peito e tosse, especialmente à noite; 
 Sintomas associados à limitação ao fluxo aéreo 
variável e reversível espontaneamente ou com 
tratamento; 
CONCEITO 
Clínica: tosse, chiado, dispneia recorrente; 
Função: hiperresponsividade das vias aéreas; obstrução 
com resposta ao broncodilatador; 
Anatomopatológico: inflamação das vias aéreas; 
DENOMINAÇÕES POPULARES 
Como é denominada: bronquite asmática; bronquite 
alérgica; hiper-reatividade brônquica; 
“Independentemente de como seja denominada, o 
importante é o reconhecimento da INFLAMAÇÃO 
CRÔNICA DAS VIAS AÉREAS.” 
A inflamação é decorrente de: 
 Fatores de risco; 
 Hiperresponsividade de via aérea; 
 Obstrução (sintomas); 
PATOGÊNESE 
Um alérgeno que vai estimular células do sistema 
imunológico, principalmente os mastócitos, linfócitos 
TCD4 e eosinófilos, que irão aumentar a descarga de 
muco pelas células caliciformes, causando 
broncoconstricção e hiper-reatividade, que pode gerar 
uma fibrose subepitelial; 
Graus de inflamação: 
 Inflamação aguda; 
 Inflamação crônica; 
 Remodelamento das vias aéreas; 
Obs.: na inflamação aguda e crônica o quadro é 
reversível, a partir do momento em que se tem fibrose 
e remodelamento das vias aéreas passa-se a ser 
irreversível. 
DPOC: uso prolongado e crônico de cigarro, vai estimular 
macrófagos, células epiteliais, linfócitos CD8 e 
neutrófilos, que irão causar obstrução e pequenas vias 
aéreas e destruição alveolar; 
 Tanto a asma quanto o DPOC, irão causar 
limitação ao fluxo aéreo, a diferença é que a 
asma é um quadro reversível; 
FATORES QUE INFLUENCIAM O 
DESENVOLVIMENTO E A EXPRESSÃO DA ASMA 
Fatores ligados ao hospedeiro: genéticos (atopia, 
hiperresponsividade brônquica), obesidade e gênero; 
Fatores ligados ao ambiente: alérgenos domésticos 
(ácaros) e externos (pólens), infecções (principalmente 
@medinspira 
virais), ocupacionais, tabagismo, ativo e passiva, poluição 
atmosférica, dieta; 
LOCALIZAÇÃO DA INFLAMAÇÃO 
A inflamação na asma está presente nas vias aéreas: 
centrais (grandes vias aéreas; > de 2mm de diâmetro), 
periféricas (pequenas vias aéreas; < de 2mm de 
diâmetro). 
ANATOMIA 
Qual o papel das pequenas vias aéreas? 
 Correspondem a cerca de 80% da superfície 
pulmonar; 
 A inflamação é mais grave nas pequenas vias 
aéreas; 
 Podem atuar como “depósito” de mediadores 
inflamatórios e provocar sintomas; 
 Para controle adequado dos sintomas e da 
inflamação, é importante que o medicamento 
também atinge pequenas vias aéreas; 
ASMA COMO DOENÇA SISTÊMICA 
Características inflamatórias pulmonares estão 
presentes no nariz, pele e medula óssea; 
Cerca de 70% dos pacientes com asma também 
apresentam sintomas de rinite alérgica; 
Os eosinófilos infiltram os tecidos afetados na asma, 
rinite alérgica e dermatite atópica; 
POSSÍVEIS MECANISMOS QUE CONECTAM AS 
VIAS AÉREAS SUPERIORES E INFERIORES (ASMA 
+ RINITE ALÉRGICA) 
Drenagem pós-nasal de material inflamatório para as 
vias aéreas inferiores; 
Ativação de reflexos brônquicos nasofaríngeos; 
Mudança da respiração nasal pela bucal; 
Absorção de mediadores provenientes do processo 
inflamatório no nariz ou nos seios paranasais pelas vias 
aéreas inferiores; 
Fatores que exacerbam a asma: alérgenos, infecções 
respiratórias, exercício e hiperventilação, mudanças 
climáticas, dióxido de enxofre, alimentos, aditivos e 
drogas; 
MECÂNICA RESPIRATÓRIA 
Fluxo de ar: variação do volume, ligado à resistência; 
Volume: ligado à complacência (capacidade do pulmão de 
se distender); 
Pressão: relaciona-se às duas anteriores; 
Limitação ao fluxo/resistência 
 Lei de Pouseuille: R =
8 n l
π r4
 
 Resistência é proporcional ao raio da via aérea. 
Ex: Caso tenha um bronquíolo normal com 2mm, caso 
diâmetro caia pela metade e vá para 1mm, que dizer 
que o raio caiu pela metade e isto afirma que a 
resistência aumenta a quarta potência desse raio. Ou 
seja o paciente terá uma resistência 16 vezes maior 
caso o raio de uma via aérea caia pela metade, com isso 
a ventilação fica muito ruim. 
TERMINOLOGIA DOS VOLUMES PULMONARES 
Capacidade pulmonar total: se divide em volume residual, 
volume de reserva expiratória (expiração forçada), 
volume corrente (volume de inspiração e expiração 
basal), volume de reserva inspiratória (inspiração 
forçada); 
@medinspira 
Capacidade vital: inspiração e expiração forçada; 
Capacidade pulmonar total = capacidade vital + volume 
residual; 
TRAÇADO NORMAL: VOLUME X TEMPO 
A Curva é avaliada em espirometria, paciente faz uma 
expiração forçada o mais rápido possível; 
Um paciente que possui uma capacidade vital (CVF) de 
5L consegue no primeiro segundo da expiração forçada 
(VEF1) 4L; Se o paciente tiver um VEF1 diminuído, quer 
dizer que o paciente demora muito tempo para expirar 
o ar mesmo que ele esteja fazendo força; 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 Chiado/sibilo 
 Dispneia: paroxística, exercício 
 Sensação de aperto torácico 
 Tosse: seca e produtiva 
 Cianose 
Asma? Pensar em pacientes que apresentam: 
 Episódios recorrentes de sibilos 
 Tosse seca noturna 
 Tosse ou sibilo pós-exercício 
 Tosse, sibilo ou aperto no peito após exposição 
a alérgenos ou poluentes; 
 Resfriados deixam o “peito carregado” ou 
demoram a melhorar; 
DIAGNÓSTICO 
 História e padrões de sintomas; 
 Medidas de função pulmonar (espirometria e 
pico de fluxo expiratório); 
 Medidas da hiper-reatividade brônquica; 
 Medidas do “status” alérgico para identificar 
fatores de risco; 
 Outras: idosos, menores de 5 anos; 
ESPIROMETRIA 
Realizar com o espirômetro: paciente veda o nariz para 
não ter perdas de volume, realiza uma inspiração 
forçada e segura o ar, acopla o espirômetro vedando 
com dentes e lábios e por fim realiza uma expiração 
forçada rápida (realizar 3 vezes para melhorar 
acurácia do exame); 
 
ESPIROMETRIA - CURVA VOLUME X TEMPO NA 
ASMA 
@medinspira 
Paciente com resistência aumentada devido à um raio 
diminuído; dificuldade de troca de gases. 
AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO DA ASMA 
Gravidade: intensidade intrínseca do processo da 
doença; 
Controle da asma: grau pelo qual as manifestações da 
doença são minimizadas e os objetivos do tratamento 
atingidos e mantidos; 
Resposta ao tratamento: facilidade pela qual o controle 
é atingido; 
CLASSIFICAÇÃO 
Classificar o paciente sempre pela manifestação de 
maior gravidade; 
CONTROLE DA ASMA 
Controle das limitações clínicas atuais, como sintomas 
mínimos durante o dia e ausência de sintomas à noite, 
necessidade reduzida de medicação de alívio dos 
sintomas; ausência de limitação das atividades físicas; 
Reduzir riscos futuros, definido por: instabilidade/piora, 
exacerbações, perda da função pulmonar, efeitos 
adversos do tratamento; 
• Com base nesses parâmetros, a asma pode 
ser classificada em controlada, parcialmente 
controlada e não controlada; 
• A avaliação do controle, em geral, é feita em 
relação às últimas 4 semanas; 
• A gravidade da asma refere-se à quantidade 
de medicamentos necessária para atingir o 
controle, refletindo uma característica 
intrínseca da doença e que pode ser alterada 
lentamente com o tempo 
Os fatores que influenciam a resposta ao tratamento 
da asma incluem: 
• Diagnóstico incorreto; 
• Falta de adesão; 
• Uso de drogas que podem diminuira resposta 
ao tratamento (anti-inflamatórios não 
esteroidais e β-bloqueadores); 
• Exposição domiciliar (por exemplo, poeira ou 
fumaça); 
• Exposição ocupacional; 
1. A exposição ambiental (por exemplo, poeiras e 
poluição), domiciliar (como queima de biomassa, 
ácaros, alérgenos de barata e pelo de animais) 
ou ocupacional (como alergias a látex, agentes 
de baixo peso molecular e material de limpeza) 
são fatores importantes associados à 
dificuldade de controle da asma. 
2. A exposição ocupacional pode ser a causa da 
asma (asma ocupacional). 
3. Nesse sentido, é importante investigar cada 
paciente em relação às exposições associadas 
e, quando identificadas, essas devem, se 
possível, ser eliminadas (especialmente na asma 
ocupacional) ou minimizadas 
• Tabagismo; 
• Outras comorbidades. 
TRATAMENTO 
 Broncodilatadores: ação rápida (SABA); longa 
duração (LABA) 
 Corticoides: inalatórios, sistêmicos 
 Anti-leucotrienos 
 Xantinas 
 Anti-IgE 
 
@medinspira 
(Broncodilatadores) 
Ação rápida: 
 Inalatório melhor que oral: menos efeitos 
colaterais 
 5-15 min após administração 
 Duração curta: 2h 
 SABA β2 agonistas (fenoteral/terbutalina/ 
salbutamol) 
 Anticolinérgico: brometo de ipratrópio 
 São medicamentos de “resgate” 
Longa duração: 
 LABA – β2 – agonistas de longa duração (até 
12h): salmeterol (ação em 30min), formoterol 
(ação em 5 min), bambuterol (dose única, mas 
tem mais efeitos sistêmicos); 
 Anticolinérgicos: tiotrópio ($$$), estudos 
recentes; 
(Corticoides) 
Sistêmicos: 
 Injetáveis vs. orais – sem diferença clínica; 
preferível oral; 
 Preferíveis nas exacerbações 
 Baixa dosagem 
 Curso rápido (7 a 10 dias): evitar usar mais que 
10 dias! 
 Casos relacionados para uso crônico 
Inalatórios: 
 Primeira escolha para asma persistente 
 Uso contínuo 
 Menor dose que consiga controle 
 Doença inflamatória = anti-inflamatório 
 Monolíase oral: efeito adverso 
 Crescimento na infância: não atuam muito 
 Menos efeitos colaterais: menos absorção 
sistêmica 
 Pó, aerossol, nebulização 
(Antagonistas dos 
leucotrienos) 
 Úteis como substitutos dos LABA ou adicional 
 Pode ser útil e lactentes sibilantes pós infecção 
pelo VSR 
 Útil em asma induzida por exercício 
 Montelucaste e Zafirlucaste 
 Asma e rinite: boa alternativa 
 Atua bloqueando a broncoconstrição e reduz a 
inflamação na via aérea; tem efeito não inferior 
ao CI no controle da asma, porém seu efeito na 
redução de exacerbações é menor. 
(Anticorpos anti - IgE) 
 Asma de difícil controle 
 Medicação de alto custo 
 Referência ao especialista 
 Benefício limítrofe 
(Xantinas) 
 Ex.: aminofilina 
 Efeito colateral supera benefício 
 Indicação duvidosa 
 Sem estudos que confirmem eficácia 
 Não agem no processo inflamatório 
 Contra-indicados nas exacerbações – 
sustentado por estudos 
TODOS OS ASMÁTICOS - MANEJO DA ASMA 
A base do tratamento medicamentoso da asma é 
constituída pelo uso de CI associado ou não a um long-
acting β2 agonist (LABA, β2- agonista de longa 
duração). 
A escolha da droga, do dispositivo inalatório e da 
respectiva dosagem deve ser baseada na avaliação do 
controle dos sintomas, nas características do paciente 
(fatores de risco, capacidade de usar o dispositivo de 
forma correta e custo), na preferência do paciente 
@medinspira 
pelo dispositivo inalatório, no julgamento clínico e na 
disponibilidade do medicamento. 
Controle ambiental + rever controle da asma e risco 
futuro regularmente. 
 ETAPA 1 - tratamento preferencial: dose baixa 
de Corticóide inalatório (CI) + formoterol por 
demanda; outras opções: CI + SABA (beta 
agonista de curta duração) por demanda, dose 
baixa de CI sempre que usar SABA; 
 ETAPA 2 – tratamento preferencial: CI dose 
baixa diária + SABA por demanda ou dose baixa 
de CI + formoterol por demanda; outras opções: 
montelucaste + SABA por demanda ou dose 
baixa de CI sempre que usar SABA; 
 ETAPA 3 – tratamento preferencial: CI dose 
baixa + LABA + SABA por demanda ou CI dose 
baixa + formoterol de manutenção e resgate; 
outras opções: dose média de CI + SABA por 
demanda ou dose baixa de CI + montelucaste + 
SABA por demanda; 
 ETAPA 4 – tratamento preferencial: CI dose 
média + LABA + SABA de resgate ou CI dose 
média + formoterol de manutenção + CI dose 
baixa + formoterol de resgate; outras opções: 
CI dose alta, adcionar tiotrópio ou montelucaste; 
 ETAPA 5 - tratamento preferencial: CI dose 
alta + LABA, adicionar tiotrópio, fenotipar: anti-
IgE ou anti-IL5 ou anti – IL4R; outras opções: 
adicionar Corticoide oral em dose baixa; 
OBSERVAÇÕES: 
• A associação de CI com um LABA é o tratamento de 
controle preferencial nas etapas III a V da asma, ou 
seja, quando o tratamento com CI isolado não é 
suficiente para atingir e manter o controle da doença 
• O racional para o uso da associação CI + LABA é 
baseado em fortes evidências de que essa associação 
é mais eficaz em controlar os sintomas da asma e 
reduzir as exacerbações e a perda acelerada da 
função pulmonar após exacerbações do que a 
monoterapia com CI. 
• Existem evidências mostrando que a associação CI + 
LABA resulta em um efeito sinérgico dessas drogas, 
o que possibilita uma maior eficácia anti-inflamatória 
com uma menor dose de CI e, consequentemente, com 
menos efeitos adversos 
• Em pacientes usando CI + formoterol de manutenção 
e resgate, o ajuste da dose é feito pelo próprio 
paciente de acordo com a percepção de seus 
sintomas, mas deve-se acompanhar o controle da 
doença e as alterações funcionais. 
• O uso de SABA por demanda (sempre associado a CI) 
é eficaz no alívio imediato dos sintomas e na 
prevenção em curto prazo dos sintomas induzidos por 
exercício. A frequência de uso de SABA é um dos 
parâmetros que definem qual tratamento de 
manutenção é o mais apropriado, e a redução do seu 
uso é uma das metas do tratamento da asma. 
• O uso excessivo de SABA (> 3 canisters no ano) está 
associado a um maior risco de exacerbações, e o uso 
de > 1 canister/mês está associado a um maior risco 
de morte por asma 
• Se o paciente estiver usando CI em monoterapia ou CI 
+ LABA em dose fixa e SABA de resgate, o plano 
deve especificar a dose máxima de SABA por dia e o 
número de dias em uso do SABA antes de se modificar 
o tratamento ou procurar atendimento médico de 
rotina ou de emergência. 
• O uso repetido de SABA por ≥ 2 dias consecutivos é 
sinal de alerta e indica a necessidade de se 
reintroduzir ou reavaliar e ajustar o tratamento de 
controle. 
• O SABA isolado não deve ser usado 
• O plano de ação deve conter orientações de quando e 
como iniciar um curso de corticoides orais. Uma dose 
de no máximo 40-50 mg/dia por 5-7 dias está 
indicada para pacientes sem melhora do controle da 
asma com o uso de SABA após 48 h, com piora da 
função pulmonar ou com uma exacerbação mais 
grave. 
EFETIVIDADE DO TRATAMENTO 
Efetividade = eficácia + adesão 
@medinspira 
Eficácia = “Pode funcionar na vida real?” 
Adesão: 
 Oral vs. Inalatório 
 Frequência de doses 
 Eventos adversos 
 Custo 
 Educação do paciente 
 Início de ação 
 Técnica inalatória 
CLASSIFICAÇÃO DA EXACERBAÇÃO 
Tabela abaixo: 
EXACERBAÇÕES 
Grave – evento que exige uma ação urgente por parte 
do doente e do médico para prevenir a ocorrência de 
internação ou morte por asma; 
Moderada – evento que interrompe a atividade normal 
do paciente e exige uma intervenção medicamentosa 
para resolução, não sendo obrigatoriamente grave; 
 
 
 
NÍVEIS DE CONTROLE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@medinspira 
MANEJO NA CRISE DE ASMA 
(Anamnese) 
 Há quanto tempo iniciou com os sintomas? 
(chieira /ou tosse e/ou cansaço) 
 Apresenta febre associada? Há quantos dias? 
 Está apresentando outros sintomas, como 
vômitos, diarréia, secreção nasal, espirros, 
etc? 
 Quais medicações está usando? Verificar dose 
e intervalo. 
 Faz controle médico? Onde? 
 Usa “bombinhas”? Quais? 
 Quando foi a últimacrise? O que usou? 
(perguntar sobre uso de corticóide oral) 
 Já esteve internado? Quando? 
 Apresenta outra(s) doença (s)? 
 Apresenta história familiar para asma ou 
atopia? 
(exame fisico) 
 Temperatura axilar 
 Frequência respiratória 
 Frequência cardíaca 
 PFE (provas funcionais) 
 Estado de consciência/prostração 
 Estado geral - Avaliar: hidratação, cianose, 
palidez, orofaringe (se tem infecção 
secundária) 
 Otoscopia 
 Esforço respiratório 
 Ausculta: murmúrio vesicular alterado? Sibilos, 
crepitações, roncos? 
 Aparelho cardiovascular: arritimia? Sopros? 
Pulsos periféricos finos? 
ASMA GRAVE 
• Manter o paciente o mais tranquilo possível; 
• Manter o seguinte tratamento: corticoide oral, 
corticoide venoso, reavaliação contínua, avaliar 
a necessidade de sulfato de magnésio, corrigir 
desidratação, evitando hiper-hidratação; 
• Nebulizar paciente com: 
 
RESUMO – TRATAMENTO ASMA GRAVE 
CRISE ASMÁTICA - TRATAMENTO 
@medinspira 
ORIENTAÇÕES DE ALTA 
 Técnica correta da medicação 
 Curso de corticoide oral 5 a 10 dias 
 CI + LABA – manutenção 
 Reavaliação em 10-15 dias 
 Educação do paciente 
CASOS CLÍNICOS 
[Caso 1] 
Paciente, feminino, 18 anos, se apresenta com queixa 
de “cansaço” há 1 dia. 
HMA: Refere que iniciou há 4 dias, quadro de congestão 
nasal e tosse seca, com piora no período noturno. Relata 
que hoje houve piora da tosse associada a quadro de 
taquidispneia. A mesma relata que isso acontece pelo 
menos 2 vezes na semana, e que realizou nebulização 
com soro fisiológico, sem melhora, e decidiu, portanto, 
procurar a emergência. Nega febre. Refere 1 episódio 
de vômito associado a dor abdominal. Nega outras 
queixas. Nega alergia medicamentosa. 
HPP: relata outros episódios semelhantes, nos últimos 3 
meses. Refere que as crises incapacitam de realizar 
atividades diárias e que quase sempre necessitam de 
idas à emergência. Relata episódios noturnos 
esporádicos. Relata ainda que tem espirros em salva 
sempre que acorda e apresenta prurido nasal diário. 
HF: mãe relata ter tido bronquite na infância. Pai e irmão 
de 10 anos são portadores de rinite alérgica. Avós 
maternos hipertensos. 
Hipóteses diagnósticas: 
• Asma 
• Atopia 
• Pneumonia 
• Aspiração de corpo estranho 
• Aspiração de conteúdo gástrico 
Como fazer diagnóstico? 
Paciente com sintomas respiratórios? São sintomas 
típicos de asma? Pensar e história e exame físico ! 
Tratamento empírico e espirometria* 
*Diagnóstico de asma por espirometria: 
• VEF1 < 80% do previsto, com VEF1/CVF <75% 
• VEF1 > ou igual 7 pontos percentuais ou 
aumento percentual > ou igual 12% 
Diagnóstico diferencial de asma: 
Classificação: 
• Nível de controle 
• Gravidade 
@medinspira 
Tratamento: já citado 
Caso 1 - conclusão: 
• Sintomas típicos de asma? Sim 
• Tratamento empírico e espirometria? Não 
• Classificação: Asma persistente leve 
parcialmente controlada 
• Tratamento: etapa 1 (ambiente, CI + 
LABA/SABA) 
Objetivos de tratamento: 
 
[Caso 2] 
Paciente masculino de 39 anos, “falta de ar” há 2 
meses. 
HMA: paciente masculino de 39 anos, com diagnóstico 
prévio de asma, comparece ao PSF com queixa há 2 
meses estar apresentando dispneia e tosse 
intermitente todos os dias principalmente na hora de 
dormir. Durante a anamnese, ele confessa que não tem 
usado o Formoterol e Fluticasona, que havia sido 
prescrito pelo seu pneumologista, mas que melhora 
quando usa o Salbutamol de “resgate” em casa. Teve um 
episódio de febre de 37,8 graus. Procurou ajuda médica, 
pois está com muito medo do Coronavírus. 
Exame físico: paciente eupneico no momento sem sinais 
de esforço respiratório; 
• PA: 130x80; FC: 70, Sat: 99% em ar ambiente; 
• ACV: RCR2t; 
• AR: MV+ com sibilância; 
Espirometria: FEV1/FVC(%) = 53 
Caso 2 - Conclusão: 
• Sintomas típicos de asma? Sim 
• Tratamento empírico e espirometria? Sim 
(VEF1/CVF: 53) 
• Classificação: asma persistente grave não 
controlada 
• Tratamento: manter paciente com o mesmo 
tratamento (etapa 3), se caso não melhorar 
passar para etapa 4, se houver melhora 
passar para etapa 2; 
• Ambiente, CI + LABA + SABA demanda; 
[Caso 3] 
Paciente com 54 anos de idade com queixas de chiado 
o peito e tosse há 6 anos. 
HMA: paciente com 54 anos de idade com queixas de 
falta de ar, não consegue mais fazer caminhadas 
longas, tosse com catarro claro e chiado no peito 
diariamente. O quadro apareceu nos últimos 6 anos e 
vem se intensificando, várias crises no último ano. Com 
melhora parcial após atendimento nas emergências. 
Precisou ir à emergência > 3 vezes no último ano. 
AP: tabagista de 20 anos/maço. Asma na infância que 
havia melhorado na adolescência. 
Caso 3 – conclusão: 
• Sintomas típicos de asma? Sim 
• Tratamento empírico e espirometria? Não 
• Classificação: asma persistente moderada não 
controlada 
• Tratamento: etapa 1 manter paciente com o 
mesmo tratamento (etapa 3), se caso não 
melhorar passar para etapa 4, se houver 
melhora passar para etapa 2; 
• Ambiente, CI + LABA + SABA demanda; 
@medinspira 
(caso 4) 
Paciente masculino, 29 anos, se apresenta com queixa 
de “falta de ar” há 2 horas. 
HMA: refere que iniciou há 2 horas, quadro de dor no 
peito e tosse seca. Relata que hoje houve piora da tosse 
associada a quadro de taquidispneia. A mesma relata que 
realizou nebulização com soro fisiológico, se melhora, e 
decidiu, portanto procurar a emergência. Nega febre. 
Refere um episódio de vômito associado a dor abdominal. 
Nega outras queixas. Nega alergia medicamentosa. 
Exame físico: PA: 120x60mmHg, FC: 105BPM, Retração 
costal leve, SpO2: 95%, AR: MVF + sibilos leves. 
Diagnósticos diferenciais de sibilos: 
Avaliação da gravidade da asma: 
• Identificação da gravidade da doença baseada 
em dados da história clínica pregressa; 
• Identificação da gravidade da crise atual 
baseada em dados da história atual, exame 
clínico e avaliação funcional pulmonar; 
• História clínica pregressa 
• Doença de difícil controle com maior risco para 
evolução fatal: 
• Intubação e ventilação mecânica prévias 
• Acidose respiratória sem necessidade de 
intubação 
• Duas ou mais hospitalizações por asma no 
último ano 
• Hospitalização no último mês 
• Tratamento crônico com corticoide no último 
ano 
• Suspensão recente da corticoterapia 
• Tratamento médico inadequado 
• Má aderência ao tratamento e problemas 
psicológicos ou psicossociais 
Caso 4 - conclusão 
• Sintomas típicos de asma? Sim 
• História e exame clínico? Sim 
• Classificação – gravidade da exacerbação leve 
e moderada 
• Tratamento: monitorização, oxigênio, salbutamol

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