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COCOS PIOGÊNICOS Disciplina: Microbiologia Clínica Aluno: Jonas Lira do Nascimento Staphylococcus ● Geralmente estão dispostos em cachos irregulares; ● São gram positivos; ● São imóveis; ● Não esporulados; ● Facultativos (crescem de forma aeróbia ou anaeróbia); FATORES DE VIRULÊNCIA 1. Presentes na parede celular: Proteína A: ● É a proteína majoritária na parede celular; ● Tem ação antifagocitária: se liga a porção Fc da IgG no sítio de ligação ao complemento, dificultando a destruição da bactéria; ● Staphylococcus coagulase negativos não apresentam proteína A. Coagulase ligada ou fator de agregação (clumping factor): ● Promove agregação pela transformação do fibrinogênio em fibrina; ● Nem todos os S. aureus a possui; ● O teste laboratorial é realizado em lâmina. 2. Enzimas Coagulase livre: ● Liberada extracelularmente; ● Todos os S. aureus produzem essa enzima; ● O teste laboratorial in vitro é realizado em tubo. Estafiloquinase ou fibrinolisina: 1 ● Dissolve a rede de fibrina. DNase: ● A formação de pus indica a morte celular e consequentemente liberação de ácido nucléico, que é muito espesso; ● A bactéria, ao produzir DNase despolimeriza o ácido nucléico; ● No meio de cultura, a adição de HCl precipita o DNA íntegro. Onde houve despolimerização, forma-se um halo transparente; ● É um teste realizado para identificar S. aureus, porém algumas outras cepas de outras espécies também podem ser DNase positivas. Hialuronidase ou fator de dispersão: ● Age sobre o ácido hialurônico do tecido conjuntivo, permitindo maior dispersão da bactéria em tecidos. Lipase: ● Atua sobre os lipídios da pele. Beta-lactamase: ● Destrói o anel beta-lactâmico da penicilina; ● Apenas 10% dos S. aureus são sensíveis a antibióticos com anel beta-lactâmicos; ● Foram desenvolvidos, porém, penicilinas resistentes às beta-lactamases, como as meticilinas (oxacilina); ● Mais de 20% dos S. aureus já são resistentes à meticilina. São chamados de MRSA (meticilin resistentes Staphylococcus aureus) ou MARSA (sigla em português) ; ● Cepas MARSA apresentam-se, usualmente, resistentes a outros grupos de drogas indicadas para o tratamento dos Staphylococcus, como clindamicina, eritromicina, tetraciclina e menos frequentemente, gentamicina e sulfametoxazol/trimetropina. O antibiograma deve ser realizado para determinar a sensibilidade a essas drogas. ● No entanto, todos os MARSA são considerados resistentes a todas as cefalosporinas, inclusive as de 4a geração, como os carbapênicos (imipenem), independente do resultado do antibiograma; ● Foram desenvolvidas ainda substâncias químicas que, associadas aos antibióticos inibem essas beta-lactamases como, por exemplo, o ácido clavulânico e o sulbactam; ● Outra opção para o tratamento de cepas MARSA é o uso da vancomicina; ● Já existe resistência à vancomicina (cepas VRSA). 2 3. Toxinas (exotoxinas): Toxina esfoliativa: ● Causa a síndrome da pele escaldada em crianças; ● Impede a adesão das células epiteliais à superfície cutânea, dando impressão de queimadura. Enterotoxinas: ● 50% dos S. aureus produzem; ● Provocam intoxicação alimentar com incubação de 1-6 ou 1-8 horas; ● A toxina é produzida quando a bactéria cresce em alimentos protéicos que contém carboidratos; ● A toxina é termoestável (resiste a fervura durante 30 min); ● Sintomas: não há febre, apenas náuseas, vômitos e diarreia com convalescência rápida. Toxina da Síndrome do Choque Tóxico (TSST): ● Causa choque tóxico em mulheres menstruadas que utilizam absorventes internos, em pacientes com tampões nasais (para impedir sangramento pelo nariz) ou infecções de feridas; ● A toxina entra na corrente sanguínea, causando toxemia: febre, choque, envolvimento, de múltiplas sistemas orgânicos, incluindo erupção cutânea descamativa; ● As culturas de sangue geralmente não acusam o crescimento da bactéria; PATOLOGIA E PATOGENIA: Staphylococcus epidermidis: ● Faz parte da flora normal da pele e das mucosas (intestinal e GI); ● Pode causar infecções de cateteres intravenoso e de próteses ortopédicas e cardiovascular como, por exemplo de válvulas cardíacas (endocardite); ● Suas cepas que produzem glicocálice são mais propensas a aderir a materiais de implantes (próteses), formando biofilmes que as cepas não produtoras. Staphylococcus saprophyticus: ● Causa infecções no trato urinário em mulheres jovens sexualmente ativas; ● Depois da E. coli, este é o micro-organismos que mais causa infecções no trato 3 urinário. Staphylococcus aureus: ● Podem levar a quadros de portadores em 40-50% dos humanos; ● Causa infecções profundas, como: osteomielite, meningite, septicemia, pneumonia e endocardite. ● Também podem causar infecções cutâneas e superficiais, como: folículos, mastite, furunculose, abcessos, impetigo (bolhoso); ● Nessas infecções cutâneas a coagulase produz fibrina em torno da lesão e dentro dos linfócitos para delimitar o processo. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 1. Bacterioscopia (Gram); 2. Cultura: ● Em Ágar sangue; ● Em Ágar Chapman ou manitol salgado. 3. Testes de identificação: ● Catalase; ● Coagulase; ● DNase; ● Staphy test; ● Novobiocina. 4
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