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1 Broto pulmonar (divertículo respiratório) Na região do intestino anterior, próximo aos arcos faríngeos há uma evaginação formando o broto pulmonar (principio do desenvolvimento dos pulmões) O broto tem comunicação com o intestino anterior Posteriormente ele se alonga e depois se ramifica As porções mais próximas do intestino anterior formam a laringe, outra região a traqueia e brônquios Aparece na porção ventral da parte caudal do intestino primitivo (4°semana) O broto dá inicio ao desenvolvimento de todo o sistema respiratório O broto é revestido por endoderma e também todas suas porções que originará Endoderma origina o epitélio pulmonar, traqueal, bronquial e as glândulas da laringe, traqueia e brônquios Medoserma esplâncnico adjacente forma o TC, cartilagens, músculos lisos e vascularização Com o aparecimento do septo traqueoesofágico ocorre o estreitamento entre a luz do canal do broto e o intestino anterior Ele vai separar traqueia do esôfago Ele surge depois que o broto se forma e separa o sistema respiratório do digestivo SEPTO TRAQUEOESOFÁGICO Malformações ocorrem devido a anormalidades na divisão da traqueia e esôfago pelo septo traqueoesofágico o Ex: aparecimento de fistulas (canais de comunicação entre esôfago e a traqueia) que ocorrem devido a não formação correta entre o septo esofágico o O alimento para no sistema respiratório por meio dessa fistula o Precisa de correção cirúrgica 2 O sistema respiratório mantém sua comunicação com a faringe pelo orifício laríngeo Ele é a entrada da laringe para o S respiratório A epiglote fecha o canal de comunicação entre faringe e laringe Sulco laríngeo se comunica com a laringe e está entre o 4 e 6 arcos faríngeos O endoderma do divertículo respiratório originará o epitélio e glândulas do sistema respiratório O mesoderma esplâncnico originará TC, cartilagem, mm, vascularização Laringe É originada da porção mais cranial do broto pulmonar Através do orifício laríngeo, a laringe mantém o contato entre esôfago e traquéia (há desenvolvimento de epiglote) o Endoderma (epitélio de revestimento e glandular) o Mesenquima dos 4° e 6° pares de arcos faríngeos o Todo o estroma do pulmão é derivado de mesoderma esplâncnico o Cartilagens, mm e vascularização A laringe no início é um tubo oco e ocorre proliferação de células epiteliais + mesenquimais que obstruem o lumen da laringe como um todo Elas proliferam, pois no momento de recanalização é estabelecida toda a arquitetura correta da laringe (importante) – forma pregas vocais O orifício da laringe é obliterado por proliferação de células epiteliais e posteriormente sofre recanalização Erros no processo de recanalização: o Estenose da laringe (correção com dilatação endoscópica) o Atresia laríngea (síndrome de obstrução congênita das vias respiratórias superiores – rara) Não ocorre a recanalização e impacta na função da laringe – o ar não consegue chegar na traqueia e no pulmão = fatal Traqueia Se forma pelo alongamento da porção media do broto pulmonar Derivados endodérmicos (diferencia em epitélio e glândulas da traqueia) e mesodérmicos (se diferenciam para formar cartilagem, TC, vasos, mm) 3 Brônquios e pulmões A parte mais caudal do broto pulmonar se ramifica A traqueia na porção mais caudal se divide em 2 brotos brônquicos primitivos (ou primários) – direito e esquerdo na 5° semana Brotos brônquicos secundários e terciários logo se desenvolvem a partir dos brotos brônquicos primários (3 brotos direitos e 2 brotos esquerdos) o O processo de ramificação dos brônquicos dessa forma definiu o número de lóbulos pulmonares em cada lado Ramificação sucessivas dos brônquios forma o pulmão Bronquíolos terminais, bronquíolos respiratórios, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos Parte amarela = endoderma Parte roxa = mesoderma esplâncnico O celoma forma um espaço que é preenchido pelas ramificações da arvore brônquica Brotos pulmonares se expandem para a cavidade pericardioperitoneal (celoma) Ocorre a formação de uma prega pericardio pleural que separa a cavidade pleural e a pericárdica para que pulmão e coração se desenvolvam separadamente Eles inicial seu processo de desenvolvimento em um celoma comum mas são delimitados posteriormente Mesoderma esplancico pleura visceral Mesoderma somático pleura parietal Ramificações dos brotos pulmonares é dependente de interações entre endoderma do broto e mesoderma esplâncnico que o cerca 4 Depende da interação do endoderma (que forma o broto) e do mesoderma que o cerca Ocorre sinalização molecular para direcionar a ramificação Mesoderma produz fatores indutores que promovem crescimento/alongamento do broto pulmonar (FGF-10 induz BMP-4) O broto se alonga e produz fatores que inibem o mesoderma esplâncnico Fases da maturação pulmonar 1. Período pseudoglandular 2. Período canalicular 3. Período do saco terminal 4. Período alveolar PERÍODO PSEUDOGLANDULAR Entre 6-16 semanas As sucessivas ramificações dos brônquios resultam na formação de bronquíolos terminais (última parte da porção condutora – não realiza troca gasosa) Os principais elementos estão formados, exceto aqueles envolvidos nas trocas gasosas Ausência de bronquíolos respiratórios e alvéolos A respiração não é possível Fetos nascidos durante este período são incapazes de sobreviver PERIODO CANALICULAR Entre 16-26 semanas Tecido pulmonar altamente vascularizado Desenvolvimento de bronquíolos respiratórios (com sacos terminais – alvéolos primitivos) SNC nesse momento ainda é imaturo e isso pode dificultar a sobrevivência do feto Os bronquíolos terminais não tinham alvéolos A respiração é possível Fetos nascidos durante este período podem sobreviver com cuidados intensos PERIODO DO SACO TERMINAL Entre 26 ate o nascimento Formação de numerosos sacos terminais com células epiteliais delgadas (pneumocitos) Formação da barreira hematoaerea (trocas gasosas) 5 Sacos terminais formados por: o Células alveolares (pneumocitos) tipo I Pneumocitos I Células epiteliais pavimentosas Trocas gasosas – barreira hematoaerea o Células alveolares tipo II Células epiteliais arredondadas Secretam surfactante pulmonar Reduz a tensão superficial e auxiliar no processo de respiração PERIODO ALVEOLAR Entre 32 até 8 anos de idade Alvéolos presentes com revestimento epitelial pavimentoso extremamente fino Membrana respiratorio funcional (trocas gasosas) Antes do nascimento a luz tem liquido, muco Após o choro da criança há expansão do alvéolo, ele se enche de ar = Alvéolos maduros Alvéolos maduros característicos se formam somente após o nascimento Novos alvéolos podem se desenvolver ate os 8 anos de idade (septação que subdivide os alvéolos já existentes) SISTEMA RESPIRATORIO E O AMNIO AMNIOCENTESE (detecção de fosfatidilglicerol maturidade pulmonar) Em oligodraminio A criança no útero apresenta movimentos respiratórios fetais de inspiração e expiração, porem sem realizar trocas gasosas Nisso ela inspira o amnio, que percorre todo o broto pulmonar Na expiração ele sai e volta para a bolsa aminiotica Ademais, é possível saber o nível de maturação pulmonar por meio da medição de fosfatidilglicerol (presente no surfactante) no liquido aminiotico Após a 34 semana háaltas concentrações de surfactante Com a expiração, esse surfactante fica no liquido aminiotico e pode ativar macrófagos amnióticos Macrófagos migram para o útero e produzem prostaglandinas e isso gera contrações uterinas (sinalizam para o momento do parto) Pulmões 6 Antes do nascimento Pulmões cheios de liquido com alta concentração de cloreto e pouca proteína, muco, surfactante Trocas gasosas antes eram realizadas pela placenta TROCA GASOSA AUTONOMA precisa de: Produção de surfactante nos sacos alveolares Transformação dos pulmões de órgãos secretores para órgãos capazes de realizar trocas gasosas Antes o pneumócito tipo I ainda não funcionava, quando nasce ele deve realizar suas funções Estabelecimento das circulações sistêmicas e pulmonar em paralelo MOVIMENTOS RESPIRATORIOS FETAIS Se iniciam antes do nascimento – aspiração do liquido amniótico Estimulação do desenvolvimento pulmonar Condicionamento dos mm respiratórios Após o nascimento Liquido amniótico é absorvido por capilares sanguíneos e linfáticos Remoção pela traqueia durante a passagem pelo canal do parto MRF + diferenciação celular dos pneumocitos maturação normal MRF + cinética celular crescimento normal SINDROME DA ANGUSTIA RESPIRATORIO DO RECEM NASCIDO Produção insuficiente de surfactante Colapso dos alvéolos durante expiração Causa comum de morte em prematuros Tratamento de recém-nascidos com surfactante artificial e gestantes em trabalho de parto com glicocorticoides (estimulam produção de surfactante) Dica: Ler larsen
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