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APOSTILA TOTAL - GINASTICA ARTISTICA - 2021

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Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 2 
 
SOLO MASCULINO .............................................................................................................................................. 5 
A - FORMA ......................................................................................................................................................... 5 
B- DIMENSÕES ................................................................................................................................................. 5 
C- FLEXIBILIDADE ........................................................................................................................................... 5 
D- DESCRIÇÃO E INSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE .......................................... 6 
E – INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A....................................................................................................... 7 
CAVALO COM ALÇAS ......................................................................................................................................... 8 
A- FORMA .......................................................................................................................................................... 9 
B- DIMENSÕES ................................................................................................................................................. 9 
C- ALTURAS OFICIAIS .................................................................................................................................... 9 
D- DESCRIÇÃO E NSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ........................................... 9 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 10 
ARGOLAS ............................................................................................................................................................ 13 
A - FORMA ....................................................................................................................................................... 13 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 13 
- ARGOLAS .................................................................................................................................................. 13 
- Diâmetro interior: 18 cm. .......................................................................................................................... 13 
- PÓTICO ...................................................................................................................................................... 13 
- Altura dos pontos de suspensão, até o solo: 5,75 m. .......................................................................... 13 
C- INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ................................................................. 14 
D- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 15 
E- GRUPOS ESTRUTURAIS ........................................................................................................................ 15 
SALTO SOBRE A MESA.................................................................................................................................... 18 
MESA DE SALTO ............................................................................................................................................ 18 
A- FORMA ........................................................................................................................................................ 18 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 18 
TRAMPOLIM MODELO RHEUTER ............................................................................................................ 18 
C- FORMA ........................................................................................................................................................ 19 
D- DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 19 
E- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO ........................................................ 19 
F- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ....................................................................................................... 20 
BARRAS PARALELAS ( MASCULINAS ) ........................................................................................................ 23 
A- FORMA ........................................................................................................................................................ 23 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 23 
C- DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO ............................................................................................................. 24 
D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTACÃO DA SÉRIE ..................................... 24 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 25 
F- GRUPOS ESTRUTURAIS ........................................................................................................................ 25 
BARRA FIXA ........................................................................................................................................................ 27 
A- FORMA ........................................................................................................................................................ 27 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 28 
C- FLEXIBILIDADE ......................................................................................................................................... 28 
D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ..................................... 29 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 29 
SALTO SOBRE A MESA .................................................................................................................................... 31 
MESA DE SALTO ............................................................................................................................................ 31 
A- FORMA ........................................................................................................................................................ 32 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 32 
TRAMPOLIM MODELO RHEUTER ............................................................................................................. 32 
C- FORMA ........................................................................................................................................................ 33 
D- DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 33 
E- GENERALIDADES .....................................................................................................................................33 
F- GRUPOS DE SALTOS .............................................................................................................................. 34 
PARALELAS ASSIMÉTRICAS .......................................................................................................................... 36 
A- FORMA ........................................................................................................................................................ 36 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 36 
C- GENERALIDADES ..................................................................................................................................... 37 
D- CONTEÚDO DA SÉRIE ............................................................................................................................ 37 
TRAVE DE EQUILÍBRIO .................................................................................................................................... 39 
A - FORMA ....................................................................................................................................................... 39 
B - DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 39 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 3 
 
C - DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO ............................................................................................................ 40 
D - GENERALIDADES.................................................................................................................................... 41 
SOLO FEMININO ( TABLADO )........................................................................................................................ 43 
A - FORMA ....................................................................................................................................................... 43 
B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 43 
C- FLEXIBILIDADE ......................................................................................................................................... 43 
D- GENERALIDADES ..................................................................................................................................... 44 
E - CONTEÚDO DA SÉRIE ........................................................................................................................... 44 
HISTÓRIA DA GINÁSTICA OLÍMPICA ............................................................................................................ 45 
TRABALHO DE FELEXIBILIDADE, FORÇA E RESISTÊNCIA .................................................................... 49 
O TRABALHO DE FLEXIBILIDADE ................................................................................................................. 50 
Formas de trabalho da flexibilidade: ............................................................................................................. 50 
Em que ocasião fazer exercícios de flexibilidade: ...................................................................................... 51 
O TRABALHO DE FORÇA ................................................................................................................................ 52 
Momento da musculação na aula: ................................................................................................................ 53 
Duração: ........................................................................................................................................................... 53 
Alternância: ....................................................................................................................................................... 53 
As diversas etapas de trabalho: .................................................................................................................... 53 
Distribuição anual: ........................................................................................................................................... 53 
O TRABALHO DE RESISTÊNCIA .................................................................................................................... 55 
A CORRIDA DE VELOCIDADE: ................................................................................................................... 55 
A CORRIDA DE MEIO-FUNDO: ................................................................................................................... 56 
1. Primeira forma: ........................................................................................................................................ 56 
2. Segunda forma: ....................................................................................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 4 
 
 
 
SOLO MASCULINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 5 
 
SOLO MASCULINO 
 
A - FORMA 
Horizontal, lisa e sem emendas, representando a face dos exercícios. 
O quadro de segurança enquadra e limita a área de exercícios, mas sem se 
desprender possuindo em toda a volta do tablado 50 cm de largura no sentido 
horizontal e 50 cm inclinado em forma de rampa, desta forma o quadro de 
segurança medirá 1,0 metro de largura em toda a extensão do tablado. 
 
B- DIMENSÕES 
A área de exercícios deverá medir em comprimento e largura 12,0 x 12,0 metros e 
altura em relação ao piso deverá ser de 13,5 cm. 
Desta forma o tablado absorverá uma medida total de 14,0 x 14,0 metros, incluindo 
o quadro de segurança. 
 
 
 
 
 
 
C- FLEXIBILIDADE 
A flexibilidade deve ser idêntica em toda a área de exercícios, sendo que o tablado 
deve absorver a energia dos movimentos e amortecer os choques. A flexibilidade se 
dará através de molas, não possuirá vibrações e terá também um sistema de 
amortecimento de ruídos. 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 6 
 
 
D- DESCRIÇÃO E INSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE 
Descrição da Série no Solo 
A série de Solo é composta predominantemente por saltos acrobáticos combinados 
com elementos ginásticos, de flexibilidade, força, equilíbrio, paradas de mãos e 
ligações coreográficas, compondo uma série rítmica e harmônica executada 
utilizando toda a área do tablado (12m x 12m). 
 
Informações sobre a Apresentação da Série de Solo 
1. O ginasta deve iniciar a sua série de Solo dentro da área do tablado a partir da 
posição em pé com as pernas unidas. A avaliação da série se inicia com o primeiro 
movimento dos pés do ginasta. 
2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com 
completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 
3. Expectativas adicionais da montagem e apresentação da série: 
a) A série deve ser apresentada inteiramente dentro da área do tablado. Elementos 
iniciados fora da área do tablado serão julgados normalmente pela Banca B, mas 
não serão reconhecidos pela Banca A. 
i. A área disponível do tablado é delimitada por uma linha. Essa linha é considerada 
parte da área do tablado. O ginasta pode pisar na linha, mas não pode ultrapassá-
la. 
ii. A ultrapassagem da linha será controlada por 2 árbitros de linha que deverão 
estar colocados em cada uma das diagonais do tablado. Cada um controla as 2 
linhas laterais mais próximas a ele. Quando ocorrer de algum ginasta ultrapassar 
uma destas linhas o árbitro deverá informar à Banca de Arbitragem. O Responsável 
pela Banca fará as deduçõespor ultrapassagem da linha na Nota Final segundo os 
seguintes critérios: 
• Tocar um pé ou uma mão fora da área do Solo = 0,10. 
• Tocar com o pé, mão, ou pé e mão ou outra parte do corpo fora da área do Solo = 
0,30. 
• Aterrisagem diretamente fora da área do Solo = 0,50. 
• Elementos iniciados fora da área do Solo não têm valor. 
iii. Se o ginasta pisar fora da área do tablado os passos necessários para voltar ao 
tablado não serão considerados. 
b) A duração máxima da série de solo é de 70 segundos, e será controlada por um 
cronometrista. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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Não há um tempo mínimo para a série no Solo. Um cronometrista dará um sinal 
acústico aos 60 e aos 70 segundos para indicar o final da série. O tempo será 
medido após o primeiro movimento do pé do ginasta até a saída que deverá ocorrer 
em pé e com as pernas unidas. Se o tempo da série exceder o tempo máximo 
estipulado o cronometrista sinalizará ao Responsável pela Banca de Arbitragem que 
fará a dedução correspondente na Nota Final do ginasta. 
c) A área do tablado deve ser utilizada totalmente. Especificamente, entende-se que 
a série deve ser apresentada utilizando-se as diagonais e as laterais do tablado de 
uma maneira em que o ginasta utilize pelo menos uma vez cada um dos 4 cantos do 
tablado (A, B, C e D). 
d) Pausas de 2 segundos ou mais antes das seqüências acrobáticas e elementos 
não são permitidas. 
e) Toda seqüência ou elemento acrobático deve ser finalizado com visível controle 
antes de continuar com elementos não acrobáticos. Momentânea falta de controle 
nas aterrisagens durante as transições não são permitidas. 
f) Mergulhos e mortais ao rolamento (exemplo: 1 ½ mortal para frente) devem 
mostrar um apoio momentâneo de ambas as mãos; isto é, não podem ser 
executados sem o apoio das mãos ou com o contato apenas das costas das mãos. 
g) Uma parada na força no Solo dever ser mantida apenas se isso for exigido ou 
necessário para a Dificuldade, mas cabe ao ginasta mostrar claramente sua 
intenção. 
h) A série de Solo deve ser concluída com um elemento acrobático que tenha a sua 
aterrisagem com as pernas unidas (elementos com rolamento não são permitidos 
para o final da série). 
4. Para uma completa lista de erros e deduções veja o Capítulo 6 e o resumo dos 
descontos no Artigo 24. 
 
E – INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. Os Grupos de Elementos são: 
I. Elementos não acrobáticos 
II. Elementos acrobáticos para frente 
III. Elementos acrobáticos para trás 
IV. Elementos acrobáticos laterais, para trás e para frente a partir de saltos com ½ 
volta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAVALO COM ALÇAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAVALO COM ALÇAS 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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A- FORMA 
- Compõe-se de um corpo prismático, suportado por uma base. A fabricação 
do corpo é executada em duas partes, os lados do corpo são inclinados para o 
interior, a superfície de apoio é abaloada e a sessão longitudinal é horizontal e 
plana. 
 
B- DIMENSÕES 
- CORPO DO CAVALO - Comprimento em cima: 1,60 m. 
 - Comprimento embaixo: 1,55 m. 
 - Largura em cima: 35 cm. 
 - Largura embaixo: 30 cm. 
 - Altura: 28 cm. 
 - Altura da parte superior até o solo: 1,15 m. 
 
- ARÇÕES ( OU ALÇAS) - Diâmetro: 7 cm. 
 - Largura da base: 31 cm. 
 - Altura: 12 cm. 
 - Espaço entre as alças: de 40 à 45 cm. 
 
- REGULAGEM DE ALTURA - de 1,10 à 1,50 m. 
 
C- ALTURAS OFICIAIS 
- ALTURA DO APARELHO - Altura da parte superior do corpo do cavalo até a 
superfície do colchão: 1,05 m. 
- ALTURA DO COLCHÃO - 10 cm. 
 
 
 
 
D- DESCRIÇÃO E NSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE 
Descrição da Série no Cavalo com Alças 
A moderna série de Cavalo com Alças caracteriza-se por diferentes tipos de volteios 
com pernas unidas e afastadas em diversas posições de apoio e sobre todas as 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 10 
partes do cavalo, além de impulsos com uma perna e/ou tesouras. Impulsos 
passando pela parada de mãos com ou sem piruetas são permitidos. Todos os 
elementos devem ser executados com impulso e sem a menor interrupção do 
movimento. Elementos de força e estáticos não são permitidos. 
 
Informações sobre a Apresentação da Série de Cavalo com Alças 
1. O ginasta deve iniciar a sua série da posição em pé. Um passo ou pequeno salto 
de aproximação é permitido. O julgamento se inicia quando o ginasta toca a mão, ou 
as mãos, no aparelho. 
2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com 
completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 
3. Expectativas adicionais na apresentação técnica e montagem das séries são: 
a) A série deve ser composta exclusivamente de elementos de impulso sem 
interrupção ou uso de força evidente. 
b) Volteios e flairs devem ser executados em completa extensão do corpo. Falta de 
amplitude será penalizada como uma dedução global no final de série. 
c) Nas tesouras e elementos de embalo de uma perna o ginasta deve demonstrar 
elevação dos quadris e um grande afastamento das pernas. 
d) Os elementos à parada devem ser apresentados com os braços completamente 
estendidos e sem nenhuma interrupção ou evidente uso de força. 
e) As saídas normalmente devem ser apresentadas a partir do apoio lateral e 
finalizadas em pé voltado para o eixo longitudinal do aparelho e ao lado do local do 
último apoio da mão no aparelho. 
f) Uma saída pela parada deve passar sobre o corpo do cavalo ou incluir 270º de 
pirueta quando iniciada lateralmente ao aparelho, ou 360º se iniciada em sentido 
longitudinal. 
 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. Os Grupos de Elementos são: 
I. Elementos de impulso com uma perna e tesouras 
II. Volteios e flairs com ou sem spindles e/ou paradas de mãos 
III. Transportes laterais e longitudinais 
IV. Coroamento dorsal e facial, fl ops e elementos combinados 
V. Saídas 
2. Nas séries devem ser incluídos pelo menos um elemento de cada 
Grupo com valor mínimo B, com exceção da saída que deverá ter valor 
mínimo D. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ARGOLAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 ARGOLAS 
 
A - FORMA 
 - É utilizado em Ginástica Olímpica masculina, este aparelho é composto de duas 
argolas redondas suspensas por cabos de aço, as argolas terão um perfil circular 
regular, e os cabos de aço de suspensão são prolongados por uma correia de 
couro. O pórtico compreende dois perfis metálicos verticais e um perfil metálico 
horizontal, onde é adaptado um sistema de rótula com rolamentos, os cabos de aço 
serão duplos e terão um sistema de ancoragem no piso. 
 
B- DIMENSÕES 
- ARGOLAS 
- Diâmetro interior: 18 cm. 
- Diâmetro do perfil: 2,8 cm. 
- Correia - comprimento: 70 cm. 
 - largura: 3 cm. 
- Distância entre as argolas: 50 cm. 
- Distância desde a parte interior, inferior - até o solo: 2,80 m. 
 -até o colchão:2,60 m. 
- Altura do colchão de chegada: 20 cm. 
 
- PÓTICO 
- Altura dos pontos de suspensão, até o solo: 5,75 m. 
- Distância dos tubos, do nível do solo: 2,60 m. 
- Comprimentoda parte horizontal: 1,40 m. 
- Distância dos pontos de âncoragem - longitudinal: 5,50 m. 
 - transversal: 4,00 m. 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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C- INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE 
Descrição da Série na Argolas 
A série nas Argolas deverá ser composta por elementos de impulso, força e 
estáticos em aproximadamente iguais proporções. Estas partes e ligações deverão 
ser executadas pela suspensão, para ou através do apoio, da ou através da parada 
de mãos e deve predominar a execução com os braços estendidos. Na ginástica 
contemporânea as séries são caracterizadas pela transição entre elementos de 
impulso e força ou vice-versa. Os balanços e cruzamentos dos cabos não são 
permitidos. 
 
Informações sobre a Apresentação da Série 
1. Da posição em pé o ginasta deve saltar ou receber ajuda para saltar à suspensão 
nas Argolas, sem balanço, com as pernas unidas e boa postura. O julgamento 
 
começa com o primeiro movimento do ginasta a partir do momento que abandona o 
solo. Não é permitido ao treinador balançar o ginasta para o início de sua série. 
2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com 
completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 
3. A série deve ser composta em quantidade aproximadamente igual de elementos 
de impulso, estáticos e de força. 
4. Além dos aspectos técnicos, estéticos, apresentação e montagem da série, é 
esperado: 
a) Posições estáticas devem ser atingidas diretamente, com braços estendidos e 
sem necessidade de correções de posição ou postura. 
b) Todas as posições estáticas devem ser mantidas por no mínimo 2 segundos. 
c) Os balanços devem ser conduzidos à parada ou pela parada, ou diretamente a 
elementos estáticos de força sempre que a natureza do balanço o permita. 
d) Durante todos os impulsos que conduzem a elementos estáticos de força os 
ombros não podem subir acima do nível da posição estática final. Qualquer desvio 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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resultará em deduções pela Banca B e, dependendo da natureza do elemento, pode 
levar ao não reconhecimento pela Banca A, ou reconhecimento como 2 elementos. 
e) A tomada chaveada (falsa empunhadura) para elementos estáticos de força não 
é permitida. 
f) Os braços deverão estar estendidos todas as vezes que a natureza do elemento o 
permita. 
D- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. Os Grupos de Elementos são: 
I. Kipes e elementos de impulso (incluindo esquadros) 
II. Impulsos à parada (2 seg.) 
III. Impulso para elementos estáticos de força (não esquadros) (2 seg.) 
IV. Elementos de força e estáticos (2 seg.) 
V. Saídas 
2. Regras e informações adicionais: 
a) Elementos estáticos devem ser mantidos por no mínimo 2 seg. e não serão 
reconhecidos como Dificuldade ou exigência de Grupo de Elemento se mantido por 
menos de 1 segundo. 
b) Subidas na força sempre seguem a um prévio elemento estático e são finalizados 
em posições estáticas (2 segundos). São reconhecidos apenas se o elemento 
estático precedente foi reconhecido e se a posição final for mantida por pelo menos 
1 segundo. 
c) Elementos com o cruzamento dos cabos não são permitidos e receberão 
dedução como erro de composição da série. 
 
E- GRUPOS ESTRUTURAIS 
I- Embalos para frente passando pela suspensão 
 * dominações 
 * oitavas e giros 
II- Embalos para trás passando pela suspensão 
 * dominações 
 * giros 
III- Cruzamento dos cabos 
IV- Kipes 
 
V- Oitavas e dominações à força 
VI- Embalos passando pelo apoio 
VII- Embalos para partes estáticas de força 
VIII- Paradas de mãos na força e elementos estáticos 
IX- Saídas 
 * para frente 
 * para trás 
 
 
 
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SALTO SOBRE A MESA 
MASCULINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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SALTO SOBRE A MESA 
 
MESA DE SALTO 
 
 
 
A- FORMA 
 
B- DIMENSÕES 
 - O CORPO: comprimento: 1,20 m 
 largura da mesa: 0,80 m 
- A BASE: para as mulheres: 1,25m 
 para os homens: 1,35 m. 
 
 - REGULAGENS: de 1,10 à 1,50 m. 
 
 
TRAMPOLIM MODELO RHEUTER 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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C- FORMA 
 - A superfície superior será em forma convexa e construída em estrutura de 
fibra de vidro. A base ou chassis será executada em madeira compensada do tipo 
naval. 
 
D- DIMENSÕES 
 - comprimento: 1,20 m. 
 - largura: 60 cm. 
 - altura: 20 cm. 
 - estofamento: 2 cm. 
 - altura total com estofamento: 22 cm. 
 
E- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO 
Descrição do Salto sobre a Mesa 
O ginasta deve apresentar apenas um Salto, exceto na Qualificação e na Final por 
Aparelhos onde deve apresentar 2 saltos de Grupos diferentes e com 2a fase de 
vôo diferentes. Cada Salto inicia-se 
a partir de uma corrida e um impulso com os dois pés (com ou sem rodante), com 
as pernas unidas no trampolim, segue uma breve fase de apoio com uma ou duas 
mãos na mesa de salto. O Salto pode conter rotações simples ou múltiplas em torno 
dos 2 eixos do corpo. Após o primeiro Salto o ginasta deverá retornar rapidamente à 
posição de início da corrida e ao sinal do Responsável pela Banca de Arbitragem do 
aparelho deverá apresentar seu segundo Salto. 
 
Informações sobre a Apresentação do Salto sobre a Mesa 
1. O ginasta deve iniciar a corrida do Salto de uma posição estática com as pernas 
unidas e a uma distância máxima de 25 metros da extremidade mais próxima da 
mesa de salto. O salto se inicia com 
o primeiro passo ou saltito do ginasta, mas a avaliação se inicia ao primeiro contato 
dos pés com o trampolim. A distância da corrida de aproximação deverá ser 
marcada no chão ao lado da pista de corrida do Salto. No final da pista deverá ser 
fixado um marco indicativo da distância limite. O ginasta pode interromper a corrida 
e continuá-la, mas ela não pode ser repetida. 
2. O Salto termina com a aterrissagem atrás da mesa de salto na posição em pé 
com as pernas unidas de frente ou de costas para a mesa. 
3. O ginasta deve apresentar apenas saltos que possa executar com completa 
segurança e alto grau de controle técnico e estético. O ginasta deve mostrar o 
Número de Identificação do Salto que pretende apresentar antes de saltar. 
4. O ginasta pode apenas abandonar o trampolim com as pernas unidas de frente 
ou de costas para a mesa. O rodante é o único elemento que pode ser apresentado 
antes do ginasta tocar o trampolim. 
Para esse tipo de salto a utilização da proteção ao redor do trampolim (“colar”) é 
obrigatória e deve ser oferecida pela organização da competição. 
5. O ginasta deve mostrar de maneira clara e bem definida a posição corporal do 
Salto (grupado, carpado ou estendido). Posição corporal indefinida será penalizada 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 20 
pela Banca B e poderá resultar no reconhecimento como um salto de valor menor 
pela Banca A. 
6. Bases para a Avaliação do Salto pela Banca B: 
a) Primeira fase de vôo, até o apoio de uma ou duas mãos. 
b) Segunda fase de vôo, incluindo a repulsão na mesa de salto até a aterrissagem 
na posição em pé. O ginasta deve demonstrar um evidente aumento da altura do 
corpo na repulsão sobre a mesa. 
c) Posição do corpo no momento em que toca a mesa de salto. 
d) Deduções de desvios de alinhamento relativos ao eixo da mesa. 
 
e) Execução técnica durante todo o salto. 
f)Aterrisagem. 
7. Regras de Aterrisagem 
a) O ginasta deve aterrizar com os dois pés dentro de uma área para esquerda ou 
para a direita da extensão de uma linha que passe centro da mesa. Como descrito 
na ilustração a seguir. 
Estas linhas devem ser marcadas claramente no colchão de chegada. É permitido 
ao ginasta pisar na linha, mas não ultrapassá-la. O colchão onde se encontram as 
marcas de chegada do salto deve estar bem fixado para não apresentar 
deslocamentos. 
8. Na segunda fase de vôo, o ginasta deve demonstrar um evidente aumento da 
altura do centro de gravidade em relação à altura do momento em que mãos 
empurravam o aparelho. 
9. Saltos com mortal grupado ou carpado devem apresentar uma distinta fase de 
abertura na preparação para a aterrissagem. Uma aterrissagem sem preparação é 
um sinal evidente de falha técnica e resulta em deduções na execução técnica e 
também na aterrissagem. 
 
F- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. O ginasta deve apresentar um salto na Qualificação, Final por Equipes e 
Individual Geral. Na Qualificação para a Final de Salto e na Final o ginasta deve 
apresentar 2 saltos que devem ser de Grupos diferentes e não podem ter 2a fase de 
vôo idênticas. 
Grupo I Saltos diretos 
Grupo II Saltos com pirueta no primeiro vôo 
Grupo III Reversões e Yamashitas 
Grupo IV Saltos com ¼ de pirueta no primeiro vôo (Tsukahara e Kasamatsu) 
Grupo V Saltos com entrada em rodante 
2. Cada Salto é listado, numerado e tem um valor nas Tabelas de Dificuldades de 
seu Grupo. 
a) Saltos com apoio de uma mão são considerados idênticos ao seu equivalente 
com apoio nas duas mãos. 
3. Para cada salto é dado um único Valor de Dificuldade baseado na sua 
complexidade. 
4. Antes da execução de cada salto deve ser apresentado à Banca A o número do 
salto como assinalado no CP. Isso é função do ginasta, ou de um assistente, e será 
feito através de uma placa sinalizadora e não haverá penalidade em caso de erro. 
Exemplo: # 319, o “3” representa o Grupo do Salto; o “19” designa o número do 
salto dentro do Grupo. 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 21 
5. O ginasta deve mostrar de maneira clara e bem definida a posição corporal do 
salto (grupado, carpado ou estendido). Posição corporal indistinta poderá resultar no 
seu não reconhecimento pela Banca 
 
 
A ou reconhecimento como um salto de valor de Dificuldade menor (veja as 
posições corporais definidas no Capítulo 13.1). O ginasta deve apresentar o número 
do salto que ele pode executar, não o daquele que tem esperança de fazer. Essa 
advertência se aplica especialmente para o reconhecimento da posição estendida e 
carpada. 
 
 
 
 
6. O salto é considerado inválido (0.00 pontos, pela Banca A e Banca B) 
quando: 
a) A corrida de aproximação é apresentada e o ginasta toca no trampolim e/ou na 
mesa de salto sem saltar. 
b) A corrida for interrompida e o ginasta retornar para reiniciá-la. 
c) O salto for tão ruim que não possa ser identificado ou o ginasta utilizar-se da 
repulsão dos pés sobre a plataforma. 
d) O salto for executado com duplo apoio, isto é, quando houver duas vezes o apoio 
das mãos, ou da mesma mão. 
e) O salto é executado sem fase de apoio, isto é, nenhuma das mãos toca o 
aparelho. 
f) A aterrissagem não se dá inicialmente sobre os pés. Isto significa que pelo menos 
um dos pés deve tocar o colchão antes de qualquer outra parte do corpo. 
g) Aterrissagem intencional em posição lateral. 
h) O ginasta apresenta um salto proibido (pernas afastadas, mortal no primeiro vôo, 
elemento proibido antes do trampolim, etc.). 
i) O segundo salto pertence ao mesmo Grupo do primeiro na Qualificação e na Final 
de Salto. 
j) O ginasta não usa o “colar” de proteção nos saltos com entrada em rodante 
(Grupo V). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARALELAS 
MASCULINAS 
 
 
 
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BARRAS PARALELAS (MASCULINAS) 
A- FORMA 
Composto de duas barras paralelas do mesmo tamanho, sendo que embaixo das 
mesmas haverá uma pequena curvatura para a tensão das barras. Cada barra será 
suportada por dois tubos fixados num quadro estável, servindo de base. estes tubos 
se compõem de uma parte fixa e de outra telescópica móvel, permitindo regulagem 
de altura e de abertura entre as barras. 
 
B- DIMENSÕES 
Comprimento: 3,50 m. 
Perfil - eixo vertical: 5 cm. 
- eixo horizontal: 4 cm. 
Distância entre as barras: de 42 a 52 cm. 
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Regulagem de altura: de 1,20 a 2,00 m. 
Regulagem de largura: de modo contínuo. 
 
C- DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO 
Os barrotes serão de fibra de vidro e flexíveis sendo os mesmos testados com uma 
carga de 135 Kg em sua parte central, os barrotes serão encapados com uma 
película de madeira especial para maior aderência. As bases desse aparelho serão 
de chapa de aço inclinada nas extremidades. 
 
 
 
 
 
 
 
D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTACÃO DA SÉRIE 
Descrição da Série nas Paralelas Simétricas 
A série atual nas paralelas é constituída predominantemente de elementos de 
impulso e vôo selecionados de todos os Grupos de Elementos e executados em 
contínua transição entre posições variadas de suspensões e apoios de maneira a 
demonstrar todo o potencial do aparelho. 
 
Informações sobre a Apresentação da Série de Paralelas Simétricas 
1. O ginasta deve iniciar sua entrada ou sua corrida da posição em pé com as 
pernas unidas. A série se inicia quando o ginasta toca com uma ou ambas as mãos 
no aparelho, mas o julgamento só se inicia no momento em que os pés do ginasta 
abandonam o solo. Impulso com uma das pernas ou saltar com uma perna elevada 
não é permitido (os pés devem abandonar o solo simultaneamente). 
2. Para a entrada é permitido ao ginasta utilizar um trampolim colocado na altura do 
colchão de saída regulamentar. 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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3. Pré-elementos não são permitidos. Isso significa que qualquer elemento com 
rotação superior a 180º em qualquer eixo do corpo não pode ser executado antes 
que o ginasta segure o/os barrote(s). 
4. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com 
completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 
5. Além da apresentação e montagem da série é esperado que: 
a) Uma parte estática deve ser mantida por no mínimo 2 segundos para ser 
reconhecida. 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. Os Grupos de Elementos são: 
I. Elementos de impulso em apoio de mãos nos dois barrotes 
II. Elementos de impulso em apoio braquial 
III. Elemento de impulso através da suspensão nos dois barrotes 
IV. Da suspensão para 1 ou 2 barrotes 
V. Saídas 
 
F- GRUPOS ESTRUTURAIS 
1.Impulsos para frente através do apoio braquial. 
2.Impulsos para trás através do apoio braquial. 
3.Impulsos para frente através do apoio. 
4.Impulsos para trás através do apoio. 
5.Impulsos para frente na suspensão. 
6.Impulsos para trás na suspensão. 
7.Impulsos em suspensão semi-invertida. 
8.Elementos laterais em um barrote. 
9.Impulsos de pernas. 
10.Elementos de força e estáticos. 
11.Saídas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BARRA FIXA 
 
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 BARRA FIXA 
 
A- FORMA 
 - Compõe-se de uma barra de seção redonda sustentada pôr dois 
tubos verticais que repousam sobre o solo e sua pressão é repartida, pôr um 
sistema de cabos de aço e quatro pontos de ancorarem. 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 28B- DIMENSÕES 
 - Diâmetro: 2,8 cm. 
 - Comprimento entre os pontos de apoio: 2,40 m. 
 - Altura Regulável: de 2,55m a 2,95m. 
 - Medida desde o solo: 2,75m. 
 - Distância dos pontos de ancorarem: 
 no sentido longitudinal: 5,50 m. 
 no sentido transversal: 4,00 m. 
 
 
 
 
 
C- FLEXIBILIDADE 
 
 - A barra terá uma certa elasticidade, sendo que esta elasticidade 
será da própria barra e também do conjunto do aparelho. a barra oscilará 
livremente e permitirá a rotação e o deslizamento das mãos sem 
derrapagem. 
 
 
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D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE 
Descrição da Série No Aparelho Argolas 
A série moderna de Barra deve ser uma apresentação dinâmica que consiste 
inteiramente de uma combinação fluente de elementos de impulso, giros, e 
elementos de vôo, elementos próximos e afastados da barra executados em 
diferentes empunhaduras e assim demonstrar todo o potencial do aparelho. 
 
Informações sobre a Apresentação da Série nas Argolas 
1. O ginasta deve saltar ou receber ajuda para saltar à suspensão estática ou com 
pequeno balanço a partir da posição em pé com as pernas unidas ou de uma 
pequena corrida, mas sempre com boa postura. O julgamento se inicia quando o 
ginasta abandona o solo. 
2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com 
completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 
3. Além da apresentação e montagem da série é esperado que: 
a) A série deve ser composta inteiramente por elementos de impulso sem 
interrupções ou pausas. 
b) Elementos de vôo devem apresentar uma fase clara de deslocamento acima da 
Barra. 
 
E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 
1. Os Grupos de Elementos são: 
I. Balanços na suspensão com ou sem giro longitudinal 
II. Elementos de vôo 
 
III. Elementos próximos à barra 
IV. Elementos em tomada cubital, em suspensão dorsal e elementos de 
costas para a barra 
V. Saídas 
 
 
 
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SALTO SOBRE A MESA 
FEMININA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 SALTO SOBRE A MESA 
MESA DE SALTO 
 
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A- FORMA 
 
B- DIMENSÕES 
 - O CORPO: comprimento: 1,20 m. 
 largura: 0,80 m. 
 - A BASE: para as mulheres: 1,25 m. 
 para os homens: 1,35 m. 
 - REGULAGENS: de 1,10 à 1,50 m. 
 
 
TRAMPOLIM MODELO RHEUTER 
 
 
 
 
 
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C- FORMA 
 - A superfície superior será em forma convexa e construída em estrutura de 
fibra de vidro. A base ou chassis será executada em madeira compensada do tipo 
naval. 
 
D- DIMENSÕES 
 - comprimento: 1,20 m. 
 - largura: 60 cm. 
 - altura: 20 cm. 
 - estofamento: 2 cm. 
 - altura total com estofamento: 22 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E- GENERALIDADES 
Todos os saltos devem ser executados com o apoio de ambas as mãos sobre o 
cavalo. - O comprimento da corrida é individual para cada ginasta. 
 A chegada do trampolim é possível: - desde uma corrida. 
 - desde um elemento de chegada ao 
trampolim com ambos os pés. 
O salto não pode ter mais de elemento preparatório antes da chegada ao trampolim. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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São permitidas três corridas de aproximação, se a ginasta não tocar o trampolim ou 
o cavalo. 
Não é permitida uma quarta corrida de aproximação. 
 
F- GRUPOS DE SALTOS 
Os saltos se classificam nos seguintes grupos: 
 - GRUPO 1- Saltos sem mortais ( Reversões para frente, Yamashitas) e com 
ou sem giros no eixo longitudinal no 1ª e/ou 2ª fase de vôo. 
 - GRUPO 2- Reversões para frente com ou sem pirueta (360°) na entrada do 
salto - mortal para frente ou para trás com ou sem giro no eixo longitudinal na 2ª 
fase de vôo. 
 - GRUPO 3- Rodante (180°) na entrada (Tsukahara) - mortal para trás ou 
para frente com ou sem giro no eixo longitudinal na 2ª fase de vôo. 
 - GRUPO 4- Round-off com ½ ou 1/1 giro (180° ou 360°) na entrada do salto 
(Yurchenko) - mortal para frente ou para trás com ou sem giro no eixo longitudinal 
na 2ª fase de vôo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PARALELAS 
ASSIMÉTRICAS 
 
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PARALELAS ASSIMÉTRICAS 
 
A- FORMA 
 Este aparelho é composto de duas barras horizontais paralelas, de alturas 
diferentes, suportadas por quatro tubos fixados sobre uma base. Cada barra é 
sustentada por dois tubos apoiados em base de chapa de aço, sendo um longo e 
um curto, e sendo os mesmos ligados por um sistema de abertura de barras. 
 
B- DIMENSÕES 
Comprimento do barrote - 2,40 m. 
Altura até a aresta superior:- Barra superior - 2,40 m. 
 Barra inferior - 1,60 m. 
Regulagem - a abertura vai de 90 cm à 1,40 m ( gravada e bem legível). 
 
 
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C- GENERALIDADES 
A avaliação da série começa com a saída do trampolim ou do colchonete. Não será 
permitida suportes adicionais embaixo do trampolim (Ex.: um trampolim ou colchão 
extra). 
Uma segunda corrida de impulso para a entrada será permitida, quando a ginasta 
na sua tentativa, não toca no trampolim e não entra em contato com o aparelho. 
Tem direito a uma terceira corrida de impulso, recebendo uma dedução de 0,50 
pontos. 
Durante uma queda do aparelho, se permite um tempo de interrupção de 10 
segundos antes que a série continue. 
 
 
 
 
 
 
 
 
D- CONTEÚDO DA SÉRIE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRAVE DE EQUILÍBRIO 
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TRAVE DE EQUILÍBRIO 
 
A - FORMA 
Este aparelho é composto de uma trave sustentada por dois suportes fixos, 
montadas sobre pedestais tubulares. A mesma é retilínea e horizontal, e os pés não 
podem ultrapassar as extremidades da trave. 
 
B - DIMENSÕES 
TRAVE- Comprimento: 5,0 metros. 
Em corte: - superfície superior: 1 
- eixo transversal: 13 cm. 
- eixo vertical: 16 cm. 
 - superfície inferior: 10 cm. 
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Altura da superfície de apoio: 1,20 m. 
BASE: - abertura: 5,0 m ( máximo ) 
 - largura: 1,25 m ( máximo ) 
 
 
 
 
 
C - DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO 
A superfície superior terá certa flexibilidade, para amortecer os choques e proteger 
as articulações e os membros. 
A mesma é fabricada afim de não ocasionar nenhuma instabilidade de apoio, o 
revestimento superior da trave é antiderrapante, e sua parte inferior é forrada com 
ETAFON e PALMILHA. Os pés do aparelho são antiderrapantes e não possuem 
ângulos agudos, a parte superior é composta de madeira e alumínio para que se 
torne indeformável. 
 
 
 
 
 
 
 
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D - GENERALIDADESO início da série começa com a saída do trampolim ou do piso. 
Uma segunda corrida de impulso para a entrada será permitida, quando a ginasta 
em sua primeira tentativa, não tocar o aparelho, nem o trampolim. 
A ginasta tem direito a uma terceira corrida de impulso, recebendo um desconto de 
0,50 pontos. 
A duração de uma série opcional ( livre ), não pode ser menor que 1,10 minutos, 
nem maior que 1,30 minutos. Pôr tempo maior ou menor que o permitido a dedução 
é de 0,10 pontos. 
Cronometragem: As assistentes começam a cronometrar, quando a ginasta 
abandona o trampolim ou o colchão. Elas detêm os relógios quando a ginasta, 
depois de terminar seu exercício na trave, toca o solo ( colchão ). Dez ( 10 ) 
segundos antes do máximo do tempo, será dado um sinal acústico, para que a série 
seja finalizada. 
Se a saída ocorre junto com o toque do segundo sinal, não há deduções de pontos. 
Se a saída ocorre depois do toque do segundo sinal, haverá uma dedução pôr 
tempo maior. As árbitras valorizam a série no geral, incluindo a saída. 
Tempo intermediário: 
Pela interrupção da série devido a queda deste aparelho, um período de tempo de 
10 segundos é tomado. A duração da queda é tomada separadamente; não será 
calculada com o tempo total da série. 
A cronometragem do tempo intermediário começa quando a ginasta toca o colchão. 
O tempo de queda termina quando os pés da ginasta saem do colchão para retornar 
a viga. 
Depois de subir a viga, ao cronometragem recomeça com o primeiro movimento 
para continuar a série. 
Se exceder o tempo de 10 segundos, a série é considerada terminada. Se deduzem 
as partes de valor e os requisitos especiais faltantes 
 
 
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SOLO FEMININO 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SOLO FEMININO ( TABLADO ) 
A - FORMA 
Horizontal, lisa e sem emendas, representando a face dos exercícios. 
O quadro de segurança enquadra e limita a área de exercícios, mas sem se 
desprender possuindo em toda a volta do tablado 50 cm de largura no sentido 
horizontal e 50 cm inclinado em forma de rampa, desta forma o quadro de 
segurança medirá 1,0 metro de largura em toda a extensão do tablado. 
 
B- DIMENSÕES 
A área de exercícios deverá medir em comprimento e largura 12,0 x 12,0 metros e 
altura em relação ao piso deverá ser de 13,5 cm. 
Desta forma o tablado absorverá uma medida total de 14,0 x 14,0 metros, incluindo 
o quadro de segurança. 
 
 
 
 
 
C- FLEXIBILIDADE 
A flexibilidade deve ser idêntica em toda a área de exercícios, sendo que o tablado 
deve absorver a energia dos movimentos e amortecer os choques. A flexibilidade se 
dará através de molas, não possuirá vibrações e terá também um sistema de 
amortecimento de ruídos. 
 
 
 
 
 
 
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D- GENERALIDADES 
 - A série começa com o primeiro movimento ginástico ou acrobático da 
ginasta. A duração da série de solo não pode ser menor que 1:10 minutos, 
nem maior que 1:30 minutos. A dedução por tempo menor ou maior é de 0,10 
pts. 
 - Cronometragem: A assistente inicia o cronometro quando a ginasta 
começa no solo a executar o primeiro movimento da série. As mesmas detêm 
os relógios, quando a ginasta termina com o ultimo movimento de sua série. 
A série deve terminar com a música. 
 - Esta permitido: - acompanhamento musical com orquestra, piano ou 
outro instrumento sem canto. O acompanhamento se realiza através de uma 
fita gravada. 
 - A cada vez que a ginasta ultrapassar a área do piso ( 12,0 x 12,0 m.) 
será descontada, isto é, tocando com qualquer parte do corpo fora da marca, 
será deduzido. 
 
E - CONTEÚDO DA SÉRIE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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HISTÓRIA DA GINÁSTICA OLÍMPICA 
 
Os especialistas em ginástica preocupam-se muito com a técnica e se esquecem da 
dimensão cultural de seu esporte. Para cobrir essa lacuna, redigimos um pequeno 
estudo da história da ginástica esportiva, destinado a esclarecer os interessados. 
O termo Ginástica existe há milhares de anos, como uma ginástica educativa, de 
formação do corpo, conhecida também com o nome de Educação Física ou, como 
uma ginástica médica ou terapêutica, que se pratica nas antigas civilizações, para 
manter e melhorar a saúde. 
Os termos “Ginástica”, “Desporto” e “Educação Física” se confundem muito 
freqüentemente na linguagem de diversos filósofos, lingüistas e pedagogos. 
A natureza incita o homem ao movimento, ou seja, ao domínio de seu corpo, o que 
leva à ginástica natural. 
 Alguns evocam a acrobacia que se praticou em todos os tempos e em todas as 
partes. Outros mencionam a condição física que sempre foi considerada necessária. 
Todos aceitam a importância nesse sentido da Antigüidade grega. 
 As teorias de Platão (428 - 348), as de Aristóteles (384 - 322) ou as de Galeno (132 
- 201) entre outros não podem ser ignoradas. 
A partir desses pensadores as teses são numerosa e extraordinariamente diversas. 
Muitos mestres colaboraram para o desenvolvimento da ginástica. No século XVI, os 
franceses Rotterdam (1469 - 1536), Rabelais (1493 - 1533), Montaigne (1533 - 
1592), além do italiano Mercurialis (1530 - 1606), autor da obra “De Arte Ginastica”, 
publicada em Veneza, em 1569, constituindo uma fonte inesgotável e precisa de 
informações históricas, principalmente no que se refere a história dos gregos e 
romanos. 
No século XVII, o filósofo inglês Locke (1632 - 1704) e o pedagogo tcheco 
Comenius (1592 - 1670). 
No século XVIII, alguns autores estabeleceram as bases da ginástica pedagógica, 
entre eles, o filósofo Genebrano Rousseau (1712 - 1778), o maior e mais audacioso 
inovador no domínio da Educação Física, o pedagogo suíço Pestalozzi (1746 - 
1827) e Basedow (1723 - 1790), fundador de um ginásio na Alemanha e 
propagandista na Rússia. 
No final do século surgiram os criadores da ginástica moderna: Guts Muths (1759 -
1839), autor alemão da obra “Gysmnastik Fur Jugend”, publicada em 1793; 
Francisco Amoros (1769 - 1849), espanhol estabelecido na frança a partir de 1814, 
fundador de uma escola de ginástica; Ling (1776 - 1839), sueco, criador do primeiro 
Instituto Nacional de Educação Física de Estocolmo; Jahn (1778 - 1852), teórico 
nacionalista alemão e político, inventou o termo “Turnen” e autor em 1816 da obra 
“Die Deutsche Turnkunst”; Clias (1782 - 1854), suíço, fundador emBerna de um 
ginásio completo em 1816, tendo neste mesmo ano publicado sua primeira obra “A 
Ginástica Elementar”. Clias surgiu na França mais ou menos na mesma época em 
que Amoros fundou seu ginásio em Grinelle. Como curiosidade vale salientar a 
polêmica travada entre eles sobre a construção do trapézio, o que ocasionou o 
rompimento de relações entre ambos até 1848, quando se reconciliaram. 
Amoros concebeu um método extremamente rico em processos e que nada ficava a 
dever aos de Clias e Jahn, como pretendiam injustamente seus inimigos. 
Foi em 1807, que Amoros começou a por em prática seu sistema de Educação 
Física, no Instituto de Madri. O primeiro turnplatz de Jahn só foi edificado em 1811, 
e seus escritos só apareceram em 1816. Quanto a Clias, sua primeira produção 
data também de 1816. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 46 
Iniciada por Hasedow e Guts Muths, a ginastica se desenvolveu na Alemanha com a 
impulsão dada por Jahn, que fundou o primeiro ginásio ao ar livre em Hasenheide - 
Berlim em 1811. 
Basedow nasceu na Alemanha em 1723. A leitura do “Emílio” de Rousseau, 
inspirou-lhe a idéia de uma reforma pedagógica e para esse fim, reconheceu a 
necessidade da criação de um instituto que habilitasse professores a aplicar o novo 
sistema por si imaginado. Pela primeira vez procurou-se associar intimamente a 
educaçãofísica com a educação intelectual e a educação moral. 
Incontestavelmente cabe a Guts Muths a glória de ter sido o introdutor na ginástica, 
da parte pedagógica-didática, que evidentemente constitui a base sistemática que 
serve de fundamento à ginástica educativa, cabendo a Jahn o mérito da propagação 
da ginástica em aparelhos pelo mundo inteiro. 
Jahn (Friedrich Ludwig), nasceu em 11 de agosto de 1778, em Lanz (Prignitz). Foi 
sem duvida o maior ginasta do século passado em sua Pátria, motivo pelo qual foi 
cognominado o “Turnvater (O Pai da Ginástica). 
O método de Jahn ultrapassava o simples limite do corpo. Ele queria formar homens 
capazes de defender sua Pátria. O engajamento por demais político de Jahn e de 
sua ginástica originaram a interdição dos “Turnen” na Alemanha de 1820 a 1842. 
Durante esse período diversos ginastas alemães emigraram para o mundo inteiro 
difundindo o método de Jahn. 
Proibido na Alemanha, o movimento continuou na Suíça estimulado por Clias e 
culmina com a criação da mais antiga agremiação de ginástica do mundo, a 
Sociedade Federal de Ginástica, fundada em 1832, tendo neste mesmo ano 
organizado a primeira festa federal “Turnfest” em Aarau, festa essa realizada 
periodicamente a cada ano. 
No fim do século XIX, o número de sociedades de ginástica cresceu muito nos 
países europeus, num movimento social e político muito acentuado. As primeiras 
federações nacionais que apareceram após o exemplo da Suíça foram: em 1860, na 
Alemanha a “Deutsche Turnschaft”; em 1865 a federação Belga; em 1867 a 
federação da Polônia; em 1868 a federação Holandesa e em 1875 a União da 
Sociedade Francesa de Ginástica. 
Em 23 de julho de 1881 em Liege - Bélgica, os representantes da Bélgica, França e 
Holanda, decidiram fundar um “Comitê das Federações Européias de Ginástica”, 
que se tornou a partir de 1921, FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA 
(FIG). 
Por intermédio de seu fundador, Nicolas Cupérus, a FIG assumia a partir daquela 
época a responsabilidade de nião e fraternidade entre os ginastas. 
Os dirigentes da ginástica européia em seu conjunto e em especial Cupérus, eram 
contra a idéia de esportivar a ginástica, comungando os mesmos ideais de Pierre de 
Cobertain, por ocasião do restabelecimento dos Jogos Olímpicos em Atenas, em 
1896. 
A ginástica tornou-se um esporte de competição em virtude da tenacidade de 
Charles Gaazalet, Presidente da União das Sociedades de Ginástica da França, e 
também de um grande número de ginastas. Embora Cupéros fosse contrário teve 
que se inclinar a vontade da maioria, prezando a FIG a organizar a partir de 1903 
em Anvers, o primeiro Torneio Internacional, que a partir de 1934 tomaram a 
denominação de “Campeonato do Mundo”. 
Assim se inicia, no começo do século XX, uma tendência esportiva, marcada pelo 
confronto entre as nações, limitadas de início a alguns países europeus, depois aos 
EUA e enfim, a partir de 1952 a todos os países do mundo inteiro. 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
 47 
A primeira competição de ginástica olímpica feminina foi nos Jogos Olímpicos de 
1928, tendo iniciado sua participação nos Campeonatos Mundiais a partir de 1934. 
A ginástica no Brasil se iniciou com a colonização alemã no Rio Grande do Sul, no 
ano de 1824. Para eles, a ginástica era uma forma de lazer. Nas festas populares 
ela fazia parte do programa, provocando grande interesse e concorrência entre os 
colonos. 
Duas fontes contribuíram para a implantação da ginástica alemã no Brasil, fato 
ocorrido na primeira metade do século XIX. De um lado, as numerosas famílias 
alemãs que se instalaram no Sul do país, formando núcleos que conservavam os 
hábitos trazidos, dentre os quais estava a ginástica de Jahn. De outro lado, os 
soldados e oficiais prussianos, que integravam a Guarda Imperial e que, ao 
deixarem o serviço, não mais regressavam a Alemanha, preferindo fixar-se no jovem 
país, que tantas oportunidades lhes ofereciam. O Estado do Rio Grande do Sul, 
Santa Catarina, Paraná e São Paulo foram os preferidos pelos alemães, embora 
algumas famílias também tivessem escolhido o interior do Estado do Rio de Janeiro, 
espalhando-se pelas suas serras, onde o clima era bastante ameno. 
A mais antiga sociedade de ginástica da América do Sul, foi fundada em Joinville- 
SC, em 16 de novembro de 1858 com o nome de “Turnvercin Joinville 1858” 
(Sociedade de Ginástica de Joinville). 
A primeira entidade destinada ao cultivo da ginástica no Rio Grande do Sul, foi 
fundada em 10 de agosto de 1867, pelo hamburguês Alfredo Schutt, com a 
denominação de “Turnerbund” e mais tarde essa potência social e esportiva passou 
a denominar-se “Sociedade de Ginástica Porto Alegre, 1867, SOGIPA”. 
As competições de ginástica se iniciaram no Rio Grande do Sul, primeiramente sob 
a direção da “Turnerchaft”, fundada em 1895, que se tornou mais tarde Federação 
Atlética Riograndense, tendo em 1942 criado um departamento de Ginástica, de 
onde se originou a Federação Riograndense de Ginástica, a mais antiga Federação 
de Ginástica do Brasil. 
A primeira competição de ginástica no Brasil, foi realizada em 18 de abril de 1896, 
no antigo Piro Alemão, nos Moinhos de Vento, tendo como vencedor Emilio Stein. A 
ultima Durante esta primeira época, marcou um acontecimento digno de um registro 
especial, tendo sido realizada em 1938, em Hamburgo Velho, quando a guerra 
acabou com esses prélios em que se evidenciava uma organização impecável ao 
lado de uma esportividade elogiável. 
Em 1888, foi fundada em São Paulo a “União de Ginástica Alemã”, inicialmente com 
o nome de “Deustscher Turnrein”, denominando-se mais tarde “Associação de 
Cultura Física”, São Paulo, em 1888. 
Em 1870, parte do grupo alemão que fundou a ACF, fundava também, o atual Clube 
Ginástico Paulista ( CGP ), com o nome de “DeustscherTurnerschaft von 1890”. 
No ano de 1909, foi fundado no Rio de Janeiro o Clube Ginástico e Desportivo 1909, 
com o nome inicial de “Turnerein Rio de Janeiro”. 
Muitas foram as sociedades de ginástica criadas pelos alemães, que perduraram 
com as suas características próprias até 1938, ocasião em que por força do 
Decreto-lei nº383 de 18 de abril de 1938, foram nacionalizadas. 
Com a repressão do Estado Novo, houve dispersão das colônias alemãs, havendo 
consequentemente uma decadência da ginástica nacional. 
Em 2 de junho de 1948, surgia no cenário desportivo de São Paulo, a Federação 
Paulista de Halterofilismo, que semanas depois tornou-se entidade eclética, 
destinada a dirigir também a ginástica, passando a ser denominada Federação 
Paulista de Ginástica e Halterofilismo ( FPGH ), até o desmembramento em janeiro 
de 1956. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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A Federação Metropolitana de Ginástica do Rio de Janeiro fundada em 11 de maio 
de 1950 originou-se em virtude dos torneios realizados entre São Paulo e Rio, 
promovidos pelo Clube Ginástico Português. 
Com a filiação da Federação Riograndense de Ginástica (fundada em 1942), da 
Federação Paulista (fundada em 1948) e da Federação Metropolitana de Ginástica 
(fundada em 1950), a Confederação Brasileira de Desportos, iniciaram oficialmente 
os Campeonatos Brasileiros de Ginástica a partir de 1951, de dois em dois anos. A 
participação feminina iniciou-se a partir de 1953. 
Confirmando a sua tradição de bem dirigir todos os desportos colocados sob sua 
administração, a CRD procurou dar a nossa ginástica posição de destaque 
legalizando-a internacionalmente, solicitando a obtenção de filiação junto à 
Federação Internacional de Ginástica ainda em 1951, no congresso realizado na 
cidade de Florença, por aprovação unânime de todos os países participantes. Ainda 
em 1951 representou-se pela primeira vez num Congresso da FIG, por ocasião das 
Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia. 
De 1951, quando as três federações (RS, SP e RJ) se filiaram à CBD e esta por sua 
vez à Federação Internacional de Ginástica (FIG), até 1979,a ginástica brasileira foi 
orientada pelo Conselho de Assessores de Ginástica. A partir de 1979, foi criada a 
Confederação Brasileira de Ginástica, passando a ginástica brasileira a ter vida 
autônoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TRABALHO DE 
FELEXIBILIDADE, FORÇA 
E RESISTÊNCIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O TRABALHO DE FLEXIBILIDADE 
 
 
 
 
 
A flexibilidade é uma das qualidades físicas fundamentais da Ginástica Artística. 
É necessária para uma perfeita realização dos gestos acrobáticos. O aspecto 
estético, por ela favorecido, torna-se evidente principalmente nas atitudes e 
posturas. 
Aplica-se ao conjunto das partes do corpo e, de maneira mais especificamente 
ginástica, corresponde às diversas atividades musculares: 
a) Flexibilidade de antepulsão, ligada à flexibilidade de abertura (dorsal superior); 
b) Flexibilidade de abertura: extensão da coluna vertebral, mas também, sobretudo 
flexibilidade da articulação coxofemural (com alongamento do quadríceps); 
c) Flexibilidade de retropulsão, menos indispensável em moças que em rapazes; 
d) Flexibilidade de fechamento, pernas unidas e afastadas; 
e) Flexibilidade de pernas: 
Esta flexibilidade é capital e representa 70% do aspecto estético de um gesto 
feminino. 
Os três afastamentos de pernas fundamentais: grande afastamento ântero-posterior 
perna direita à frente, em seguida perna esquerda e o grande afastamento facial são 
geralmente associados à flexibilidade de abertura e de fechamento. 
Um dos aspectos de flexibilidade da coluna vertebral, de que convém não descuidar 
em ginástica, é o que está ligado à flexibilidade de abertura e de fechamento: a 
noção de ondas realizadas com a coluna vertebral. 
 
Formas de trabalho da flexibilidade: 
 
a) Com ajuda do peso do corpo: para o trabalho de uma flexibilidade dada, a ginasta 
se posiciona de tal forma que o próprio peso do corpo produz o alongamento 
desejado. Esses exercícios de alongamento deverão ser efetuados sem violência, 
sem os chamados tempos de insistência, durante os relaxamentos sucessivos 
acompanhados de expiração, alternando com retorno à inspiração normal. 
A duração do alongamento pode ser de um a três minutos consecutivos para um 
mesmo grupo muscular, sendo necessárias várias séries numa mesma aula. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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b) Com ajuda do treinador ou de um colega: 
Primeira etapa: procurar ultrapassar um limite normal de alongamento com ajuda de 
um colega ou do treinador. Agindo lentamente, é preciso alternar o alongamento ( 
com expiração) com retorno à normal sem tensão muscular ( com inspiração ), 
muitas vezes consecutivas, com duração de um a três minutos. Várias séries são 
necessárias para cada grupo muscular trabalhado. 
Segunda etapa: a ginasta efetua durante alguns segundos uma atividade em 
sentido contrário ao do alongamento, inspirando, depois relaxa a contração 
muscular enquanto o ajudante auxilia e insiste no alongamento ( após o relaxamento 
e a expiração do ginasta ). Essa operação deve ser realizada poucas vezes, tendo-
se o cuidado de aumentar progressivamente o grau de alongamento. 
 
Em que ocasião fazer exercícios de flexibilidade: 
 
a) Primeira possibilidade: após a corrida de manhã, pois é aconselhável correr de 
manhã em treinamentos com dois períodos distintos. 
b) Segunda possibilidade: antes de cada aula nos aparelhos, durante a segunda 
sessão preparatória. 
c) Terceira possibilidade: no fim de cada aula, após a musculação. 
d) Quarta possibilidade: durante uma aula especial de alongamento, um a três vezes 
por semana. 
e) Quinta possibilidade: antes do início da aula, sem aquecimento prévio, com 
relaxamento e sem movimentos bruscos. 
f) Sexta possibilidade: a que nos parece a melhor. Quando as ginastas tem um 
período suficiente de treinamento, isto é, pelo menos seis treinamentos semanais de 
quatro a cinco horas, os alongamentos podem ser praticados duas vezes; a primeira 
vez no início da aula, sem aquecimento prévio; e a segunda no final da aula, após a 
musculação. 
Deve-se realizar o trabalho de flexibilidade o ano inteiro. Em período de competição 
é preferível adotar a forma de alongamento livre (com o peso do corpo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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O TRABALHO DE FORÇA 
 
 
 
 
 
Em ginástica olímpica a contração muscular abrange principalmente dois aspectos: 
a) Contração isotônica: contração do músculo e aproximação dos seguimentos; é a 
forma encontrada com maior freqüência. 
b) Contração isométrica: sem modificação aparente do músculo, e que se traduz 
pela manutenção dos seguimentos numa dada posição. 
A escolha dos exercícios de musculação propostos, levará em conta dois tipos de 
contração muscular. 
O trabalho de fortalecimento muscular deve ser efetuado respeitando-se noções 
particulares próprias da ginástica olímpica: 
1) O exercício de musculação será o mais especifico possível, isto é, as atividades 
musculares desenvolvidas serão aquelas contidas num gesto técnico preciso ou 
num conjunto de gestos técnicos que têm a mesmas estruturas de atividade. 
2) O exercício de musculação será realizado em situação mais semelhante àquela 
em que deverá ser efetuada a contração muscular no aparelho. Exemplo: para 
aperfeiçoar a antepulsão de um giro livre de oitava, o exercício deverá ser feito em 
posição invertida; para aperfeiçoar a mesma antepulsão, mas desta vez para uma 
saída em extensão com mortal à frente, esta atividade deveria ser realizada em 
posição horizontal (decúbito dorsal) ou sentada. 
3) Sendo a rapidez uma das qualidades primordiais na ginástica, deve ser dada 
prioridade à rapidez da contração muscular, em todos os exercícios dinâmicos. 
Fazer o máximo de repetições em um dado tempo atende a esta exigência. 
4) Uma ativação cárdio-pulmonar deve preceder toda contração de forte 
intensidade. 
5) Quando a ginasta tiver atingido bom nível de realização, poderá adicionar cargas 
adicionais, pesos, halteres, colete de pesos... 
6) Um programa deve ser estabelecido para servir de suporte coerente a esta busca 
de aprimoramento das qualidades físicas. O controle regular (pelos testes) 
possibilita evitar a dispersão e descobrir os pontos fracos, para corrigi-los. 
 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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As principais atividades musculares, que devem ser reforçadas em ginástica, são as 
seguintes: antepulsão, retropulsão, repulsão, abertura, fechamento, impulsão de 
braços, impulsão de pernas e postura alongada. 
Momento da musculação na aula: 
 
Ela se situa geralmente no final da aula, antes ou após os flexionamentos. 
Entretanto, aulas especiais podem ser planejadas, principalmente para a realização 
de testes. 
Duração: 
 
Variável, dependendo do tempo dedicado à aula: geralmente de meia a uma hora, 
para três a quatro horas de treinamento. No início do ano a duração da musculação 
terá maior importância. 
Alternância: 
 
De uma aula a outra, parece ser necessário trabalhar em alternância: uma aula para 
trabalho de braços (e da abertura + fechamento) e a seguinte para o trabalho de 
pernas (e da abertura + fechamento). 
A dosagem tornar-se-á mais útil quando tivermos conhecimento dos biorritmos de 
cada ginasta. 
As diversas etapas de trabalho: 
 
1) Para todas as ginastas jovens, as modalidades de jogos dinâmicos são 
preferíveis ao rigor das repetições clássicas. Exemplo: colocação em local 
determinado, com orientação de efetuar uma flexão-extensão nas barras 
(estabelecimento ao apoio = impulsão de pernas, retropulsão-fechamento), 4 a 6 
vezes seguidas. 
2) Primeira possibilidade:8 bases de trabalho (os 8 grupos musculares diferentes; 
cada ginasta efetua um certo número de repetições fixado previamente,depois 
passa à base de trabalho seguinte). Possibilidade de trabalho coletivo. 
Segunda possibilidade: mesmo circuito, mas as ginastas deverão realizar um 
máximo de repetições em um dado tempo. Após recuperação de um a dois minutos, 
eles trocam de base de trabalho. O circuito pode ser recomeçado várias vezes. 
3) Após ter elaborado um programa onde se alternam exercícios de braços e 
pernas, exercícios dinâmicos e estáticos de contração isométrica, o treinador dá, 
coletivamente, o sinal de início (quando o exercício é cronometrado), ou então faz a 
contagem do número de repetições de cada ginasta. 
Distribuição anual: 
 
A musculação deve ser trabalhada durante todo o ano e nunca deve ser 
interrompida, mesmo em período de competições. Em compensação, ela se 
modifica e, do desenvolvimento da força muscular pura por meio de exercícios 
específicos fora do aparelho, passa a uma forma de musculação no aparelho pela 
repetição de gestos técnicos propriamente ditos. 
 
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Setenta por cento do trabalho da aula, no começo do ano, deveria ser reservado 
para a preparação física. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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O TRABALHO DE RESISTÊNCIA 
 
Para suportar longos treinamentos, entrecortados com bruscas mudanças de ritmos, 
em que momentos de recuperação alternam com períodos de forte intensidade, a 
ginasta necessitará de resistência. Em período de competição, ser capaz de repetir 
várias vezes um movimento, no solo, de um minuto e meio, ou nas barras 
(aproximadamente 40 segundos), é dar prova de resistência. Esta é adquirida; se 
possível antes do período de competição, correndo. Praticar corrida será para a 
ginasta um meio complementar de aumentar a resistência, que ela enriquecerá 
posteriormente pela repetição de exercícios completos no treinamento. 
As duas formas de corrida preconizadas são, por um lado, a corrida de velocidade e, 
por outro lado, acorrida de meio fundo. 
 
A CORRIDA DE VELOCIDADE: 
 
 
 
 
 
A corrida para o salto sobre o cavalo, sendo de 20 metros, é essa a distância que 
servirá de padrão para a corrida curta, várias formas são possíveis: 
1. Numa mesma aula, a ginasta efetua: 
 - um primeiro “sprint” de 20 metros (o equivalente a uma corrida para o salto) 
 - um segundo “sprint” de 40 metros (o equivalente a 2 corridas para salto) 
 - um terceiro “sprint” de 60 metros (3 corridas para salto) 
 - um quarto “sprint” de 80 metros (4 corridas para salto) 
 - um quinto “sprint” de 100 metros (5 corridas para salto) 
com recuperação de três minutos entre cada “sprint”. O que representa, numa 
mesma aula, o equivalente a 15 saltos. 
2. Uma outra forma: a ginasta corre oito vezes 40 metros (o equivalente a 16 saltos 
com 20 metros de corrida). 
3. Uma terceira forma: a ginasta efetua “sprints” de 20 metros finalizados cada um 
com um salto, chamada com os dois pés sobre o trampolim, e terminando no 
colchão após um salto mortal para frente grupado. O objetivo é conservar a 
velocidade na chamada para saltar alto e longe. Esse sistema acarreta 
aperfeiçoamento muito sensível do salto sobre o cavalo. 
4. Quarta forma: correr o mais rapidamente possível sobre um pé numa distância de 
30 metros, 6 a 8 vezes com cada perna. 
 
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 
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Essas formas de “sprints” sucessivos desenvolvem, além da velocidade e da rapidez 
necessárias às tomadas de impulso, as qualidades musculares, aprimorando assim 
a realização de figuras acrobáticas. 
 
A CORRIDA DE MEIO-FUNDO: 
 
Este trabalho deve ser progressivo e realizado durante o ano inteiro. 
As formas a seguir aplicam-se a ginastas preparadas. 
1. Primeira forma: 
Realizar, dentro de um dado tempo (em relação às capacidades da ginasta e sua 
intensidade de treinamento), cinco vezes de 400 metros, com quatro minutos de 
recuperação entre cada série. 
Em geral fixamos como ponto de partida o tempo de 1 minuto e meio, nos 400 
metros, duração do exercício no solo. 
2. Segunda forma: 
Uma corrida de 800 metros (o equivalente em distância fracionada de 2 vezes 400 
metros), no mínimo de tempo. 
Essas duas formas devem ser alternadas durante o ano. Essas corridas ocorrerão 2 
a 6 vezes por semana, dependendo da intensidade do treinamento e do tempo 
disponível. O período da manhã é preferível ao da tarde, permitindo um intervalo 
mínimo de quatro horas antes da retomada do treinamento nos aparelhos. 
Essa preparação fora do ginásio é fundamental. É preciso que a ginasta de alto 
nível possa suportar longos treinamentos de cinco horas de duração, onde tempos 
fortes de intensidade máxima alternam com tempos de recuperação ou de menor 
intensidade. Em período de competição a ginasta deve ser capaz, numa mesma 
aula, de executar várias vezes em seguida o exercício no solo (de 1 minuto e meio), 
com um breve lapso de tempo de recuperação entre cada realização.

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