Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 1 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 2 SOLO MASCULINO .............................................................................................................................................. 5 A - FORMA ......................................................................................................................................................... 5 B- DIMENSÕES ................................................................................................................................................. 5 C- FLEXIBILIDADE ........................................................................................................................................... 5 D- DESCRIÇÃO E INSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE .......................................... 6 E – INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A....................................................................................................... 7 CAVALO COM ALÇAS ......................................................................................................................................... 8 A- FORMA .......................................................................................................................................................... 9 B- DIMENSÕES ................................................................................................................................................. 9 C- ALTURAS OFICIAIS .................................................................................................................................... 9 D- DESCRIÇÃO E NSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ........................................... 9 E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 10 ARGOLAS ............................................................................................................................................................ 13 A - FORMA ....................................................................................................................................................... 13 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 13 - ARGOLAS .................................................................................................................................................. 13 - Diâmetro interior: 18 cm. .......................................................................................................................... 13 - PÓTICO ...................................................................................................................................................... 13 - Altura dos pontos de suspensão, até o solo: 5,75 m. .......................................................................... 13 C- INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ................................................................. 14 D- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 15 E- GRUPOS ESTRUTURAIS ........................................................................................................................ 15 SALTO SOBRE A MESA.................................................................................................................................... 18 MESA DE SALTO ............................................................................................................................................ 18 A- FORMA ........................................................................................................................................................ 18 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 18 TRAMPOLIM MODELO RHEUTER ............................................................................................................ 18 C- FORMA ........................................................................................................................................................ 19 D- DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 19 E- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO ........................................................ 19 F- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ....................................................................................................... 20 BARRAS PARALELAS ( MASCULINAS ) ........................................................................................................ 23 A- FORMA ........................................................................................................................................................ 23 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 23 C- DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO ............................................................................................................. 24 D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTACÃO DA SÉRIE ..................................... 24 E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 25 F- GRUPOS ESTRUTURAIS ........................................................................................................................ 25 BARRA FIXA ........................................................................................................................................................ 27 A- FORMA ........................................................................................................................................................ 27 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 28 C- FLEXIBILIDADE ......................................................................................................................................... 28 D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE ..................................... 29 E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A ...................................................................................................... 29 SALTO SOBRE A MESA .................................................................................................................................... 31 MESA DE SALTO ............................................................................................................................................ 31 A- FORMA ........................................................................................................................................................ 32 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 32 TRAMPOLIM MODELO RHEUTER ............................................................................................................. 32 C- FORMA ........................................................................................................................................................ 33 D- DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 33 E- GENERALIDADES .....................................................................................................................................33 F- GRUPOS DE SALTOS .............................................................................................................................. 34 PARALELAS ASSIMÉTRICAS .......................................................................................................................... 36 A- FORMA ........................................................................................................................................................ 36 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 36 C- GENERALIDADES ..................................................................................................................................... 37 D- CONTEÚDO DA SÉRIE ............................................................................................................................ 37 TRAVE DE EQUILÍBRIO .................................................................................................................................... 39 A - FORMA ....................................................................................................................................................... 39 B - DIMENSÕES .............................................................................................................................................. 39 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 3 C - DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO ............................................................................................................ 40 D - GENERALIDADES.................................................................................................................................... 41 SOLO FEMININO ( TABLADO )........................................................................................................................ 43 A - FORMA ....................................................................................................................................................... 43 B- DIMENSÕES ............................................................................................................................................... 43 C- FLEXIBILIDADE ......................................................................................................................................... 43 D- GENERALIDADES ..................................................................................................................................... 44 E - CONTEÚDO DA SÉRIE ........................................................................................................................... 44 HISTÓRIA DA GINÁSTICA OLÍMPICA ............................................................................................................ 45 TRABALHO DE FELEXIBILIDADE, FORÇA E RESISTÊNCIA .................................................................... 49 O TRABALHO DE FLEXIBILIDADE ................................................................................................................. 50 Formas de trabalho da flexibilidade: ............................................................................................................. 50 Em que ocasião fazer exercícios de flexibilidade: ...................................................................................... 51 O TRABALHO DE FORÇA ................................................................................................................................ 52 Momento da musculação na aula: ................................................................................................................ 53 Duração: ........................................................................................................................................................... 53 Alternância: ....................................................................................................................................................... 53 As diversas etapas de trabalho: .................................................................................................................... 53 Distribuição anual: ........................................................................................................................................... 53 O TRABALHO DE RESISTÊNCIA .................................................................................................................... 55 A CORRIDA DE VELOCIDADE: ................................................................................................................... 55 A CORRIDA DE MEIO-FUNDO: ................................................................................................................... 56 1. Primeira forma: ........................................................................................................................................ 56 2. Segunda forma: ....................................................................................................................................... 56 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 4 SOLO MASCULINO Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 5 SOLO MASCULINO A - FORMA Horizontal, lisa e sem emendas, representando a face dos exercícios. O quadro de segurança enquadra e limita a área de exercícios, mas sem se desprender possuindo em toda a volta do tablado 50 cm de largura no sentido horizontal e 50 cm inclinado em forma de rampa, desta forma o quadro de segurança medirá 1,0 metro de largura em toda a extensão do tablado. B- DIMENSÕES A área de exercícios deverá medir em comprimento e largura 12,0 x 12,0 metros e altura em relação ao piso deverá ser de 13,5 cm. Desta forma o tablado absorverá uma medida total de 14,0 x 14,0 metros, incluindo o quadro de segurança. C- FLEXIBILIDADE A flexibilidade deve ser idêntica em toda a área de exercícios, sendo que o tablado deve absorver a energia dos movimentos e amortecer os choques. A flexibilidade se dará através de molas, não possuirá vibrações e terá também um sistema de amortecimento de ruídos. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 6 D- DESCRIÇÃO E INSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE Descrição da Série no Solo A série de Solo é composta predominantemente por saltos acrobáticos combinados com elementos ginásticos, de flexibilidade, força, equilíbrio, paradas de mãos e ligações coreográficas, compondo uma série rítmica e harmônica executada utilizando toda a área do tablado (12m x 12m). Informações sobre a Apresentação da Série de Solo 1. O ginasta deve iniciar a sua série de Solo dentro da área do tablado a partir da posição em pé com as pernas unidas. A avaliação da série se inicia com o primeiro movimento dos pés do ginasta. 2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 3. Expectativas adicionais da montagem e apresentação da série: a) A série deve ser apresentada inteiramente dentro da área do tablado. Elementos iniciados fora da área do tablado serão julgados normalmente pela Banca B, mas não serão reconhecidos pela Banca A. i. A área disponível do tablado é delimitada por uma linha. Essa linha é considerada parte da área do tablado. O ginasta pode pisar na linha, mas não pode ultrapassá- la. ii. A ultrapassagem da linha será controlada por 2 árbitros de linha que deverão estar colocados em cada uma das diagonais do tablado. Cada um controla as 2 linhas laterais mais próximas a ele. Quando ocorrer de algum ginasta ultrapassar uma destas linhas o árbitro deverá informar à Banca de Arbitragem. O Responsável pela Banca fará as deduçõespor ultrapassagem da linha na Nota Final segundo os seguintes critérios: • Tocar um pé ou uma mão fora da área do Solo = 0,10. • Tocar com o pé, mão, ou pé e mão ou outra parte do corpo fora da área do Solo = 0,30. • Aterrisagem diretamente fora da área do Solo = 0,50. • Elementos iniciados fora da área do Solo não têm valor. iii. Se o ginasta pisar fora da área do tablado os passos necessários para voltar ao tablado não serão considerados. b) A duração máxima da série de solo é de 70 segundos, e será controlada por um cronometrista. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 7 Não há um tempo mínimo para a série no Solo. Um cronometrista dará um sinal acústico aos 60 e aos 70 segundos para indicar o final da série. O tempo será medido após o primeiro movimento do pé do ginasta até a saída que deverá ocorrer em pé e com as pernas unidas. Se o tempo da série exceder o tempo máximo estipulado o cronometrista sinalizará ao Responsável pela Banca de Arbitragem que fará a dedução correspondente na Nota Final do ginasta. c) A área do tablado deve ser utilizada totalmente. Especificamente, entende-se que a série deve ser apresentada utilizando-se as diagonais e as laterais do tablado de uma maneira em que o ginasta utilize pelo menos uma vez cada um dos 4 cantos do tablado (A, B, C e D). d) Pausas de 2 segundos ou mais antes das seqüências acrobáticas e elementos não são permitidas. e) Toda seqüência ou elemento acrobático deve ser finalizado com visível controle antes de continuar com elementos não acrobáticos. Momentânea falta de controle nas aterrisagens durante as transições não são permitidas. f) Mergulhos e mortais ao rolamento (exemplo: 1 ½ mortal para frente) devem mostrar um apoio momentâneo de ambas as mãos; isto é, não podem ser executados sem o apoio das mãos ou com o contato apenas das costas das mãos. g) Uma parada na força no Solo dever ser mantida apenas se isso for exigido ou necessário para a Dificuldade, mas cabe ao ginasta mostrar claramente sua intenção. h) A série de Solo deve ser concluída com um elemento acrobático que tenha a sua aterrisagem com as pernas unidas (elementos com rolamento não são permitidos para o final da série). 4. Para uma completa lista de erros e deduções veja o Capítulo 6 e o resumo dos descontos no Artigo 24. E – INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. Os Grupos de Elementos são: I. Elementos não acrobáticos II. Elementos acrobáticos para frente III. Elementos acrobáticos para trás IV. Elementos acrobáticos laterais, para trás e para frente a partir de saltos com ½ volta. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 8 CAVALO COM ALÇAS CAVALO COM ALÇAS Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 9 A- FORMA - Compõe-se de um corpo prismático, suportado por uma base. A fabricação do corpo é executada em duas partes, os lados do corpo são inclinados para o interior, a superfície de apoio é abaloada e a sessão longitudinal é horizontal e plana. B- DIMENSÕES - CORPO DO CAVALO - Comprimento em cima: 1,60 m. - Comprimento embaixo: 1,55 m. - Largura em cima: 35 cm. - Largura embaixo: 30 cm. - Altura: 28 cm. - Altura da parte superior até o solo: 1,15 m. - ARÇÕES ( OU ALÇAS) - Diâmetro: 7 cm. - Largura da base: 31 cm. - Altura: 12 cm. - Espaço entre as alças: de 40 à 45 cm. - REGULAGEM DE ALTURA - de 1,10 à 1,50 m. C- ALTURAS OFICIAIS - ALTURA DO APARELHO - Altura da parte superior do corpo do cavalo até a superfície do colchão: 1,05 m. - ALTURA DO COLCHÃO - 10 cm. D- DESCRIÇÃO E NSTRUÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE Descrição da Série no Cavalo com Alças A moderna série de Cavalo com Alças caracteriza-se por diferentes tipos de volteios com pernas unidas e afastadas em diversas posições de apoio e sobre todas as Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 10 partes do cavalo, além de impulsos com uma perna e/ou tesouras. Impulsos passando pela parada de mãos com ou sem piruetas são permitidos. Todos os elementos devem ser executados com impulso e sem a menor interrupção do movimento. Elementos de força e estáticos não são permitidos. Informações sobre a Apresentação da Série de Cavalo com Alças 1. O ginasta deve iniciar a sua série da posição em pé. Um passo ou pequeno salto de aproximação é permitido. O julgamento se inicia quando o ginasta toca a mão, ou as mãos, no aparelho. 2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 3. Expectativas adicionais na apresentação técnica e montagem das séries são: a) A série deve ser composta exclusivamente de elementos de impulso sem interrupção ou uso de força evidente. b) Volteios e flairs devem ser executados em completa extensão do corpo. Falta de amplitude será penalizada como uma dedução global no final de série. c) Nas tesouras e elementos de embalo de uma perna o ginasta deve demonstrar elevação dos quadris e um grande afastamento das pernas. d) Os elementos à parada devem ser apresentados com os braços completamente estendidos e sem nenhuma interrupção ou evidente uso de força. e) As saídas normalmente devem ser apresentadas a partir do apoio lateral e finalizadas em pé voltado para o eixo longitudinal do aparelho e ao lado do local do último apoio da mão no aparelho. f) Uma saída pela parada deve passar sobre o corpo do cavalo ou incluir 270º de pirueta quando iniciada lateralmente ao aparelho, ou 360º se iniciada em sentido longitudinal. E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. Os Grupos de Elementos são: I. Elementos de impulso com uma perna e tesouras II. Volteios e flairs com ou sem spindles e/ou paradas de mãos III. Transportes laterais e longitudinais IV. Coroamento dorsal e facial, fl ops e elementos combinados V. Saídas 2. Nas séries devem ser incluídos pelo menos um elemento de cada Grupo com valor mínimo B, com exceção da saída que deverá ter valor mínimo D. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 11 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 12 ARGOLAS Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 13 ARGOLAS A - FORMA - É utilizado em Ginástica Olímpica masculina, este aparelho é composto de duas argolas redondas suspensas por cabos de aço, as argolas terão um perfil circular regular, e os cabos de aço de suspensão são prolongados por uma correia de couro. O pórtico compreende dois perfis metálicos verticais e um perfil metálico horizontal, onde é adaptado um sistema de rótula com rolamentos, os cabos de aço serão duplos e terão um sistema de ancoragem no piso. B- DIMENSÕES - ARGOLAS - Diâmetro interior: 18 cm. - Diâmetro do perfil: 2,8 cm. - Correia - comprimento: 70 cm. - largura: 3 cm. - Distância entre as argolas: 50 cm. - Distância desde a parte interior, inferior - até o solo: 2,80 m. -até o colchão:2,60 m. - Altura do colchão de chegada: 20 cm. - PÓTICO - Altura dos pontos de suspensão, até o solo: 5,75 m. - Distância dos tubos, do nível do solo: 2,60 m. - Comprimentoda parte horizontal: 1,40 m. - Distância dos pontos de âncoragem - longitudinal: 5,50 m. - transversal: 4,00 m. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 14 C- INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE Descrição da Série na Argolas A série nas Argolas deverá ser composta por elementos de impulso, força e estáticos em aproximadamente iguais proporções. Estas partes e ligações deverão ser executadas pela suspensão, para ou através do apoio, da ou através da parada de mãos e deve predominar a execução com os braços estendidos. Na ginástica contemporânea as séries são caracterizadas pela transição entre elementos de impulso e força ou vice-versa. Os balanços e cruzamentos dos cabos não são permitidos. Informações sobre a Apresentação da Série 1. Da posição em pé o ginasta deve saltar ou receber ajuda para saltar à suspensão nas Argolas, sem balanço, com as pernas unidas e boa postura. O julgamento começa com o primeiro movimento do ginasta a partir do momento que abandona o solo. Não é permitido ao treinador balançar o ginasta para o início de sua série. 2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 3. A série deve ser composta em quantidade aproximadamente igual de elementos de impulso, estáticos e de força. 4. Além dos aspectos técnicos, estéticos, apresentação e montagem da série, é esperado: a) Posições estáticas devem ser atingidas diretamente, com braços estendidos e sem necessidade de correções de posição ou postura. b) Todas as posições estáticas devem ser mantidas por no mínimo 2 segundos. c) Os balanços devem ser conduzidos à parada ou pela parada, ou diretamente a elementos estáticos de força sempre que a natureza do balanço o permita. d) Durante todos os impulsos que conduzem a elementos estáticos de força os ombros não podem subir acima do nível da posição estática final. Qualquer desvio Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 15 resultará em deduções pela Banca B e, dependendo da natureza do elemento, pode levar ao não reconhecimento pela Banca A, ou reconhecimento como 2 elementos. e) A tomada chaveada (falsa empunhadura) para elementos estáticos de força não é permitida. f) Os braços deverão estar estendidos todas as vezes que a natureza do elemento o permita. D- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. Os Grupos de Elementos são: I. Kipes e elementos de impulso (incluindo esquadros) II. Impulsos à parada (2 seg.) III. Impulso para elementos estáticos de força (não esquadros) (2 seg.) IV. Elementos de força e estáticos (2 seg.) V. Saídas 2. Regras e informações adicionais: a) Elementos estáticos devem ser mantidos por no mínimo 2 seg. e não serão reconhecidos como Dificuldade ou exigência de Grupo de Elemento se mantido por menos de 1 segundo. b) Subidas na força sempre seguem a um prévio elemento estático e são finalizados em posições estáticas (2 segundos). São reconhecidos apenas se o elemento estático precedente foi reconhecido e se a posição final for mantida por pelo menos 1 segundo. c) Elementos com o cruzamento dos cabos não são permitidos e receberão dedução como erro de composição da série. E- GRUPOS ESTRUTURAIS I- Embalos para frente passando pela suspensão * dominações * oitavas e giros II- Embalos para trás passando pela suspensão * dominações * giros III- Cruzamento dos cabos IV- Kipes V- Oitavas e dominações à força VI- Embalos passando pelo apoio VII- Embalos para partes estáticas de força VIII- Paradas de mãos na força e elementos estáticos IX- Saídas * para frente * para trás Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 16 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 17 SALTO SOBRE A MESA MASCULINO Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 18 SALTO SOBRE A MESA MESA DE SALTO A- FORMA B- DIMENSÕES - O CORPO: comprimento: 1,20 m largura da mesa: 0,80 m - A BASE: para as mulheres: 1,25m para os homens: 1,35 m. - REGULAGENS: de 1,10 à 1,50 m. TRAMPOLIM MODELO RHEUTER Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 19 C- FORMA - A superfície superior será em forma convexa e construída em estrutura de fibra de vidro. A base ou chassis será executada em madeira compensada do tipo naval. D- DIMENSÕES - comprimento: 1,20 m. - largura: 60 cm. - altura: 20 cm. - estofamento: 2 cm. - altura total com estofamento: 22 cm. E- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO Descrição do Salto sobre a Mesa O ginasta deve apresentar apenas um Salto, exceto na Qualificação e na Final por Aparelhos onde deve apresentar 2 saltos de Grupos diferentes e com 2a fase de vôo diferentes. Cada Salto inicia-se a partir de uma corrida e um impulso com os dois pés (com ou sem rodante), com as pernas unidas no trampolim, segue uma breve fase de apoio com uma ou duas mãos na mesa de salto. O Salto pode conter rotações simples ou múltiplas em torno dos 2 eixos do corpo. Após o primeiro Salto o ginasta deverá retornar rapidamente à posição de início da corrida e ao sinal do Responsável pela Banca de Arbitragem do aparelho deverá apresentar seu segundo Salto. Informações sobre a Apresentação do Salto sobre a Mesa 1. O ginasta deve iniciar a corrida do Salto de uma posição estática com as pernas unidas e a uma distância máxima de 25 metros da extremidade mais próxima da mesa de salto. O salto se inicia com o primeiro passo ou saltito do ginasta, mas a avaliação se inicia ao primeiro contato dos pés com o trampolim. A distância da corrida de aproximação deverá ser marcada no chão ao lado da pista de corrida do Salto. No final da pista deverá ser fixado um marco indicativo da distância limite. O ginasta pode interromper a corrida e continuá-la, mas ela não pode ser repetida. 2. O Salto termina com a aterrissagem atrás da mesa de salto na posição em pé com as pernas unidas de frente ou de costas para a mesa. 3. O ginasta deve apresentar apenas saltos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. O ginasta deve mostrar o Número de Identificação do Salto que pretende apresentar antes de saltar. 4. O ginasta pode apenas abandonar o trampolim com as pernas unidas de frente ou de costas para a mesa. O rodante é o único elemento que pode ser apresentado antes do ginasta tocar o trampolim. Para esse tipo de salto a utilização da proteção ao redor do trampolim (“colar”) é obrigatória e deve ser oferecida pela organização da competição. 5. O ginasta deve mostrar de maneira clara e bem definida a posição corporal do Salto (grupado, carpado ou estendido). Posição corporal indefinida será penalizada Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 20 pela Banca B e poderá resultar no reconhecimento como um salto de valor menor pela Banca A. 6. Bases para a Avaliação do Salto pela Banca B: a) Primeira fase de vôo, até o apoio de uma ou duas mãos. b) Segunda fase de vôo, incluindo a repulsão na mesa de salto até a aterrissagem na posição em pé. O ginasta deve demonstrar um evidente aumento da altura do corpo na repulsão sobre a mesa. c) Posição do corpo no momento em que toca a mesa de salto. d) Deduções de desvios de alinhamento relativos ao eixo da mesa. e) Execução técnica durante todo o salto. f)Aterrisagem. 7. Regras de Aterrisagem a) O ginasta deve aterrizar com os dois pés dentro de uma área para esquerda ou para a direita da extensão de uma linha que passe centro da mesa. Como descrito na ilustração a seguir. Estas linhas devem ser marcadas claramente no colchão de chegada. É permitido ao ginasta pisar na linha, mas não ultrapassá-la. O colchão onde se encontram as marcas de chegada do salto deve estar bem fixado para não apresentar deslocamentos. 8. Na segunda fase de vôo, o ginasta deve demonstrar um evidente aumento da altura do centro de gravidade em relação à altura do momento em que mãos empurravam o aparelho. 9. Saltos com mortal grupado ou carpado devem apresentar uma distinta fase de abertura na preparação para a aterrissagem. Uma aterrissagem sem preparação é um sinal evidente de falha técnica e resulta em deduções na execução técnica e também na aterrissagem. F- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. O ginasta deve apresentar um salto na Qualificação, Final por Equipes e Individual Geral. Na Qualificação para a Final de Salto e na Final o ginasta deve apresentar 2 saltos que devem ser de Grupos diferentes e não podem ter 2a fase de vôo idênticas. Grupo I Saltos diretos Grupo II Saltos com pirueta no primeiro vôo Grupo III Reversões e Yamashitas Grupo IV Saltos com ¼ de pirueta no primeiro vôo (Tsukahara e Kasamatsu) Grupo V Saltos com entrada em rodante 2. Cada Salto é listado, numerado e tem um valor nas Tabelas de Dificuldades de seu Grupo. a) Saltos com apoio de uma mão são considerados idênticos ao seu equivalente com apoio nas duas mãos. 3. Para cada salto é dado um único Valor de Dificuldade baseado na sua complexidade. 4. Antes da execução de cada salto deve ser apresentado à Banca A o número do salto como assinalado no CP. Isso é função do ginasta, ou de um assistente, e será feito através de uma placa sinalizadora e não haverá penalidade em caso de erro. Exemplo: # 319, o “3” representa o Grupo do Salto; o “19” designa o número do salto dentro do Grupo. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 21 5. O ginasta deve mostrar de maneira clara e bem definida a posição corporal do salto (grupado, carpado ou estendido). Posição corporal indistinta poderá resultar no seu não reconhecimento pela Banca A ou reconhecimento como um salto de valor de Dificuldade menor (veja as posições corporais definidas no Capítulo 13.1). O ginasta deve apresentar o número do salto que ele pode executar, não o daquele que tem esperança de fazer. Essa advertência se aplica especialmente para o reconhecimento da posição estendida e carpada. 6. O salto é considerado inválido (0.00 pontos, pela Banca A e Banca B) quando: a) A corrida de aproximação é apresentada e o ginasta toca no trampolim e/ou na mesa de salto sem saltar. b) A corrida for interrompida e o ginasta retornar para reiniciá-la. c) O salto for tão ruim que não possa ser identificado ou o ginasta utilizar-se da repulsão dos pés sobre a plataforma. d) O salto for executado com duplo apoio, isto é, quando houver duas vezes o apoio das mãos, ou da mesma mão. e) O salto é executado sem fase de apoio, isto é, nenhuma das mãos toca o aparelho. f) A aterrissagem não se dá inicialmente sobre os pés. Isto significa que pelo menos um dos pés deve tocar o colchão antes de qualquer outra parte do corpo. g) Aterrissagem intencional em posição lateral. h) O ginasta apresenta um salto proibido (pernas afastadas, mortal no primeiro vôo, elemento proibido antes do trampolim, etc.). i) O segundo salto pertence ao mesmo Grupo do primeiro na Qualificação e na Final de Salto. j) O ginasta não usa o “colar” de proteção nos saltos com entrada em rodante (Grupo V). Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 22 PARALELAS MASCULINAS Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 23 BARRAS PARALELAS (MASCULINAS) A- FORMA Composto de duas barras paralelas do mesmo tamanho, sendo que embaixo das mesmas haverá uma pequena curvatura para a tensão das barras. Cada barra será suportada por dois tubos fixados num quadro estável, servindo de base. estes tubos se compõem de uma parte fixa e de outra telescópica móvel, permitindo regulagem de altura e de abertura entre as barras. B- DIMENSÕES Comprimento: 3,50 m. Perfil - eixo vertical: 5 cm. - eixo horizontal: 4 cm. Distância entre as barras: de 42 a 52 cm. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 24 Regulagem de altura: de 1,20 a 2,00 m. Regulagem de largura: de modo contínuo. C- DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO Os barrotes serão de fibra de vidro e flexíveis sendo os mesmos testados com uma carga de 135 Kg em sua parte central, os barrotes serão encapados com uma película de madeira especial para maior aderência. As bases desse aparelho serão de chapa de aço inclinada nas extremidades. D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTACÃO DA SÉRIE Descrição da Série nas Paralelas Simétricas A série atual nas paralelas é constituída predominantemente de elementos de impulso e vôo selecionados de todos os Grupos de Elementos e executados em contínua transição entre posições variadas de suspensões e apoios de maneira a demonstrar todo o potencial do aparelho. Informações sobre a Apresentação da Série de Paralelas Simétricas 1. O ginasta deve iniciar sua entrada ou sua corrida da posição em pé com as pernas unidas. A série se inicia quando o ginasta toca com uma ou ambas as mãos no aparelho, mas o julgamento só se inicia no momento em que os pés do ginasta abandonam o solo. Impulso com uma das pernas ou saltar com uma perna elevada não é permitido (os pés devem abandonar o solo simultaneamente). 2. Para a entrada é permitido ao ginasta utilizar um trampolim colocado na altura do colchão de saída regulamentar. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 25 3. Pré-elementos não são permitidos. Isso significa que qualquer elemento com rotação superior a 180º em qualquer eixo do corpo não pode ser executado antes que o ginasta segure o/os barrote(s). 4. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 5. Além da apresentação e montagem da série é esperado que: a) Uma parte estática deve ser mantida por no mínimo 2 segundos para ser reconhecida. E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. Os Grupos de Elementos são: I. Elementos de impulso em apoio de mãos nos dois barrotes II. Elementos de impulso em apoio braquial III. Elemento de impulso através da suspensão nos dois barrotes IV. Da suspensão para 1 ou 2 barrotes V. Saídas F- GRUPOS ESTRUTURAIS 1.Impulsos para frente através do apoio braquial. 2.Impulsos para trás através do apoio braquial. 3.Impulsos para frente através do apoio. 4.Impulsos para trás através do apoio. 5.Impulsos para frente na suspensão. 6.Impulsos para trás na suspensão. 7.Impulsos em suspensão semi-invertida. 8.Elementos laterais em um barrote. 9.Impulsos de pernas. 10.Elementos de força e estáticos. 11.Saídas. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 26 BARRA FIXA Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 27 BARRA FIXA A- FORMA - Compõe-se de uma barra de seção redonda sustentada pôr dois tubos verticais que repousam sobre o solo e sua pressão é repartida, pôr um sistema de cabos de aço e quatro pontos de ancorarem. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 28B- DIMENSÕES - Diâmetro: 2,8 cm. - Comprimento entre os pontos de apoio: 2,40 m. - Altura Regulável: de 2,55m a 2,95m. - Medida desde o solo: 2,75m. - Distância dos pontos de ancorarem: no sentido longitudinal: 5,50 m. no sentido transversal: 4,00 m. C- FLEXIBILIDADE - A barra terá uma certa elasticidade, sendo que esta elasticidade será da própria barra e também do conjunto do aparelho. a barra oscilará livremente e permitirá a rotação e o deslizamento das mãos sem derrapagem. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 29 D- DESCRIÇÃO E INFORMAÇÕES SOBRE A APRESENTAÇÃO DA SÉRIE Descrição da Série No Aparelho Argolas A série moderna de Barra deve ser uma apresentação dinâmica que consiste inteiramente de uma combinação fluente de elementos de impulso, giros, e elementos de vôo, elementos próximos e afastados da barra executados em diferentes empunhaduras e assim demonstrar todo o potencial do aparelho. Informações sobre a Apresentação da Série nas Argolas 1. O ginasta deve saltar ou receber ajuda para saltar à suspensão estática ou com pequeno balanço a partir da posição em pé com as pernas unidas ou de uma pequena corrida, mas sempre com boa postura. O julgamento se inicia quando o ginasta abandona o solo. 2. O ginasta deve incluir na sua série apenas elementos que possa executar com completa segurança e alto grau de controle técnico e estético. 3. Além da apresentação e montagem da série é esperado que: a) A série deve ser composta inteiramente por elementos de impulso sem interrupções ou pausas. b) Elementos de vôo devem apresentar uma fase clara de deslocamento acima da Barra. E- INFORMAÇÕES SOBRE A NOTA A 1. Os Grupos de Elementos são: I. Balanços na suspensão com ou sem giro longitudinal II. Elementos de vôo III. Elementos próximos à barra IV. Elementos em tomada cubital, em suspensão dorsal e elementos de costas para a barra V. Saídas Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 30 Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 31 SALTO SOBRE A MESA FEMININA SALTO SOBRE A MESA MESA DE SALTO Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 32 A- FORMA B- DIMENSÕES - O CORPO: comprimento: 1,20 m. largura: 0,80 m. - A BASE: para as mulheres: 1,25 m. para os homens: 1,35 m. - REGULAGENS: de 1,10 à 1,50 m. TRAMPOLIM MODELO RHEUTER Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 33 C- FORMA - A superfície superior será em forma convexa e construída em estrutura de fibra de vidro. A base ou chassis será executada em madeira compensada do tipo naval. D- DIMENSÕES - comprimento: 1,20 m. - largura: 60 cm. - altura: 20 cm. - estofamento: 2 cm. - altura total com estofamento: 22 cm. E- GENERALIDADES Todos os saltos devem ser executados com o apoio de ambas as mãos sobre o cavalo. - O comprimento da corrida é individual para cada ginasta. A chegada do trampolim é possível: - desde uma corrida. - desde um elemento de chegada ao trampolim com ambos os pés. O salto não pode ter mais de elemento preparatório antes da chegada ao trampolim. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 34 São permitidas três corridas de aproximação, se a ginasta não tocar o trampolim ou o cavalo. Não é permitida uma quarta corrida de aproximação. F- GRUPOS DE SALTOS Os saltos se classificam nos seguintes grupos: - GRUPO 1- Saltos sem mortais ( Reversões para frente, Yamashitas) e com ou sem giros no eixo longitudinal no 1ª e/ou 2ª fase de vôo. - GRUPO 2- Reversões para frente com ou sem pirueta (360°) na entrada do salto - mortal para frente ou para trás com ou sem giro no eixo longitudinal na 2ª fase de vôo. - GRUPO 3- Rodante (180°) na entrada (Tsukahara) - mortal para trás ou para frente com ou sem giro no eixo longitudinal na 2ª fase de vôo. - GRUPO 4- Round-off com ½ ou 1/1 giro (180° ou 360°) na entrada do salto (Yurchenko) - mortal para frente ou para trás com ou sem giro no eixo longitudinal na 2ª fase de vôo. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 35 PARALELAS ASSIMÉTRICAS Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 36 PARALELAS ASSIMÉTRICAS A- FORMA Este aparelho é composto de duas barras horizontais paralelas, de alturas diferentes, suportadas por quatro tubos fixados sobre uma base. Cada barra é sustentada por dois tubos apoiados em base de chapa de aço, sendo um longo e um curto, e sendo os mesmos ligados por um sistema de abertura de barras. B- DIMENSÕES Comprimento do barrote - 2,40 m. Altura até a aresta superior:- Barra superior - 2,40 m. Barra inferior - 1,60 m. Regulagem - a abertura vai de 90 cm à 1,40 m ( gravada e bem legível). Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 37 C- GENERALIDADES A avaliação da série começa com a saída do trampolim ou do colchonete. Não será permitida suportes adicionais embaixo do trampolim (Ex.: um trampolim ou colchão extra). Uma segunda corrida de impulso para a entrada será permitida, quando a ginasta na sua tentativa, não toca no trampolim e não entra em contato com o aparelho. Tem direito a uma terceira corrida de impulso, recebendo uma dedução de 0,50 pontos. Durante uma queda do aparelho, se permite um tempo de interrupção de 10 segundos antes que a série continue. D- CONTEÚDO DA SÉRIE Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 38 TRAVE DE EQUILÍBRIO Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 39 TRAVE DE EQUILÍBRIO A - FORMA Este aparelho é composto de uma trave sustentada por dois suportes fixos, montadas sobre pedestais tubulares. A mesma é retilínea e horizontal, e os pés não podem ultrapassar as extremidades da trave. B - DIMENSÕES TRAVE- Comprimento: 5,0 metros. Em corte: - superfície superior: 1 - eixo transversal: 13 cm. - eixo vertical: 16 cm. - superfície inferior: 10 cm. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 40 Altura da superfície de apoio: 1,20 m. BASE: - abertura: 5,0 m ( máximo ) - largura: 1,25 m ( máximo ) C - DIRETRIZES DE FABRICAÇÃO A superfície superior terá certa flexibilidade, para amortecer os choques e proteger as articulações e os membros. A mesma é fabricada afim de não ocasionar nenhuma instabilidade de apoio, o revestimento superior da trave é antiderrapante, e sua parte inferior é forrada com ETAFON e PALMILHA. Os pés do aparelho são antiderrapantes e não possuem ângulos agudos, a parte superior é composta de madeira e alumínio para que se torne indeformável. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 41 D - GENERALIDADESO início da série começa com a saída do trampolim ou do piso. Uma segunda corrida de impulso para a entrada será permitida, quando a ginasta em sua primeira tentativa, não tocar o aparelho, nem o trampolim. A ginasta tem direito a uma terceira corrida de impulso, recebendo um desconto de 0,50 pontos. A duração de uma série opcional ( livre ), não pode ser menor que 1,10 minutos, nem maior que 1,30 minutos. Pôr tempo maior ou menor que o permitido a dedução é de 0,10 pontos. Cronometragem: As assistentes começam a cronometrar, quando a ginasta abandona o trampolim ou o colchão. Elas detêm os relógios quando a ginasta, depois de terminar seu exercício na trave, toca o solo ( colchão ). Dez ( 10 ) segundos antes do máximo do tempo, será dado um sinal acústico, para que a série seja finalizada. Se a saída ocorre junto com o toque do segundo sinal, não há deduções de pontos. Se a saída ocorre depois do toque do segundo sinal, haverá uma dedução pôr tempo maior. As árbitras valorizam a série no geral, incluindo a saída. Tempo intermediário: Pela interrupção da série devido a queda deste aparelho, um período de tempo de 10 segundos é tomado. A duração da queda é tomada separadamente; não será calculada com o tempo total da série. A cronometragem do tempo intermediário começa quando a ginasta toca o colchão. O tempo de queda termina quando os pés da ginasta saem do colchão para retornar a viga. Depois de subir a viga, ao cronometragem recomeça com o primeiro movimento para continuar a série. Se exceder o tempo de 10 segundos, a série é considerada terminada. Se deduzem as partes de valor e os requisitos especiais faltantes Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 42 SOLO FEMININO Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 43 SOLO FEMININO ( TABLADO ) A - FORMA Horizontal, lisa e sem emendas, representando a face dos exercícios. O quadro de segurança enquadra e limita a área de exercícios, mas sem se desprender possuindo em toda a volta do tablado 50 cm de largura no sentido horizontal e 50 cm inclinado em forma de rampa, desta forma o quadro de segurança medirá 1,0 metro de largura em toda a extensão do tablado. B- DIMENSÕES A área de exercícios deverá medir em comprimento e largura 12,0 x 12,0 metros e altura em relação ao piso deverá ser de 13,5 cm. Desta forma o tablado absorverá uma medida total de 14,0 x 14,0 metros, incluindo o quadro de segurança. C- FLEXIBILIDADE A flexibilidade deve ser idêntica em toda a área de exercícios, sendo que o tablado deve absorver a energia dos movimentos e amortecer os choques. A flexibilidade se dará através de molas, não possuirá vibrações e terá também um sistema de amortecimento de ruídos. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 44 D- GENERALIDADES - A série começa com o primeiro movimento ginástico ou acrobático da ginasta. A duração da série de solo não pode ser menor que 1:10 minutos, nem maior que 1:30 minutos. A dedução por tempo menor ou maior é de 0,10 pts. - Cronometragem: A assistente inicia o cronometro quando a ginasta começa no solo a executar o primeiro movimento da série. As mesmas detêm os relógios, quando a ginasta termina com o ultimo movimento de sua série. A série deve terminar com a música. - Esta permitido: - acompanhamento musical com orquestra, piano ou outro instrumento sem canto. O acompanhamento se realiza através de uma fita gravada. - A cada vez que a ginasta ultrapassar a área do piso ( 12,0 x 12,0 m.) será descontada, isto é, tocando com qualquer parte do corpo fora da marca, será deduzido. E - CONTEÚDO DA SÉRIE Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 45 HISTÓRIA DA GINÁSTICA OLÍMPICA Os especialistas em ginástica preocupam-se muito com a técnica e se esquecem da dimensão cultural de seu esporte. Para cobrir essa lacuna, redigimos um pequeno estudo da história da ginástica esportiva, destinado a esclarecer os interessados. O termo Ginástica existe há milhares de anos, como uma ginástica educativa, de formação do corpo, conhecida também com o nome de Educação Física ou, como uma ginástica médica ou terapêutica, que se pratica nas antigas civilizações, para manter e melhorar a saúde. Os termos “Ginástica”, “Desporto” e “Educação Física” se confundem muito freqüentemente na linguagem de diversos filósofos, lingüistas e pedagogos. A natureza incita o homem ao movimento, ou seja, ao domínio de seu corpo, o que leva à ginástica natural. Alguns evocam a acrobacia que se praticou em todos os tempos e em todas as partes. Outros mencionam a condição física que sempre foi considerada necessária. Todos aceitam a importância nesse sentido da Antigüidade grega. As teorias de Platão (428 - 348), as de Aristóteles (384 - 322) ou as de Galeno (132 - 201) entre outros não podem ser ignoradas. A partir desses pensadores as teses são numerosa e extraordinariamente diversas. Muitos mestres colaboraram para o desenvolvimento da ginástica. No século XVI, os franceses Rotterdam (1469 - 1536), Rabelais (1493 - 1533), Montaigne (1533 - 1592), além do italiano Mercurialis (1530 - 1606), autor da obra “De Arte Ginastica”, publicada em Veneza, em 1569, constituindo uma fonte inesgotável e precisa de informações históricas, principalmente no que se refere a história dos gregos e romanos. No século XVII, o filósofo inglês Locke (1632 - 1704) e o pedagogo tcheco Comenius (1592 - 1670). No século XVIII, alguns autores estabeleceram as bases da ginástica pedagógica, entre eles, o filósofo Genebrano Rousseau (1712 - 1778), o maior e mais audacioso inovador no domínio da Educação Física, o pedagogo suíço Pestalozzi (1746 - 1827) e Basedow (1723 - 1790), fundador de um ginásio na Alemanha e propagandista na Rússia. No final do século surgiram os criadores da ginástica moderna: Guts Muths (1759 - 1839), autor alemão da obra “Gysmnastik Fur Jugend”, publicada em 1793; Francisco Amoros (1769 - 1849), espanhol estabelecido na frança a partir de 1814, fundador de uma escola de ginástica; Ling (1776 - 1839), sueco, criador do primeiro Instituto Nacional de Educação Física de Estocolmo; Jahn (1778 - 1852), teórico nacionalista alemão e político, inventou o termo “Turnen” e autor em 1816 da obra “Die Deutsche Turnkunst”; Clias (1782 - 1854), suíço, fundador emBerna de um ginásio completo em 1816, tendo neste mesmo ano publicado sua primeira obra “A Ginástica Elementar”. Clias surgiu na França mais ou menos na mesma época em que Amoros fundou seu ginásio em Grinelle. Como curiosidade vale salientar a polêmica travada entre eles sobre a construção do trapézio, o que ocasionou o rompimento de relações entre ambos até 1848, quando se reconciliaram. Amoros concebeu um método extremamente rico em processos e que nada ficava a dever aos de Clias e Jahn, como pretendiam injustamente seus inimigos. Foi em 1807, que Amoros começou a por em prática seu sistema de Educação Física, no Instituto de Madri. O primeiro turnplatz de Jahn só foi edificado em 1811, e seus escritos só apareceram em 1816. Quanto a Clias, sua primeira produção data também de 1816. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 46 Iniciada por Hasedow e Guts Muths, a ginastica se desenvolveu na Alemanha com a impulsão dada por Jahn, que fundou o primeiro ginásio ao ar livre em Hasenheide - Berlim em 1811. Basedow nasceu na Alemanha em 1723. A leitura do “Emílio” de Rousseau, inspirou-lhe a idéia de uma reforma pedagógica e para esse fim, reconheceu a necessidade da criação de um instituto que habilitasse professores a aplicar o novo sistema por si imaginado. Pela primeira vez procurou-se associar intimamente a educaçãofísica com a educação intelectual e a educação moral. Incontestavelmente cabe a Guts Muths a glória de ter sido o introdutor na ginástica, da parte pedagógica-didática, que evidentemente constitui a base sistemática que serve de fundamento à ginástica educativa, cabendo a Jahn o mérito da propagação da ginástica em aparelhos pelo mundo inteiro. Jahn (Friedrich Ludwig), nasceu em 11 de agosto de 1778, em Lanz (Prignitz). Foi sem duvida o maior ginasta do século passado em sua Pátria, motivo pelo qual foi cognominado o “Turnvater (O Pai da Ginástica). O método de Jahn ultrapassava o simples limite do corpo. Ele queria formar homens capazes de defender sua Pátria. O engajamento por demais político de Jahn e de sua ginástica originaram a interdição dos “Turnen” na Alemanha de 1820 a 1842. Durante esse período diversos ginastas alemães emigraram para o mundo inteiro difundindo o método de Jahn. Proibido na Alemanha, o movimento continuou na Suíça estimulado por Clias e culmina com a criação da mais antiga agremiação de ginástica do mundo, a Sociedade Federal de Ginástica, fundada em 1832, tendo neste mesmo ano organizado a primeira festa federal “Turnfest” em Aarau, festa essa realizada periodicamente a cada ano. No fim do século XIX, o número de sociedades de ginástica cresceu muito nos países europeus, num movimento social e político muito acentuado. As primeiras federações nacionais que apareceram após o exemplo da Suíça foram: em 1860, na Alemanha a “Deutsche Turnschaft”; em 1865 a federação Belga; em 1867 a federação da Polônia; em 1868 a federação Holandesa e em 1875 a União da Sociedade Francesa de Ginástica. Em 23 de julho de 1881 em Liege - Bélgica, os representantes da Bélgica, França e Holanda, decidiram fundar um “Comitê das Federações Européias de Ginástica”, que se tornou a partir de 1921, FEDERAÇÃO INTERNACIONAL DE GINÁSTICA (FIG). Por intermédio de seu fundador, Nicolas Cupérus, a FIG assumia a partir daquela época a responsabilidade de nião e fraternidade entre os ginastas. Os dirigentes da ginástica européia em seu conjunto e em especial Cupérus, eram contra a idéia de esportivar a ginástica, comungando os mesmos ideais de Pierre de Cobertain, por ocasião do restabelecimento dos Jogos Olímpicos em Atenas, em 1896. A ginástica tornou-se um esporte de competição em virtude da tenacidade de Charles Gaazalet, Presidente da União das Sociedades de Ginástica da França, e também de um grande número de ginastas. Embora Cupéros fosse contrário teve que se inclinar a vontade da maioria, prezando a FIG a organizar a partir de 1903 em Anvers, o primeiro Torneio Internacional, que a partir de 1934 tomaram a denominação de “Campeonato do Mundo”. Assim se inicia, no começo do século XX, uma tendência esportiva, marcada pelo confronto entre as nações, limitadas de início a alguns países europeus, depois aos EUA e enfim, a partir de 1952 a todos os países do mundo inteiro. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 47 A primeira competição de ginástica olímpica feminina foi nos Jogos Olímpicos de 1928, tendo iniciado sua participação nos Campeonatos Mundiais a partir de 1934. A ginástica no Brasil se iniciou com a colonização alemã no Rio Grande do Sul, no ano de 1824. Para eles, a ginástica era uma forma de lazer. Nas festas populares ela fazia parte do programa, provocando grande interesse e concorrência entre os colonos. Duas fontes contribuíram para a implantação da ginástica alemã no Brasil, fato ocorrido na primeira metade do século XIX. De um lado, as numerosas famílias alemãs que se instalaram no Sul do país, formando núcleos que conservavam os hábitos trazidos, dentre os quais estava a ginástica de Jahn. De outro lado, os soldados e oficiais prussianos, que integravam a Guarda Imperial e que, ao deixarem o serviço, não mais regressavam a Alemanha, preferindo fixar-se no jovem país, que tantas oportunidades lhes ofereciam. O Estado do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo foram os preferidos pelos alemães, embora algumas famílias também tivessem escolhido o interior do Estado do Rio de Janeiro, espalhando-se pelas suas serras, onde o clima era bastante ameno. A mais antiga sociedade de ginástica da América do Sul, foi fundada em Joinville- SC, em 16 de novembro de 1858 com o nome de “Turnvercin Joinville 1858” (Sociedade de Ginástica de Joinville). A primeira entidade destinada ao cultivo da ginástica no Rio Grande do Sul, foi fundada em 10 de agosto de 1867, pelo hamburguês Alfredo Schutt, com a denominação de “Turnerbund” e mais tarde essa potência social e esportiva passou a denominar-se “Sociedade de Ginástica Porto Alegre, 1867, SOGIPA”. As competições de ginástica se iniciaram no Rio Grande do Sul, primeiramente sob a direção da “Turnerchaft”, fundada em 1895, que se tornou mais tarde Federação Atlética Riograndense, tendo em 1942 criado um departamento de Ginástica, de onde se originou a Federação Riograndense de Ginástica, a mais antiga Federação de Ginástica do Brasil. A primeira competição de ginástica no Brasil, foi realizada em 18 de abril de 1896, no antigo Piro Alemão, nos Moinhos de Vento, tendo como vencedor Emilio Stein. A ultima Durante esta primeira época, marcou um acontecimento digno de um registro especial, tendo sido realizada em 1938, em Hamburgo Velho, quando a guerra acabou com esses prélios em que se evidenciava uma organização impecável ao lado de uma esportividade elogiável. Em 1888, foi fundada em São Paulo a “União de Ginástica Alemã”, inicialmente com o nome de “Deustscher Turnrein”, denominando-se mais tarde “Associação de Cultura Física”, São Paulo, em 1888. Em 1870, parte do grupo alemão que fundou a ACF, fundava também, o atual Clube Ginástico Paulista ( CGP ), com o nome de “DeustscherTurnerschaft von 1890”. No ano de 1909, foi fundado no Rio de Janeiro o Clube Ginástico e Desportivo 1909, com o nome inicial de “Turnerein Rio de Janeiro”. Muitas foram as sociedades de ginástica criadas pelos alemães, que perduraram com as suas características próprias até 1938, ocasião em que por força do Decreto-lei nº383 de 18 de abril de 1938, foram nacionalizadas. Com a repressão do Estado Novo, houve dispersão das colônias alemãs, havendo consequentemente uma decadência da ginástica nacional. Em 2 de junho de 1948, surgia no cenário desportivo de São Paulo, a Federação Paulista de Halterofilismo, que semanas depois tornou-se entidade eclética, destinada a dirigir também a ginástica, passando a ser denominada Federação Paulista de Ginástica e Halterofilismo ( FPGH ), até o desmembramento em janeiro de 1956. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 48 A Federação Metropolitana de Ginástica do Rio de Janeiro fundada em 11 de maio de 1950 originou-se em virtude dos torneios realizados entre São Paulo e Rio, promovidos pelo Clube Ginástico Português. Com a filiação da Federação Riograndense de Ginástica (fundada em 1942), da Federação Paulista (fundada em 1948) e da Federação Metropolitana de Ginástica (fundada em 1950), a Confederação Brasileira de Desportos, iniciaram oficialmente os Campeonatos Brasileiros de Ginástica a partir de 1951, de dois em dois anos. A participação feminina iniciou-se a partir de 1953. Confirmando a sua tradição de bem dirigir todos os desportos colocados sob sua administração, a CRD procurou dar a nossa ginástica posição de destaque legalizando-a internacionalmente, solicitando a obtenção de filiação junto à Federação Internacional de Ginástica ainda em 1951, no congresso realizado na cidade de Florença, por aprovação unânime de todos os países participantes. Ainda em 1951 representou-se pela primeira vez num Congresso da FIG, por ocasião das Olimpíadas de Helsinque, na Finlândia. De 1951, quando as três federações (RS, SP e RJ) se filiaram à CBD e esta por sua vez à Federação Internacional de Ginástica (FIG), até 1979,a ginástica brasileira foi orientada pelo Conselho de Assessores de Ginástica. A partir de 1979, foi criada a Confederação Brasileira de Ginástica, passando a ginástica brasileira a ter vida autônoma. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 49 TRABALHO DE FELEXIBILIDADE, FORÇA E RESISTÊNCIA Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 50 O TRABALHO DE FLEXIBILIDADE A flexibilidade é uma das qualidades físicas fundamentais da Ginástica Artística. É necessária para uma perfeita realização dos gestos acrobáticos. O aspecto estético, por ela favorecido, torna-se evidente principalmente nas atitudes e posturas. Aplica-se ao conjunto das partes do corpo e, de maneira mais especificamente ginástica, corresponde às diversas atividades musculares: a) Flexibilidade de antepulsão, ligada à flexibilidade de abertura (dorsal superior); b) Flexibilidade de abertura: extensão da coluna vertebral, mas também, sobretudo flexibilidade da articulação coxofemural (com alongamento do quadríceps); c) Flexibilidade de retropulsão, menos indispensável em moças que em rapazes; d) Flexibilidade de fechamento, pernas unidas e afastadas; e) Flexibilidade de pernas: Esta flexibilidade é capital e representa 70% do aspecto estético de um gesto feminino. Os três afastamentos de pernas fundamentais: grande afastamento ântero-posterior perna direita à frente, em seguida perna esquerda e o grande afastamento facial são geralmente associados à flexibilidade de abertura e de fechamento. Um dos aspectos de flexibilidade da coluna vertebral, de que convém não descuidar em ginástica, é o que está ligado à flexibilidade de abertura e de fechamento: a noção de ondas realizadas com a coluna vertebral. Formas de trabalho da flexibilidade: a) Com ajuda do peso do corpo: para o trabalho de uma flexibilidade dada, a ginasta se posiciona de tal forma que o próprio peso do corpo produz o alongamento desejado. Esses exercícios de alongamento deverão ser efetuados sem violência, sem os chamados tempos de insistência, durante os relaxamentos sucessivos acompanhados de expiração, alternando com retorno à inspiração normal. A duração do alongamento pode ser de um a três minutos consecutivos para um mesmo grupo muscular, sendo necessárias várias séries numa mesma aula. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 51 b) Com ajuda do treinador ou de um colega: Primeira etapa: procurar ultrapassar um limite normal de alongamento com ajuda de um colega ou do treinador. Agindo lentamente, é preciso alternar o alongamento ( com expiração) com retorno à normal sem tensão muscular ( com inspiração ), muitas vezes consecutivas, com duração de um a três minutos. Várias séries são necessárias para cada grupo muscular trabalhado. Segunda etapa: a ginasta efetua durante alguns segundos uma atividade em sentido contrário ao do alongamento, inspirando, depois relaxa a contração muscular enquanto o ajudante auxilia e insiste no alongamento ( após o relaxamento e a expiração do ginasta ). Essa operação deve ser realizada poucas vezes, tendo- se o cuidado de aumentar progressivamente o grau de alongamento. Em que ocasião fazer exercícios de flexibilidade: a) Primeira possibilidade: após a corrida de manhã, pois é aconselhável correr de manhã em treinamentos com dois períodos distintos. b) Segunda possibilidade: antes de cada aula nos aparelhos, durante a segunda sessão preparatória. c) Terceira possibilidade: no fim de cada aula, após a musculação. d) Quarta possibilidade: durante uma aula especial de alongamento, um a três vezes por semana. e) Quinta possibilidade: antes do início da aula, sem aquecimento prévio, com relaxamento e sem movimentos bruscos. f) Sexta possibilidade: a que nos parece a melhor. Quando as ginastas tem um período suficiente de treinamento, isto é, pelo menos seis treinamentos semanais de quatro a cinco horas, os alongamentos podem ser praticados duas vezes; a primeira vez no início da aula, sem aquecimento prévio; e a segunda no final da aula, após a musculação. Deve-se realizar o trabalho de flexibilidade o ano inteiro. Em período de competição é preferível adotar a forma de alongamento livre (com o peso do corpo). Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 52 O TRABALHO DE FORÇA Em ginástica olímpica a contração muscular abrange principalmente dois aspectos: a) Contração isotônica: contração do músculo e aproximação dos seguimentos; é a forma encontrada com maior freqüência. b) Contração isométrica: sem modificação aparente do músculo, e que se traduz pela manutenção dos seguimentos numa dada posição. A escolha dos exercícios de musculação propostos, levará em conta dois tipos de contração muscular. O trabalho de fortalecimento muscular deve ser efetuado respeitando-se noções particulares próprias da ginástica olímpica: 1) O exercício de musculação será o mais especifico possível, isto é, as atividades musculares desenvolvidas serão aquelas contidas num gesto técnico preciso ou num conjunto de gestos técnicos que têm a mesmas estruturas de atividade. 2) O exercício de musculação será realizado em situação mais semelhante àquela em que deverá ser efetuada a contração muscular no aparelho. Exemplo: para aperfeiçoar a antepulsão de um giro livre de oitava, o exercício deverá ser feito em posição invertida; para aperfeiçoar a mesma antepulsão, mas desta vez para uma saída em extensão com mortal à frente, esta atividade deveria ser realizada em posição horizontal (decúbito dorsal) ou sentada. 3) Sendo a rapidez uma das qualidades primordiais na ginástica, deve ser dada prioridade à rapidez da contração muscular, em todos os exercícios dinâmicos. Fazer o máximo de repetições em um dado tempo atende a esta exigência. 4) Uma ativação cárdio-pulmonar deve preceder toda contração de forte intensidade. 5) Quando a ginasta tiver atingido bom nível de realização, poderá adicionar cargas adicionais, pesos, halteres, colete de pesos... 6) Um programa deve ser estabelecido para servir de suporte coerente a esta busca de aprimoramento das qualidades físicas. O controle regular (pelos testes) possibilita evitar a dispersão e descobrir os pontos fracos, para corrigi-los. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 53 As principais atividades musculares, que devem ser reforçadas em ginástica, são as seguintes: antepulsão, retropulsão, repulsão, abertura, fechamento, impulsão de braços, impulsão de pernas e postura alongada. Momento da musculação na aula: Ela se situa geralmente no final da aula, antes ou após os flexionamentos. Entretanto, aulas especiais podem ser planejadas, principalmente para a realização de testes. Duração: Variável, dependendo do tempo dedicado à aula: geralmente de meia a uma hora, para três a quatro horas de treinamento. No início do ano a duração da musculação terá maior importância. Alternância: De uma aula a outra, parece ser necessário trabalhar em alternância: uma aula para trabalho de braços (e da abertura + fechamento) e a seguinte para o trabalho de pernas (e da abertura + fechamento). A dosagem tornar-se-á mais útil quando tivermos conhecimento dos biorritmos de cada ginasta. As diversas etapas de trabalho: 1) Para todas as ginastas jovens, as modalidades de jogos dinâmicos são preferíveis ao rigor das repetições clássicas. Exemplo: colocação em local determinado, com orientação de efetuar uma flexão-extensão nas barras (estabelecimento ao apoio = impulsão de pernas, retropulsão-fechamento), 4 a 6 vezes seguidas. 2) Primeira possibilidade:8 bases de trabalho (os 8 grupos musculares diferentes; cada ginasta efetua um certo número de repetições fixado previamente,depois passa à base de trabalho seguinte). Possibilidade de trabalho coletivo. Segunda possibilidade: mesmo circuito, mas as ginastas deverão realizar um máximo de repetições em um dado tempo. Após recuperação de um a dois minutos, eles trocam de base de trabalho. O circuito pode ser recomeçado várias vezes. 3) Após ter elaborado um programa onde se alternam exercícios de braços e pernas, exercícios dinâmicos e estáticos de contração isométrica, o treinador dá, coletivamente, o sinal de início (quando o exercício é cronometrado), ou então faz a contagem do número de repetições de cada ginasta. Distribuição anual: A musculação deve ser trabalhada durante todo o ano e nunca deve ser interrompida, mesmo em período de competições. Em compensação, ela se modifica e, do desenvolvimento da força muscular pura por meio de exercícios específicos fora do aparelho, passa a uma forma de musculação no aparelho pela repetição de gestos técnicos propriamente ditos. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 54 Setenta por cento do trabalho da aula, no começo do ano, deveria ser reservado para a preparação física. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 55 O TRABALHO DE RESISTÊNCIA Para suportar longos treinamentos, entrecortados com bruscas mudanças de ritmos, em que momentos de recuperação alternam com períodos de forte intensidade, a ginasta necessitará de resistência. Em período de competição, ser capaz de repetir várias vezes um movimento, no solo, de um minuto e meio, ou nas barras (aproximadamente 40 segundos), é dar prova de resistência. Esta é adquirida; se possível antes do período de competição, correndo. Praticar corrida será para a ginasta um meio complementar de aumentar a resistência, que ela enriquecerá posteriormente pela repetição de exercícios completos no treinamento. As duas formas de corrida preconizadas são, por um lado, a corrida de velocidade e, por outro lado, acorrida de meio fundo. A CORRIDA DE VELOCIDADE: A corrida para o salto sobre o cavalo, sendo de 20 metros, é essa a distância que servirá de padrão para a corrida curta, várias formas são possíveis: 1. Numa mesma aula, a ginasta efetua: - um primeiro “sprint” de 20 metros (o equivalente a uma corrida para o salto) - um segundo “sprint” de 40 metros (o equivalente a 2 corridas para salto) - um terceiro “sprint” de 60 metros (3 corridas para salto) - um quarto “sprint” de 80 metros (4 corridas para salto) - um quinto “sprint” de 100 metros (5 corridas para salto) com recuperação de três minutos entre cada “sprint”. O que representa, numa mesma aula, o equivalente a 15 saltos. 2. Uma outra forma: a ginasta corre oito vezes 40 metros (o equivalente a 16 saltos com 20 metros de corrida). 3. Uma terceira forma: a ginasta efetua “sprints” de 20 metros finalizados cada um com um salto, chamada com os dois pés sobre o trampolim, e terminando no colchão após um salto mortal para frente grupado. O objetivo é conservar a velocidade na chamada para saltar alto e longe. Esse sistema acarreta aperfeiçoamento muito sensível do salto sobre o cavalo. 4. Quarta forma: correr o mais rapidamente possível sobre um pé numa distância de 30 metros, 6 a 8 vezes com cada perna. Apostila de Ginástica Artística . Professor Nelson Sátiro Kitahara____________ 56 Essas formas de “sprints” sucessivos desenvolvem, além da velocidade e da rapidez necessárias às tomadas de impulso, as qualidades musculares, aprimorando assim a realização de figuras acrobáticas. A CORRIDA DE MEIO-FUNDO: Este trabalho deve ser progressivo e realizado durante o ano inteiro. As formas a seguir aplicam-se a ginastas preparadas. 1. Primeira forma: Realizar, dentro de um dado tempo (em relação às capacidades da ginasta e sua intensidade de treinamento), cinco vezes de 400 metros, com quatro minutos de recuperação entre cada série. Em geral fixamos como ponto de partida o tempo de 1 minuto e meio, nos 400 metros, duração do exercício no solo. 2. Segunda forma: Uma corrida de 800 metros (o equivalente em distância fracionada de 2 vezes 400 metros), no mínimo de tempo. Essas duas formas devem ser alternadas durante o ano. Essas corridas ocorrerão 2 a 6 vezes por semana, dependendo da intensidade do treinamento e do tempo disponível. O período da manhã é preferível ao da tarde, permitindo um intervalo mínimo de quatro horas antes da retomada do treinamento nos aparelhos. Essa preparação fora do ginásio é fundamental. É preciso que a ginasta de alto nível possa suportar longos treinamentos de cinco horas de duração, onde tempos fortes de intensidade máxima alternam com tempos de recuperação ou de menor intensidade. Em período de competição a ginasta deve ser capaz, numa mesma aula, de executar várias vezes em seguida o exercício no solo (de 1 minuto e meio), com um breve lapso de tempo de recuperação entre cada realização.
Compartilhar