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Antígenos e Imunogenicidade

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Antígeno é qualquer substância solúvel, celular ou particulada que pode ser 
especificamente ligada por um anticorpo ou por um receptor de antígeno de célula T 
(TCR). E eles podem se apresentar de dois tipos: 
• Intrínseco: É caracterizado como o próprio, ou seja, o autoantígeno. E dele parte: 
1. Tolerância: Capacidade de não ter células imunes reativas ao próprio 
organismo, podendo ser: Tolerância Tímica e Tolerância Periférica; 
2. Autoimunidade fisiológica: Destruição de hemácias senescentes; 
3. Doença autoimune: Consiste na falha da auto tolerância. 
 
• Extrínsecos: É caracterizado como o não próprio, ou seja, o antígeno externo. E 
pode gerar: 
1. Imunidade: Resposta satisfatória contra um agente externo, retornando à 
normalidade; 
2. Imunopatologia: Respostas exacerbadas que geram danos teciduais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ligação ao antígeno pode ocorrer tanto pelos anticorpos, também chamados de 
imunoglobulinas (podem ser: de membrana ou solúvel); quando esses anticorpos estão 
expressos na membrana dos linfócitos B, são chamados de BCR; quanto pelo receptor 
de células T (TCR - são receptores somente de membrana), que encontra-se expressa na 
membrana dos linfócitos T. 
As classes de moléculas de anticorpo também são chamadas de isotipos e são nomeadas 
como IgA, IgD, IgE, IgG e IgM; (IgG e IgD são imunoglobulinas de membrana). 
 
A NATUREZA DOS ANTÍGENOS 
IMUNOLOGIA BÁSICA 
Maria Eduarda Marchi - 2025.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A imunogenicidade é a capacidade de induzir uma resposta imune específica; e a 
antigenicidade, é a capacidade de interagir com os linfócitos T ou linfócitos B já 
sensibilizados. 
✓ Ativadores específicos: 
• Antígenos completos: Consiste em substâncias chamadas de imunógenos, que 
possuem capacidade de disparar o reconhecimento imunológico e, 
consequentemente, desencadear a resposta imune. Caracterizando assim, a 
imunogenicidade. 
• Antígenos incompletos: Consiste em substâncias chamadas de haptenos, que 
são pequenas substâncias químicas que possuem a capacidade de se ligar, mas 
não são capazes de estimular uma resposta. Caracterizando assim, a 
antigenicidade. 
obs.: Todo imunógeno tem característica de imunogenicidade e antigenicidade; e todo 
haptenos só tem característica de antigenicidade. 
 
HAPTENOS 
O hapteno quando se liga a uma proteína 
carreadora, forma o conjugado imunogênico. 
E com isso, pode-se inocular esse preparado 
em um animal, o que gerará uma reação e, 
consequentemente, anticorpos contra 
aquele antígeno. Dessa forma, o hapteno 
pode atuar como um imunógeno. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS DOS ANTÍGENOS 
 
COMPLEXO PENICILOIL - ALBUMINA 
A penicilina quando se liga a albumina torna-se uma molécula imunogênica. Uma vez 
que, a albumina funciona como uma molécula carreadora; gerando assim, uma resposta 
contra a penicilina, caracterizando o caso de alergia à penicilina. 
✓ Ativadores inespecíficos: 
• Mitógenos: São substâncias que podem estar expressas em diversos 
microorganismo ou substâncias produzidas pelo próprio organismo de forma 
fisiológica e podem ativar o sistema imune de forma ampla. São eles: Lectinas, 
LPS, hormônios e citocinas. 
 
ANTÍGENOS T DEPENDENTES 
Quando tem-se antígenos de natureza peptídica requer a ajuda de linfócitos T, e por 
isso, são denominados "antígenos T dependentes". As células apresentadoras de 
antígeno (APC) apresentam o antígeno diretamente para os linfócitos T (como 
exemplificado na aula, o TCD4) e quando esses reconhecem o antígeno, disparam uma 
resposta celular ou humoral. 
• Resposta celular: Ocorre a proliferação de novos linfócitos T, com produção de 
novos linfócitos de memória. 
• Resposta Humoral: Essa resposta é realizada pelos linfócito B, sendo, portanto, 
ativada. E posteriormente, serão gerados plasmócitos e, consequentemente, 
produzidos anticorpos solúveis. 
 
ANTÍGENOS T INDEPENDENTES 
São antígenos de natureza não proteica e não necessitam da cooperação dos linfócitos 
T, portanto, são denominados "antígenos T independentes". Assim, a APC os apresenta 
diretamente aos linfócitos B, gerando apenas a resposta humoral. 
 
 
• Ser estranho; 
• Tamanho; 
• Estabilidade; 
• Complexidade; 
• Relação filogenética: Quanto mais um animal se aproxima filogeneticamente do 
outro, menor a imunogenicidade. E vice versa; 
• Hospedeiro respondedor: O hospedeiro pode ou não responder a um antígeno. 
Isso dependerá de uma constituição genética, estado nutricional, idade, 
competência do sistema imune e infecções. 
FATORES QUE INTERFEREM NA IMUNOGENICIDADE 
• Natureza química: Ptns 
macromoléculas, polissacarídeos, 
lipídios e ácidos nucléicos; 
• Peso molecular: Quanto maior o peso, 
maior a imunogenicidade; 
• Acessibilidade dos determinantes: 
Imunogênico (configuração que permite 
a visualização) ou não imunogênico; 
 
Gestantes transmitem imunoglobulinas para o feto via barreira placentária, e quando 
lactantes também transmite imunoglobulinas via amamentação; caracterizando a 
imunidade passiva, porque a mãe está "passando" seus anticorpos para seu filho, o que 
ajuda a impedir que o bebê desenvolva doenças e infecções. Durante os próximos meses 
de vida, os anticorpos transferidos pelo leite materno diminuem, porém, lactentes 
saudáveis após dois a três meses de idade começam a produzir seus próprios anticorpos 
pelo sistema imunológico intestinal (GALT). E ao redor dos 6 seis meses, os anticorpos 
são produzidos em ritmo normal. 
 
 
 
É a menor região da molécula antigênica, responsável pela ligação ao linfócito ou 
anticorpo, ou seja, são sítios de ligação de BRC OU TCR. As superfícies celulares, 
incluindo os microrganismos, geralmente possuem uma grande quantidade de 
determinantes antigênicos, podendo ser: 
 
• Determinantes sequenciais (lineares): Sequência específica de aminoácidos; 
• Determinantes não sequenciais (conformacionais): São aqueles formados pelas 
estruturas secundárias, terciárias ou quaternárias de uma proteína, ou pelo 
dobramento tridimensional normal de um polissacarídeo; 
 
Epítopos monovalente: Distantes nas 
superfícies celulares, interagem com um 
único local de ligação de uma molécula de 
anticorpo. 
Epítopos bivalente: Capacidade de ligação 
da imunoglobulina a dois antígenos ao 
mesmo tempo. 
Epítopos polivalente: Capacidade de ligação 
da imunoglobulina a vários antígenos ao 
mesmo tempo. Como o caso da IgM, que é 
formada por vários anticorpos ligados a um 
anel central, e assim, essa estrutura 
molecular aumenta a capacidade de ligação. 
Devido a isso, essa imunoglobulina é a 
marcadora da fase aguda. 
 
DETERMINANTES ANTIGÊNICOS OU EPÍTOPOS 
 
FORÇAS QUE ATUAM NA INTERAÇÃO ANTÍGENO-ANTICORPO 
A intensidade de cada uma dessas forças que permite a interação do epítopo do 
antígeno ao anticorpo. 
• Interações hidrofóbicas; 
• Forças coulômbicas; 
• Pontes de hidrogênio; 
• Forças de Van der Waals 
 
Afinidade: É a força de ligação entre um único sítio de combinação de um anticorpo e 
um epítopo do antígeno. 
Reação cruzada: É quando um anticorpo que atua contra um determinado 
microorganismo reconhece o epítopo ou determinante antigênico de outro 
microorganismo que é filogeneticamente próximo. Como exemplo: leishmania e 
trypanosoma, tendo o reconhecimento do trypanossoma. 
 
 
São proteínas que exercem potente efeito no sistema imunológico, ativando uma 
grande fração células T que se multiplicam e liberam grandes quantidades de citocinas. 
São expressos por uma grande variedade de microorganismos, como bactérias, vírus e 
algumas espécies de micoplasmas. 
Os superantígenos bacterianos mais bem caracterizados são as exotoxinas pirogênicas 
produzidas por Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, as quais estão 
envolvidas em muitas doenças. 
 
 
 
São tecidos desenvolvidos para estarem protegidos a um grau variável das respostas 
imunes, como cérebro, olhos, testículos, placenta; que carregam um alto risco de 
disfunção letal ou falhareprodutiva, quanto as respostas imunes e a inflamação. 
BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA 
A BHE possui uma alta permeabilidade seletiva que protege o SNC da chegada de células 
imunes e de mediadores inflamatórios. O cérebro é rico em macrófagos residentes, 
denominados micróglia, que se tornam ativados em resposta ao dano tecidual ou 
infecções. 
OCULAR 
• Apresentam moléculas expressas na superfície das células com a finalidade de 
regular negativamente as respostas frente a moléculas estranhas; 
• Ao redor dos olhos, as células formam uma barreira celular; 
• Produção de imunossupressores; 
• Presença de T reguladores; 
• As células que revestem a borda do olho são capazes de induzir a apoptose; 
 
 
SUPERANTÍGENO 
 
 
SÍTIOS IMUNOLOGICAMENTE PRIVILEGIADOS 
• Trauma ocular: Liberação de antígenos proteicos intraoculares, que alcançarão 
os nódulos linfáticos. Nesse local, ocorre a ativação dos linfócitos T, que 
posteriormente, seguem pela corrente sanguínea e interagem contra os 
antígenos de ambos os olhos; 
• O trauma físico de um olho inicia a autoimunidade que pode destruir a visão em 
ambos os olhos. 
TOLERÂNCIA AOS ESPERMATOZOIDES 
Os espermatozoides apresentam antígenos de superfície capazes de estimular a 
produção de anticorpos anti-espermatozóides, no entanto, isso não ocorre devido a 
barreira hematotesticular, que limita a exposição de células e moléculas para os locais 
de espermatogênese. Em situações em que ocorre o rompimento dessa barreira (como 
traumas, torções, infecções) é possível desencadear a produção desses anticorpos, 
interferindo assim, na produção, motilidade e até na aderência e penetração no óvulo. 
 
BARREIRA PLACENTÁRIA E A INDUÇÃO DE TOLERÂNCIA 
O tecido placentário e o líquido amniótico produzem o HLA-G que realizam a 
imunomodulação negativa, acarretando a indução de tolerância de células T 
reguladores, com a intenção de diminuir respostas contra o feto.

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