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O BOM ALUNO DE CURSOS À DISTÂNCIA: 
 
• Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. 
Qualquer um termina, só os determinados aprendem! 
• Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar pela pressa. • 
Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do conteúdo e não 
realizá-las é deixar de aproveitar todo o potencial daquele momento de aprendizagem. 
• Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que elas têm uma função 
bem mais importante que embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar o 
entendimento sobre o conteúdo. 
• Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que eles são momentos de 
reforço do aprendizado e de descanso do processo de leitura e estudo. Você aprende enquanto 
descansa e se diverte! 
• Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que quanto mais aprofundar 
seus conhecimentos mais se diferencia dos demais alunos dos cursos. Todos têm acesso aos 
mesmos cursos, mas o aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem 
diferencia os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”. 
• Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas 
informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar atividades práticas que 
não são possíveis de serem feitas durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.) 
• Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas 
sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar 
elementos para reforçar aquilo que foi aprendido. 
• Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O 
aprendizado só tem sentido quando pode efetivamente. 
 
 
 
 
 
CONTEÚDO 
 
- Introdução 
- Aspectos psicológicos da grafologia 
- A Escrita e a Grafologia 
- Aplicações da Grafologia 
- O Sistema Moretti - Uma contribuição 
de Sigmund Freud 
- Tendências Gerais da Escrita 
- Referências Bibliográficas 
 
 
 
 
 
 
 
 
1- Introdução 
Você já reparou que a sua grafia (letra) se modifica de tempos em tempos? Sabe por 
que? Porquê nós amadurecemos, à medida que vamos evoluindo e assim 
desenvolvemos um estilo exclusivamente próprio. A amplitude dessa variação é vista 
como medida da Individualidade, maturidade, originalidade, inteligência, padrões 
éticos/morais e estilo de vida geral do "autor" da grafia. Esses aspectos da 
Personalidade podem ser descobertos através de um estudo Científico, cuidadoso e 
criterioso dos principais traços da grafia. 
A Grafologia é uma ciência que analisa, estuda e interpreta a Personalidade, o Caráter 
e os Temperamentos da pessoa através da grafia com o objetivo de se determinar as 
suas qualidades, potenciais e desenvolver ou reorganizar seus pontos "falhos" de 
Personalidade. 
As aplicações desta ciência são inúmeras e se relacionam com a representação dos 
aspectos psicológicos, físicos e emocionais do indivíduo. 
O objetivo deste curso é comprovar que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, 
a Grafologia é baseada em dados científicos e não em adivinhação e não há nada de 
oculto no ato de escrever. 
“A letra é o espelho da alma”. Com esse ditado, mães e professoras de antigamente 
tentavam criar em seus filhos e alunos o gosto por uma bela e caprichada caligrafia. 
A Grafologia consiste no estudo da caligrafia: reflexo dos aspectos e tendências 
físicas, mentais e emocionais do ser humano. 
A escrita varia com o momento e a idade de cada um. Conforme o indivíduo vai 
amadurecendo, sua caligrafia automaticamente se modifica. O mesmo acontece, de 
maneira mais sutil, se alguém está eufórico ou deprimido por uma razão qualquer. 
A chave da prevenção contra os desequilíbrios e as doenças pode estar na atenção 
mais detalhada ao corpo e à mente, mas começa, invariavelmente, no 
autoconhecimento . e isso pode ser promovido de várias formas. A resposta para a 
questão "quem é você?" pode estar até mesmo em algumas mal e traçadas linhas. 
Quem responde é uma ciência conhecida há mais de cem anos como a grafologia. 
 
No decorrer dos séculos, a Grafologia evoluiu muito como ciência, sendo ensinada em 
várias universidades da França, Alemanha e Espanha. Esta ciência chegou ao Brasil 
há pouco mais de uma década, mas a cada dia afirma ainda mais a sua importância, 
sendo utilizada em processos seletivos por diversas empresas, escolas, institutos 
criminalistas e até mesmo em processos judiciais. 
 
2- Aspectos Psicológicos da Grafologia 
São comportamentos cotidianos que distinguem os indivíduos uns dos outros. A 
escrita é um desses comportamentos que todos os dias é exercitado. São as formas e 
o tamanho do que é desenhado que descreve projetivamente o que o indivíduo pensa. 
Este trabalho engloba o estudo de muitos investigadores que observaram o registo de 
indivíduos e o seu comportamento. O indivíduo deve ser visto como um ser complexo 
e quem observa-o deve observar o máximo de suas dimensões. Este trabalho é uma 
dessas dimensões… 
A Grafologia é uma ciência que estuda e analisa a caligrafia tendo como objetivo 
principal determinar estados físicos, mentais, e emocionais do escritor. Torna assim 
possível o conhecimento de características da personalidade e do caráter do 
indivíduo. 
Etimologicamente, a palavra é formada pelos vocábulos gregos graphein 
("escrever") ou graphos ("escrita") e logos ("tratado"). 
Como instrumento de análise fornece informações preciosas sobre componentes do 
comportamento do autor, o potencial, as emoções, os sentimentos, as aptidões e a 
energia vital. Através do gesto gráfico (escrita), expressamos vivamente o nosso 
psiquismo. Uma prova que o ato de escrever é resultado de um comando cerebral. 
A examinação de um espécime escrito é uma das bases legais para a identificação 
forense de um indivíduo. A aparência deste, pelo desempenho escrito do autor, é um 
dos veículos de tal comunicação. O escritor representa respostas aos estímulos 
através de sua própria escrita. Constrói assim espontaneamente partes aleatórias 
(curso da letra) para dar forma a desenhos padrões aprendidos (letras) que em 
conjunto originam a comunicação de ideias (palavras). A organização imposta a estas 
ideias (frases), numa uma área limitada (página), origina a observação do desígnio 
criativo consciente (mensagem) do indivíduo. 
O ato de escrever reúne o uso de habilidades de discurso, de leitura, de composição, 
e de coordenação motora. Torna-se assim complicado executar paralelamente outras 
tarefas como exercitação motora coordenada, continuação de um diálogo, e 
desenvolver atividades num computador. A percepção, o movimento, e a cognição 
dinamicamente integrada são tarefas desenvolvidas que requerem a concentração 
total da atenção. 
O ato de manuscrever cumpre excepcionalmente as exigências de um teste projetivo 
de personalidade A escrita projetauma descrição da personalidade. O gráfico é um 
sinal, ou um símbolo, visível de um atributo comportamental e ou cognitivo. Por tal 
razão o ritmo da escrita de uma pessoa não pode ser duplicado por um outro 
indivíduo. Mas existe a possibilidade de indivíduos alcançar a simulação da caligrafia 
de outrem com sucesso, são aqueles aos quais a compreensão da essência do 
controle motor da escrita e sua execução se produzem num mesmo registo 
sensório-motor. 
Por todas estas informações, e outras tantas questões, este trabalho foi elaborado 
para saber o que o mundo sabe sobre a grafologia… 
 
 
HISTÓRICO DA GRAFOLOGIA 
É dito que os chineses, desde tempos imemoriais, têm uma grafologia. Possuíam-na, 
já no século XI e os japoneses também a praticam há muito tempo. Por outro lado, no 
segundo século AC, Demétrio, na Grécia, dizia estar seguro de que a escrita refletia a 
alma do indivíduo e, no segundo de nossa era, G. Suetonius Tranquillus relacionava 
dados da escrita de Otávio Augusto com certo lado económico desse imperador. 
Referir todas as pesquisas que se desenvolveram de alguns séculos para cá resultam 
na grafologia do presente. 
Será apresentado apenas um resumo delas, como introdução à análise da grafia, tal 
qual é geralmente praticada na atualidade. 
 
Fase inicial 
Editou-se em Capri, em 1622, o primeiro livro sobre a matéria. O autor, Camillo Bladi, 
médico de Bolonha, deu-lhe o título de "Trattado come da una lettera missiva se 
conoscono la natura e qualitá dello scrittore" (Tratado sobre como, através de uma 
carta, chega-se ao conhecimento da natureza e das qualidades do autor). Outro 
médico, na própria Itália, Marco Aurélio Severiano (1580- 1656), professor de 
anatomia e de cirurgia da Universidade de Nápoles, escreveu "Adivinhador ou Tratado 
de adivinhação epistolar", livro em que procurava associar escrita e personalidade do 
indivíduo. Por volta de 1755, encontra-se Lavater, filósofo suíço, amigo de Goethe, 
que lhe estimulava as investigações. Preocupado com o conhecimento do caráter, 
estudou problemas das analogias entre expressões da linguagem e traços 
fisionómicos, de um lado, e entre essas expressões e a expressão da escrita, de 
outro. Dedicou extensos capítulos de sua obra a esses problemas. Também 
colecionou autógrafos procurando, assim dizia, preparar material de escrita para que 
mais tarde fosse utilizado. Albrecht Erlenmeyer, médico e diretor de hospital 
psiquiátrico, em 1879 publicou "A escrita: caráteres principais de sua psicologia e de 
sua patologia" e T. Wilhelm Preyer, pediatra e fisiologista da Universidade de Iena, em 
1895, "Contribuição à psicologia da escrita". E esses títulos aludem ao fato de que, na 
Alemanha, a Grafologia procurava apoiar-se na psicologia científica. Quanto ao tipo de 
grafologia, chineses, Lavater e, como este Goethe, Poe, Madame de Stael, Leibiniz e 
outros poetas, literatos, filósofos e artistas, nos séculos XVIII e XIX, consideravam a 
grafia segundo a impressão que esta, em seu todo, neles produzia. Não relacionavam 
essa impressão com elementos da escrita: faziam o que se diz uma grafologia 
intuitiva. Baldi, entretanto, iniciara a prática da análise da escrita, procurando conhecer 
o indivíduo com base nos elementos da mesma. Seu trabalho influenciaria, no fim do 
século passado, o de Michon e o de Crépieux-Jamin, que fundariam a escola 
francesa. Foi nesta que a escola alemã se baseou. Ainda a escola francesa foi o ponto 
de partida da grafologia científica, no dizer de Pulver. 
 
Escola Francesa 
Jean Hyppolyte Michon, abade, estudioso de teologia, desenvolveu tão amplo trabalho 
sobre análise de escrita que se lhe atribui unanimemente o título de precursor da 
grafologia atual. Publicou "Les mystères de l'écriture. Art de juger les hommes sur 
leurs autographes" (Os mistérios da escrita. Arte de julgar os homens com base em 
seus autógrafos), com pequena colaboração de A. Desbarolles, "O Système da 
grafologie" (Sistema de grafologia), em 1875, primeiro estudo sistemático da 
matéria e outras obras mais. Fundou, na França, em 1871, a revista "La Graphologie" 
(A Grafologia), ainda hoje editada e presidiu, em 1900, o I Congresso de Grafologia 
realizado naquele país. A Michon se deve o termo grafologia. Quem trabalhava no 
campo naquele tempo era grafologista e não, ainda, grafólogo. Dentre as obras de J. 
Crépieux-Jamen (1858-1940), médico, destacam-se "L'écriture et le caratère" (A 
escrita e o caráter), "Traité pratique de graphologie" (Tratado prático de grafologia), 
"Les éléments de l'écriture des canailles" (Os elementos da escrita dos canalhas) e 
"ABC de la graphologie" (ABC da grafologia), que teve duas edições em português, 
uma em 1943. Ao autor se considera como fundador da escola francesa de grafologia. 
Com Michon e Crépieux-Jamin começou a existir, na França, a chamada escola dos 
sinais isolados. Os autores, partindo de ideias de Baldi, procuraram relacionar 
elementos específicos da escrita a elementos psíquicos também específicos e a traços 
de personalidade. Quanto à contribuição destes dois estudiosos, é de referir ainda que 
Michon valorizou o gesto gráfico, o que deu à grafia "status" de linguagem expressiva. 
O sinal isolado, então seguiria os movimentos e as mudanças da alma, sendo móvel 
como ela. Segundo P. Foix, Michon dizia que toda escrita, como toda linguagem, é a 
imediata manifestação do ser íntimo intelectual e moral e essa afirmação constitui o 
enunciado primeiro da ciência grafológica. Na área prática, o autor apontou a 
necessidade de se obter, para a análise, amostra de escrita espontânea e, se 
possível, de escrita de diferentes épocas. 
Crépieux-Jamin fez modificações nas teorias de Michon, ultrapassando-o. 
Crépieux-Jamin definiu sinal como uma manifestação gráfica, um traço grafológico, 
consequência de um movimento fisiológico. Deu-o, pois, como relacionado, 
constantemente com a energia de um movimento psicológico, que lhe seria 
correspondente. O traço não corresponde sempre a um único traço de caráter. O autor 
estabeleceu que o movimento gráfico e, por conseguinte, toda a escrita, apresentava 
as seguintes caraterísticas "essenciais e fundamentais": direção, dimensão, forma, 
ordem, (clareza ou confuso, fato de ser ordenada ou não, cuidada ou negligenciada, 
etc.), continuidade, pressão e velocidade. Segundo o autor, pelo estudo de tais 
elementos se chegava às várias caraterísticas da personalidade de quem escrevera, e 
estas eram enunciadas isolada e secamente. O autor, contudo, formulou a teoria das 
resultantes, produtos de vários sinais e assim expressa: "Todo sinal gráfico sofre 
variação por influência de um outro sinal". Isto faz justiça ao fato de os traços de 
caráter não apenas se modificarem segundo a inteligência dos indivíduos, mas 
também exercerem influência uns sobre os outros, podendo, assim, acentuarem-se ou 
tornarem-se menos intensos. O autor considerou ainda, o conjunto da escrita sob o 
pontode vista da harmonia. Esta consideração, porém, não constitui algo básico para 
suas concepções e suas teorias. Estas, em consequência, permaneceram voltadas 
para detalhes, num corpo mais ou menos esquemático. Hoje, os grafólogos em geral, 
não seguem fielmente a Crépieux-Jamin, não fazem mais a análise toda a partir dos 
sinais, lembrados embora da teoria das resultantes; ao contrário, estudam os sinais 
explícita e basicamente em correspondência ao todo da grafia, à qualidade deste. 
Mais ou menos paralelamente à implantação da escola dos sinais isolados, 
apareceram os trabalhos de Binet. O Psicólogo investigou, com seus colaboradores, 
aspetos científicos da grafologia. 
 
Grafologia Atual 
Voltando aos tipos de grafologia, temos que, portanto, coexistiam a intuitiva e a dos 
sinais isolados. No fim do século passado, no entanto, o estudo se voltou, 
essencialmente, não mais para o traço que o indivíduo deixa no papel, resultado do 
gesto gráfico, mas sim para o ato mesmo de ele executar esse traço, esse gesto. O 
gesto passou a ser considerado em si, enquanto nasce e enquanto se faz. Através 
desse enfoque chegou-se a uma possibilidade de unificação da grafologia. Ao mesmo 
tempo, a grafia entrou francamente para o campo dos nossos movimentos 
expressivos. O movimento gráfico avaliou-se como devido a fatores internos do 
indivíduo e como consistindo, exatamente, numa expressão destes. Essa 
consideração do movimento gráfico, do gesto gráfico em si, aparece e firma-se com 
Ludwig Klages – e aqui nos encontramos já na grafologia de nossos dias, da qual esse 
autor é tido como pai. Desde então, ainda quando se fala em traço gráfico, com 
referência a sua forma, sempre o que se tem em mente é o gesto brotando e se 
desenvolvendo. 
L. Klages (1872-1952), filósofo e caraterologista principalmente, mas também 
psicólogo, viveu em Munique e, de 1919 em diante, na Suíça. Quando seus trabalhos 
apareceram, depois de 1910, a grafologia alemã se havia desenvolvido bastante, ao 
contanto da psicologia vigente. Klages não só deu atenção ao gesto gráfico, na sua 
própria formação, gesto a que atribuiu o valor de elemento expressivo do íntimo do 
indivíduo que escreve. Estabeleceu, também, de um lado, o conceito de nível de forma 
da escrita, nível que está em função do aspecto do conjunto da grafia e, de outro, a 
noção dos sentidos positivo e negativo dos diversos tipos de movimento gráfico. Estes 
sentidos estão, por sua vez, relacionados ao nível de forma. Com L. Klages, portanto, 
estudo de sinais e estudo do todo se unem. Tanto no último quanto no primeiro, 
Klages esforçou-se no sentido da objetividade, sempre se baseando na apreciação de 
diferentes dados, que ia demonstrando. Temos ainda, com esse autor e inovador, à 
luz de sua filosofia que tanto repercutiu em meios psicológicos, a consideração 
objetiva e aprofundada de todos os elementos básicos da grafia, estes se devendo 
analisar, sempre, em relação ao todo. Dado relevante nessa filosofia é o da antinomia 
alma-espírito. 
Klages mostra como o nível de forma está intimamente unido ao ritmo da escrita. Para 
o autor, o indivíduo sadio sempre se exprime ritmicamente nos movimentos 
expressivos que executa e, assim, também ao produzir seus movimentos gráficos. 
Klages escreveu, além de outras obras, Os fundamentos da caraterologia e escrita e 
caráter, em que apresenta os elementos básicos da grafologia na teoria e na prática. 
O filósofo suíço Max PULVER, também grafólogo, baseia-se em Klages. Estabelece 
muito bem a teoria da simbologia do espaço gráfico. Traz à grafologia noções da 
fenomenologia. Acima de tudo, estabelece ligações entre elementos grafológicos e 
dados da psicanálise. São suas principais obras O simbolismo da escrita, publicado 
em 1931 e em que aparecem os seus conceitos "Impulso" e "crime na escrita", em que 
amplia, mediante a grafologia, o estudo do comportamento humano nesse âmbito 
especial. A seu lado cabe lembrarmos Teillard. Ania Teillard, já falecida, trouxe para a 
grafologia uma análise fundamentada na psicologia de Jung. De suas obras, no 
campo que nos ocupa citaremos "L'âme et l'écriture" (A alma e a escrita), a mais 
conhecida. 
Contribuíram ou vêm contribuindo significativamente para o desenvolvimento da 
grafologia, além dos autores citados, outros mais que nos fariam estender muito mais 
o resumo histórico. 
 
GRAFOLOGIA 
Pequenos atos, comportamentos, tom de voz, maneira de encarar os fatos e até 
mesmo a maneira como dispõe as ideias no papel podem expressar a personalidade 
de qualquer pessoa. Não há como disfarçar, pois até o disfarce é revelador. 
Em qualquer teste de seleção o indivíduo é já solicitado a expressar suas ideias sobre 
um determinado assunto ou a escrever uma carta de próprio punho – a folha de papel 
em branco fica gigante e nesse momento passa a ser o seu mundo. O raciocínio 
lógico cuida do conteúdo da mensagem escrita e o inconsciente deixa sua marca em 
cada linha, cada curva e letra desenhada no papel. 
Para a grafologia não existe escrita bonita ou feia, mas sim o nível de forma positivo 
ou negativo que expressa o equilíbrio ea harmonia do ser humano. Usada como forma 
de auto conhecimento, em tratamentos psicoterapêuticos e na área criminalista 
(embora não possa apontar um criminoso), a grafologia acusa tendências agressivas, 
traços de falta de sinceridade ou possíveis distúrbios emocionais. 
Para uma análise grafológica geralmente é solicitado um texto de 20 linhas no mínimo, 
em papel branco não pautado. Nesse pequeno texto é possível estudar 
aproximadamente 200 sinais e o cruzamento dessas informações é que reflete a 
personalidade do autor, não importando se é um poema, uma carta ou um simples 
recado manuscrito. 
Como as pessoas estão em constante mudança e o estado de espírito sofre 
alterações, o mesmo acontece com a forma de colocar as ideias no papel – os traços 
de escrita podem variar durante a vida, o ano, um dia ou até mesmo em uma mesma 
carta. 
 
A TEORIA 
A fundação da grafologia é que uma estrutura gráfica que define um comportamento 
ou um traço particular da personalidade. Cada estrutura gráfica é gerada pelos 
elementos gráficos preliminares. 
Os quatro elementos expressivos são a linha de base, a delimitação, a pressão e o 
curso. 
 
> A linha de base: 
A linha de base é uma linha imaginária na qual as letras assentam. Esta é 
caracterizada por áreas superiores e inferiores. É usada para dividir a colocação 
vertical com a direção do movimento. Girando a página cem e oito graus é uma das 
maneira conveniente de observar a linha de base. 
A linha de base representa a realidade, o ponto inicial da consciência, a fundação para 
o movimento e a vida. Os padrões da linha de base representam as atitudes para 
experiências e atividades. A colocação vertical, acima e abaixo da linha de base, 
representa a divisão entre seus valores intangíveis e tangíveis, entre conceitosabstratos e concretos, entre ideias filosóficas e físicas, entre a opinião pessoal e 
relacionamentos pessoais. 
Movimento horizontal ao longo da linha de base representa reação individual à 
experiência, aos valores vivos, a exigência do tempo, a aprendizagem (o movimento 
direito significa o avançar, expandir, e o progredir enquanto o movimento esquerdo o 
reverter, o contrair, e a retroceder). 
 
 
> A Delimitação 
Uma delimitação é formada quando uma linha ou linhas delimitam uma área. Uma 
delimitação representa a imaginação, a ampliação do conceito, e a expansão da ideia. 
Há três formulários básicos das delimitações o laço, o círculo, e a haste: 
1. Um laço representa self gerador de conceitos. Há laços verticais, superiores e mais 
baixos. Um laço superior é dado forma por uma linha que inclui uma área começando 
para a frente e para cima, movendo-se para trás, e retornando para a frente e para 
baixo com os cursos do cruzamento na linha de base. As letras "e" e "l" são exemplos 
de laços superiores. Um laço mais baixo é dado forma por uma linha que inclui uma 
área começando para a frente e para baixo, movendo-se para trás, e retornando para 
a frente e para cima com os cursos do cruzamento na linha de base. A segunda parte 
mais baixa das letras "g" e "y" que são exemplos de laços mais baixos. Um laço 
invertido é uma delimitação na qual o curso se cruza verticalmente afastado da linha 
de base. Um laço superior invertido parece como se o laço mais baixo e deslocado 
acima da linha de base. 
2. Um círculo representa outros pontos de vista ou conceitos gerados externamente. É 
formado pela linha ou pelas linhas que incluem uma área começando para trás e para 
baixo, movendo-se para a frente, e retornando a reunião inversa e ascendente ou 
tocando no topo. O pico, de união, aponta verticalmente para cima. A letra "o" e a letra 
"a" são exemplos de círculos superiores. A segunda parte mais baixa da letra "f" e da 
letra "q" são exemplos de uns círculos mais baixos. Um círculo invertido é uma 
delimitação onde os cursos da reunião são unidos no fundo, e que apontam para 
baixo. A letra "s" e a curvatura na letra "k" são exemplos de círculos invertidos. Uma 
delimitação proporcional contém o contrapeso e a simetria esquerda-direita 
horizontais. Uma delimitação oscilante não cruza a linha de base. As estruturas 
escritas impostas controlam a ordem convencional. 
3. A haste é uma estrutura imposta e representa padrões instruídos relativos do 
comportamento. Uma haste é formada por um delimitação, que é ensinado para ser 
restritiva. Outros padrões impostos na escrita representam padrões relativos do grupo. 
Um período seguido por uma letra importante é uma interrupção imposta com uma 
estrutura ensinada expandida. Isto é, começar na esquerda superior, movendo-se 
para a direita, depois terminar para baixo à direita é um sentido imposto para encher 
uma página escrita. Os espaços distribuídos às margens são impostos. Sua assinatura 
é imposta. 
 
> A pressão e o curso 
O curso descreve a força da vida, fluxo da energia. A pressão do curso representa a 
vitalidade intelectual, a energia psicológica, a paixão sexual, e a intensidade 
emocional. A pressão é definida por quanto força aplicada à superfície da escrita com 
o instrumento da escrita e não a pressão do aperto da mão. A pressão indica a 
capacidade para atividades vigorosas. A espessura do curso representa a capacidade 
de discriminação sensorial. O contraste da cor do curso, relativo à superfície da 
escrita, representa a discriminação sensorial. A direitura do curso representa uma 
aproximação firme, enquanto curvilínea representa uma aproximação macia. A 
transição do curso é definida como o ponto de inflexão. Este é o ponto na qual as 
linhas mudam seu sentido e sua inclinação. A transição da linha representa o grau de 
consciência e de flexibilidade cognitiva. Um baixo curso e um alto curso à linha de 
base representam a resposta subconsciente e consciente da manutenção do 
movimento da vida, respetivamente. A colocação vertical destes cursos está acima da 
linha de base. Os sentidos do curso numa página são definidos como para cima para 
o topo, para baixo para o fundo, para diante para a direita e para trás para a esquerda. 
A velocidade da escrita é controlada pelo tempo de reação psicológica do indivíduo. 
Parece que o escritor mantém subconscientemente uma velocidade máxima do curso 
com uma imposição de um perfil variável e oscilante. O escritor está ajustando 
constantemente a função da velocidade com mudanças no comprimento, no sentido, 
na duração, na pressão, e na aceleração do curso. Definir uma unidade ou unidades 
de medida é extremamente difícil mesmo com o DAE (dispositivo automático de 
entrada) do receptor de escrita de um computador, para capturar todo processo. A 
unidade de medida básica não é a letra pois é difícil para o computador a 
interpretação da escrita manual. Os efeitos secundários da velocidade são a pressão 
do aperto, distância da preensão da caneta ao ponto de escrita, inclinação da caneta 
ao papel, rotação do ponto da caneta, e a pressão do ponto de escrita ao papel. 
Um curso rápido e fino apresenta-se a quarenta e cinco graus e move-se para a direita 
no qual o dedo-polegar controla os movimentos verticais e o pulso os movimentos 
horizontais. A escrita rápida é um catalisador à energia interna que realça o 
movimento, o pensar, e as reações rápidos. 
O tamanho da escrita representa a diferença entre o controle interno e exterior da 
atenção. A intensidade do traço é determinada pela qualidade do teste padrão gráfico 
do curso/estrutura e sua ocorrência é frequente. Cada caráter do traço é explicado 
pela definição gráfica da estrutura. Cada sinal gráfico tem um valor distinto e 
específico. Não pode representar um significado diferente ou oposto. Cada 
comportamento definido é representado graficamente e deve aderir aos princípios 
gráficos descritos. 
 
DEFINIÇÕES GRÁFICAS 
As definições gráficas de exemplos, são aquelas que descrevem traços do 
comportamento, podem ser agrupadas por sua similaridade gráfica. 
Uma aproximação de treinamento sistemática pode ser agrupada como: 
1. Laços e círculos médios de área 
2. Laços e círculos inferiores de área 
3. Laços e círculos superiores de área 
4. Hastes 
5. Testes padrões médios da área 
6. Sentido da linha de base e afastamento de linha 
7. Qualidade da linha ou do curso 
8. Inclinação de cursos grande da linha de base 
9. Tamanho e espaço 
10. Finais do curso 
11. Cursos iniciais 
12. Barras do "T" e pontos de "i" 
13. Os testes padrões originais tais como capitais, correções, integraram 
combinações, assinaturas, curso sobrecarregado 
 
 
1. Laços e círculos médios de área 
● Liberal, compreensão limitada, mente aberta, mente fechada 
● Comunicativo, incomunicável, reservado, evasivo 
● Sincero, auto-enganador, extremo do auto-enganador, extremo reservado, 
reservado, enganador intencional 
● Rendoso, inclinado,plácido, mundano 
2. Laços e círculos inferiores de área 
● Determinação, pressionador de determinação, determinação contida, 
mudança 
● Os valores harmoniosos tangíveis da linha, desejo para a variedade, 
seletividade, exclusivo, exclusivo de exclusividade, fantasia concreta, 
retribuir, ideias distorcidas regimentais, concretas 
● Vive para o self, ação de isolamento, colocação para trás 
● Previdência, déspota, cínico 
3. Laços e círculos superiores de área 
● Intangíveis valores harmoniosos da linha, opinião diversificada, abstração de 
ideias distorcidas, fantasia abstrata, idealismo, crenças 
● Desejo para a responsabilidade, ciumento, rebelde, audacioso, persistente 
4. Hastes 
● Orgulho, vaidade, independência, dignidade, sensibilidade ao criticismo, 
formalidade, deliberado, obstinado 
● Desejo do psicadélico para, hábil, controlado, vigoroso, estruturado, ofensivo, 
calmo, argumentativo 
5. Testes padrões médios da área 
● Pensador, investigador, analítico, cumulativo, detalhado 
● Pensar superficial, pensante, construtivo, atenção engenhosa 
● Mentalmente flexível, diplomata, auto-consciencioso. 
● Tempo, relação, intuitivo 
6. Sentido da linha de base e afastamento de linha 
● Optimismo, depressivo, euforia, pessimismo, auto-afirmação 
● Rotina, natureza calidoscópica, versatilidade, atitude despreocupada, 
tendência suicida 
● Claridade do pensamento, confusão do interesse 
7. Qualidade da linha ou do curso 
● Intensidade emocional muito disponível, pouco disponível, muito ativo, 
ligeiramente ativo, armazenado 
● Discriminação sensorial forte, fraco 
● Sensual, abstêmio, sensual, gracioso, adaptabilidade ao stress 
● Hesitação, hesitação involuntária, deterioração psicológica, exaustão 
degenerativa, inescrupuloso 
8. Inclinação de cursos grande da linha de base 
● Respostas emocionais impulsivas, objetivo, histeria, retirada, estável, 
mudando, personalidade 
● Supressão, repressão, inibido, autoritário, restritivo 
9. Tamanho e espaço 
● Tamanho = concentração, desejo pela notícia 
● Espaço horizontal = exposição emocional, confinamento emocional, 
extravagância, ultra conservadorismo, destacado, intruso, desanimado 
● Espaço = ostentoso, auto-participação, frenesi, auto-ciente, auto-ligação, 
perda da espontaneidade 
10. Finais do curso 
● Indeciso, decisor, positivo, empático, tenacidade 
● Generosidade, crónico cauteloso, cauteloso, auto-reprovação, auto-punitivo 
● Agressivo 
11. Cursos iniciais 
● Simplicidade, direto 
● Humor, engraçado, temperamento, culpa, ressentimento, antagônico 
12. Barras do "T" e pontos de "i" 
● Barra-T = vontade, propósito 
● Barra-T vertical colocada na base-T = objetivos baixos, objetivos práticos, 
objetivos distantes, objetivos de visionário 
● Barra-T horizontal colocada na base-T = precisão, procrastinação, 
impaciência, temperamento explosiva 
● Direção barra-T = seriedade da finalidade, auto-controlo, superficialidade da 
finalidade, finalidade lânguida, esquecido sarcasmo, mandão, dominar, 
ditatorial, auto-repreensão 
● Pontos-i = atenção aos detalhes, procrastinação, impaciente, esquecido 
● Lealdade, irritabilidade, idiossincrasia 
13. Os testes padrões originais tais como maiúsculas, correções, integraram 
combinações, assinaturas, curso sobrecarregado 
● Maiúsculas =Egoísmo, egotismo, humildade 
● Gosto estético, refinamento cultural, chefe nominal, independência, autónoma 
artística 
● Correções = perfeccionismo 
● Organização = habilidade de organização, fluidez, imaginação, sentido de 
proporção 
● Assinatura = imagem proeminente, confidencial, dinâmico, status 
● Autoconfiança, arriscado 
● Reação formal interna = objetivos inadequados, esperançoso, impossível, 
interesse pela ação, incoerente 
● Reação formal externa = interesse liberal, interesse original por informação 
ou céptico, compulsivo 
 
EXEMPLO DOS TRAÇOS: 
 
 
 
EM QUE ÁREAS É UTILIZADA A GRAFOLOGIA? 
Recursos Humanos: 
• Seleção (comparamos o perfil psicológico esperado para o cargo com o perfil 
psicológico apresentado pelo candidato); 
• Identificação e desenvolvimento dos potenciais; 
• Promoção (movimentação interna); 
• Avaliação de clima organizacional (instrumento adicional no diagnóstico); 
• Administração de conflito (levantamento do perfil pessoal das partes envolvidas). 
Autoconhecimento: 
• Conhecer os próprios aspectos pessoais através de um instrumento científico e 
isento de valores pessoais do observador; 
• Descobrir os aspetos "fortes" e "fracos" da sua personalidade; 
• Conhecer os principais potenciais que você já tem e que podem ser melhores 
desenvolvidos; 
• Compreender-se melhor através do conhecimento das suas principais 
tendências. 
 
Orientação Vocacional (adolescentes ou adultos): 
• Identificação dos principais potenciais; 
• Conhecimento das caraterísticas de personalidade e com que tipo de atividade 
profissional isso "combina"; 
• Identificação dos limites e aspectos que precisam ser mais bem desenvolvidos. 
 
Orientação matrimonial e pré-matrimonial 
Diagnósticos médicos: 
• Auxilia o médico a definir com precisão casos de hipocondria, paranóia, 
embriaguez, esquizofrenia etc; 
• A grafologia médica está muito avançada na Alemanha, Holanda e Suíça. Têm 
trabalhado muito neste tema os italianos e espanhóis. É de grande utilidade, não 
apenas para o estudo dos pacientes, como também para prever enfermidades e para 
acompanhar a reação do paciente durante o tratamento, especialmente depois de 
intervenções cirúrgicas comprovando as mudanças na evolução da cura. 
 
 
Falsificações: 
• As Polícias Civis, Forças Armadas, Bancos e o Poder Judiciário possuem 
especialistas em Grafotecnia. Este ramo é o mais avançado em nosso país; 
• A Universidade de Campinas possui um dos melhores laboratórios do país. 
 
Grafoterapia: 
• A Grafoterapia é um método de ginástica psico-motora, que permite, mediante a 
percepção, conscientização sugestiva, transmissão e armazenamento no cérebro de 
novos estímulos, assim como mudar alguns modos de reação habitual inadaptada, 
geralmente produtores de transtornos no comportamento; 
• O tratamento que consiste em exercícios escritos, metodicamente dirigidos, tem 
alcançado resultados surpreendentes; 
• O avanço da Grafoterapia e da Grafologia, nos últimos anos e a sua entrada nas 
grandes universidades americanas e europeias, principalmente na Alemanha e na 
Espanha, colocou este tipo de estudo na primeira linha de interesse; 
• A Sociedade Internacional de Grafologia, na França e Estados Unidos, têm 
como finalidade a correção dos defeitos do caráter e a reabilitação dos pacientes, já 
completou cem anos e foi declarada de utilidade pública para o governo francês. 
 
A grafoterapia pode ser aconselhada nos seguintes casos: 
• Correção da auto-imagem negativa ou do fracasso 
• Correção de estados de angústia, depressão ou ansiedade 
• Correção dos defeitos de atenção e memória 
• Correção da vontade (instável, indecisa...) 
• Correção de certos defeitos de conduta moral 
• Correção de tendências hipocondríacas 
 
 
 
VANTAGENS 
Grafologia é um teste prático e económico da personalidade pelas seguintes razões: 
● Com esforço mínimo e somente alguns minutos para que um assunto prepare 
um espécime escrito. 
● A escrita visual é um formulário que é claramente identificável num 
movimento,expressivo e provavelmente o mais acessível. 
● Condições de teste simples e ferramentas que requerem somente uma 
posição se sentando confortável, alto de tabela, escolha do escritor da caneta 
ou instrumento da escrita, e papel desenrugado. 
● Teste universal que pode ser usado com respeito as necessidades ou as 
situações tais como à colocação vocacional, à avaliação de compatibilidade 
especial, à identificação forense, e à descrição detalhada da personalidade. 
● Adaptável aos estudos experimentais e é especialmente útil para medir a 
influência de antes, durante, e após de condições controladas administradas, 
tais como drogas ou o hipnose. 
● Nenhum treinamento é requerido pelo verificador. 
● Mínimo requerido pelo assunto, à excepção de saber como escrever, é gerar 
um espécime escrito. 
● Normalmente pelos dez anos de idade, uma criança domina a habilidade de 
escrever e é familiar com um modelo do alfabeto. 
● Teste simplificado da avaliação de personalidade nos termos do tempo, dos 
meios, da posição, da disponibilidade, do treinamento, da instrução, de 
disciplinas transversais, e de informação de fundo. 
● O espécime escrito é um registro permanente. 
● O espécime escrito é um registro simplificado dos movimentos expressivos 
comparados à da maioria de gestos. 
● Por exemplo para capturar permanentemente um discurso, a voz, a mão, ou 
o gesto facial é requisitado uma câmara de filme e tempo para examinar. 
● Os dados de teste e os resultados analisados convenientemente são 
armazenados, catalogados, e copiados eletronicamente ou com papel. 
● Fácil de obter a história precedente dos espécimes passados para a 
avaliação atual. Por exemplo – o início de uma doença, de drogas, de certa 
idade, de fadiga, de uma experiência traumática, e de uma ansiedade da 
situação. As mudanças da personalidade podem ser observadas em figuras 
históricas. 
● Nenhum contato direto requerido entre o teste, o verificador, e o examinador. 
● Os estudos longitudinais podem ser executados retroativamente. 
● Podem utilizar somente definições operacionais. O estabelecimento de 
normas do grupo através das medidas gráficas do curso/estrutura é 
facilmente realizado. 
● A situação de teste não é limitada de duração. 
● Um espécime pode ser coletado em toda a hora conveniente. 
● Os mesmos dados, inalterados, que testam o espécime ou os resultados de 
teste podem ser analisados por uma equipa dos peritos. 
● Analisado e re-analisando em qualquer altura. Se o teste for aplicado durante 
um distúrbio (interrupção externa), é fácil repetir o teste sem perda da 
informação. 
● Pode executar estudos de continuação usando o mesmo método do teste. 
● Adaptável à utilização de padrão de análise estatística e do computador. 
● Um prolongador-régua e um ampliador 20X são as ferramentas do 
examinador sugerido. Um scanner de alta resolução e uma tabuleta 
eletrônica da escrita com umas 0,2 definições/milímetro, uma sensibilidade da 
pressão do grama, e uma velocidade da amostra de 100 hertz podem ser 
úteis para avaliações especiais. 
● Método eficiente de um autoavaliação objetivo para a auto-melhoria. 
● Ninguém mais necessita ser envolvido. 
● Pode analisar o indivíduo nos vários estágios de desenvolvimento. 
● O conhecimento íntimo de outro é perigoso, mas pode conduzir à 
compreensão e então à aceitação e/ou ao ajuste. 
● Um método simples para mudar a personalidade praticando formações 
gráficas para modificar seus traços comportamentais associados. 
● Flexível para a comparação a outros testes psicológicos. 
● Adaptável aos modelos diferentes da personalidade. 
 
 
LIMITAÇÕES 
O espécime escrito abarcar descrições do comportamento e predições da 
personalidade. O espécime não pode explicar o "porquê", nem o passado, a 
raiz-causa para uma ação particular ou circunstância. Destruir um espécime escrito 
onde o escritor expressou porções emocionalmente carregadas e interesses tem o 
valor terapêutico. O índice do texto é irrelevante à análise do caráter e não é utilizado 
pelo analista da caligrafia. A escrita controlada é um ato repetitivo que pode ser usado 
para modificar a personalidade sugerindo traços comportamentais, mas deve ser 
executada com grande cuidado. Desde a escrita degradada até à agrafia tal sucede 
como um resultado de causas psicológicas. Sua escrita é independente do seu 
conhecimento como da sua aparência física. O escritor não dá a informação no 
gênero, religião, raça, cor, credo, idade, político, influências cultural, força física, 
origem natural, beleza física, fundo econômico-social, qualificações educacionais, 
status do grupo, e status financeiro. Sua escrita é, entretanto, dependente e 
influenciada pelas drogas, doença, ansiedade da situação, de experiências 
traumáticas, de maturidade, de hipnoses, e de fadiga. Estas circunstâncias modificam 
a personalidade e estados de humor que influencia diretamente a escrita, que num 
espécime escrito se observa rapidamente. Praticar um teste padrão escrito particular 
por vinte minutos cada dia por trinta dias para alterar o comportamento deve com 
cuidadosamente monitorizado. Como uma nota, a escrita de um adolescente tende a 
ser inconsistente de momento a momento. 
 
 
 
AS IMPLICAÇÕES LEGAIS 
Legalmente nos Estados Unidos a escrita manual é considerada um comportamento, 
como indicado pela decisão do Tribunal Supremo dos Estados Unidos v. Marat (1973). 
Consequentemente, a análise da escrita manual é protegida das condições de 
privacidade do indivíduo da quarta emenda como indicado pela decisão da corte 
suprema dos E. U., Estados Unidos v. Dionisio (1973). 
Comentar um comportamento publicamente observado não é uma invasão da 
privacidade como indicado pela decisão da corte suprema dos E. U., Estados Unidos 
v. Rosinsky (1977). 
Eticamente, a habilidade de analisar a escrita de uma pessoa sem seu conhecimento 
viola o seu direito à privacidade. Na prática da grafologia e como uma precaução legal 
o analisador grafológico deve obter sempre a permissão do escritor. Deve ainda 
indicar sempre que a análise é uma opinião. A avaliação de personalidade que utiliza 
a grafologia é inadmissível nos tribunais como indicador pela decisão do Tribunal 
Supremo de New York, Cameron v. Knapp (1987). 
Mas, um perfil do comportamento obtido usando a habilidade técnica de um 
grafologista é admissível nos tribunais como indicado pelo tribunal (criminal) do distrito 
dos E. U., Docket no. 93- 10291(1995). A avaliação de personalidade por outros 
métodos é legalmente admissível obtendo o consenso psicológico geral para a validez 
do teste. 
Presentemente, a grafologia não define legalmente o consenso entre psicólogos e 
entre grafologistas. Entretanto, muitos críticos acreditam de que nenhum teste da 
personalidade têm adequadamente exatidão ou validade científica provada para 
predizer o comportamento humano ou as ações, especialmente os traços complexos, 
a desonestidade e a integridade. O conhecimento detalhado de traços disponíveis do 
caráter não pode com uma certeza de 100 por cento predizer sua aplicação. O 
comportamento é determinado por combinações dotraço, os indicadores gráficos, e é 
específico da situação; uma situação particular pode alterar a resposta. Para exemplo, 
os traços ou a situação subjacente que caracterizam o sucesso financeiro não podem 
ser claramente definidos exatamente. Grafologistas não demonstram a validez 
correlacionada aceitável através de estudos combinados, classificação de estudos, 
avaliação de estudo e/ou através de estudos experimentais. Os estudos que contêm 
uma quantidade grande de variáveis inter-relativas e aleatórias e não contêm 
características fortemente contrastando produziram uma correlação estatisticamente 
insignificante. Uma validade significativa deve ser aproximada da unidade (tendo como 
nota que esta medida é construída por correlações e a sua aproximação à unidade é 
proporcional à sua autenticidade). Grafologistas, os "scriptologistas", os 
grafo-analistas, e os analistas da escrita manual oferecem geralmente a desculpas 
não fundamentadas para os resultados experimentais negativos dessa validade legal 
dos danos. Infelizmente, a correlação estatística que suporta validações não são 
suficientes por se provar a causalidade sem verificação adicional. A velocidade da 
escrita, a simplicidade, espaço da linha, colocação da caneta, e figura oito para a letra 
"g" correlacionada experimentalmente à inteligência não é suficiente para predizer a 
inteligência. O uso da grafologia para predizer o desempenho da personalidade como 
no emprego e a união é legalmente arriscado e insustentável nos tribunais. 
A Grafologia como muitas ciências tem longa história que vinca seus inícios 
longínquos em tempos incalculáveis. Mesmo assim com o passar do tempo foi um 
estudo que se desenvolveu como tantos outros que hoje é aplicada nas mais diversas 
situações: policiais; forenses; terapêuticas; e até pessoais. Embora não faça parte 
do quotidiano das pessoas, e muitas não devem saber de sua existência, este 
estudo sobre o tipo de caligrafias é acessível a todas elas, embora o seu 
aperfeiçoamento requisite muito estudo, investigação e dedicação. 
Em forma de resumo o próximo quadro apresenta de forma geral e superficial as 
características gerais da caligrafia e suas respetivas caraterísticas dos indivíduos. 
 
3 - A Escrita e a Grafologia 
Desde o início, o homem projetou sobre o barro, pedras, paredes de cavernas, papiros 
e, posteriormente, o papel tudo aquilo que desejava transmitir para firmar 
acontecimentos, contratos, relações comerciais e a expressão de seus próprios 
anseios. Neste processo, observa-se todas as formas de apresentar a escrita: da 
pictográfica, cuneiforme, hieroglífica, hierática, demótica até a escrita de nossos dias 
que permanece com a influência cultural de cada parte do mundo. 
A escrita é uma das formas de expressão humana. Assim como o homem mostra 
seus sentimentos e emoções através da expressão corporal ( corpo, gestos faciais, 
mãos), a escrita projeta no papel os gestos que exprimem não só os sentimentos e 
emoções, mas um conjunto de informações intelectuais, personais, físico-orgânicas e 
o próprio caráter de cada um de nós. 
Assim como ocorreu uma busca de simplificação (dos instrumentos de escrita e onde 
se escrevia) na escrita desde a primeira expressão com a escrita pictográfica até a 
expressão atual (com algumas exceções), vemos também de forma positiva a 
tentativa cada vez maior da simplicidade do gesto de escrever. 
Durante o século XX, assistimos o desenvolvimento do ensino às pessoas para que, 
uma vez alfabetizadas, pudessem também ter a escrita aprendida e desenvolvida. 
Neste momento recebemos em um padrão de ensinamentos a maneira de escrever. 
Aqui poderíamos nos perguntar: Por que então as pessoas escrevem de forma 
diferente do padrão que aprenderam? Isto se dá pelo fato de que tanto mais as 
pessoas se distanciam do modelo aprendido, mais personalização da escrita 
acontece, denotando com isso mais espontaneidade e individualização sendo este 
um aspecto positivo. 
Portanto, através dos movimentos da escrita, estamos nos revelando, mostrando todo 
nosso ser interior com nossas ambivalências, mas um ser único, individual repleto de 
características, valores e atitudes inseridas neste nosso sistema social e humano. 
A investigação da escrita não visa predizer o futuro, mas a análise científica que 
possibilita a interpretação de caracteres de cada indivíduo funcionando como um 
barômetro das tendências mentais, emocionais e físicas. 
 
 
Sons, Gestos e Símbolos 
A idéia de que o núcleo fundamental da língua reside no signo é comum a vários 
pensadores nas mais diversas épocas em que estudou-se a linguagem, entender a 
escrita em última análise é entender a linguagem e em nosso caso a palavra, mas do 
ponto de vista da grafologia ou seja do entendimento das características e 
comportamento da escrita determinados aspectos da compreensão da linguagem ou 
da lingüística devem ser privilegiados. 
O primeiro aspecto a ser considerado é a equivalência dos aspectos fônicos, gestuais 
ou gráficos com os quais a linguagem se apresenta e/ou pode ser materializada. 
Tradicionalmente se supõe que a linguagem tem origem nos códigos fonéticos e ou 
gestuais e que a linguagem escrita (fonográfica) vem substituir artificialmente a fala do 
mesmo modo que a imagem acústica ou seja uma representação dos sons que 
compõem a fala podem ser pensados e/ou organizados em silêncio. 
Em lingüística Saussere denominou essa distinção entre as duas faces inseparáveis 
de um signo, ou seja: a sua imagem acústica (árvore) e o conceito ou símbolo árvore, 
como significante e significado cuja relação constitui o signo lingüístico. 
Para esse autor considerado o criador da ciência que estuda a linguagem com seu 
curso de lingüística geral (1916), a relação entre o significante e significado é 
arbitrária, ou seja, não há nenhuma relação necessária entre estes além da 
convenção social que a estabeleceu para todos os indivíduos daquela comunidade 
falante pois a linguagem é sobretudo uma imposição / convenção social, o que decerto 
contraria as teorias que buscam a origem das palavras em onomatopéias com 
significados mais ou menos universais. 
A grafologia nessa perspectiva estuda a relação dos significantes entre si enquanto 
unidades que representam sons (letras, ditongos e tritongos) e ganham significados 
na medida em que se constituem enquanto sílabas (alguns sílabas já possuem 
significados - os semantemas) e palavras. 
Contudo os significados que os grafologistas encontram nas letras se efetuam por 
outras formas de representação mais relacionadas às conexões gestuais que 
enfatizam e re-codificam a fala e discurso individual de um sujeito compondo o seu 
estilo ou variante individual de discurso. Muito embora a psicanálise dos atos falhos 
revela que erros e tendências que se repetem não se dão ao acaso e possuem uma 
relação com o afeto e características individuais do sujeito, observa-se, porém que 
estes tanto podem vir associados a sons e representações gráficas como a 
significadosou a ambos simultaneamente. 
Os testes gráficos utilizados em psicologia (tipo o PMK - Psicodiagnóstico Miocinético, 
Palográfico etc) de um modo geral exploram a analogia entre a escrita, a gestualidade 
ou códigos de comunicação não verbal e a linguagem verbal sendo essa última a 
principal representação da consciência e atos cognitivos que formam o conhecimento 
humano e a linguagem não - verbal uma representação dos instintos e tendências ou 
motivações inconscientes do indivíduo. 
Por outro lado teorias modernas não vêem a razão e inteligência essencialmente na 
linguagem verbal cada vez mais se descobre as expressões do conhecimento no que 
era considerado irracional como emoções e intuição. Observa-se ainda que não temos 
sequer certeza da origem da linguagem na expressão fonética dos seres humanos, 
pois dispomos poucos dados para identificar precisamente sua origem. 
Um sábio chinês Tchang Tcheng - Ming contrariando a todos defendia a anterioridade 
da escrita a linguagem fonética apoiando-se no fato de que a linguagem chinesa 
parece imitar a linguagem gestual. Além do que considerando os protótipos da 
comunicação animal os Sons estão em equivalência funcional às Cores (Formas 
diferenciadas de Corpo) e Sequências de Comportamento (Displays) correspondentes 
aos gestos humanos como elementos (signos) das mensagens e representações da 
realidade codificada pelos diversos tipos de sistema nervoso enquanto representação 
de estímulos para satisfação das necessidades vitais de cada ser. 
Segundo Kristeva apesar dos numerosos trabalhos sobre os diversos tipos de escrita 
que a humanidade elaborou através dos tempos a ciência atual ainda não propôs uma 
ciência satisfatória da escrita da sua relação com a língua e das regras de seu 
funcionamento. A grafologia sem dúvida não responderá todas as questões, mas tem 
muito a contribuir. 
 
Órgãos Envolvidos na Escrita 
Tálamo 
É a sede que filtra as sensações experimentadas antes de serem transmitidas à 
consciência. Coordena os movimentos, é responsável pela vivacidade, pela 
tenacidade (Pophal). 
Pallidum 
Leva a exteriorização ao aspecto motor que intervém na coordenação e motricidade. 
Cerebelo 
Preside e controla o tônus muscular e a atividade motriz da chamada zona cortical 
cerebral. 
Córtex 
É quem assegura a precisão dos movimentos. 
 
Todos os movimentos corporais resultam de impulsos cerebrais. A forma como 
escrevemos tem ligação com o nosso andar e o osso falar (as pessoas que andam e 
falam rápido, por exemplo, possivelmente escrevem com rapidez). 
 
4- Aplicações da Grafologia 
 
Nossa personalidade também é fruto de nossa cultura, do meio onde vivemos e do 
modo como somos criados, o que também interfere em nossa escrita. Nós, de origem 
cultural patriarcal, fazemos a nossa escrita da esquerda para a direita; já os hebreus, 
que têm a sua cultura centrada na figura da mãe, escrevem da direita para a 
esquerda. 
Mesmo os chamados orientais possuem características culturais diferentes: os 
japoneses reverenciam de cima para baixo, constatamos que a sua escrita é feita no 
mesmo sentido; já os chineses, consideram-se “filhos dos céus” e apresentam sua 
escrita de baixo para cima. 
Os cadernos de caligrafia diferem quase de país para país, obedecendo às 
características culturais e os costumes, pode ocorrer de diferir também no mesmo país 
em épocas variadas, diante das evoluções e mudanças. 
O grafólogo deve conhecer o método caligráfico no qual a pessoa que está sendo 
estudada, aprender a escrever. Portanto, a grafologia exercida em determinado país 
pode ser aplicada em um outro, tendo em vista as diferenças nacionais de cada um. 
Também devem ser levadas em consideração as condições sócio-econômicas 
daquele período. 
 
Área de Recursos Humanos ou Gerência de Gente 
• Seleção de pessoas; 
• Acompanhamento; 
• Desenvolvimento; 
• Formação de equipe; 
• Levantamento de potencial; 
• Consultoria de carreira; 
• Assistência Social. 
 
 
 
 
Área Médica / Psiquiatria / Psicologia Clínica 
• Diagnóstico; 
• Acompanhamento de casos; 
• Psicoterapia; 
• Grafoterapia. 
 
Área de Criminologia 
• Investigação; 
• Perícia. 
 
Área de Orientação e Aconselhamento (Profissional, Vocacional, Matrimonial, 
Pré-nupcial) 
• Diagnóstico; 
• Acompanhamento de caso; 
• Orientação; 
• Aconselhamento. 
 
Análise Quantitativa 
• Aspectos intelectuais; 
• Aspectos comportamentais; 
• Aspectos de atitude no trabalho; 
• Aspectos complementares. 
 
Análise Descritiva 
• Aspectos intelectuais; 
• Aspectos de relacionamento; 
• Aspectos emocionais; 
• Aspectos de produção no trabalho; 
• Aspectos de adaptação. 
Por meio da escrita é possível detectar distúrbios psicológicos originados dos desvios 
da libido, da fixação nas fases oral, anal e fálica, dos sentimentos de inferioridade, 
superioridade e culpa, traçando com isso um verdadeiro mapa da personalidade do 
indivíduo e detectando problemas psicológicos de toda a natureza, como neuroses, 
psicopatias, paranóias e até mesmo esquizofrenia, entre outros. É importante salientar 
que o grafólogo não faz diagnóstico médico, mas auxilia médicos, psiquiatras e 
psicólogos em suas avaliações. 
Além disso, a grafologia pode também servir como orientação matrimonial ou como 
um instrumento de apoio para casais, desde que os parceiros concordem e queiram 
fazer a análise (não é permitido, por questões éticas e legais, que alguém leve a 
escrita de outra pessoa para ser analisada, sem o seu expresso consentimento). Mais 
ainda: pelo estudo da sua letra, adolescentes poderão ser encaminhados a atividades 
e profissões mais adequadas à sua vocação e potencialidades (orientação 
vocacional). 
Na área da escolha de pessoal é usada em 7.9% nas companhias Inglesas, e em 
cerca de 80% nas companhias Francesas. Na Suíça a Grafologia é uma profissão 
encarada a um nível muito alto e é ensinada na Universidade de Zurique. 
A utilização da Grafologia estendeu a várias partes do mundo e continuou a receber 
contribuições de outros profissionais como: Neurologistas, Psiquiatras, Pedagogos, 
Psicólogos, Caracteriologistas, oriundos da Alemanha, Itália, Suiça, Inglaterra, França, 
Espanha, Estados Unidos. 
 
Principais Vantagens da Grafologia 
A pessoa avaliada não precisa, necessariamente, estar presente para ser analisada. 
Há amplitude de informação; custo compensador; fidedignidade; técnica não invasiva; 
facilidade, rapidez e simplicidade de aplicação. O material utilizado pelo Grafólogo é 
muito simples: o avaliado só precisa fazer uma redação (caneta não escrita fina) com 
qualquer tema ou título em folha de sulfite de no MÍNIMO 20 linhas contendo a sua 
ASSINATURA no final da redação. Não é permitido escrever no verso da folha de 
sulfite, se houver necessidade utilizar mais uma folha. 
 
Grafologia é a nova arma do RH 
Departamentos de recursos humanos descobriram uma nova aliada na hora de 
selecionar funcionários: a grafologia. É um estudo aprofundado e que, segundo 
especialistas, tem 95% de acerto.Mas é bom alertar que não existem regras. Cada 
grafia possui características próprias. Seria como a impressão digital, não há duas 
iguais. 
 
Há pessoas com expectativas profissionais que não correspondem à sua realidade 
nem à realidade da empresa. Conseqüentemente, seu nível de satisfação e 
capacidade de realização deixam a desejar, não favorecendo o cumprimento de metas 
e objetivos da empresa e desperdiçando seus talentos. Portanto, é preciso ser eficaz e 
assertivo na elaboração de projetos em recursos humanos, para que eles possam ser 
bem implementados e dêem um retorno significativo, uma vez que o objetivo de toda 
e qualquer empresa é cumprir sua missão dentro de seu nicho de mercado, além de 
permanecer competitiva. 
É possível pela análise da escrita captarmos a qualidade do pensamento do 
indivíduo, dando-nos informações sobre sua forma de raciocinar, sua agilidade de 
pensar, sobre como encadeia suas idéias, sua precisão, sua memória, sua 
profundidade para analisar um problema, sua visão sobre os assuntos, sua 
capacidade de observar. 
Na verdade, as empresas têm uma "luta" constante e não podem se dar ao luxo de 
não cuidar de sua qualidade e de seus profissionais, pois por trás de cada produto há 
uma pessoa, e são as pessoas que fazem toda a diferença. Hoje, fica nítido que as 
empresas estão estabelecendo parâmetros que diferenciam seus profissionais, já que 
neste mundo globalizado elas têm necessidade de abordar os problemas rapidamente, 
improvisando soluções pelo caminho para obter seus objetivos e, principalmente, 
exigindo de seus colaboradores resultados tangíveis e imediatos. Para que isso 
aconteça de forma assertiva, é preciso conhecer bem as pessoas e respeitar suas 
particularidades e características, pois cada ser é único, e traz consigo seqüelas de 
herança, de ambiente, de educação, de cultura e de conhecimentos profissionais 
adquiridos no decorrer de sua carreira. 
A Commiment Consultoria e Serviços, que utiliza a grafologia em processos de 
seleção, vem obtendo resultados significativos, segundo Alessandra Dolalice Ruffo, 
psicóloga da empresa e com experiência de dois anos com a técnica. Ela diz que a 
análise grafológica proporciona à empresa toda a descrição necessária da pessoa, 
inclusive se o perfil é compatível ao cargo ou função oferecida. Para o candidato, dá 
condições de conhecer suas dificuldades e trabalhar para melhorá-las, garante. 
Alessandra alerta ainda os usuários para a falta de profissionalismo de alguns 
grafólogos, que fazem cursos rápidos, produzindo laudos muitas vezes 
irresponsáveis. 
Na Láctea Aparelhos Científicos e Eletrônicos, a grafologia é utilizada há seis anos 
aproximadamente e vem sendo uma forma, segundo o diretor da empresa, João 
Carlos dos Santos, de selecionar pessoal com mais segurança e rapidez. Além da 
área de seleção, a Láctea recentemente aplicou os testes grafológicos em todos 
funcionários para avaliar o perfil da pessoa com as exigências do cargo que ocupa. O 
diretor diz que o resultado foi satisfatório, que não tiveram problemas de inadequação 
do quadro funcional. Quanto ao funcionário, Santos argumenta que a grafologia 
funciona como uma forma de conscientização de sua personalidade e características 
no desenvolvimento das atividades. 
A grafologia não faz um teste de medição do Q.I. Ela pode dizer apenas se um 
funcionário sabe lidar melhor com o raciocínio intuitivo ou com o lógico-dedutivo 
(matemático).Os temperamentos não fogem da análise. Na verdade, eles são quatro: 
o bilioso, o Sangüíneo, o nervoso e o linfático. Todos nós possuímos um pouquinho de 
cada um deles, mas geralmente dois se sobressaem. Com essas características 
detectadas, podemos dizer qual profissão ou ramo de atividade que se encaixa para 
essa pessoa. 
Além de revelar os temperamentos, esse método analítico mostra estado emocional 
presente da pessoa. Às vezes, distúrbios emocionais (alcoolismo, dependência 
química, conflitos familiares, problemas financeiros) transparecem na grafia. Quando 
isso é detectado o psicólogo pode iniciar um tratamento através da grafoterapia. É um 
trabalho árduo, que demora no mínimo um ano, mas a letra vai mudando e há uma 
melhora sensível no comportamento. 
 
Traços dos Temperamentos 
Sangüíneo - ​pessoa exuberante, com espírito prático e positivo; alegre, otimista, 
colérico; satisfeito consigo mesmo e com a vida; facilidade de expressão; gosta de 
mudanças; superficial; vaidoso e sedutor. 
Bilioso - ​pessoa de personalidade forte, carismática; espírito de decisão e comando; 
inteligência viva e brilhante; sujeito a excessos psíquicos: cólera, ciúme, tirania; boa 
capacidade de concentração mental. 
Nervoso - ​pessoa de inteligência viva, imaginação criativa mas abstrata; força de 
vontade com altos e baixos; memória fraca, impulsivo e irritável; versátil; egocêntrico e 
orgulhoso; estado de humor imprevisível. 
Linfático - pessoa calma, pouco esforçada e lenta; sensibilidade acentuada; seu 
julgamento é lento, mas freqüentemente cheio de bom senso; expressa-se com 
clareza de idéias; adaptação fácil às tarefas. 
 
A Ciência que desvenda o ser através da grafia 
Sabemos que quem escreve não é a mão, mas o cérebro. Por isso pessoas que 
perderam as mãos e passaram a escrever com os pés preservam o mesmo tipo de 
letra. 
Atualmente, traçar um perfil exato das características almejadas nos funcionários 
tornou-se imprescindível à medida que a competitividade aumenta e a margem de 
acerto é um fator definitivo para a contratação. Cresce a necessidade de um 
reconhecimento imediato por parte dos profissionais de RH, das características 
positivas e negativas de um candidato a qualquer vaga de emprego. A grafologia vem 
de encontro a essa necessidade, fornecendo subsídios às empresas no momento da 
seleção de futuros profissionais. 
A grafologia nunca é responsável sozinha pela contratação ou dispensa de um 
funcionário. Mas tem-se tornado um instrumento cada vez mais reconhecido dentro 
das empresas, principalmente as estrangeiras, para afinar os critérios de escolha. 
Como instrumento de análise, não se utiliza mais que uma lupa. Mas são necessárias 
cerca de duas horas para a avaliação e uma formação sólida com algum dos poucos 
grafólogos habilitados (aqui no Brasil, eles são contados nos dedos). O estudo 
grafológico revela alguns atributos relacionados ao conceito de inteligência emocional 
como a autoconsciência, o autocontrole, a automotivação, a empatia e a capacidade 
de relacionamento interpessoal. 
ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS IDENTIFICÁVEIS 
• Adaptabilidade 
• Agilidade Mental 
• Agressividade 
• Ambição 
• Aproximação Metódica 
• Astúcia 
• Atenção a Detalhes 
• Auto-afirmação 
• Autoridade 
• Calma sob Pressão 
• Clareza de Julgamentos 
• Comunicabilidade 
• Concentração 
• Confiabilidade 
• Confiança 
• Consciência 
• Coragem 
• Criatividade 
• Curiosidade no Pensamento 
• Decisão 
• Deferência 
• Desequilíbrio (Mental / Emocional) 
• Desonestidade• Diplomacia 
• Descrição 
• Egocentrismo 
• Energia 
• Estabilidade 
• Evasividade 
• Extroversão 
• Falsidade 
• Firmeza de Caráter 
• Flexibilidade 
• Habilidade Dar / Receber Ordens 
• Habilidade de Liderança 
• Harmonia 
• Hipocrisia 
• Idéias Confusas 
• Imaginação 
• Independência 
• Inibição 
• Inteligência Generalizante 
• Inteligência Particularizante 
• Introversão 
• Juízo Crítico 
• Lógica 
• Maneira Complicada de Pensar 
• Meticulosidade 
• Modéstia 
• Motivação 
• Narcisismo 
• Nervosismo 
• Ordem 
• Organização 
• Orgulho 
• Orientação para a Meta 
• Originalidade de Idéias 
• Passividade 
• Pensamento Crítico 
• Pensamento Dedutivo 
• Pensamento Rápido 
• Percepção 
• Perseverança 
• Praticabilidade 
• Prioridades Morais 
• Prudência 
• Rapidez de Ação 
• Receptividade 
• Rigidez 
• Sensibilidade 
• Senso Comum 
• Senso de Prioridade 
• Teimosia 
• Tenacidade 
• Versatilidade 
5 - O Sistema Moretti - Uma contribuição 
de Sigmund Freud 
 
Hoje existem três tipos de grafologia. Uma derivada dos estudos e trabalho do Pe. 
Michon, que se concentra em sinais específicos da escrita como indicadores da 
personalidade de indivíduos. Uma germânica que se desenvolveu através do trabalho 
de Ludwig Klages em 1890, que é mais subjectiva e um tanto esotérica. Por último a 
escola Italiana que têm por pessoa principal o Pe. Franciscano Girolamo Moretti. Este 
sistema, também chamado o método Moretti, tem por base a apreciação global da 
escrita, que envolve não só uma análise de certos aspectos de cada letra, como no 
sistema francês, mas também a maneira como a escrita em um todo é feita e a sua 
direcção em frente, para cima ou para baixo. 
De acordo com o método Moretti a grafologia é a ciência experimental, que a partir da 
expressão gráfica da pessoa que escreve, pode evidenciar a sua personalidade, as 
suas habilidades intelectuais, as tendências temperamentais, as aptidões 
profissionais, a constituição somática e as pré-disposições morbosas congênitas ou 
doentias. 
Temos que também ter em consideração que a grafologia não é a mesma coisa que a 
caligrafia. Esta última é mais relacionada com a maneira como uma pessoa escreve 
as letras, enquanto que a grafologia relaciona-se com o estudo da reações de cada 
indivíduo quando expressa na escrita aquilo que lhe vai na mente. Portanto, como 
evidencia a personalidade e as tendências dessa pessoa, o grafólogo pode orientar o 
indivíduo que o procura em relação aos diversos aspectos que preocupa a pessoa. 
Para ser um grafólogo é essencial conhecer psicologia pois só assim ele ou ela pode 
identificar as diversos tipos de personalidade ou tendências do consultante. Mas é 
necessário que a pessoa que anda a fazer análises grafológicas que saiba da 
existência de outros instrumentos psicológicos de maneira a que possa fazer uma 
apreciação global de todos os aspectos do indivíduo. 
O sistema Morettiano clama que grafologia consegue identificar cinco componentes do 
ser humano. As suas habilidades intelectuais, o tipo de temperamento da pessoa, as 
suas aptidões profissionais, a constituição somática, e as predisposições morbosas. 
Estas são utilizadas em quatro campos: no campo escolástico, no profissional, no 
matrimonial e no judiciário. 
Na área escolástica ajuda as pessoas a acertar nas disciplinas que mais condizem 
com a personalidade do estudante. No profissional aconselha o indivíduo a acertar na 
melhor profissão para o qual ele/ela tem mais jeito e gosto. 
No aspecto matrimonial, como foi dito anteriormente, identifica a compatibilidade de 
cada pessoa e quais os aspectos que o casal pode ter problemas. Por último no 
campo judicial a grafologia analisada pelo sistema Moretti não só consegue tornar 
evidente as tendências agressivas de cada pessoa, mas também acompanhar as 
modificações que cada indivíduo imprime na sua personalidade. Portanto ajuda o 
aconselhador e verificar se a pessoa com tendências criminosas consegue modificar o 
seu comportamento e até que ponto o consegue. 
O grafólogo tem à sua disposição um instrumento de grande qualidade e firmeza, 
caso saiba utilizá-lo com bom senso. Não há como afirmar que uma escola é mais 
eficaz que a outra. Todo grafólogo experiente e conhecedor possui sua própria escola 
e acaba utilizando métodos que são elaborados durante anos de reflexão, trabalho e 
enriquecimento pessoal. 
 
 
Uma contribuição de Sigmund Freud 
As contribuições da Psicanálise à Grafologia correspondem ao que se espera dessa. 
Para uma grafologia que abrange o estudo e compreensão da Personalidade não há 
dúvidas que são extensas as contribuições da psicanálise, muito embora não se possa 
distinguir exatamente a significação das formas de escrita na ciência que abrange o 
universo dos desejos humanos. 
Pois como se sabe um instinto ou pulsão não pode tornar-se objeto da consciência 
mas apenas as suas representações a psicanálise se desenvolve na análise dessas 
representações pretendendo ser a ciência que desvenda essa linguagem inconsciente 
dos desejos. O objeto da grafologia confunde-se decerto com este na medida em que 
procura regularidades, erros ou mínimos gráficos que traduzem e formam a 
individualidade humana. 
 
Formação do Grafólogo 
No Brasil os estudos de grafologia ainda não fazem parte do currículo universitário, 
como nos demais países do mundo. 
Assim, o conhecimento tem sido passado através de estudos especializados que os 
grafólogos brasileiros têm feito autodidaticamente e através de cursos (básicos e 
avançados) que são ministrados por experientes grafólogos, os quais têm atuação há 
muitos anos e se dedicam ao estudo constante e ao intercâmbio com grafólogos do 
mundo inteiro. 
Esses estudos e essas especializações são levadas aos encontros nacionais e 
internacionais que os grafólogos brasileiros participam, para que possam atuar sempre 
com a máxima segurança na aplicação dos métodos e sistemas científicos sobre os 
quais a grafologia se apoia. 
No exterior a formação do grafólogo se dá em centros superiores de estudos e 
investigação, inclusive nas universidades, tendo como exigência básica que os 
interessados tenham curso superior e se submetam a provas de capacitação, quando 
não forem das áreas médica, médico-psiquiátrica ou da psicologia. 
É fundamental que o profissional que trabalha com a Grafologia tenha a capacidade 
de compreender e não de julgar. Além disso, certas características no perfil de um 
grafólogo são essenciais. Entre elas podemos citar: concentração, mobilidade, crítica, 
disponibilidade, métodos, dotes de expressão, ética, juízo construtivo, resistência à 
fadiga e equilíbrio. Depois de falar sobre as aptidões necessárias ao grafólogo, não 
devemos esquecer as características que devem ser evitadas como, por exemplo, o 
sentimento de poder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - Tendências Gerais da Escrita 
São os critérios básicos observados na escrita, que representam aspectos da 
personalidade, emocionais ou mesmo patológicos e

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