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O BOM ALUNO DE CURSOS À DISTÂNCIA: • Nunca se esquece que o objetivo central é aprender o conteúdo, e não apenas terminar o curso. Qualquer um termina, só os determinados aprendem! • Lê cada trecho do conteúdo com atenção redobrada, não se deixando dominar pela pressa. • Sabe que as atividades propostas são fundamentais para o entendimento do conteúdo e não realizá-las é deixar de aproveitar todo o potencial daquele momento de aprendizagem. • Explora profundamente as ilustrações explicativas disponíveis, pois sabe que elas têm uma função bem mais importante que embelezar o texto, são fundamentais para exemplificar e melhorar o entendimento sobre o conteúdo. • Realiza todos os jogos didáticos disponíveis durante o curso e entende que eles são momentos de reforço do aprendizado e de descanso do processo de leitura e estudo. Você aprende enquanto descansa e se diverte! • Executa todas as atividades extras sugeridas pelo monitor, pois sabe que quanto mais aprofundar seus conhecimentos mais se diferencia dos demais alunos dos cursos. Todos têm acesso aos mesmos cursos, mas o aproveitamento que cada aluno faz do seu momento de aprendizagem diferencia os “alunos certificados” dos “alunos capacitados”. • Busca complementar sua formação fora do ambiente virtual onde faz o curso, buscando novas informações e leituras extras, e quando necessário procurando executar atividades práticas que não são possíveis de serem feitas durante as aulas. (Ex.: uso de softwares aprendidos.) • Entende que a aprendizagem não se faz apenas no momento em que está realizando o curso, mas sim durante todo o dia-a-dia. Ficar atento às coisas que estão à sua volta permite encontrar elementos para reforçar aquilo que foi aprendido. • Critica o que está aprendendo, verificando sempre a aplicação do conteúdo no dia-a-dia. O aprendizado só tem sentido quando pode efetivamente. CONTEÚDO - Introdução - Aspectos psicológicos da grafologia - A Escrita e a Grafologia - Aplicações da Grafologia - O Sistema Moretti - Uma contribuição de Sigmund Freud - Tendências Gerais da Escrita - Referências Bibliográficas 1- Introdução Você já reparou que a sua grafia (letra) se modifica de tempos em tempos? Sabe por que? Porquê nós amadurecemos, à medida que vamos evoluindo e assim desenvolvemos um estilo exclusivamente próprio. A amplitude dessa variação é vista como medida da Individualidade, maturidade, originalidade, inteligência, padrões éticos/morais e estilo de vida geral do "autor" da grafia. Esses aspectos da Personalidade podem ser descobertos através de um estudo Científico, cuidadoso e criterioso dos principais traços da grafia. A Grafologia é uma ciência que analisa, estuda e interpreta a Personalidade, o Caráter e os Temperamentos da pessoa através da grafia com o objetivo de se determinar as suas qualidades, potenciais e desenvolver ou reorganizar seus pontos "falhos" de Personalidade. As aplicações desta ciência são inúmeras e se relacionam com a representação dos aspectos psicológicos, físicos e emocionais do indivíduo. O objetivo deste curso é comprovar que, ao contrário do que muitas pessoas pensam, a Grafologia é baseada em dados científicos e não em adivinhação e não há nada de oculto no ato de escrever. “A letra é o espelho da alma”. Com esse ditado, mães e professoras de antigamente tentavam criar em seus filhos e alunos o gosto por uma bela e caprichada caligrafia. A Grafologia consiste no estudo da caligrafia: reflexo dos aspectos e tendências físicas, mentais e emocionais do ser humano. A escrita varia com o momento e a idade de cada um. Conforme o indivíduo vai amadurecendo, sua caligrafia automaticamente se modifica. O mesmo acontece, de maneira mais sutil, se alguém está eufórico ou deprimido por uma razão qualquer. A chave da prevenção contra os desequilíbrios e as doenças pode estar na atenção mais detalhada ao corpo e à mente, mas começa, invariavelmente, no autoconhecimento . e isso pode ser promovido de várias formas. A resposta para a questão "quem é você?" pode estar até mesmo em algumas mal e traçadas linhas. Quem responde é uma ciência conhecida há mais de cem anos como a grafologia. No decorrer dos séculos, a Grafologia evoluiu muito como ciência, sendo ensinada em várias universidades da França, Alemanha e Espanha. Esta ciência chegou ao Brasil há pouco mais de uma década, mas a cada dia afirma ainda mais a sua importância, sendo utilizada em processos seletivos por diversas empresas, escolas, institutos criminalistas e até mesmo em processos judiciais. 2- Aspectos Psicológicos da Grafologia São comportamentos cotidianos que distinguem os indivíduos uns dos outros. A escrita é um desses comportamentos que todos os dias é exercitado. São as formas e o tamanho do que é desenhado que descreve projetivamente o que o indivíduo pensa. Este trabalho engloba o estudo de muitos investigadores que observaram o registo de indivíduos e o seu comportamento. O indivíduo deve ser visto como um ser complexo e quem observa-o deve observar o máximo de suas dimensões. Este trabalho é uma dessas dimensões… A Grafologia é uma ciência que estuda e analisa a caligrafia tendo como objetivo principal determinar estados físicos, mentais, e emocionais do escritor. Torna assim possível o conhecimento de características da personalidade e do caráter do indivíduo. Etimologicamente, a palavra é formada pelos vocábulos gregos graphein ("escrever") ou graphos ("escrita") e logos ("tratado"). Como instrumento de análise fornece informações preciosas sobre componentes do comportamento do autor, o potencial, as emoções, os sentimentos, as aptidões e a energia vital. Através do gesto gráfico (escrita), expressamos vivamente o nosso psiquismo. Uma prova que o ato de escrever é resultado de um comando cerebral. A examinação de um espécime escrito é uma das bases legais para a identificação forense de um indivíduo. A aparência deste, pelo desempenho escrito do autor, é um dos veículos de tal comunicação. O escritor representa respostas aos estímulos através de sua própria escrita. Constrói assim espontaneamente partes aleatórias (curso da letra) para dar forma a desenhos padrões aprendidos (letras) que em conjunto originam a comunicação de ideias (palavras). A organização imposta a estas ideias (frases), numa uma área limitada (página), origina a observação do desígnio criativo consciente (mensagem) do indivíduo. O ato de escrever reúne o uso de habilidades de discurso, de leitura, de composição, e de coordenação motora. Torna-se assim complicado executar paralelamente outras tarefas como exercitação motora coordenada, continuação de um diálogo, e desenvolver atividades num computador. A percepção, o movimento, e a cognição dinamicamente integrada são tarefas desenvolvidas que requerem a concentração total da atenção. O ato de manuscrever cumpre excepcionalmente as exigências de um teste projetivo de personalidade A escrita projetauma descrição da personalidade. O gráfico é um sinal, ou um símbolo, visível de um atributo comportamental e ou cognitivo. Por tal razão o ritmo da escrita de uma pessoa não pode ser duplicado por um outro indivíduo. Mas existe a possibilidade de indivíduos alcançar a simulação da caligrafia de outrem com sucesso, são aqueles aos quais a compreensão da essência do controle motor da escrita e sua execução se produzem num mesmo registo sensório-motor. Por todas estas informações, e outras tantas questões, este trabalho foi elaborado para saber o que o mundo sabe sobre a grafologia… HISTÓRICO DA GRAFOLOGIA É dito que os chineses, desde tempos imemoriais, têm uma grafologia. Possuíam-na, já no século XI e os japoneses também a praticam há muito tempo. Por outro lado, no segundo século AC, Demétrio, na Grécia, dizia estar seguro de que a escrita refletia a alma do indivíduo e, no segundo de nossa era, G. Suetonius Tranquillus relacionava dados da escrita de Otávio Augusto com certo lado económico desse imperador. Referir todas as pesquisas que se desenvolveram de alguns séculos para cá resultam na grafologia do presente. Será apresentado apenas um resumo delas, como introdução à análise da grafia, tal qual é geralmente praticada na atualidade. Fase inicial Editou-se em Capri, em 1622, o primeiro livro sobre a matéria. O autor, Camillo Bladi, médico de Bolonha, deu-lhe o título de "Trattado come da una lettera missiva se conoscono la natura e qualitá dello scrittore" (Tratado sobre como, através de uma carta, chega-se ao conhecimento da natureza e das qualidades do autor). Outro médico, na própria Itália, Marco Aurélio Severiano (1580- 1656), professor de anatomia e de cirurgia da Universidade de Nápoles, escreveu "Adivinhador ou Tratado de adivinhação epistolar", livro em que procurava associar escrita e personalidade do indivíduo. Por volta de 1755, encontra-se Lavater, filósofo suíço, amigo de Goethe, que lhe estimulava as investigações. Preocupado com o conhecimento do caráter, estudou problemas das analogias entre expressões da linguagem e traços fisionómicos, de um lado, e entre essas expressões e a expressão da escrita, de outro. Dedicou extensos capítulos de sua obra a esses problemas. Também colecionou autógrafos procurando, assim dizia, preparar material de escrita para que mais tarde fosse utilizado. Albrecht Erlenmeyer, médico e diretor de hospital psiquiátrico, em 1879 publicou "A escrita: caráteres principais de sua psicologia e de sua patologia" e T. Wilhelm Preyer, pediatra e fisiologista da Universidade de Iena, em 1895, "Contribuição à psicologia da escrita". E esses títulos aludem ao fato de que, na Alemanha, a Grafologia procurava apoiar-se na psicologia científica. Quanto ao tipo de grafologia, chineses, Lavater e, como este Goethe, Poe, Madame de Stael, Leibiniz e outros poetas, literatos, filósofos e artistas, nos séculos XVIII e XIX, consideravam a grafia segundo a impressão que esta, em seu todo, neles produzia. Não relacionavam essa impressão com elementos da escrita: faziam o que se diz uma grafologia intuitiva. Baldi, entretanto, iniciara a prática da análise da escrita, procurando conhecer o indivíduo com base nos elementos da mesma. Seu trabalho influenciaria, no fim do século passado, o de Michon e o de Crépieux-Jamin, que fundariam a escola francesa. Foi nesta que a escola alemã se baseou. Ainda a escola francesa foi o ponto de partida da grafologia científica, no dizer de Pulver. Escola Francesa Jean Hyppolyte Michon, abade, estudioso de teologia, desenvolveu tão amplo trabalho sobre análise de escrita que se lhe atribui unanimemente o título de precursor da grafologia atual. Publicou "Les mystères de l'écriture. Art de juger les hommes sur leurs autographes" (Os mistérios da escrita. Arte de julgar os homens com base em seus autógrafos), com pequena colaboração de A. Desbarolles, "O Système da grafologie" (Sistema de grafologia), em 1875, primeiro estudo sistemático da matéria e outras obras mais. Fundou, na França, em 1871, a revista "La Graphologie" (A Grafologia), ainda hoje editada e presidiu, em 1900, o I Congresso de Grafologia realizado naquele país. A Michon se deve o termo grafologia. Quem trabalhava no campo naquele tempo era grafologista e não, ainda, grafólogo. Dentre as obras de J. Crépieux-Jamen (1858-1940), médico, destacam-se "L'écriture et le caratère" (A escrita e o caráter), "Traité pratique de graphologie" (Tratado prático de grafologia), "Les éléments de l'écriture des canailles" (Os elementos da escrita dos canalhas) e "ABC de la graphologie" (ABC da grafologia), que teve duas edições em português, uma em 1943. Ao autor se considera como fundador da escola francesa de grafologia. Com Michon e Crépieux-Jamin começou a existir, na França, a chamada escola dos sinais isolados. Os autores, partindo de ideias de Baldi, procuraram relacionar elementos específicos da escrita a elementos psíquicos também específicos e a traços de personalidade. Quanto à contribuição destes dois estudiosos, é de referir ainda que Michon valorizou o gesto gráfico, o que deu à grafia "status" de linguagem expressiva. O sinal isolado, então seguiria os movimentos e as mudanças da alma, sendo móvel como ela. Segundo P. Foix, Michon dizia que toda escrita, como toda linguagem, é a imediata manifestação do ser íntimo intelectual e moral e essa afirmação constitui o enunciado primeiro da ciência grafológica. Na área prática, o autor apontou a necessidade de se obter, para a análise, amostra de escrita espontânea e, se possível, de escrita de diferentes épocas. Crépieux-Jamin fez modificações nas teorias de Michon, ultrapassando-o. Crépieux-Jamin definiu sinal como uma manifestação gráfica, um traço grafológico, consequência de um movimento fisiológico. Deu-o, pois, como relacionado, constantemente com a energia de um movimento psicológico, que lhe seria correspondente. O traço não corresponde sempre a um único traço de caráter. O autor estabeleceu que o movimento gráfico e, por conseguinte, toda a escrita, apresentava as seguintes caraterísticas "essenciais e fundamentais": direção, dimensão, forma, ordem, (clareza ou confuso, fato de ser ordenada ou não, cuidada ou negligenciada, etc.), continuidade, pressão e velocidade. Segundo o autor, pelo estudo de tais elementos se chegava às várias caraterísticas da personalidade de quem escrevera, e estas eram enunciadas isolada e secamente. O autor, contudo, formulou a teoria das resultantes, produtos de vários sinais e assim expressa: "Todo sinal gráfico sofre variação por influência de um outro sinal". Isto faz justiça ao fato de os traços de caráter não apenas se modificarem segundo a inteligência dos indivíduos, mas também exercerem influência uns sobre os outros, podendo, assim, acentuarem-se ou tornarem-se menos intensos. O autor considerou ainda, o conjunto da escrita sob o pontode vista da harmonia. Esta consideração, porém, não constitui algo básico para suas concepções e suas teorias. Estas, em consequência, permaneceram voltadas para detalhes, num corpo mais ou menos esquemático. Hoje, os grafólogos em geral, não seguem fielmente a Crépieux-Jamin, não fazem mais a análise toda a partir dos sinais, lembrados embora da teoria das resultantes; ao contrário, estudam os sinais explícita e basicamente em correspondência ao todo da grafia, à qualidade deste. Mais ou menos paralelamente à implantação da escola dos sinais isolados, apareceram os trabalhos de Binet. O Psicólogo investigou, com seus colaboradores, aspetos científicos da grafologia. Grafologia Atual Voltando aos tipos de grafologia, temos que, portanto, coexistiam a intuitiva e a dos sinais isolados. No fim do século passado, no entanto, o estudo se voltou, essencialmente, não mais para o traço que o indivíduo deixa no papel, resultado do gesto gráfico, mas sim para o ato mesmo de ele executar esse traço, esse gesto. O gesto passou a ser considerado em si, enquanto nasce e enquanto se faz. Através desse enfoque chegou-se a uma possibilidade de unificação da grafologia. Ao mesmo tempo, a grafia entrou francamente para o campo dos nossos movimentos expressivos. O movimento gráfico avaliou-se como devido a fatores internos do indivíduo e como consistindo, exatamente, numa expressão destes. Essa consideração do movimento gráfico, do gesto gráfico em si, aparece e firma-se com Ludwig Klages – e aqui nos encontramos já na grafologia de nossos dias, da qual esse autor é tido como pai. Desde então, ainda quando se fala em traço gráfico, com referência a sua forma, sempre o que se tem em mente é o gesto brotando e se desenvolvendo. L. Klages (1872-1952), filósofo e caraterologista principalmente, mas também psicólogo, viveu em Munique e, de 1919 em diante, na Suíça. Quando seus trabalhos apareceram, depois de 1910, a grafologia alemã se havia desenvolvido bastante, ao contanto da psicologia vigente. Klages não só deu atenção ao gesto gráfico, na sua própria formação, gesto a que atribuiu o valor de elemento expressivo do íntimo do indivíduo que escreve. Estabeleceu, também, de um lado, o conceito de nível de forma da escrita, nível que está em função do aspecto do conjunto da grafia e, de outro, a noção dos sentidos positivo e negativo dos diversos tipos de movimento gráfico. Estes sentidos estão, por sua vez, relacionados ao nível de forma. Com L. Klages, portanto, estudo de sinais e estudo do todo se unem. Tanto no último quanto no primeiro, Klages esforçou-se no sentido da objetividade, sempre se baseando na apreciação de diferentes dados, que ia demonstrando. Temos ainda, com esse autor e inovador, à luz de sua filosofia que tanto repercutiu em meios psicológicos, a consideração objetiva e aprofundada de todos os elementos básicos da grafia, estes se devendo analisar, sempre, em relação ao todo. Dado relevante nessa filosofia é o da antinomia alma-espírito. Klages mostra como o nível de forma está intimamente unido ao ritmo da escrita. Para o autor, o indivíduo sadio sempre se exprime ritmicamente nos movimentos expressivos que executa e, assim, também ao produzir seus movimentos gráficos. Klages escreveu, além de outras obras, Os fundamentos da caraterologia e escrita e caráter, em que apresenta os elementos básicos da grafologia na teoria e na prática. O filósofo suíço Max PULVER, também grafólogo, baseia-se em Klages. Estabelece muito bem a teoria da simbologia do espaço gráfico. Traz à grafologia noções da fenomenologia. Acima de tudo, estabelece ligações entre elementos grafológicos e dados da psicanálise. São suas principais obras O simbolismo da escrita, publicado em 1931 e em que aparecem os seus conceitos "Impulso" e "crime na escrita", em que amplia, mediante a grafologia, o estudo do comportamento humano nesse âmbito especial. A seu lado cabe lembrarmos Teillard. Ania Teillard, já falecida, trouxe para a grafologia uma análise fundamentada na psicologia de Jung. De suas obras, no campo que nos ocupa citaremos "L'âme et l'écriture" (A alma e a escrita), a mais conhecida. Contribuíram ou vêm contribuindo significativamente para o desenvolvimento da grafologia, além dos autores citados, outros mais que nos fariam estender muito mais o resumo histórico. GRAFOLOGIA Pequenos atos, comportamentos, tom de voz, maneira de encarar os fatos e até mesmo a maneira como dispõe as ideias no papel podem expressar a personalidade de qualquer pessoa. Não há como disfarçar, pois até o disfarce é revelador. Em qualquer teste de seleção o indivíduo é já solicitado a expressar suas ideias sobre um determinado assunto ou a escrever uma carta de próprio punho – a folha de papel em branco fica gigante e nesse momento passa a ser o seu mundo. O raciocínio lógico cuida do conteúdo da mensagem escrita e o inconsciente deixa sua marca em cada linha, cada curva e letra desenhada no papel. Para a grafologia não existe escrita bonita ou feia, mas sim o nível de forma positivo ou negativo que expressa o equilíbrio ea harmonia do ser humano. Usada como forma de auto conhecimento, em tratamentos psicoterapêuticos e na área criminalista (embora não possa apontar um criminoso), a grafologia acusa tendências agressivas, traços de falta de sinceridade ou possíveis distúrbios emocionais. Para uma análise grafológica geralmente é solicitado um texto de 20 linhas no mínimo, em papel branco não pautado. Nesse pequeno texto é possível estudar aproximadamente 200 sinais e o cruzamento dessas informações é que reflete a personalidade do autor, não importando se é um poema, uma carta ou um simples recado manuscrito. Como as pessoas estão em constante mudança e o estado de espírito sofre alterações, o mesmo acontece com a forma de colocar as ideias no papel – os traços de escrita podem variar durante a vida, o ano, um dia ou até mesmo em uma mesma carta. A TEORIA A fundação da grafologia é que uma estrutura gráfica que define um comportamento ou um traço particular da personalidade. Cada estrutura gráfica é gerada pelos elementos gráficos preliminares. Os quatro elementos expressivos são a linha de base, a delimitação, a pressão e o curso. > A linha de base: A linha de base é uma linha imaginária na qual as letras assentam. Esta é caracterizada por áreas superiores e inferiores. É usada para dividir a colocação vertical com a direção do movimento. Girando a página cem e oito graus é uma das maneira conveniente de observar a linha de base. A linha de base representa a realidade, o ponto inicial da consciência, a fundação para o movimento e a vida. Os padrões da linha de base representam as atitudes para experiências e atividades. A colocação vertical, acima e abaixo da linha de base, representa a divisão entre seus valores intangíveis e tangíveis, entre conceitosabstratos e concretos, entre ideias filosóficas e físicas, entre a opinião pessoal e relacionamentos pessoais. Movimento horizontal ao longo da linha de base representa reação individual à experiência, aos valores vivos, a exigência do tempo, a aprendizagem (o movimento direito significa o avançar, expandir, e o progredir enquanto o movimento esquerdo o reverter, o contrair, e a retroceder). > A Delimitação Uma delimitação é formada quando uma linha ou linhas delimitam uma área. Uma delimitação representa a imaginação, a ampliação do conceito, e a expansão da ideia. Há três formulários básicos das delimitações o laço, o círculo, e a haste: 1. Um laço representa self gerador de conceitos. Há laços verticais, superiores e mais baixos. Um laço superior é dado forma por uma linha que inclui uma área começando para a frente e para cima, movendo-se para trás, e retornando para a frente e para baixo com os cursos do cruzamento na linha de base. As letras "e" e "l" são exemplos de laços superiores. Um laço mais baixo é dado forma por uma linha que inclui uma área começando para a frente e para baixo, movendo-se para trás, e retornando para a frente e para cima com os cursos do cruzamento na linha de base. A segunda parte mais baixa das letras "g" e "y" que são exemplos de laços mais baixos. Um laço invertido é uma delimitação na qual o curso se cruza verticalmente afastado da linha de base. Um laço superior invertido parece como se o laço mais baixo e deslocado acima da linha de base. 2. Um círculo representa outros pontos de vista ou conceitos gerados externamente. É formado pela linha ou pelas linhas que incluem uma área começando para trás e para baixo, movendo-se para a frente, e retornando a reunião inversa e ascendente ou tocando no topo. O pico, de união, aponta verticalmente para cima. A letra "o" e a letra "a" são exemplos de círculos superiores. A segunda parte mais baixa da letra "f" e da letra "q" são exemplos de uns círculos mais baixos. Um círculo invertido é uma delimitação onde os cursos da reunião são unidos no fundo, e que apontam para baixo. A letra "s" e a curvatura na letra "k" são exemplos de círculos invertidos. Uma delimitação proporcional contém o contrapeso e a simetria esquerda-direita horizontais. Uma delimitação oscilante não cruza a linha de base. As estruturas escritas impostas controlam a ordem convencional. 3. A haste é uma estrutura imposta e representa padrões instruídos relativos do comportamento. Uma haste é formada por um delimitação, que é ensinado para ser restritiva. Outros padrões impostos na escrita representam padrões relativos do grupo. Um período seguido por uma letra importante é uma interrupção imposta com uma estrutura ensinada expandida. Isto é, começar na esquerda superior, movendo-se para a direita, depois terminar para baixo à direita é um sentido imposto para encher uma página escrita. Os espaços distribuídos às margens são impostos. Sua assinatura é imposta. > A pressão e o curso O curso descreve a força da vida, fluxo da energia. A pressão do curso representa a vitalidade intelectual, a energia psicológica, a paixão sexual, e a intensidade emocional. A pressão é definida por quanto força aplicada à superfície da escrita com o instrumento da escrita e não a pressão do aperto da mão. A pressão indica a capacidade para atividades vigorosas. A espessura do curso representa a capacidade de discriminação sensorial. O contraste da cor do curso, relativo à superfície da escrita, representa a discriminação sensorial. A direitura do curso representa uma aproximação firme, enquanto curvilínea representa uma aproximação macia. A transição do curso é definida como o ponto de inflexão. Este é o ponto na qual as linhas mudam seu sentido e sua inclinação. A transição da linha representa o grau de consciência e de flexibilidade cognitiva. Um baixo curso e um alto curso à linha de base representam a resposta subconsciente e consciente da manutenção do movimento da vida, respetivamente. A colocação vertical destes cursos está acima da linha de base. Os sentidos do curso numa página são definidos como para cima para o topo, para baixo para o fundo, para diante para a direita e para trás para a esquerda. A velocidade da escrita é controlada pelo tempo de reação psicológica do indivíduo. Parece que o escritor mantém subconscientemente uma velocidade máxima do curso com uma imposição de um perfil variável e oscilante. O escritor está ajustando constantemente a função da velocidade com mudanças no comprimento, no sentido, na duração, na pressão, e na aceleração do curso. Definir uma unidade ou unidades de medida é extremamente difícil mesmo com o DAE (dispositivo automático de entrada) do receptor de escrita de um computador, para capturar todo processo. A unidade de medida básica não é a letra pois é difícil para o computador a interpretação da escrita manual. Os efeitos secundários da velocidade são a pressão do aperto, distância da preensão da caneta ao ponto de escrita, inclinação da caneta ao papel, rotação do ponto da caneta, e a pressão do ponto de escrita ao papel. Um curso rápido e fino apresenta-se a quarenta e cinco graus e move-se para a direita no qual o dedo-polegar controla os movimentos verticais e o pulso os movimentos horizontais. A escrita rápida é um catalisador à energia interna que realça o movimento, o pensar, e as reações rápidos. O tamanho da escrita representa a diferença entre o controle interno e exterior da atenção. A intensidade do traço é determinada pela qualidade do teste padrão gráfico do curso/estrutura e sua ocorrência é frequente. Cada caráter do traço é explicado pela definição gráfica da estrutura. Cada sinal gráfico tem um valor distinto e específico. Não pode representar um significado diferente ou oposto. Cada comportamento definido é representado graficamente e deve aderir aos princípios gráficos descritos. DEFINIÇÕES GRÁFICAS As definições gráficas de exemplos, são aquelas que descrevem traços do comportamento, podem ser agrupadas por sua similaridade gráfica. Uma aproximação de treinamento sistemática pode ser agrupada como: 1. Laços e círculos médios de área 2. Laços e círculos inferiores de área 3. Laços e círculos superiores de área 4. Hastes 5. Testes padrões médios da área 6. Sentido da linha de base e afastamento de linha 7. Qualidade da linha ou do curso 8. Inclinação de cursos grande da linha de base 9. Tamanho e espaço 10. Finais do curso 11. Cursos iniciais 12. Barras do "T" e pontos de "i" 13. Os testes padrões originais tais como capitais, correções, integraram combinações, assinaturas, curso sobrecarregado 1. Laços e círculos médios de área ● Liberal, compreensão limitada, mente aberta, mente fechada ● Comunicativo, incomunicável, reservado, evasivo ● Sincero, auto-enganador, extremo do auto-enganador, extremo reservado, reservado, enganador intencional ● Rendoso, inclinado,plácido, mundano 2. Laços e círculos inferiores de área ● Determinação, pressionador de determinação, determinação contida, mudança ● Os valores harmoniosos tangíveis da linha, desejo para a variedade, seletividade, exclusivo, exclusivo de exclusividade, fantasia concreta, retribuir, ideias distorcidas regimentais, concretas ● Vive para o self, ação de isolamento, colocação para trás ● Previdência, déspota, cínico 3. Laços e círculos superiores de área ● Intangíveis valores harmoniosos da linha, opinião diversificada, abstração de ideias distorcidas, fantasia abstrata, idealismo, crenças ● Desejo para a responsabilidade, ciumento, rebelde, audacioso, persistente 4. Hastes ● Orgulho, vaidade, independência, dignidade, sensibilidade ao criticismo, formalidade, deliberado, obstinado ● Desejo do psicadélico para, hábil, controlado, vigoroso, estruturado, ofensivo, calmo, argumentativo 5. Testes padrões médios da área ● Pensador, investigador, analítico, cumulativo, detalhado ● Pensar superficial, pensante, construtivo, atenção engenhosa ● Mentalmente flexível, diplomata, auto-consciencioso. ● Tempo, relação, intuitivo 6. Sentido da linha de base e afastamento de linha ● Optimismo, depressivo, euforia, pessimismo, auto-afirmação ● Rotina, natureza calidoscópica, versatilidade, atitude despreocupada, tendência suicida ● Claridade do pensamento, confusão do interesse 7. Qualidade da linha ou do curso ● Intensidade emocional muito disponível, pouco disponível, muito ativo, ligeiramente ativo, armazenado ● Discriminação sensorial forte, fraco ● Sensual, abstêmio, sensual, gracioso, adaptabilidade ao stress ● Hesitação, hesitação involuntária, deterioração psicológica, exaustão degenerativa, inescrupuloso 8. Inclinação de cursos grande da linha de base ● Respostas emocionais impulsivas, objetivo, histeria, retirada, estável, mudando, personalidade ● Supressão, repressão, inibido, autoritário, restritivo 9. Tamanho e espaço ● Tamanho = concentração, desejo pela notícia ● Espaço horizontal = exposição emocional, confinamento emocional, extravagância, ultra conservadorismo, destacado, intruso, desanimado ● Espaço = ostentoso, auto-participação, frenesi, auto-ciente, auto-ligação, perda da espontaneidade 10. Finais do curso ● Indeciso, decisor, positivo, empático, tenacidade ● Generosidade, crónico cauteloso, cauteloso, auto-reprovação, auto-punitivo ● Agressivo 11. Cursos iniciais ● Simplicidade, direto ● Humor, engraçado, temperamento, culpa, ressentimento, antagônico 12. Barras do "T" e pontos de "i" ● Barra-T = vontade, propósito ● Barra-T vertical colocada na base-T = objetivos baixos, objetivos práticos, objetivos distantes, objetivos de visionário ● Barra-T horizontal colocada na base-T = precisão, procrastinação, impaciência, temperamento explosiva ● Direção barra-T = seriedade da finalidade, auto-controlo, superficialidade da finalidade, finalidade lânguida, esquecido sarcasmo, mandão, dominar, ditatorial, auto-repreensão ● Pontos-i = atenção aos detalhes, procrastinação, impaciente, esquecido ● Lealdade, irritabilidade, idiossincrasia 13. Os testes padrões originais tais como maiúsculas, correções, integraram combinações, assinaturas, curso sobrecarregado ● Maiúsculas =Egoísmo, egotismo, humildade ● Gosto estético, refinamento cultural, chefe nominal, independência, autónoma artística ● Correções = perfeccionismo ● Organização = habilidade de organização, fluidez, imaginação, sentido de proporção ● Assinatura = imagem proeminente, confidencial, dinâmico, status ● Autoconfiança, arriscado ● Reação formal interna = objetivos inadequados, esperançoso, impossível, interesse pela ação, incoerente ● Reação formal externa = interesse liberal, interesse original por informação ou céptico, compulsivo EXEMPLO DOS TRAÇOS: EM QUE ÁREAS É UTILIZADA A GRAFOLOGIA? Recursos Humanos: • Seleção (comparamos o perfil psicológico esperado para o cargo com o perfil psicológico apresentado pelo candidato); • Identificação e desenvolvimento dos potenciais; • Promoção (movimentação interna); • Avaliação de clima organizacional (instrumento adicional no diagnóstico); • Administração de conflito (levantamento do perfil pessoal das partes envolvidas). Autoconhecimento: • Conhecer os próprios aspectos pessoais através de um instrumento científico e isento de valores pessoais do observador; • Descobrir os aspetos "fortes" e "fracos" da sua personalidade; • Conhecer os principais potenciais que você já tem e que podem ser melhores desenvolvidos; • Compreender-se melhor através do conhecimento das suas principais tendências. Orientação Vocacional (adolescentes ou adultos): • Identificação dos principais potenciais; • Conhecimento das caraterísticas de personalidade e com que tipo de atividade profissional isso "combina"; • Identificação dos limites e aspectos que precisam ser mais bem desenvolvidos. Orientação matrimonial e pré-matrimonial Diagnósticos médicos: • Auxilia o médico a definir com precisão casos de hipocondria, paranóia, embriaguez, esquizofrenia etc; • A grafologia médica está muito avançada na Alemanha, Holanda e Suíça. Têm trabalhado muito neste tema os italianos e espanhóis. É de grande utilidade, não apenas para o estudo dos pacientes, como também para prever enfermidades e para acompanhar a reação do paciente durante o tratamento, especialmente depois de intervenções cirúrgicas comprovando as mudanças na evolução da cura. Falsificações: • As Polícias Civis, Forças Armadas, Bancos e o Poder Judiciário possuem especialistas em Grafotecnia. Este ramo é o mais avançado em nosso país; • A Universidade de Campinas possui um dos melhores laboratórios do país. Grafoterapia: • A Grafoterapia é um método de ginástica psico-motora, que permite, mediante a percepção, conscientização sugestiva, transmissão e armazenamento no cérebro de novos estímulos, assim como mudar alguns modos de reação habitual inadaptada, geralmente produtores de transtornos no comportamento; • O tratamento que consiste em exercícios escritos, metodicamente dirigidos, tem alcançado resultados surpreendentes; • O avanço da Grafoterapia e da Grafologia, nos últimos anos e a sua entrada nas grandes universidades americanas e europeias, principalmente na Alemanha e na Espanha, colocou este tipo de estudo na primeira linha de interesse; • A Sociedade Internacional de Grafologia, na França e Estados Unidos, têm como finalidade a correção dos defeitos do caráter e a reabilitação dos pacientes, já completou cem anos e foi declarada de utilidade pública para o governo francês. A grafoterapia pode ser aconselhada nos seguintes casos: • Correção da auto-imagem negativa ou do fracasso • Correção de estados de angústia, depressão ou ansiedade • Correção dos defeitos de atenção e memória • Correção da vontade (instável, indecisa...) • Correção de certos defeitos de conduta moral • Correção de tendências hipocondríacas VANTAGENS Grafologia é um teste prático e económico da personalidade pelas seguintes razões: ● Com esforço mínimo e somente alguns minutos para que um assunto prepare um espécime escrito. ● A escrita visual é um formulário que é claramente identificável num movimento,expressivo e provavelmente o mais acessível. ● Condições de teste simples e ferramentas que requerem somente uma posição se sentando confortável, alto de tabela, escolha do escritor da caneta ou instrumento da escrita, e papel desenrugado. ● Teste universal que pode ser usado com respeito as necessidades ou as situações tais como à colocação vocacional, à avaliação de compatibilidade especial, à identificação forense, e à descrição detalhada da personalidade. ● Adaptável aos estudos experimentais e é especialmente útil para medir a influência de antes, durante, e após de condições controladas administradas, tais como drogas ou o hipnose. ● Nenhum treinamento é requerido pelo verificador. ● Mínimo requerido pelo assunto, à excepção de saber como escrever, é gerar um espécime escrito. ● Normalmente pelos dez anos de idade, uma criança domina a habilidade de escrever e é familiar com um modelo do alfabeto. ● Teste simplificado da avaliação de personalidade nos termos do tempo, dos meios, da posição, da disponibilidade, do treinamento, da instrução, de disciplinas transversais, e de informação de fundo. ● O espécime escrito é um registro permanente. ● O espécime escrito é um registro simplificado dos movimentos expressivos comparados à da maioria de gestos. ● Por exemplo para capturar permanentemente um discurso, a voz, a mão, ou o gesto facial é requisitado uma câmara de filme e tempo para examinar. ● Os dados de teste e os resultados analisados convenientemente são armazenados, catalogados, e copiados eletronicamente ou com papel. ● Fácil de obter a história precedente dos espécimes passados para a avaliação atual. Por exemplo – o início de uma doença, de drogas, de certa idade, de fadiga, de uma experiência traumática, e de uma ansiedade da situação. As mudanças da personalidade podem ser observadas em figuras históricas. ● Nenhum contato direto requerido entre o teste, o verificador, e o examinador. ● Os estudos longitudinais podem ser executados retroativamente. ● Podem utilizar somente definições operacionais. O estabelecimento de normas do grupo através das medidas gráficas do curso/estrutura é facilmente realizado. ● A situação de teste não é limitada de duração. ● Um espécime pode ser coletado em toda a hora conveniente. ● Os mesmos dados, inalterados, que testam o espécime ou os resultados de teste podem ser analisados por uma equipa dos peritos. ● Analisado e re-analisando em qualquer altura. Se o teste for aplicado durante um distúrbio (interrupção externa), é fácil repetir o teste sem perda da informação. ● Pode executar estudos de continuação usando o mesmo método do teste. ● Adaptável à utilização de padrão de análise estatística e do computador. ● Um prolongador-régua e um ampliador 20X são as ferramentas do examinador sugerido. Um scanner de alta resolução e uma tabuleta eletrônica da escrita com umas 0,2 definições/milímetro, uma sensibilidade da pressão do grama, e uma velocidade da amostra de 100 hertz podem ser úteis para avaliações especiais. ● Método eficiente de um autoavaliação objetivo para a auto-melhoria. ● Ninguém mais necessita ser envolvido. ● Pode analisar o indivíduo nos vários estágios de desenvolvimento. ● O conhecimento íntimo de outro é perigoso, mas pode conduzir à compreensão e então à aceitação e/ou ao ajuste. ● Um método simples para mudar a personalidade praticando formações gráficas para modificar seus traços comportamentais associados. ● Flexível para a comparação a outros testes psicológicos. ● Adaptável aos modelos diferentes da personalidade. LIMITAÇÕES O espécime escrito abarcar descrições do comportamento e predições da personalidade. O espécime não pode explicar o "porquê", nem o passado, a raiz-causa para uma ação particular ou circunstância. Destruir um espécime escrito onde o escritor expressou porções emocionalmente carregadas e interesses tem o valor terapêutico. O índice do texto é irrelevante à análise do caráter e não é utilizado pelo analista da caligrafia. A escrita controlada é um ato repetitivo que pode ser usado para modificar a personalidade sugerindo traços comportamentais, mas deve ser executada com grande cuidado. Desde a escrita degradada até à agrafia tal sucede como um resultado de causas psicológicas. Sua escrita é independente do seu conhecimento como da sua aparência física. O escritor não dá a informação no gênero, religião, raça, cor, credo, idade, político, influências cultural, força física, origem natural, beleza física, fundo econômico-social, qualificações educacionais, status do grupo, e status financeiro. Sua escrita é, entretanto, dependente e influenciada pelas drogas, doença, ansiedade da situação, de experiências traumáticas, de maturidade, de hipnoses, e de fadiga. Estas circunstâncias modificam a personalidade e estados de humor que influencia diretamente a escrita, que num espécime escrito se observa rapidamente. Praticar um teste padrão escrito particular por vinte minutos cada dia por trinta dias para alterar o comportamento deve com cuidadosamente monitorizado. Como uma nota, a escrita de um adolescente tende a ser inconsistente de momento a momento. AS IMPLICAÇÕES LEGAIS Legalmente nos Estados Unidos a escrita manual é considerada um comportamento, como indicado pela decisão do Tribunal Supremo dos Estados Unidos v. Marat (1973). Consequentemente, a análise da escrita manual é protegida das condições de privacidade do indivíduo da quarta emenda como indicado pela decisão da corte suprema dos E. U., Estados Unidos v. Dionisio (1973). Comentar um comportamento publicamente observado não é uma invasão da privacidade como indicado pela decisão da corte suprema dos E. U., Estados Unidos v. Rosinsky (1977). Eticamente, a habilidade de analisar a escrita de uma pessoa sem seu conhecimento viola o seu direito à privacidade. Na prática da grafologia e como uma precaução legal o analisador grafológico deve obter sempre a permissão do escritor. Deve ainda indicar sempre que a análise é uma opinião. A avaliação de personalidade que utiliza a grafologia é inadmissível nos tribunais como indicador pela decisão do Tribunal Supremo de New York, Cameron v. Knapp (1987). Mas, um perfil do comportamento obtido usando a habilidade técnica de um grafologista é admissível nos tribunais como indicado pelo tribunal (criminal) do distrito dos E. U., Docket no. 93- 10291(1995). A avaliação de personalidade por outros métodos é legalmente admissível obtendo o consenso psicológico geral para a validez do teste. Presentemente, a grafologia não define legalmente o consenso entre psicólogos e entre grafologistas. Entretanto, muitos críticos acreditam de que nenhum teste da personalidade têm adequadamente exatidão ou validade científica provada para predizer o comportamento humano ou as ações, especialmente os traços complexos, a desonestidade e a integridade. O conhecimento detalhado de traços disponíveis do caráter não pode com uma certeza de 100 por cento predizer sua aplicação. O comportamento é determinado por combinações dotraço, os indicadores gráficos, e é específico da situação; uma situação particular pode alterar a resposta. Para exemplo, os traços ou a situação subjacente que caracterizam o sucesso financeiro não podem ser claramente definidos exatamente. Grafologistas não demonstram a validez correlacionada aceitável através de estudos combinados, classificação de estudos, avaliação de estudo e/ou através de estudos experimentais. Os estudos que contêm uma quantidade grande de variáveis inter-relativas e aleatórias e não contêm características fortemente contrastando produziram uma correlação estatisticamente insignificante. Uma validade significativa deve ser aproximada da unidade (tendo como nota que esta medida é construída por correlações e a sua aproximação à unidade é proporcional à sua autenticidade). Grafologistas, os "scriptologistas", os grafo-analistas, e os analistas da escrita manual oferecem geralmente a desculpas não fundamentadas para os resultados experimentais negativos dessa validade legal dos danos. Infelizmente, a correlação estatística que suporta validações não são suficientes por se provar a causalidade sem verificação adicional. A velocidade da escrita, a simplicidade, espaço da linha, colocação da caneta, e figura oito para a letra "g" correlacionada experimentalmente à inteligência não é suficiente para predizer a inteligência. O uso da grafologia para predizer o desempenho da personalidade como no emprego e a união é legalmente arriscado e insustentável nos tribunais. A Grafologia como muitas ciências tem longa história que vinca seus inícios longínquos em tempos incalculáveis. Mesmo assim com o passar do tempo foi um estudo que se desenvolveu como tantos outros que hoje é aplicada nas mais diversas situações: policiais; forenses; terapêuticas; e até pessoais. Embora não faça parte do quotidiano das pessoas, e muitas não devem saber de sua existência, este estudo sobre o tipo de caligrafias é acessível a todas elas, embora o seu aperfeiçoamento requisite muito estudo, investigação e dedicação. Em forma de resumo o próximo quadro apresenta de forma geral e superficial as características gerais da caligrafia e suas respetivas caraterísticas dos indivíduos. 3 - A Escrita e a Grafologia Desde o início, o homem projetou sobre o barro, pedras, paredes de cavernas, papiros e, posteriormente, o papel tudo aquilo que desejava transmitir para firmar acontecimentos, contratos, relações comerciais e a expressão de seus próprios anseios. Neste processo, observa-se todas as formas de apresentar a escrita: da pictográfica, cuneiforme, hieroglífica, hierática, demótica até a escrita de nossos dias que permanece com a influência cultural de cada parte do mundo. A escrita é uma das formas de expressão humana. Assim como o homem mostra seus sentimentos e emoções através da expressão corporal ( corpo, gestos faciais, mãos), a escrita projeta no papel os gestos que exprimem não só os sentimentos e emoções, mas um conjunto de informações intelectuais, personais, físico-orgânicas e o próprio caráter de cada um de nós. Assim como ocorreu uma busca de simplificação (dos instrumentos de escrita e onde se escrevia) na escrita desde a primeira expressão com a escrita pictográfica até a expressão atual (com algumas exceções), vemos também de forma positiva a tentativa cada vez maior da simplicidade do gesto de escrever. Durante o século XX, assistimos o desenvolvimento do ensino às pessoas para que, uma vez alfabetizadas, pudessem também ter a escrita aprendida e desenvolvida. Neste momento recebemos em um padrão de ensinamentos a maneira de escrever. Aqui poderíamos nos perguntar: Por que então as pessoas escrevem de forma diferente do padrão que aprenderam? Isto se dá pelo fato de que tanto mais as pessoas se distanciam do modelo aprendido, mais personalização da escrita acontece, denotando com isso mais espontaneidade e individualização sendo este um aspecto positivo. Portanto, através dos movimentos da escrita, estamos nos revelando, mostrando todo nosso ser interior com nossas ambivalências, mas um ser único, individual repleto de características, valores e atitudes inseridas neste nosso sistema social e humano. A investigação da escrita não visa predizer o futuro, mas a análise científica que possibilita a interpretação de caracteres de cada indivíduo funcionando como um barômetro das tendências mentais, emocionais e físicas. Sons, Gestos e Símbolos A idéia de que o núcleo fundamental da língua reside no signo é comum a vários pensadores nas mais diversas épocas em que estudou-se a linguagem, entender a escrita em última análise é entender a linguagem e em nosso caso a palavra, mas do ponto de vista da grafologia ou seja do entendimento das características e comportamento da escrita determinados aspectos da compreensão da linguagem ou da lingüística devem ser privilegiados. O primeiro aspecto a ser considerado é a equivalência dos aspectos fônicos, gestuais ou gráficos com os quais a linguagem se apresenta e/ou pode ser materializada. Tradicionalmente se supõe que a linguagem tem origem nos códigos fonéticos e ou gestuais e que a linguagem escrita (fonográfica) vem substituir artificialmente a fala do mesmo modo que a imagem acústica ou seja uma representação dos sons que compõem a fala podem ser pensados e/ou organizados em silêncio. Em lingüística Saussere denominou essa distinção entre as duas faces inseparáveis de um signo, ou seja: a sua imagem acústica (árvore) e o conceito ou símbolo árvore, como significante e significado cuja relação constitui o signo lingüístico. Para esse autor considerado o criador da ciência que estuda a linguagem com seu curso de lingüística geral (1916), a relação entre o significante e significado é arbitrária, ou seja, não há nenhuma relação necessária entre estes além da convenção social que a estabeleceu para todos os indivíduos daquela comunidade falante pois a linguagem é sobretudo uma imposição / convenção social, o que decerto contraria as teorias que buscam a origem das palavras em onomatopéias com significados mais ou menos universais. A grafologia nessa perspectiva estuda a relação dos significantes entre si enquanto unidades que representam sons (letras, ditongos e tritongos) e ganham significados na medida em que se constituem enquanto sílabas (alguns sílabas já possuem significados - os semantemas) e palavras. Contudo os significados que os grafologistas encontram nas letras se efetuam por outras formas de representação mais relacionadas às conexões gestuais que enfatizam e re-codificam a fala e discurso individual de um sujeito compondo o seu estilo ou variante individual de discurso. Muito embora a psicanálise dos atos falhos revela que erros e tendências que se repetem não se dão ao acaso e possuem uma relação com o afeto e características individuais do sujeito, observa-se, porém que estes tanto podem vir associados a sons e representações gráficas como a significadosou a ambos simultaneamente. Os testes gráficos utilizados em psicologia (tipo o PMK - Psicodiagnóstico Miocinético, Palográfico etc) de um modo geral exploram a analogia entre a escrita, a gestualidade ou códigos de comunicação não verbal e a linguagem verbal sendo essa última a principal representação da consciência e atos cognitivos que formam o conhecimento humano e a linguagem não - verbal uma representação dos instintos e tendências ou motivações inconscientes do indivíduo. Por outro lado teorias modernas não vêem a razão e inteligência essencialmente na linguagem verbal cada vez mais se descobre as expressões do conhecimento no que era considerado irracional como emoções e intuição. Observa-se ainda que não temos sequer certeza da origem da linguagem na expressão fonética dos seres humanos, pois dispomos poucos dados para identificar precisamente sua origem. Um sábio chinês Tchang Tcheng - Ming contrariando a todos defendia a anterioridade da escrita a linguagem fonética apoiando-se no fato de que a linguagem chinesa parece imitar a linguagem gestual. Além do que considerando os protótipos da comunicação animal os Sons estão em equivalência funcional às Cores (Formas diferenciadas de Corpo) e Sequências de Comportamento (Displays) correspondentes aos gestos humanos como elementos (signos) das mensagens e representações da realidade codificada pelos diversos tipos de sistema nervoso enquanto representação de estímulos para satisfação das necessidades vitais de cada ser. Segundo Kristeva apesar dos numerosos trabalhos sobre os diversos tipos de escrita que a humanidade elaborou através dos tempos a ciência atual ainda não propôs uma ciência satisfatória da escrita da sua relação com a língua e das regras de seu funcionamento. A grafologia sem dúvida não responderá todas as questões, mas tem muito a contribuir. Órgãos Envolvidos na Escrita Tálamo É a sede que filtra as sensações experimentadas antes de serem transmitidas à consciência. Coordena os movimentos, é responsável pela vivacidade, pela tenacidade (Pophal). Pallidum Leva a exteriorização ao aspecto motor que intervém na coordenação e motricidade. Cerebelo Preside e controla o tônus muscular e a atividade motriz da chamada zona cortical cerebral. Córtex É quem assegura a precisão dos movimentos. Todos os movimentos corporais resultam de impulsos cerebrais. A forma como escrevemos tem ligação com o nosso andar e o osso falar (as pessoas que andam e falam rápido, por exemplo, possivelmente escrevem com rapidez). 4- Aplicações da Grafologia Nossa personalidade também é fruto de nossa cultura, do meio onde vivemos e do modo como somos criados, o que também interfere em nossa escrita. Nós, de origem cultural patriarcal, fazemos a nossa escrita da esquerda para a direita; já os hebreus, que têm a sua cultura centrada na figura da mãe, escrevem da direita para a esquerda. Mesmo os chamados orientais possuem características culturais diferentes: os japoneses reverenciam de cima para baixo, constatamos que a sua escrita é feita no mesmo sentido; já os chineses, consideram-se “filhos dos céus” e apresentam sua escrita de baixo para cima. Os cadernos de caligrafia diferem quase de país para país, obedecendo às características culturais e os costumes, pode ocorrer de diferir também no mesmo país em épocas variadas, diante das evoluções e mudanças. O grafólogo deve conhecer o método caligráfico no qual a pessoa que está sendo estudada, aprender a escrever. Portanto, a grafologia exercida em determinado país pode ser aplicada em um outro, tendo em vista as diferenças nacionais de cada um. Também devem ser levadas em consideração as condições sócio-econômicas daquele período. Área de Recursos Humanos ou Gerência de Gente • Seleção de pessoas; • Acompanhamento; • Desenvolvimento; • Formação de equipe; • Levantamento de potencial; • Consultoria de carreira; • Assistência Social. Área Médica / Psiquiatria / Psicologia Clínica • Diagnóstico; • Acompanhamento de casos; • Psicoterapia; • Grafoterapia. Área de Criminologia • Investigação; • Perícia. Área de Orientação e Aconselhamento (Profissional, Vocacional, Matrimonial, Pré-nupcial) • Diagnóstico; • Acompanhamento de caso; • Orientação; • Aconselhamento. Análise Quantitativa • Aspectos intelectuais; • Aspectos comportamentais; • Aspectos de atitude no trabalho; • Aspectos complementares. Análise Descritiva • Aspectos intelectuais; • Aspectos de relacionamento; • Aspectos emocionais; • Aspectos de produção no trabalho; • Aspectos de adaptação. Por meio da escrita é possível detectar distúrbios psicológicos originados dos desvios da libido, da fixação nas fases oral, anal e fálica, dos sentimentos de inferioridade, superioridade e culpa, traçando com isso um verdadeiro mapa da personalidade do indivíduo e detectando problemas psicológicos de toda a natureza, como neuroses, psicopatias, paranóias e até mesmo esquizofrenia, entre outros. É importante salientar que o grafólogo não faz diagnóstico médico, mas auxilia médicos, psiquiatras e psicólogos em suas avaliações. Além disso, a grafologia pode também servir como orientação matrimonial ou como um instrumento de apoio para casais, desde que os parceiros concordem e queiram fazer a análise (não é permitido, por questões éticas e legais, que alguém leve a escrita de outra pessoa para ser analisada, sem o seu expresso consentimento). Mais ainda: pelo estudo da sua letra, adolescentes poderão ser encaminhados a atividades e profissões mais adequadas à sua vocação e potencialidades (orientação vocacional). Na área da escolha de pessoal é usada em 7.9% nas companhias Inglesas, e em cerca de 80% nas companhias Francesas. Na Suíça a Grafologia é uma profissão encarada a um nível muito alto e é ensinada na Universidade de Zurique. A utilização da Grafologia estendeu a várias partes do mundo e continuou a receber contribuições de outros profissionais como: Neurologistas, Psiquiatras, Pedagogos, Psicólogos, Caracteriologistas, oriundos da Alemanha, Itália, Suiça, Inglaterra, França, Espanha, Estados Unidos. Principais Vantagens da Grafologia A pessoa avaliada não precisa, necessariamente, estar presente para ser analisada. Há amplitude de informação; custo compensador; fidedignidade; técnica não invasiva; facilidade, rapidez e simplicidade de aplicação. O material utilizado pelo Grafólogo é muito simples: o avaliado só precisa fazer uma redação (caneta não escrita fina) com qualquer tema ou título em folha de sulfite de no MÍNIMO 20 linhas contendo a sua ASSINATURA no final da redação. Não é permitido escrever no verso da folha de sulfite, se houver necessidade utilizar mais uma folha. Grafologia é a nova arma do RH Departamentos de recursos humanos descobriram uma nova aliada na hora de selecionar funcionários: a grafologia. É um estudo aprofundado e que, segundo especialistas, tem 95% de acerto.Mas é bom alertar que não existem regras. Cada grafia possui características próprias. Seria como a impressão digital, não há duas iguais. Há pessoas com expectativas profissionais que não correspondem à sua realidade nem à realidade da empresa. Conseqüentemente, seu nível de satisfação e capacidade de realização deixam a desejar, não favorecendo o cumprimento de metas e objetivos da empresa e desperdiçando seus talentos. Portanto, é preciso ser eficaz e assertivo na elaboração de projetos em recursos humanos, para que eles possam ser bem implementados e dêem um retorno significativo, uma vez que o objetivo de toda e qualquer empresa é cumprir sua missão dentro de seu nicho de mercado, além de permanecer competitiva. É possível pela análise da escrita captarmos a qualidade do pensamento do indivíduo, dando-nos informações sobre sua forma de raciocinar, sua agilidade de pensar, sobre como encadeia suas idéias, sua precisão, sua memória, sua profundidade para analisar um problema, sua visão sobre os assuntos, sua capacidade de observar. Na verdade, as empresas têm uma "luta" constante e não podem se dar ao luxo de não cuidar de sua qualidade e de seus profissionais, pois por trás de cada produto há uma pessoa, e são as pessoas que fazem toda a diferença. Hoje, fica nítido que as empresas estão estabelecendo parâmetros que diferenciam seus profissionais, já que neste mundo globalizado elas têm necessidade de abordar os problemas rapidamente, improvisando soluções pelo caminho para obter seus objetivos e, principalmente, exigindo de seus colaboradores resultados tangíveis e imediatos. Para que isso aconteça de forma assertiva, é preciso conhecer bem as pessoas e respeitar suas particularidades e características, pois cada ser é único, e traz consigo seqüelas de herança, de ambiente, de educação, de cultura e de conhecimentos profissionais adquiridos no decorrer de sua carreira. A Commiment Consultoria e Serviços, que utiliza a grafologia em processos de seleção, vem obtendo resultados significativos, segundo Alessandra Dolalice Ruffo, psicóloga da empresa e com experiência de dois anos com a técnica. Ela diz que a análise grafológica proporciona à empresa toda a descrição necessária da pessoa, inclusive se o perfil é compatível ao cargo ou função oferecida. Para o candidato, dá condições de conhecer suas dificuldades e trabalhar para melhorá-las, garante. Alessandra alerta ainda os usuários para a falta de profissionalismo de alguns grafólogos, que fazem cursos rápidos, produzindo laudos muitas vezes irresponsáveis. Na Láctea Aparelhos Científicos e Eletrônicos, a grafologia é utilizada há seis anos aproximadamente e vem sendo uma forma, segundo o diretor da empresa, João Carlos dos Santos, de selecionar pessoal com mais segurança e rapidez. Além da área de seleção, a Láctea recentemente aplicou os testes grafológicos em todos funcionários para avaliar o perfil da pessoa com as exigências do cargo que ocupa. O diretor diz que o resultado foi satisfatório, que não tiveram problemas de inadequação do quadro funcional. Quanto ao funcionário, Santos argumenta que a grafologia funciona como uma forma de conscientização de sua personalidade e características no desenvolvimento das atividades. A grafologia não faz um teste de medição do Q.I. Ela pode dizer apenas se um funcionário sabe lidar melhor com o raciocínio intuitivo ou com o lógico-dedutivo (matemático).Os temperamentos não fogem da análise. Na verdade, eles são quatro: o bilioso, o Sangüíneo, o nervoso e o linfático. Todos nós possuímos um pouquinho de cada um deles, mas geralmente dois se sobressaem. Com essas características detectadas, podemos dizer qual profissão ou ramo de atividade que se encaixa para essa pessoa. Além de revelar os temperamentos, esse método analítico mostra estado emocional presente da pessoa. Às vezes, distúrbios emocionais (alcoolismo, dependência química, conflitos familiares, problemas financeiros) transparecem na grafia. Quando isso é detectado o psicólogo pode iniciar um tratamento através da grafoterapia. É um trabalho árduo, que demora no mínimo um ano, mas a letra vai mudando e há uma melhora sensível no comportamento. Traços dos Temperamentos Sangüíneo - pessoa exuberante, com espírito prático e positivo; alegre, otimista, colérico; satisfeito consigo mesmo e com a vida; facilidade de expressão; gosta de mudanças; superficial; vaidoso e sedutor. Bilioso - pessoa de personalidade forte, carismática; espírito de decisão e comando; inteligência viva e brilhante; sujeito a excessos psíquicos: cólera, ciúme, tirania; boa capacidade de concentração mental. Nervoso - pessoa de inteligência viva, imaginação criativa mas abstrata; força de vontade com altos e baixos; memória fraca, impulsivo e irritável; versátil; egocêntrico e orgulhoso; estado de humor imprevisível. Linfático - pessoa calma, pouco esforçada e lenta; sensibilidade acentuada; seu julgamento é lento, mas freqüentemente cheio de bom senso; expressa-se com clareza de idéias; adaptação fácil às tarefas. A Ciência que desvenda o ser através da grafia Sabemos que quem escreve não é a mão, mas o cérebro. Por isso pessoas que perderam as mãos e passaram a escrever com os pés preservam o mesmo tipo de letra. Atualmente, traçar um perfil exato das características almejadas nos funcionários tornou-se imprescindível à medida que a competitividade aumenta e a margem de acerto é um fator definitivo para a contratação. Cresce a necessidade de um reconhecimento imediato por parte dos profissionais de RH, das características positivas e negativas de um candidato a qualquer vaga de emprego. A grafologia vem de encontro a essa necessidade, fornecendo subsídios às empresas no momento da seleção de futuros profissionais. A grafologia nunca é responsável sozinha pela contratação ou dispensa de um funcionário. Mas tem-se tornado um instrumento cada vez mais reconhecido dentro das empresas, principalmente as estrangeiras, para afinar os critérios de escolha. Como instrumento de análise, não se utiliza mais que uma lupa. Mas são necessárias cerca de duas horas para a avaliação e uma formação sólida com algum dos poucos grafólogos habilitados (aqui no Brasil, eles são contados nos dedos). O estudo grafológico revela alguns atributos relacionados ao conceito de inteligência emocional como a autoconsciência, o autocontrole, a automotivação, a empatia e a capacidade de relacionamento interpessoal. ALGUMAS DAS CARACTERÍSTICAS IDENTIFICÁVEIS • Adaptabilidade • Agilidade Mental • Agressividade • Ambição • Aproximação Metódica • Astúcia • Atenção a Detalhes • Auto-afirmação • Autoridade • Calma sob Pressão • Clareza de Julgamentos • Comunicabilidade • Concentração • Confiabilidade • Confiança • Consciência • Coragem • Criatividade • Curiosidade no Pensamento • Decisão • Deferência • Desequilíbrio (Mental / Emocional) • Desonestidade• Diplomacia • Descrição • Egocentrismo • Energia • Estabilidade • Evasividade • Extroversão • Falsidade • Firmeza de Caráter • Flexibilidade • Habilidade Dar / Receber Ordens • Habilidade de Liderança • Harmonia • Hipocrisia • Idéias Confusas • Imaginação • Independência • Inibição • Inteligência Generalizante • Inteligência Particularizante • Introversão • Juízo Crítico • Lógica • Maneira Complicada de Pensar • Meticulosidade • Modéstia • Motivação • Narcisismo • Nervosismo • Ordem • Organização • Orgulho • Orientação para a Meta • Originalidade de Idéias • Passividade • Pensamento Crítico • Pensamento Dedutivo • Pensamento Rápido • Percepção • Perseverança • Praticabilidade • Prioridades Morais • Prudência • Rapidez de Ação • Receptividade • Rigidez • Sensibilidade • Senso Comum • Senso de Prioridade • Teimosia • Tenacidade • Versatilidade 5 - O Sistema Moretti - Uma contribuição de Sigmund Freud Hoje existem três tipos de grafologia. Uma derivada dos estudos e trabalho do Pe. Michon, que se concentra em sinais específicos da escrita como indicadores da personalidade de indivíduos. Uma germânica que se desenvolveu através do trabalho de Ludwig Klages em 1890, que é mais subjectiva e um tanto esotérica. Por último a escola Italiana que têm por pessoa principal o Pe. Franciscano Girolamo Moretti. Este sistema, também chamado o método Moretti, tem por base a apreciação global da escrita, que envolve não só uma análise de certos aspectos de cada letra, como no sistema francês, mas também a maneira como a escrita em um todo é feita e a sua direcção em frente, para cima ou para baixo. De acordo com o método Moretti a grafologia é a ciência experimental, que a partir da expressão gráfica da pessoa que escreve, pode evidenciar a sua personalidade, as suas habilidades intelectuais, as tendências temperamentais, as aptidões profissionais, a constituição somática e as pré-disposições morbosas congênitas ou doentias. Temos que também ter em consideração que a grafologia não é a mesma coisa que a caligrafia. Esta última é mais relacionada com a maneira como uma pessoa escreve as letras, enquanto que a grafologia relaciona-se com o estudo da reações de cada indivíduo quando expressa na escrita aquilo que lhe vai na mente. Portanto, como evidencia a personalidade e as tendências dessa pessoa, o grafólogo pode orientar o indivíduo que o procura em relação aos diversos aspectos que preocupa a pessoa. Para ser um grafólogo é essencial conhecer psicologia pois só assim ele ou ela pode identificar as diversos tipos de personalidade ou tendências do consultante. Mas é necessário que a pessoa que anda a fazer análises grafológicas que saiba da existência de outros instrumentos psicológicos de maneira a que possa fazer uma apreciação global de todos os aspectos do indivíduo. O sistema Morettiano clama que grafologia consegue identificar cinco componentes do ser humano. As suas habilidades intelectuais, o tipo de temperamento da pessoa, as suas aptidões profissionais, a constituição somática, e as predisposições morbosas. Estas são utilizadas em quatro campos: no campo escolástico, no profissional, no matrimonial e no judiciário. Na área escolástica ajuda as pessoas a acertar nas disciplinas que mais condizem com a personalidade do estudante. No profissional aconselha o indivíduo a acertar na melhor profissão para o qual ele/ela tem mais jeito e gosto. No aspecto matrimonial, como foi dito anteriormente, identifica a compatibilidade de cada pessoa e quais os aspectos que o casal pode ter problemas. Por último no campo judicial a grafologia analisada pelo sistema Moretti não só consegue tornar evidente as tendências agressivas de cada pessoa, mas também acompanhar as modificações que cada indivíduo imprime na sua personalidade. Portanto ajuda o aconselhador e verificar se a pessoa com tendências criminosas consegue modificar o seu comportamento e até que ponto o consegue. O grafólogo tem à sua disposição um instrumento de grande qualidade e firmeza, caso saiba utilizá-lo com bom senso. Não há como afirmar que uma escola é mais eficaz que a outra. Todo grafólogo experiente e conhecedor possui sua própria escola e acaba utilizando métodos que são elaborados durante anos de reflexão, trabalho e enriquecimento pessoal. Uma contribuição de Sigmund Freud As contribuições da Psicanálise à Grafologia correspondem ao que se espera dessa. Para uma grafologia que abrange o estudo e compreensão da Personalidade não há dúvidas que são extensas as contribuições da psicanálise, muito embora não se possa distinguir exatamente a significação das formas de escrita na ciência que abrange o universo dos desejos humanos. Pois como se sabe um instinto ou pulsão não pode tornar-se objeto da consciência mas apenas as suas representações a psicanálise se desenvolve na análise dessas representações pretendendo ser a ciência que desvenda essa linguagem inconsciente dos desejos. O objeto da grafologia confunde-se decerto com este na medida em que procura regularidades, erros ou mínimos gráficos que traduzem e formam a individualidade humana. Formação do Grafólogo No Brasil os estudos de grafologia ainda não fazem parte do currículo universitário, como nos demais países do mundo. Assim, o conhecimento tem sido passado através de estudos especializados que os grafólogos brasileiros têm feito autodidaticamente e através de cursos (básicos e avançados) que são ministrados por experientes grafólogos, os quais têm atuação há muitos anos e se dedicam ao estudo constante e ao intercâmbio com grafólogos do mundo inteiro. Esses estudos e essas especializações são levadas aos encontros nacionais e internacionais que os grafólogos brasileiros participam, para que possam atuar sempre com a máxima segurança na aplicação dos métodos e sistemas científicos sobre os quais a grafologia se apoia. No exterior a formação do grafólogo se dá em centros superiores de estudos e investigação, inclusive nas universidades, tendo como exigência básica que os interessados tenham curso superior e se submetam a provas de capacitação, quando não forem das áreas médica, médico-psiquiátrica ou da psicologia. É fundamental que o profissional que trabalha com a Grafologia tenha a capacidade de compreender e não de julgar. Além disso, certas características no perfil de um grafólogo são essenciais. Entre elas podemos citar: concentração, mobilidade, crítica, disponibilidade, métodos, dotes de expressão, ética, juízo construtivo, resistência à fadiga e equilíbrio. Depois de falar sobre as aptidões necessárias ao grafólogo, não devemos esquecer as características que devem ser evitadas como, por exemplo, o sentimento de poder. 6 - Tendências Gerais da Escrita São os critérios básicos observados na escrita, que representam aspectos da personalidade, emocionais ou mesmo patológicos e
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