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Após a decisão saneadora e organizadora, no caso de existirem provas orais a serem produzidas, será designada a Audiência de Instrução e Julgamento. A sentença poderá ser dada em audiência ou no prazo de 30 dias (485/495) Procedimento (art. 359 e 361) 1. tentativa de conciliação: Mesmo que já tenha tentado anteriormente. “Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. 2. Oitiva dos Peritos e Assistentes Técnicos: Responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento, caso não respondidos anteriormente por escrito. 3. depoimento pessoal: Em regra, primeiro é escutado o autor e depois o réu, mas pode inverter a ordem por meio de negócio jurídico processual feito entre eles. 4. oitiva de testemunhas: Ouvidas primeiro as testemunhas do autor e depois as testemunhas do réu. Será permitido no máximo 10 testemunhas por parte, sendo ouvidas no máximo 3 destas para cada fato. Cabe ao advogado comprovar a intimação da testemunha.A pergunta formulada é diretamente feita pelo advogado à testemunha. 5. debates orais (alegações finais): Ocorrerão em 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 minutos a critério do juiz. Se a causa for complexa podem ser substituídos por memoriais escritos. 6. sentença: Será proferida em audiência ou no prazo de 30 dias. A audiência poderá ser adiada: ● por convenção das partes; ● se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar; ● por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado. O juiz poderá dispensar a produção das provas requeridas pela parte cujo advogado ou defensor público não tenha comparecido à audiência, aplicando-se a mesma regra ao Ministério Público. Quem der causa ao adiamento responderá pelas despesas acrescidas. A audiência é contínua, podendo ser excepcional e justificadamente cindida na ausência de perito ou de testemunha, desde que haja concordância das partes. É o ato do juiz que implica nas hipóteses dos artigos 485 e 497, bem como coloca fim à fase cognitiva (conhecimento) ou ao processo de execução. Decisão interlocutória não tem força para acabar com o processo ou com uma fase dele, já a sentença sim. ESPÉCIES DE SENTENÇA: a. terminativa Extingue o processo SEM a resolução do mérito. Hipóteses do artigo 485, como indeferir a petição inicial, verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual, homologar a desistência da ação, etc. Ex1.: autor propõe uma ação e antes do réu ser citado ele desiste da ação. Ex2.: autor e réu são intimados para dar andamento ao processo e os dois não dão andamento, deixando parado por mais de 1 ano. b. definitiva Extingue o processo COM a resolução do mérito. Hipóteses do artigo 487: ● acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção; ● decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; ● homologar: ○ o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção; ○ a transação; ○ a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção. Ex1.: juiz homologa acordo feito pelas partes. Ex2.: juiz acolhe ou rejeita pedido do autor, julga procedente ou improcedente. REQUISITOS ESSENCIAIS: a. Relatório: é o resumo do processo (EXPLICA). Juiz narra todo o ocorrido até o momento no processo. OBS:- no Juizado Especial (JEC) o relatório é dispensado. b. Fundamentação: quando o juiz decide as questões processuais e prejudiciais de mérito. Justifica sua decisão - (JUSTIFICA). A falta de fundamentação gera a nulidade da decisão. c. Dispositivo: é o momento em que o juiz decide a questão principal, acolhendo ou não o pedido do autor - (DECIDE). Pode extinguir o processo sem examiná-lo em alguns casos. COISA JULGADA: Recai sobre a parte 'dispositivo' da sentença. Tem a função de assegurar que os efeitos decorrentes da decisão judicial não possam ser modificados. Torna os efeitos da decisão imutáveis. A coisa julgada é materializada pelo trânsito em julgado. Formas ● Coisa julgada formal: Diz respeito às formalidades e aspectos processuais. Recai quando a decisão extinguir o processo sem resolução do mérito - SENTENÇA TERMINATIVA Pode ser reproposta, desde que distribuída por dependência ao juízo prevento. Tem exceções no artigo 486, §1º ● Coisa julgada material: Diz respeito ao mérito. Recai quando a decisão extinguir o processo com resolução do mérito - SENTENÇA DEFINITIVA Não tem repropositura da ação pois o Estado já resolveu o conflito. Limites a. subjetivos: ligado aos sujeitos que serão atingidos. Não prejudica terceiros - pode beneficiar. b. objetivos: a decisão de mérito faz coisa julgada material nos exatos limites da questão principal decidida, total ou parcialmente. CUIDADO! A coisa julgada pode recair sobre a questão prejudicial de mérito alocada na fundamentação, desde que preenchido os seguintes requisitos: ● for objeto de contraditório prévio, efetivo e completo ● processo desenvolvido perante juízo competente em razão da matéria e da pessoa para resolvê-la ● não tendo sido revel o réu Ou seja, como já visto, na fase de fundamentação da decisão, o juiz decide questões processuais e questões prejudiciais de mérito. Normalmente a coisa julgada recai na fase dispositivo da sentença. Mas pode recair sobre alguma questão prejudicial de mérito, o que só ocorrerá quando preenchidos todos os requisitos. A questão prejudicial de mérito é uma questão que influencia diretamente no acolhimento ou não do pedido. Ex.: pensão alimentícia pelo pai. Na fundamentação coloca que é dever do pai pagar a pensão. Logo, a paternidade é uma questão prejudicial de mérito, pois é necessário ser pai do autor para que o pedido de pensão seja acolhido. Cabe provar se é pai ou não. - Caso o réu tenha usado como defesa a negativa da paternidade, ao juiz propor exame de DNA, será produzido um contraditório prévio, efetivo e completo. - sendo o réu pai do autor, a questão será prejudicial de mérito, caindo a coisa julgada material sobre a paternidade. RELATÓRIO FUNDAMENTAÇÃO DISPOSITIVO Ação de alimentos autor x réu É dever do pai pagar a pensão alimentícia Se o réu for pai do autor, deverá pagar Julga procedente o pedido condenando o réu a pagar pensão de alimentos ao autor, uma vez provada a paternidade
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