PROVA DE POLITICAS PÚBLICAS

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1)A política pública educacional brasileira organiza-se a partir do princípio democrático, conforme Constituição Federal de 1988 ratificada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB 9394/1996. Desde os anos de 1990 o Ministério da Educação (Órgão responsável pela politica educacional do país) passou por várias estruturações. Essas reestruturações podem ser justificadas a partir do argumento:
2) Sobre os efeitos da globalização na sociedade atual, pode-se afirmar:
De um lado, o poder global concentra-se, crescentemente, nas forças de mercado, ou seja, nos grandes grupos financeiros e industriais (corporações), que, em combinação com o Estado, definem as estratégias de desenvolvimento, incluindo as reestruturações econômicas e os ajustes político financeiros. De outro lado, o poder de decisão ocorre nas instâncias mundiais de concentração do poder econômico, político e militar.
Fonte: LIBANEO, J; OLIVEIRA, J. F. ; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2012.
São consequências da globalização
3) A educação é uma política pública essencial para o o exercício da cidadania. Ao tratar sobre os desafios da educação no Brasil, o texto de Colares, Colares e Cardozo (2021) defendem que "ao voltarmos nossa atenção para a trajetória histórica da educação escolar brasileira, deparamo-nos com permanências e rupturas, assim como avanços e retrocessos, impasses, grandezas e misérias, que marcam seus limites e suas possibilidades. Assim, também deparamo-nos com grandes desafios e exigências éticas de enfrentá-los. Para tal, são indispensáveis o entendimento e a desmistificação das questões que estão associadas a esses problemas. Da mesma maneira, é necessário explicitar seus limites, para que sejam superados. Há quem pense em “limite” como sinônimo de inatingível, assim como “possibilidade” como equivalente de certeza. Em ambos os casos, estamos diante de um equívoco que, ao sair do plano individual para o coletivo, transformam-se em fatores que dificultam ou até mesmo inviabilizam as transformações desejadas. Aqui estamos entendendo “limite” como diferente de inatingível; e “possibilidade” como diferente de certeza" (p. 187).
COLARES, Maria L. I. Sousa ; COLARES, Anselmo Alencar ; CARDOZO, Maria José Pires Barros. Permanências, rupturas e desafios na educação brasileira. Cadernos de Pesquisa, v. 28, jan/mar 2021. Disponível em:http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/15141/8605
Alguns dos desafios da educação brasileira podem ser observados nas imagens abaixo
Imagem 01 -
Imagem 02 -
Considerando o texto e as imagens apresentadas, é correto o que se afirma em:
I. Há um afunilamento de matrículas  se compararmos o ensino fundamental e o ensino médio.
II. A maioria das crianças de 0 a 3 anos está fora da escola, ocorrendo o mesmo com o pré-escolar. 
III. Um dos maiores desafios da educação brasileira é a promoção da aprendizagem qualitativa.
IV. A distorção da idade-série é causada, apenas, pela quantidade excessiva de reprovações.
 Está correto o que se afirma apenas em:
A educação é uma política pública essencial para o o exercício da cidadania. Ao tratar sobre os desafios da educação no Brasil, o texto de Colares, Colares e Cardozo (2021) defendem que "ao voltarmos nossa atenção para a trajetória histórica da educação escolar brasileira, deparamo-nos com permanências e rupturas, assim como avanços e retrocessos, impasses, grandezas e misérias, que marcam seus limites e suas possibilidades. Assim, também deparamo-nos com grandes desafios e exigências éticas de enfrentá-los. Para tal, são indispensáveis o entendimento e a desmistificação das questões que estão associadas a esses problemas. Da mesma maneira, é necessário explicitar seus limites, para que sejam superados. Há quem pense em “limite” como sinônimo de inatingível, assim como “possibilidade” como equivalente de certeza. Em ambos os casos, estamos diante de um equívoco que, ao sair do plano individual para o coletivo, transformam-se em fatores que dificultam ou até mesmo inviabilizam as transformações desejadas. Aqui estamos entendendo “limite” como diferente de inatingível; e “possibilidade” como diferente de certeza" (p. 187).
COLARES, Maria L. I. Sousa ; COLARES, Anselmo Alencar ; CARDOZO, Maria José Pires Barros. Permanências, rupturas e desafios na educação brasileira. Cadernos de Pesquisa, v. 28, jan/mar 2021. Disponível em:http://www.periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/cadernosdepesquisa/article/view/15141/8605
Alguns dos desafios da educação brasileira podem ser observados nas imagens abaixo
Imagem 01 -
Imagem 02 -
Considerando o texto e as imagens apresentadas, é correto o que se afirma em:
I. Há um afunilamento de matrículas  se compararmos o ensino fundamental e o ensino médio.
II. A maioria das crianças de 0 a 3 anos está fora da escola, ocorrendo o mesmo com o pré-escolar. 
III. Um dos maiores desafios da educação brasileira é a promoção da aprendizagem qualitativa.
IV. A distorção da idade-série é causada, apenas, pela quantidade excessiva de reprovações.
 Está correto o que se afirma apenas em:
4) A contribuição decisiva do keynesianismo para o liberalismo consistiu em legitimar a sua hegemonia, generalizando continua, pragmática e cientificamente uma visão do mundo na qual o bem-estar proporcionado pelo Estado e a prosperidade da sociedade civil se apresentam conceitualmente como inseparáveis. E esta é mesmo a própria definição de “civilização” [na ótica de Keynes]. Este inescapável liberalismo iliberal mostrou-se essencial para a sobrevivência mesmo do liberalismo clássico, bem mais dogmático; pois, lhe abasteceu com uma lógica política ansiosa, sem a qual ele não teria sobrevivido sem um uso constante da força bruta. A burguesia e a classe média são assim tanto efeito como causa da “civilização” keynesiana.
Fonte: MANN,Geoff.  No longo prazo, estaremos todos mortos - keynesianismo, economia política e revolução.2017, p. 386.
O keynesianismo sofreu oposição e foi suplantado pelo liberalismo e, no século XX, pelo neoliberalismo. A doutrina neoliberal propõe:
I.   a atuação do Estado como empresário, como mediador das relações capital-trabalho e como regulador de taxas e tarifas.
II.  o desenvolvimento de uma política de privatização das empresas estatais para reduzir o papel do Estado na economia.
III. a minimização do poder dos sindicatos, a redução dos direitos trabalhistas e a educação como prioridade absoluta.
IV. a redução das barreiras para a circulação de mercadorias e capitais entre países, promovendo, assim, uma maior abertura econômica.
Está correto o que se afirma em:
5) No capítulo da Constituição Federal de 1988, referente à educação, vão se criar as condições necessárias para que a nova LDB viesse a assumir o conceito de sistema único de Educação Básica (Artigo n° 21). A proposta do compartilhamento do poder e da autonomia relativa dos entes federados adotada por esta CF é expressa em seu ordenamento jurídico, que define a forma federativa (27 Estados e mais de 5.500 Municípios), com o recorte de uma concepção tipicamente cooperativa" .
SOUZA, Donaldo Bello de e FARIA, Lia Ciomar Macedo.Reforma do Estado, Descentralização e Municipalização do Ensino no Brasil: A Gestão Política dos Sistemas Públicos de Ensino Pós-LDB 9.394/96. Ensaio: aval. pol. públ. Educ., Rio de Janeiro, v.12, n.45, p. 925-944, out./dez. 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ensaio/v12n45/v12n45a02
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei n. 9394/96 - definiu as responsabilidades dos entes federados na educação brasileira. São responsabilidades do Estado.
I.    Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do Sistema Federal de ensino. 
II.   Assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio a todos que o demandarem.
III.  Elaborar e executar políticas e planos educacionais de forma independente,  tendo como ponto de partida a gestão democrática.
IV.  Recensearanualmente as crianças e adolescentes em idade escolar,  bem como os jovens e adultos que não concluíram os estudos.
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6) Leia o texto a seguir
Para dialogar sobre a função social da escola pública, é necessário que reflitamos um pouco sobre esse espaço social chamado escola, espaço esse que foi sendo moldado a medida das necessidades da sociedade. Em todas as comunidades que se estuda e em todas as épocas o ato de ensinar, de transmitir conhecimentos se encontra. E o espaço escola de certa forma também, posto que sempre, ao longo da história humana, o ato de ensinar foi sendo delegado a alguém e a medida que o conhecimento e as relações humanas com esse conhecimento foram se tornando mais complexas, os espaços para o ato de ensinar também foram adquirindo formas diferenciadas e com razões diferenciadas para existir.
COELHO, Nara e ORZECHOWSKI, Suzete. A função social da escola pública e suas interfaces. Anais: X Congresso Nacional de Educação. Curitiba: PUC, 2001. p. 16321. Disponível em:  https://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/6443_3792.pdf
Sobre a função social da escola,  avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas.
Texto I
A primeira finalidade da educação escolar nos sistemas de educação dos estados nacionais republicanos, expressa na Constituição Brasileira, é o pleno desenvolvimento da pessoa. A escola deve propiciar a realização da personalidade de cada aluno: o desenvolvimento de suas aspirações, talentos e virtualidades pessoais, capacitando cada cidadão para realizar sua vida conforme seus interesses no convívio de seus concidadãos. O pressuposto fundamental da aprendizagem escolar é o impacto profundo que a educação gera em todos os domínios da vida, e ao longo de toda a vida, qualquer que seja a idade, tanto na vida privada em suas relações interpessoais, quanto na sua vida social em suas interações sociais. 
Fonte: SANTOS, Emina N. S ; LIMA, Willians C. Decálogo da escola como espaço de proteção social: consolidando a função social da escola como espaço democratizante. EccoS – Rev. Cient., São Paulo, n. 54, p. 1-17, e8338, jul./set. 2020. p.2. Disponível em: http://web.a.ebscohost.com/ehost/pdfviewer/pdfviewer?vid=3&sid=de2456a3-a39b-4ea3-acce-cd44c25b0742%40sdc-v-sessmgr01
PORQUE
Texto 02
Ao se firmar como espaço institucional onde se formam valores para a convivência democrática a partir dos Direitos Humanos, o ambiente escolar se torna referência de lugar que educa e não somente instrui. E o faz potencializando culturas, recriando e reposicionando saberes, encorajando posições políticas plurais, efetivando direitos, respeitando o estranho, ampliando cidadania e valorizando cada um e cada uma a partir de seus interesses,  desejos e necessidades. 
Fonte: SANTOS, Emina Márcia Nery dos; LIMA, Francisco Willams Campos; VALE, Cassio EccoS – Rev. Cient., São Paulo, n. 54, p. 1-17, e8338, jul./set. 2020.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
7 ) À escola foi delegada a função de formação das novas gerações em termos de acesso à cultura socialmente valorizada, de formação do cidadão e de constituição do sujeito social. Se, em determinados momentos históricos, a escola se constituiu no locus privilegiado de acesso aos bens culturais produzidos e valorizados pela humanidade, já que outros espaços sociais e comunitários (como a “família” ou a “vizinhança”) contribuíam para a formação dos sujeitos, os processos de urbanização parecem ter confinado à escola, cada vez mais, a função de formação dos sujeitos, o que a transformou em espaço social privilegiado de convivência e em ponto de referência fundamental para a constituição das identidades de seus alunos.
Fonte: BUENO, José Geraldo Silveira. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Educ. rev.,  Curitiba ,  n. 17, p. 101-110,  June  2001. p.5. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/er/n17/n17a08.pdf
É responsabilidade da educação escolar:
8) A democratização da educação brasileira passou por vários estágios, tendo sido compreendida, inicialmente, como direito universal ao acesso e, posteriormente, como direito a um ensino de qualidade e à participação democrática na gestão das unidades escolares e dos sistemas de ensino. Em 1988, movida por inúmeros acontecimentos que propeliram a participação popular, a Constituição Federal estabeleceu como um dos princípios do ensino público brasileiro, em todos os níveis, a gestão democrática.
MENDONCA, Erasto Fortes. Estado patrimonial e gestão democrática do ensino público no Brasil. Educ. Soc.,  Campinas ,  v. 22, n. 75, p. 84-108, 
Ago.  2001 .  https://www.scielo.br/pdf/es/v22n75/22n75a07.pdf  
A promulgação da Constituição de 1988 tornou obrigatória a adaptação das Constituições Estaduais e das Leis Orgânicas dos municípios ao princípio da gestão democrática, sendo extensivo ao campo da educação pública. Sobre os mecanismos de implantação da gestão democrática na escola, é correto afirmar que:
9) "A política é uma referência permanente em todas as dimensões do nosso cotidiano, na medida em que se desenvolve como vida em sociedade. Embora o termo política seja muitas vezes vago, é possível precisar seu significado a partir das experiências históricas em que aparece envolvido" (p. 7)[...]  "a política junto com a própria história, com o dinamismo da realidade em constante transformação que continuamente se revela insuficiente e insatisfatória e que não é fruto do acaso, mas resulta da atividade dos próprios homens vivendo em sociedade. Homens que, portanto, têm todas as condições de interferir, desfiar e dominar o enredo da história"(p.8) [...]Apesar da multiplicidade de facetas a que se aplica a palavra "política" uma delas goza de indiscutível unanimidade: a referência ao poder político, à esfera da política institucional" 
 MAAR, W. L. O que é política. São Paulo: Brasiliense, 2006. p.9.  
 
A política está presente nas relações que estabelecemos com nossos pares e com as instituições. Sobre isso, pode-se afirmar:
10) Já a ideia de profissionalidade emerge no Brasil com a ampliação dos sistemas de ensino, com o fortalecimento dos movimentos sociais dos anos 1980, como a sindicalização, entre tantas outras disputas que se evidenciaram naquele momento. O discurso docente tende a se afastar da ideia de missão e o professor passa a ser reconhecido como profissional qualificado pelo conhecimento técnico-científico e pela racionalidade prática, às quais, em um registro de luta política, se agrega a ideia de agente da mudança social. Nesse discurso docente (...), há um esvaziamento de sentidos que possibilita a articulação de várias demandas, quer sejam de ordem educacional, social, sindical, científica em torno do significante profissional.
Fonte: LOPES, Alice Casimiro; BORGES, Veronica. Formação docente, um projeto impossível. Cad. Pesqui.,  São Paulo ,  v. 45, n. 157, p. 486-507,  Sept.  2015 P.492.
https://www.scielo.br/pdf/cp/v45n157/1980-5314-cp-45-157-00486.pdf
Fazem parte das ações que promovem a profissionalização docente:
I.    Avaliação critica  mais ampla sobre a profissão, sua própria atuação e o contexto em que atua, de forma neutra e imparcial.  
II.   Identificação da docência como uma profissão ou princípio ocupacional de organização do trabalho de ensino e aprendizagem 
III.  Interação cooperativa com sua comunidade profissional , engajando-se para a melhoria das condições de trabalho e reconhecimento social.
IV.  Compreensão sobre os contextos  em que desenvolve seu trabalho, autonomia para tomar decisões e responsabilidade pelas opções feitas.
Está correto o que se afirma em: