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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA DIREITO AMBIENTAL TRABALHO AVALIATIVO [AV2] JOICE DE SOUZA BERNARDES MATRÍCULA: 20191100896 RIO DE JANEIRO 2021 Tragédia sobre o caso Mariana-MG mediante ao Direito Ambiental A grave e triste tragédia ambiental pode-se dizer que a tragédia se desmembra em inúmeros crimes e impactos ambientais. Segundo a pesquisa, o acidente liberou cerca de 62 milhões de metros cúbicos de excrementos de mineração formados principalmente por, óxido de ferro, água e lama. Com isso, o solo e rios foram extremamente prejudicados, uma vez que, a lama formou uma espécie de cobertura no local, impedindo o desenvolvimento de espécies e vegetações, tornando o lugar infértil para o desenvolvimento de matérias orgânicas, tendo em vista que a lama discorrida pelo lugar ao secar irá se assemelhar a um cimento, com isso, essa pavimentação e também a composição dos outros rejeitos, impedirá o bom e correto desenvolvimento do solo, ao afetar o pH da terra, possivelmente se resultando em uma imensa devasta em inúmeros ecossistemas e desestruturação química do solo. A tragédia também pode ser um grande risco para o oceano, ao incumbir os rios, comprometendo a vida aquática e recifes de corais de Abrolhos, ao sofrer assoreamento, diminuição da profundidade e até mesmo soterramento de nascentes, assim, causando o fim dos rios e um grave risco a vida marinha e seu ecossistema. O ordenamento jurídico é constituído por princípios gerais e específicos sob cada área do Direito, com isso, sabendo-se que a base principal do Direito são os princípios, é importante dizer que, o Direito Ambiental é rico em diversos e inúmeros princípios próprios que auxiliam a nortear os princípios básicos que sustentam e fundamentam esse âmbito. Dentre muito dos princípios criados, fazem parte: 1- Princípio do Limite Tem como finalidade controlar a atividade dos particulares, sob o poder do Estado, na intenção de materializar o princípio através do Poder de Polícia Ambiental, ainda, lecionado neste princípio, O Estado se encontra como o protetor, tendo a necessidade do controle dos interesses e pratica particulares, como configurado no Artigo 78 do Código Tributário Nacional. “Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.” 2- Princípio do ambiente equilibrado O Princípio do Ambiente Ecologicamente Equilibrado, se emerge na extensão do direito à vida e proteção contra qualquer privação arbitrária da mesma. Perante isso, configura-se que os Estados devem obter diretrizes, as quais sejam designadas a garantir os meios de sobrevivência a todos os indivíduos, ou seja, possui o encargo de evitar riscos e danos ambientais à vida. 3- Princípio da preservação ou precaução Visto como um dos princípios mais importantes e necessários, o princípio da preservação ou precaução é aquele que prioriza a profunda atenção e cuidado na diligência que tem como finalidade cuidar das ações que envolvem o meio ambiente, afim de evitar qualquer agente causador de dano irreversível ou grave no ambiente ecológico. Como ditado por Fiorillo (2001, p. 36), onde leva em conta que: “A prevenção e a preservação devem ser concretizadas por meio de uma consciência ecológica, a qual deve ser desenvolvida através de uma política de educação ambiental. De fato é a consciência ecológica que propiciará o sucesso no combate preventivo do dano ambiental.” Os princípios são demandas que norteiam a legislação ambientalista, ou seja, um grande e pesado alicerce no âmbito do Direito Ambiental, discorrendo nos princípios o discernimento básico deste âmbito e onde cada qual de delimita. Tendo isso como finalidade para cuidar e proteger o meio ambiente, e também orientar a legislação dos direitos e regras sobre o meio ecológico. O licenciamento e fiscalização das atividades mineradoras é substancialmente regido e monitorado, pelo órgão responsável tanto no âmbito federal estadual ou municipal. Essa licença tem como intenção de proteger e de cuidar da qualidade do ambiente, mesmo em caso de permissão para a atividade seja de risco para o meio ambiente. Normalmente, o processo de licenciamento se desdobra de três fases dependentes uma da outra: 1. Licença Prévia: Implica o exame detalhado da questão do impacto ambiental e a viabilidade econômica, social e ambiental do empreendimento para o Órgão ambiental responsável. 2. Licença de Instalação: Permite a instalação do empreendimento de acordo com os programas e projetos aprovados. 3. Licença de Operação: Autoriza a operação da atividade ou empreendimento. A parte interessada deverá requerer a licença para a exploração mineral à Prefeitura Municipal do local. A partir disso, a Licença Municipal deverá ser expedida por um prazo a determinar, e logo após, Prefeitura Municipal poderá emitir tal licença com o prazo de validade, mas sabendo-se que as práticas só poderão ser realizadas após a publicação no Diário Oficial, através do DNPM. Na resolução da teoria da modalidade risco integral, não importa se a atividade do poluidor é lícita ou licita. Se ocorrer dano ambiental deve haver indenização, mediante a tal falha humana ou técnica, assim, legitimando a responsabilidade objetiva da sociedade ao impor a reparação do dano. Tendo em vista essa pequena e resumida introdução sobre a modalidade risco integral e o que é, tem tal validade dizer que o acidente na barragem de Mariana pode ser disposta a modalidade risco integral por dois fatores: saberem do grave risco da barragem e não se comprometerem com a segurança da prática e pelo fato da tragédia ter ocorrido, e ainda de forma tragicamente irreversível. No âmbito do Direito Ambiental, há diversas formas para evitar danos ecológicos, tanto para também responsabilizar e punir os autores do fato, ou também perante o descumprimento das leis. A doutrina denomina de “tríplice responsabilização” os três tipos de responsabilidade em matéria ambiental, são eles: (I)responsabilidade civil, (II)responsabilidade administrativa e (III)responsabilidade penal. Com isso, A empresa SAMARCO, responsável pela operação da barragem de Mariana, assim como seus diretores e alguns técnicos que poderiam ter evitado o ocorrido, se encontra entre a tríplice de punição, pois, a responsabilidade civil ambiental visa a reparação do dano, a responsabilidade administrativa visa a prevenção do dano e a responsabilidade penal visa a repressão ao dano. Todos esses possíveis de se encontrar no caso de Mariana. No art. 225, §3°, resta determinado: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. […] 3º – As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos (BRASIL, 1988). Todavia, a responsabilidade imposta a pessoa jurídica em dispositivo constitucional, a Lei 9.605/98, denominada Lei dos Crimes Ambientais, se estabelece perante dois requisitos: a decisão da conduta criminosa tenha que partir dos representantes legais, e o segundo requisito é de que a decisão tomada por essas pessoas beneficie a pessoa jurídica, conforme configuradono artigo 3° da lei. Art. 3º: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade. Mediante deste caso a entidade tem todos os seus bens e patrimônios declarados perdidos em razão de serem instrumentos do crime, como podemos observar regido no Art. 21: Art. 21. As penas aplicáveis isolada, cumulativa ou alternativamente às pessoas jurídicas, de acordo com o disposto no art. 3º, são: I - multa; II - restritivas de direitos; III - prestação de serviços à comunidade. Tanto para o meio ecológico, quanto para a sociedade daquele região, a tragédia Bento Rodrigues, distrito de Mariana/MG por conta do rompimento da Barragem da empresa Samarco. Mesmo que, haja a reparação e compensação danos suportados pelos moradores de Bento Rodrigues, observa-se a necessidade e direito por meio o Ministério Público Federal e a OAB-MG, de sanar as dificuldade de todos dessa área. Com isso, uma das ofertas de ressarcimento discorrida nas primeiras audiências, giraram em torno de R$ 5 mil a R$ 15 mil. A oferta feita no Programa de Indenizações Mediadas (PIM), de R$ 1 mil, é irrisória. REFERÊNCIAS: https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/acidente-mariana-mg-seus-impactos-ambientais.htm https://mundoeducacao.uol.com.br/biologia/ecologia.htm https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/50744/tragedia-de-mariana-mg-estudo-do-caso-a- luz-do-direito- ambiental#:~:text=Rodrigues%20(2016)%20ensina%20que%20deste,ambiental%2C%20sua%20repara% C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20praticamente https://nathymendes.jusbrasil.com.br/noticias/311117049/resumo-principio-da-prevencao-e-principio-da- precaucao https://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_07.05.2020/art_225_.asp https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-ambiental/principios-gerais-do-direito- ambiental/#:~:text=O%20princ%C3%ADpio%20da%20responsabilidade%20faz,no%20%C2%A7%203 %C2%BA%20do%20art. https://www.geoscan.com.br/blog/licenciamento-ambiental-para-mineracao/ https://lucenatorres.jusbrasil.com.br/artigos/671759688/dos-crimes-ambientais-e-a-teoria-do-risco- 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