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Direito Ambiental Conteúdo 01 Direito Ambiental: Conceito Para Miguel Reale (1973), em conhecida formulação, aduzia o que o direito é interação tridimensional de norma, fato e valor. “A integração de três elementos na experiência jurídica (o axiológico, o fático e o técnico-formal), revela-nos a precariedade de qualquer compreensão do Direito Isoladamente como fato, como valor ou como norma e de maneira especial, o equívoco de uma compreensão do Direito como pura forma, suscetível de albergar, com total indiferença, as infinitas possibilidades dos interesses humanos”. (Reale, 1993, p. 701- 702). O Direito Ambiental é portanto, a norma que baseada no fato ambiental e no valor ético ambiental, estabelece os mecanismos normativos capazes de disciplinar as atividades humanas em relação ao meio ambiente. Rodgers (1997, p. 1) “Direito Ambiental não é preocupado só com o ambiente natural, as condições físicas da terra, ar, água. Ele abraça também o ambiente humano, a saúde, o social e outras condições afetando o lugar do ser humano na terra”. A doutrina nacional de divide em duas correntes básicas: I) Uma que privilegia o chamado ambientalismo social ou socioambiental (SANTILLI, 2005), o socioambientalíssimo busca conciliar a convivência humana sobre toda população menos favorecidas com proteção de ambientes naturais. II) Outra mais voltada para o preservacionismo, esse já puxa para a vertente preservacionista tem uma visão de santuário das áreas protegidas e se encontra reunida em torno de grupo planeta verde com forte base de sustentação no Ministério Público. Direito Internacional do Meio Ambiente (DIMA) Assim como a questão Ambiental, o DIMA surgiu no século XX. Na proclamação de Direitos Humanos, no qual um ocorreu no Rio de Janeiro na proclamação a conferência afirma que o meio ambiente humano, possui dois aspectos do saber o 1º é o natural e o 2º é o artificial, os dois são essenciais para que o ser humano desfrute de bem-estar e dos direitos humanos fundamentais para a própria vida. Tratados: Conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento (ECO-92) A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 3 e 14 de junho de 1992, teve por objetivo reafirmar a Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizado em Estocolmo, Suécia, no dia 16 de junho de 1972. Compareceram representantes de 117 países, os quais aprovaram e firmaram vinte e sete princípios nesta conferência. Convenção – quadro sobre mudança climática – protocolo de Kioto O protocolo de Kioto pretendia reduzir a quantidade de poli cientes do ar atmosférico com a finalidade de combater o efeito estufa. (OBS: Ver os decretos nº 144 de 20 de junho de 2002 e o de nº 5.445 de 12 de maio de 2005). Existe uma plataforma de Durban é que foi criado um documento em 2015, para que entre em vigor em 2020, que obrigará todas as nações a reduzirem gases do efeito estufa. Tal acordo só foi viável com a inserção da frase “Resultado acordado com força de lei”. Isso significa que os EUA, a China e outras nações estarão obrigadas a respeitar este futuro documento, não podendo mais ficar de fora como queria. Convenção sobre diversidade biológica – protocolo de Nagoya Esta convenção foi tratada na Conferência do Rio de Janeiro (ECO-92). Sua intenção constitui em criar mecanismo de proteção da diversidade ecológica e realizar a divisão dos seus benefícios de maneira justa e equitativa e estabelecer regras para o seu acesso e a transferência de tecnologia. Isso decorreu essencialmente por causa da transformação desse patrimônio em valor econômico. Agenda 21 Cuida-se de um conjunto mais amplo e diversificado de diretrizes que, suceder-se dos vários capítulos, recorre frequentemente a outros textos das Nações Unidas, como os acimas citados. Esse documento foi firmado por diversos países na reunião da cúpula da terra, realizada no Rio de Janeiro, pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (ECO-92) em 14 de junho de 1992. Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento sustentável (RIO +10) A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecido por RIO +10, reúne-se na cidade de Johannesburgo, na África do Sul, em 26 de agosto de 4 de setembro de 2002. Transformando nosso mundo: A agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. A agenda 2030, traz 17 objetivos sustentáveis desdobrado em 169 metas O que são os Objetivos de desenvolvimento Sustentável da ONU Em 2015, 193 países membros das Nações Unidas adotam uma nova agenda de desenvolvimento sustentável e um acordo global sobre as mudanças climáticas. Agora no início de 2016, temos o objetivo de alcançar 169 metas dos ODS. Modulo – 01 / Conteúdo 02 Princípios do Direito Ambiental, Conceito e Funções Princípios do Direito Ambiental: Princípio da Prevenção Tem origem a partir da Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, de 1972. É uma soft norm (texto não obrigatório), resultado da primeira Conferência Internacional Ambiental, realizada na cidade de Estocolmo (Suécia). O Princípio da Prevenção foi estabelecido no Princípio 7 da Declaração citada acima, com a seguinte redação: Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares por substâncias que possam pôr em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida marinha, menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras utilizações legítimas do mar.” Perceba que o princípio possui como característica impedir a ocorrência da poluição. Para isso, o poder público necessita criar uma série de medidas a fim de prevenir a ocorrência do dano ambiental. No cenário brasileiro, temos como exemplo o Estudo de Impacto Ambiental, uma exigência do inciso IV do art. 225 da CF/1988. A importância do princípio se dá pelo dever de vigilância em prevenir a ocorrência de danos irreversíveis e transfronteiriços. Por isso, necessita da participação pública as tomadas de decisões. Princípio da Precaução Esse princípio pode ser considerado complementar ao da prevenção, que intervém na criação de medidas a fim de prevenir eventos que possam ocorrer. No princípio da precaução, o foco está para casos em que há ausência de evidências científicas que apontem com certeza a ocorrência de dano ambiental. Nesse caso, é necessário ter a prudência de criar mecanismos para precaver um eventual dano ambiental por conta de alguma interferência humana sobre o meio ambiente que é desconhecido. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o princípio se originou na Alemanha, na década de 1970, conhecido como Vorsorgeprinzip. Se consolidou nos demais países europeus em 20 anos (MMA, 2019). No direito internacional, surgiu através do Princípio 15 da Declaração do Rio Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992. E diz que: Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.” De acordo com o princípio, são exigidas medidas para proteção ambiental a fim de proibir, temporária ou definitivamente, as atividades em questão. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225 O princípio da precaução é um documento sem obrigatoriedade aos Estados. Isso quer dizer que não é um Tratado ou Convenção Multilateral, mas um documento declaratório de pretensões dos Estados signatários. O princípio da precaução possui ampla aceitação jurídica, tanto que duas convenções internacionais (comefeito vinculante) foram ratificadas e promulgadas pelo Brasil. Isso ocorreu na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, de 9 de maio de 1992, em seu art. 3º. E também na Convenção da Diversidade Biológica, de 5 de junho de 1992. Além das convenções internacionais ratificadas, o texto constitucional avaliza o princípio no art. 225, incisos IV e V do §1º. Princípio do Poluidor-Pagador Diferente dos princípios do direito ambiental citados anteriormente, este possui como característica identificar as externalidades causadas pela atividade econômica. Tal externalidade é inserida nos custos da atividade econômica a fim de mitigar os custos dos danos ambientais ao contribuinte. A majoração dos custos das externalidades funciona como uma ferramenta de indução da mudança de comportamento da atividade empresarial sem o uso da coação. No entanto, a mudança de comportamento é o fim que se busca, mediante a imputação pelo Estado, após o dano ambiental ter ocorrido. Um exemplo recente é o caso do rompimento da barragem de contenção da Vale na cidade de Brumadinho. Neste caso, foi imputada à empresa uma multa sobre os danos ambientais ocasionados. Também foi criado um plano de ação para modificar as formas de exploração dos minérios e da contenção dos resíduos não aproveitados. O Princípio teve origem como uma recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, em 1972. O órgão é intergovernamental e reúne os países http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225 desenvolvidos para criar diretrizes econômicas e de governança administrativa para o aperfeiçoamento da gestão pública. (…) a OCDE que definiu pela primeira vez o princípio do poluidor-pagador numa recomendação adoptada em 1972. Segundo este texto – que não é vinculativo – as despesas relativas aos custos de prevenção e controle da poluição devem ser imputadas aos poluidores. O custo destas medidas deve se refletir no preço do produto cuja produção ou consumo provoca a poluição.” (tradução livre do francês de: BOISSON; MALJEAN-DUBOIS, 2010) A CF/88 reconhece o princípio no art. 225, §3º e foi adotado pelo direito brasileiro pela lei 6.938/81, de 31 de agosto de 1981. Ele aponta como uma das finalidades da Política Nacional do Meio Ambiente: A imposição ao usuário, da contribuição pela utilização dos recursos ambientais com fins econômicos e da imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados.” Princípio do Desenvolvimento Sustentável Provavelmente seja o mais controverso dos princípios do direito ambiental devido ao seu alto grau de abstração, não obrigatoriedade, ou até mesmo se discute se é realmente um princípio ou um conceito. O conceito do princípio do desenvolvimento sustentável foi se construindo ao longo dos debates de Conferências Internacionais. Ganhou força a partir da Conferência do Rio, em 1992. Nessa ocasião, foi reconhecida a necessidade de assegurar o desenvolvimento sustentável ao longo de 12 dos 27 princípios fundamentais da Conferência. O desenvolvimento sustentável tem como premissa obter a integração dos objetivos econômicos, sociais e ambientais. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm Por esses motivos, diversos autores, ainda que sem consenso, afirmam que há a necessidade de uma coalizão de diversos outros princípios procedimentais e substanciais estabelecidos pelas normas ambientais internacionais. Um exemplo é a Declaração do Rio e outros da mesma matéria: (…) Dessa maneira, para Birnie, Boyle e Reddgwell, os componentes jurídicos do desenvolvimento sustentável são o princípio da integração, o direito ao desenvolvimento, a utilização sustentável e a conservação dos recursos naturais, a igualdade inter e intra-geracional. Para os mesmos autores, constituem componentes procedimentais a obrigação de cooperar, a obrigação de avaliação de impacto ambiental, a participação pública. Para French, os princípios da integração, da utilização sustentável, da igualdade intra-geracional, e do direito ao desenvolvimento sustentável e da obrigação de cooperar consistem no cerne do alcance jurídico do desenvolvimento sustentável. Pela prática convencional, Sands considera quatro princípios, tais quais os da igualdade inter e intra-geracional, da utilização sustentável dos recursos naturais e o princípio da integração.” (PERUSO, 2013) Os objetivos do desenvolvimento sustentável devem prezar pela integração de ações empreendidas pelo Estado, empresas, ONGs e demais atores sociais. Casos reais Por exemplo, a construção de uma Usina Hidrelétrica. A obra deverá ter a participação de todas partes interessadas a fim de possibilitar a mitigação dos impactos sociais, econômicos e ambientais. Contudo, geralmente isso acarreta deslocamento de populações tradicionais, que têm prejudicados seus meios de subsistência. O deslocamento de trabalhadores ocasiona um impacto social substancial nas cidades do entorno do empreendimento, com poucos ganhos econômicos efetivos. Tais situações ocorreram recentemente durante a construção da Usina de Belo Monte, no Pará. E se repetiu nas Usinas de Santo Antônio e de Jirau, ambas em Rondônia. A título de exemplo, apenas sobre o caso Belo Monte tramitam ao todo 26 Ações Civis Públicas ingressadas pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região no Estado do Pará. Contudo, alguns requisitos do desenvolvimento sustentável deixaram de ser atendidos de maneira eficiente. O acesso à informação pelas partes interessadas e a participação social mediante consulta prévia são alguns exemplos. Analisando as causas e consequências, tais como os custos econômicos para a recuperação dos impactos ambientais. Ou até mesmo custos sociais e institucionais para tramitar ações, tanto do Ministério Público, quanto do Poder Judiciário. É verossímil afirmar que custa menos tomar decisões baseadas em critérios de sustentabilidade do que lidar com as consequências quando se age no sentido oposto. O princípio do desenvolvimento sustentável no Brasil No âmbito nacional, o desenvolvimento sustentável foi previsto pela primeira vez na lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente). Dois artigos citam o princípio: Art. 2º A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. Art. 4º, inciso I A Política Nacional do Meio Ambiente visará à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico”. A CF/1988, de forma indireta. reconhece o desenvolvimento sustentável no inciso VI do art. 170 e caput do art. 225: (…)Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm https://www.aurum.com.br/blog/livre-iniciativa/ https://www.aurum.com.br/blog/livre-iniciativa/ VI – Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (…) Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Como já mencionei, em razão do seu grau de subjetividade, o desenvolvimento sustentável é um conceito que precisa ser integrado com outros requisitos.Isso quer dizer que funciona tanto como um princípio, quanto como uma meta a ser alcançada. Princípio da Participação Pública Tal princípio é a maneira em que se é possível propiciar ao público fazer parte nas tomadas de decisões do Estado em questões ambientais. Para tanto, é necessário primeiramente informar. Afinal, a informação constitui um elemento primordial na participação pública. A origem do Princípio da Participação Pública origem se deu no Princípio 10 da Declaração do Rio, que diz: A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, colocando as informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que se refere à compensação e reparação de danos.” Posteriormente, foi editada a Convenção Aarhus, de 1998, na Dinamarca, que regula o direito à participação social no campo internacional. Muito embora seja uma convenção restrita à Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), está aberta à adesão, aceitação ou aprovação pelos Estados por meio das organizações de integração econômica e regional. O processo de participação pública é uma ferramenta jurídica de fortalecimento da democracia participativa. Afinal, constitui uma autorização ao Estado após este prestar informações necessárias sobre o processo decisório de uma política pública. Neste caso, que implica em questões ambientais. De acordo com a Convenção Aarhus, o processo de participação pública se dá de três maneiras: ▪ Acesso à informação ▪ Participação Pública nas Tomadas de Decisões ▪ Acesso à Justiça Na medida em que se descentralizam as tomadas de decisões em políticas públicas, os riscos de erros podem ser suavizados. Sem falar na possibilidade de dar voz às partes interessadas em dar continuidade, interromper e modificar as políticas públicas. De qualquer forma, sempre é possível recorrer ao poder judiciário caso não haja o devido acesso à informação e/ou à participação em políticas públicas ambientais. No Brasil, a participação pública na execução e elaboração de políticas ambientais acontece por meio das audiências públicas. A sociedade civil participa em órgãos colegiados, que formulam diretrizes, bem como acompanham a execução de políticas públicas. As audiências públicas são reguladas pelas Resoluções do CONAMA: ▪ Resolução 001/1986, §2º, art. 11: Relatório de Impacto Ambiental ▪ Resolução 003/1987: regula as audiências públicas em processos de licenciamento ambiental ▪ Resolução 237/1997: art. 10, reconhece a audiência pública como uma etapa do licenciamento ambiental O estudo do impacto ambiental está constitucionalmente reconhecido no art. 225, §1º, do inciso IV. Princípios do direito ambiental e outras áreas Você viu acima que o direito ambiental foi construído a partir dos princípios do direito ambiental, fruto da construção jurídica do direito internacional ambiental. Um longo caminho surgiu nos debates diplomáticos acerca da necessidade de proteção ambiental. Os princípios do direito ambiental, assim como outras normativas deste ramo, vêm sendo cada vez mais compreendidos. Ao mesmo tempo, maior é a quantidade de atores interessados na elaboração das normas ambientais. Afinal, tal atividade possui características interdisciplinares. Nessas discussões, adentram outras áreas do direito, como o direito administrativo, o direito constitucional, direito civil e direito público. Sem falar de outros ramos de conhecimento, como engenharia, biologia, meteorologia, economia, urbanismo, sociologia e filosofia. Por esses motivos, é importante que o jurista esteja atento à complexidade do direito ambiental para não ficar restrito apenas ao conteúdo jurídico. A ideia é que ele amplie sua comunicação com outras áreas de conhecimento, mesmo de forma transversal. Princípio dos Direitos Humanos e Princípio do Desenvolvimento Sustentável http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225 https://www.aurum.com.br/blog/areas-do-direito/ https://www.aurum.com.br/blog/direito-administrativo/ https://www.aurum.com.br/blog/direito-constitucional/ https://www.aurum.com.br/blog/direito-civil/ https://www.aurum.com.br/blog/direito-publico/ Princípios do Direito Humano O Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio tem berço no art. 225, caput da Constituição da República. Este princípio busca garantir a utilização contínua e sustentável dos recursos naturais que, apesar de poderem ser utilizados, carecem de proteção para que também estejam disponíveis às futuras gerações. Para tanto, é necessário que as atuais gerações tenham o direito de não serem postas em situações de total desarmonia ambiental. Temos o direito de viver em um ambiente sadio e livre de poluição sobre qualquer das formas, sem que sejamos postos diante de situações que acarretem prejuízos à qualidade de vida, em razão de posturas contrárias aos dogmas de preservação do meio ambiente. Trata-se de um dos mais importantes princípios do Direito Ambiental, tanto no âmbito nacional, como no internacional. Na Conferência do Rio, realizada em 1992 da Cidade do Rio de Janeiro, o Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio foi reconhecido como o direito dos seres humanos a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a natureza. O Princípio do Direito Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio deve ser interpretado como a necessidade de o Estado focar suas ações em medidas de preservação, apenas acolhendo subsidiariamente outras medidas de repressão ou de recomposição dos prejuízos ambientais. Princípio do Desenvolvimento Sustentável Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades, conforme concedido no Relatório de Brundtland – “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), publicado em 1987. O princípio do desenvolvimento sustentável foi desenvolvido inicialmente na Conferência de Estocolmo de 1972, e repetido inúmeras vezes nas conferências mundiais que se sucederam, segundo o qual se baseia a noção da necessidade da coexistência harmônica do desenvolvimento econômico com os limites ambientais, para que estes não se esgotem, mas que fiquem preservados para as futuras gerações. Denota-se que, no art. 225, caput, do texto constitucional, está expresso: “Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Princípio da Prevenção e Princípio da Precaução O objetivo do Princípio da Prevenção é o de impedir que ocorram danos ao meio ambiente, concretizando-se, portanto, pela adoção de cautelas, antes da efetiva execução de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras de recursos naturais. Aplica-se o Princípio da Prevenção naquelas hipóteses onde os riscos são conhecidos e previsíveis, de modo a se exigir do responsável pela atividade impactante a adoção de providências visando, senão eliminar, minimizar os danos causados ao meio ambiente. É o caso, por exemplo, de atividade industrial que gere gases que contribuem para o efeito estufa. Tratando-se de riscos previamente conhecidos, antecipa-sea Administração Pública ao dano ambiental e impõe ao responsável pela atividade a utilização de equipamentos ou tecnologias mais eficientes visando a eliminação ou diminuição do lançamento daqueles gases na atmosfera. O Princípio da Precaução, por seu turno, possui âmbito de aplicação diverso, embora o objetivo seja idêntico ao do Princípio da Prevenção, qual seja, antecipar-se à ocorrência das agressões ambientais. Enquanto o Princípio da Prevenção impõe medidas acautelatórias para aquelas atividades cujos riscos são conhecidos e previsíveis, o Princípio da Precaução encontra terreno fértil nas hipóteses em que os riscos são desconhecidos e imprevisíveis, impondo à Administração Pública um comportamento muito mais restritivo quanto às atribuições de fiscalização e de licenciamento das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. Princípio do Poluidor Pagador O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido como sendo um instrumento econômico e ambiental, que exige do poluidor, uma vez identificado, suportar os custos das medidas preventivas e/ou das medidas cabíveis para, senão a eliminação, pelo menos a neutralização dos danos ambientais. É oportuno detalhar que este princípio não permite a poluição e nem pagar para poluir. Pelo contrário, procura assegurar a reparação econômica de um dano ambiental quando não for possível evitar o dano ao meio ambiente, através das medidas de precaução. Desta forma, o princípio do poluidor-pagador não se reduz à finalidade de somente compensar o dano ao meio ambiente, deve também englobar os custos necessários para a precaução e prevenção dos danos, assim como sua adequada repressão. Princípio democrático ou da participação Direito Ambiental O princípio democrático no Direito Ambiental atribui ao cidadão o direito à informação e participação, mediante audiências públicas, ação popular, ação civil pública, órgãos colegiados etc., da elaboração de políticas pública de preservação ambiental, assegurando aos mesmos o acesso aos meios judiciais, legislativos e administrativos que tutelam o meio ambiente. (art. 225 da CRFB) Princípios da Prevenção e da Precaução Direito Ambiental O Princípio da Prevenção no Direito Ambiental é conceituado como a importância da prevenção ambiental a fim de evitar quaisquer danos ao meio, visto que “uma vez ocorrido qualquer dano ambiental, sua reparação efetiva é praticamente impossível”. Seu objetivo é chamar o apoio da sociedade e do Poder Público para evitar a degradação ambiental. Devemos estar cientes de que praticamente todo dano ambiental traz consequências muito complicadas de se reparar. A natureza depende de um processo de profundo equilíbrio, por isso, qualquer fator modificador num ecossistema é capaz de afetar uma cadeia inteira da fauna e da flora. Quando a barragem de Mariana e a barragem de Brumadinho se romperam, muitos danos causados nos arredores foram irremediáveis. Por mais que ambas empresas tenham entrado em ação para sanar todo o mal causado às regiões afetadas, muita coisa não voltará a ser como antes, nunca mais. Embora seja um assunto de suma importância, a Constituição Brasileira só passou a abordar o Direito Ambiental de maneira mais específica a partir de sua versão de 1988. Até então, os artigos sobre o assunto eram extremamente vagos ou apenas beneficiavam o meio ambiente de maneira indireta. A Constituição de 1988, felizmente, é bem mais detalhada no interesse de proteger o meio em que vivemos. No art. 225, por exemplo, é imposta à coletividade e ao Poder Público “o dever de proteger e preservar o equilíbrio ecológico para as presentes e futuras gerações”. Note que o texto reforça o caráter preventivo, que é justamente a medida mais eficaz no que diz respeito ao meio ambiente. Quando falamos de atividades industriais e afins, o princípio da prevenção determina muito claramente que, uma vez que houver certeza de que determinada atividade causará dano ambiental, as medidas a fim de evitar ou reduzir os danos previstos são obrigatórias. A análise da potencialidade de danos ao meio ambiente sempre deve ser realizada de maneira científica a partir de um estudo de impacto ambiental. Inclusive, quando bem executado, esse tipo de estudo se revela extremamente preciso em suas respostas sobre possíveis danos ao meio ambiente. O Princípio da Precaução Embora semanticamente precaução e prevenção sejam conceitos parecidos, juridicamente, são princípios distintos, pois há uma diferença fundamental entre o que se é pretendido por meio de um e de outro. O princípio da precaução antecede a prevenção: a questão principal não é apenas evitar o dano ambiental, mas sim evitar qualquer risco de dano ao meio ambiente. Ou seja: se há a noção de que determinada atividade seja passível de causar danos ao meio ambiente, o https://www.verdeghaia.com.br/blog/tragedia-de-brumadinho-por-deivison-pedroza/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/sustentabilidade-e-escassez-recursos-naturais/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/ princípio da precaução entrará em cena, impedindo assim o desenvolvimento da citada atividade. O princípio da precaução se faz presente principalmente naqueles casos em que não podemos ter a certeza científica se um empreendimento é mesmo capaz de causar algum dano ambiental. A intenção não é apenas evitar os danos que já sabemos que podem ocorrer (prevenção), mas evitar qualquer risco de que tais danos possam ocorrer (precaução). Inclusive, na declaração de princípios da Conferência das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro, a famosa Eco 92, o Princípio da Precaução se fez presente dentre as medidas citadas como essenciais para a preservação ambiental. Foi dito que: “de modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental”. Se os responsáveis por uma organização desejarem prosseguir com a atividade potencialmente perigosa mesmo assim, devem provar aos órgãos de proteção ambiental que aquele projeto não apresenta qualquer tipo de risco. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já compreende que “aquele a quem se imputa um dano ambiental (efetivo ou potencial) deve ser o responsável por arcar com o ônus de provar que sua atividade na verdade não configura nenhum tipo de risco ambiental”. Isto se dá porque no caso da incerteza em relação ao dano, fica muito mais complicado para as autoridades atuarem na simples liberação ou proibição das atividades, sendo assim, o ônus da prova é sempre daquele que exercerá a atividade. Obviamente, se algum dano vier a ocorrer, a empresa responsável terá de arcar com multas altíssimas, pois o Princípio da Precaução também funciona como uma espécie de alerta às empresas, uma espécie de chance de não prosseguir com uma atividade incerta ou potencialmente perigosa. Estudo de Impacto Ambiental A melhor maneira de determinar os riscos de sua atividade é realizando um estudo de impacto ambiental, que nada mais é do que um relatório técnico no qual são avaliadas todas as consequências de determinada atividade para o meio ambiente. O documento envolverá uma série de análises da região onde as atividades pretendidas serão implementadas, tais como identificação e inventário das espécies animais e vegetais locais, identificação do mapa hidrográfico, identificação e inventário dos ecossistemas, planejamentos ambientais e muito mais. Num estudo de impacto ambiental a empresa vai poder identificar e avaliar de maneira totalmente técnica os impactos que determinado projeto podem causar ao meio ambiente da região, bem comoapresentar medidas mitigadoras. Este relatório inclusive será responsável por determinar quais atividades precisam ser abordadas sob o Princípio da Prevenção e quais precisam ser abordadas sob o Princípio da Precaução. O estudo de impacto ambiental muitas vezes também será determinante para que a empresa receba o sinal verde de órgãos competentes para o exercício de suas atividades. Princípios da Prevenção e da Precaução Princípio do Limite O princípio do limite visa fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. É preciso que o Poder Judiciário recorra efetivamente aos princípios jurídicos, e em especial aos princípios do Direito Ambiental, com o objetivo de harmonizar a legislação ambiental e de garantir o direito humano fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Princípio do Poluidor Pagador, Usuário Pagador, Protetor recebedor A base do poluidor-pagador é um princípio normativo de caráter econômico, tendo em vista que imputa ao poluidor os custos relacionados a uma atividade poluente. Portanto, https://www.verdeghaia.com.br/blog/iso-14001-sistema-de-gestao-ambiental/ https://www.verdeghaia.com.br/blog/como-implantar-gestao-ambiental-na-organizacao/ o princípio de poluidor-pagador consiste na obrigação do poluidor de arcar com os custos da reparação do dano por ele causado ao meio ambiente. O princípio do protetor-recebedor, inaugurada na legislação ambiental, estabelece uma lógica inversa ao princípio do poluidor-pagador. Esse princípio, introduzido na legislação ambiental, propõe a ideia central de remunerar todo aquele que, de uma forma ou de outra, deixou de explorar os recursos naturais que eram seus, em benefício do meio ambiente e da coletividade, ou que tenha promovido alguma coisa com o propósito socioambiental. Este princípio poderá servir para remunerar como, por exemplo, àquelas pessoas que preservaram voluntariamente uma floresta, ou até mesmo mantiveram intactas suas reservas legais ou áreas de preservação permanente. É de conhecimento que, tais iniciativas contribuem para minimizar o aquecimento global. Então, nada mais justo que remunerar diretamente essas pessoas pelos serviços prestados para a proteção dos recursos minerais, evitando a exploração dentro do possível. Princípio do não retrocesso ou proibição do retrocesso Ingo W. Sarlet, o princípio da proibição de retrocesso social significaria “toda e qualquer forma de proteção de direitos fundamentais em face de medidas do poder público, com destaque para o legislador e o administrador, que tenham por escopo a supressão ou mesmo restrição de direitos fundamentais (sejam eles sociais, ou não)”[3]. Podemos considerá-lo, portanto, como um direito constitucional de resistência que se opõe à margem de conformação do legislador quanto à reversibilidade de leis concessivas de benefícios sociais. Princípio da Responsabilidade Socioambiental Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que uma empresa, ou organização tem com a sociedade e com o meio ambiente além das obrigações legais e econômicas. Refere-se aos problemas e processos sociais, tendo em conta sua relação com o meio ambiente: desenvolvimento socioambiental. Relação da sociedade com o meio ambiente. Responsabilidade dos indivíduos por suas ações que afetam o ambiente. Princípio da Senciência direito ambiental A senciência animal pode ser definida como a capacidade de animais não humanos, através substratos físicos e mentais, expressarem sentimentos como alegria, tristeza, medo, por exemplo. Tal característica animal permite que estes compreendam o meio que os cerca e sofram de forma física e mental. https://www.conjur.com.br/2015-abr-11/observatorio-constitucional-proibicao-retrocesso-social-pauta-stf#_ftn3 Modulo 01 / conteúdo 03 Tutela constitucional do meio ambiente. Competências constitucionais em matéria ambiental. Critério de repartição de competência. Classificação de competência EcoSenado relembra os 20 Anos da Constituição Trata da importância da Constituição de 1988 para a formação do Direito Ambiental brasileiro. Por meio desse documentário dos 20 anos da Constituição podemos verificar a tutela do meio ambiente e a importância da sociedade no combate aos danos causados a ele. O vídeo também possibilita que você se aproxime dos marcos históricos da Constituição em matéria ambiental e verifique como foi o desenvolvimento das leis ambientais nos últimos anos. https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado Art. 225 da CRFB Critérios de repartição de competências (competência legislativa e material) O tema de repartição de competência fica inserido no capítulo II da constituição (CFRB/88) nos artigos 22 a 24. A repartição de competência na constituição de 1988 aborda as competências Legislativa (para legislar), é o material (de cunho administrativo). No âmbito da competência material (administrativa), e possível perceber dois tipos de competência a exclusiva (art. 21), e a comum (art. 23). Na competência exclusiva fica a cargo da união matérias de relevante valor ao estado-nação como manter relações com estados estrangeiros, declarar guerra, emitir moeda, dentre outros dispostos no artigo 21, vale ressaltar que a competência exclusiva da união é INDELEGÁVEL, sendo vedada sua delegação para qualquer outro membro da federação. Exemplificado de forma objetiva a competência exclusiva da união, não seria possível o estado ao estado de Minas Gerais criar sua própria moeda pois se assim o fizesse estaria de forma objetiva ferindo a competência da união, concorrendo assim em uma inconstitucionalidade, porque só compete à união de forma exclusiva emitir moeda (art. 21, inc. VII). Competência comum, da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal são as definidas no artigo 23, e elenca em seus 12 incisos, são as que abordam questões pertinentes locais, mais com relevado interesse coletivo nacional, aja vista que faz frente ao interesse público. A título de exemplo cabe citar uma competência comum de relevante interesse coletivo que está definida no artigo 23, inciso primeiro (in texts). https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639039/artigo-22-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638933/artigo-24-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 (in texts) Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público; É possível perceber que não compete tão somente a União guarda as leis e a constituição, mais sim a todos os entes da federação, haja vista que está matéria e de interesse coletivo, outras matérias de interesse geral como já citado estão dispostos nos incisos do artigo 23 da CF. Competência Legislativa A competência Legislativa, nada mais é a competência para legislar sobre determinadas matérias, fica assim divididas em competência privativa (art. 22), concorrente (art. 24), suplementar (art. 24 § 2º) e reservada (art. 25). Ao contrário da exclusiva, a competência privativa da união pode ser delegada atendendo os requisitos descritos no parágrafo único do artigo 22 (in texts), pelo qual permite a união dispor de matérias privativas da sua competência para os estados e o Distrito federal através de Lei Complementar. (in texts) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. Na concorrente (art. 24) é compartilhada a competência entre União, os Estados- membros e o Distrito Federal, nesta a união se limita a estabelecer apenas normas gerais (art. 24 § 1º), e os demais entes federados normas especiais. Caso a união não crie lei federal acerca das normas gerais, poderá o Estado criar tais normas exercendo a competência legislativa plena (art. 24 § 3º), mais caso ocorra a superveniência de lei federal sobre as normas gerais, suspendera a eficácia de lei estadual no que lhe for contrário (art. 24 § 4º), seguindo assim o princípio da hierarquia das normas. Se, todavia, inexistem as normas gerais editadas pela União, pode o Estado, exercendo a chamada competência supletiva. (Manoel Gonçalves. 2015. P. 83), está definição dada por Manoel Gonçalves Ferreira Filho, trata da competência supletiva, do qual faz referência a inercia do estado, a qual não impossibilita que os outros entes federativos não legislem sobre matérias de caráter geral. A competência reservada e por sua vez atribuída aos Estados-membros e ao Distrito Federal, conforme mencionado no parágrafo primeiro do artigo 23da CF, no qual reserva aos Estados as competências que a constituição não vedada, a exemplo e possível citar que não compete a União e não e vedado ao Estado a criação, extinção e fixação de cargos públicos estaduais, sendo assim pode o Estado usando sua http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638993/artigo-23-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638993/artigo-23-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 competência reservada promover sem autorização ou interferência da união os certames públicos que achar necessário. A importância de cada ente federativo na manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado Para evitar duplicidade de esforços e alcançar sucesso no combate à poluição e na preservação da fauna e a flora, os entes da Federação devem atuar em conjunto, respeitando limites de atuação de cada um. Licenciamento ambiental Antes da instalação de empreendimento ou atividade que possa causar danos ao meio ambiente, os responsáveis precisam solicitar o licenciamento ambiental ao ente responsável. Para definir se a responsabilidade é da União, estado ou município, existem critérios como a localização do empreendimento e tipo de atividade desempenhada, além da titularidade dos bens coletivos que serão afetados. União Responsável por formular e executar a Política Nacional do Meio Ambiente nos âmbitos nacional e internacional. Além disso, é dever da União controlar a produção e comercialização de substâncias que possam causar risco ao meio ambiente e elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional. A União também emite o licenciamento ambiental – por meio do Ibama – de empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos em conjunto com países vizinhos, no mar territorial, na plataforma continental, em terras indígenas, de caráter militar, ou desenvolvidos por dois ou mais estados, além das atividades que envolvam material radioativo. => Para mais informações sobre execução dos recursos federais na área ambiental acesse o Portal da Transparência Estados Seu dever é executar, no âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades públicas relacionados à proteção e à gestão ambiental. Também é atribuição estadual o zoneamento ambiental dos seus territórios e de seus patrimônios ambientais a serem especialmente protegidos. Ficam também com os estados o licenciamento das atividades e empreendimento localizados ou desenvolvidos em unidades de Conservação instituídas por eles, exceto em Áreas de Proteção Ambiental. Também têm autoridade para aprovar o manejo e a supressão de vegetação em florestas públicas ou unidades de conservação estaduais, e em atividades ou empreendimento licenciados ou autorizados ambientalmente por cada estado. http://www.diretivanacional.com.br/ http://www.portaldatranparencia.gov.br/ http://www.portaldatranparencia.gov.br/ http://www.diretivanacional.com.br/ => Acesse mais informações sobre a gestão do meio ambiente em nível estadual Municípios são responsáveis pela elaboração do Plano Diretor Aos municípios são responsáveis pelo cumprimento das políticas nacional e estadual de Meio Ambiente. Eles também são responsáveis por elaborar o Plano Diretor observando zoneamentos ambientais, e definir espaços territoriais a serem especialmente protegidos pelo município. Também são responsáveis por emitir licenciamento ambiental nos casos de atividades ou empreendimentos que possam causar impacto de abrangência local e localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em áreas de proteção ambiental. Por fim, governos municipais aprovam o manejo e a supressão de vegetação, de florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais ou unidades de conservação, e em atividades ou empreendimento licenciados ou autorizados ambientalmente pela prefeitura. => Acesse mais informações em nível municipal Distrito Federal Em relação ao Distrito Federal (DF) as competências estaduais e municipais são acumuladas. Quanto ao licenciamento ambiental, o DF emite o licenciamento ambiental nos casos de atividades ou empreendimentos que possam causar impacto de abrangência local e os localizados em unidades de conservação instituídas por ele, com exceção das áreas de proteção ambiental. => Para mais informações acesse: http://www.semarh.df.gov.br/ - Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): Órgão Consultivo e Deliberativo- Ministério do Meio Ambiente: órgão central- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama): órgão executor- Órgãos Seccionais: órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. Um exemplo é a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).- Órgãos Locais: órgãos ou entidades municipais – como as Secretarias de Meio Ambiente das prefeituras – que são responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades ambientais, nas suas respectivas áreas de abrangência. A competência dos municípios em matéria ambiental na constituição federal de 1988 (baixado PDF, sobre o tema) Qualidade ambiental http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp%20140-2011?OpenDocument http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp%20140-2011?OpenDocument http://www.semarh.df.gov.br/ http://www.mma.gov.br/port/conama/ http://http:0/www.ibama.gov.br/ http://http:0/www.ibama.gov.br/ A qualidade ambiental refere-se aos estudos das variações no meio ecológico e social, que afetam o bem-estar dos seres vivos, em especial dos seres humanos. Esse termo é utilizado para caracterizar as condições ambientais segundo normas e padrões pré- estabelecidos. Sua manutenção e a difusão de sua importância para a preservação da vida são extremamente relevantes na sociedade contemporânea.No Brasil o controle ambiental é implementado através de programas e ações que buscam reduzir o impacto negativo sobre os meios físicos, biológicos, sociais e econômicos, promovendo uma melhor qualidade de vida para a população. O controle da qualidade ambiental brasileira é de competência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que vinculado ao Ministério do Meio Ambiente possui, entre outras funções, o dever de propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental. Entre os programas e projetos implementados com essa finalidade encontram-se o Programa Boas Práticas de Laboratórios (BPL), o Programa de Recursos Hídricos, o Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos, o Projeto de Gerenciamento e Avaliação de Substâncias Químicas, o Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro e o Projeto de Mineração e Meio Ambiente. O BPL é um programa que visa o credenciamento de laboratórios que realizam estudos ambientais. Trata-se de um sistema da qualidade que diz respeito à organização e às condições sob as quais estudos em laboratórios e campo são planejados, realizados, monitorados, registrados, relatados e arquivados. o Programa de Recursos Hídricos, por sua vez, atua sob a forma de ações no monitoramento da qualidade da água no país. O Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos tem como objetivo disciplinar em todo território nacional a produção, transporte, reaproveitamento, comercialização, disposição final, importação para reciclagem e exportação desses resíduos, classificados como todos aqueles que, provenientes da indústria, são inflamáveis, corrosivos, reativos, tóxicos e passíveis de causar doenças. Já o Projeto de Gerenciamento e Avaliação de Substâncias Químicas visa realizar estudos e formular propostas e estratégias de estabelecimento de ações mais eficazes para o controle das fontes de contaminação ambiental de substâncias químicas, priorizando agrotóxicos, preservativos de madeira e produtos químicos perigosos. Ao Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro compete reduzir a progressiva deterioração do Meio Ambiente ao longo do litoral brasileiro. Para tanto, estabelece parâmetros técnicos e instrumentos que orientem o uso e a ocupação da Zona Costeira, promovendo um ambiente socialmente justo, econômico e ecologicamente viável. Por fim, o Projeto de Mineração e Meio Ambiente visa estabelecer estratégias e proporcionar a realização das atividades de extração mineral, sem comprometer a qualidade ambiental, aplicando o conceito de aproveitamento sustentado e integrado do recurso natural. A importância da Política Nacional do Meio Ambiente para a legislação Brasileira https://biomania.com.br/artigo/meio-ambiente A Política Nacional de Meio Ambiente é regulamentada pela Lei nº 6.938, de 31 agosto de 1981. A Política estabelece diretrizes e instrumentos que orientam as empresas nas melhores práticas para o gerenciamento de atividades que de alguma forma interferem no meio ambiente. Os objetivos da PNMA são preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. A lei busca assegurar à população condições propícia para seu desenvolvimento social e econômico. A Política é a referência mais importante de proteção ambiental, principalmente com o avanço industrial que, consequentemente, aumentou o uso de recursos naturais e geração de resíduos. Através desta lei os órgãos ambientais limitam e fiscalizam a atuação das empresas, fazendo com que a exploração do meio ambiente ocorra em condições propícias à vida e à qualidade de vida. Ela surgiu para garantir o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, como prevê o princípio matriz contido no art. 225 da Constituição Federal. Objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente A Política Nacional do Meio Ambiente tem o objetivo de: • conciliar o desenvolvimento econômico e social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; • definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à preservação ambiental; • estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; • desenvolver tecnologias para o uso racional de recursos ambientais; • divulgar tecnologias de manejo do meio ambiente; • divulgar dados e informações ambientais; • formar uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; • preservar e restaurar os recursos ambientais através da utilização racional dos recursos naturais; • impor ao poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados; • impor aos usuários uma contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos. Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente Para que os objetivos da PNMA serem atingidos, devem ser orientados por princípios, conforme descrito a seguir: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm https://www.vgresiduos.com.br/blog/veja-as-melhores-praticas-no-controle-de-geracao-de-residuos/ Padrões ambientais A lei determina que sejam definidos os padrões ambientais, que estabelecem limites relativos ao uso e manejo de recursos. Esses padrões são ditados pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Como, por exemplo, a resolução 490, que estabelece exigências para o controle de emissões de gases poluentes e de ruídos para veículos automotores pesados. E a resolução 491 dispõe sobre padrões de qualidade do ar. Zoneamento ambiental Princípio que visa a organização territorial, planejamento eficiente do uso do solo e efetiva gestão ambiental. Esse zoneamento pode ser federal, estadual e municipal. O zoneamento também é previsto na Lei nº10.257/01(Estatuto das Cidades) e na Constituição Federal. Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) A lei determina que seja realizado um estudo prévio à instalação de um empreendimento ou atividade que gere um impacto ambiental significativo. A avaliação AIA está definida na Resolução CONAMA n.º 237. Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) A lei determina que seja realizada uma avaliação ampla e completa dos impactos ambientais e propor as medidas mitigadoras correspondentes. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi instituído através da Resolução CONAMA 001/86. Licenciamento ambiental A empresa deve buscar o licenciamento ambiental. O licenciamento é um procedimento administrativo no qual ao SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) compete a licença e localização, instalação, ampliação e a operação de atividades utilizadoras de recursos ambientais. A Resolução CONAMA 237/97 apresenta uma relação de atividades ou empreendimento sujeitos ao licenciamento ambiental. Auditoria ambiental A lei determina os critérios de como o processo de verificação nas organizações ocorrerão e se eles cumprem a lei. O objetivo da auditoria ambiental é verificar se a conduta ambiental atende a um conjunto de critérios específicos. Criação de reservas e estações ecológicas As áreas de proteção ambiental e de relevante interesse ecológico determinado pelo poder público. Penalidades ao não cumprimento das condutas necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. http://www2.mma.gov.br/port/conama/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-novas-resolucoes-do-conama-de-nov18-podem-afetar-seu-negocio/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm Cadastro Técnico Federal Cadastro de atividades potencialmente poluidoras ou que se utilizam de recursos naturais. A importânciada gestão de resíduos para PNMA A gestão de resíduos foi estabelecida através da lei 12.305/10 – Política Nacional de Resíduos Sólidos. A PNRS dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos para uma gestão adequada dos resíduos gerados pelas empresas. A gestão de resíduos objetiva a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Além do estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços. Esses objetivos e princípios estão relacionados aos princípios da lei 6.931/81. A PNMA compartilha com a gestão de resíduos os mesmo conceitos. Para tanto, uma gestão de resíduos adequada contribui para que a empresa possa comprovar que realiza práticas de preservação ambiental. A gestão de resíduos é uma forma eficiente de preservação dos recursos naturais, fonte de renda para catadores e de incentivos para a sociedade. Como a PNMA busca tornar favorável a vida através de seus instrumentos, além de assegurar à população condições propícias para seu desenvolvimento social e econômico. Como a gestão ambiental ajuda no cumprimento da PNMA? A gestão ambiental vem se tornando um grande aliado das empresas que buscam manter seus processos, aspectos e impacto ambiental sobre controle. Através dela a organização obtém melhores oportunidades de negócios, melhora a sua imagem e a administração de recursos energéticos e materiais, reduz riscos, acidentes ambientais e gastos desnecessários. Além disso, cumpre com a legislação ambiental. A empresa que deseja se manter competitiva no cenário atual, no qual o consumidor e investidores procurem empresas sustentáveis, precisa adotar práticas ecologicamente corretas. Como um software de gestão contribui para uma cumprir a PNMA? O uso de um software especializado em gestão pode ser o ideal para a empresa controlar os principais aspectos de desempenho, o cumprimento da lei ambiental, a redução dos impactos ambientais, entre outros. Com o software é possível o controle total de todos os processos de gestão ambiental, eliminando as antigas planilhas de Excel, licenças em PDF e documentos em Word. https://www.vgresiduos.com.br/blog/qual-necessidade-de-registro-no-ctf-aida-para-empresas-que-coletam-efluentes/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/software-especializado-de-gestao-de-residuos/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm https://www.vgresiduos.com.br/gerenciamento-de-residuos/ Pensando nisso a VG Resíduos desenvolveu um software em que todos os envolvidos na gestão ambiental podem trabalhar de forma sistematizada e organizada, aumentando a eficácia da gestão. Os acompanhamentos podem ser feitos em um ambiente totalmente virtual. Possibilitando assim, a agilidade dos processos e a segurança das informações. Os benefícios em ter um software da VG Resíduos na gestão ambiental são inúmeros, entre eles: • auxilia no cumprimento das leis ambientais: com o software a empresa consegue implantar as diretrizes das leis ambientais, evitando assim, sofrer sanções, como multas e embargos; • facilita a gestão de informações e evita perdas e falhas no processo: o software permite manter um histórico sobre os processos produtivos. Com essas informações a empresa identifica os gargalos do processo, ou seja, onde é possível reduzir desperdícios. Isso permite reduzir os custos, por exemplo, com a aquisição de matéria prima e com a destinação dos resíduos; • padroniza a comunicação com fornecedores: a VG Resíduos conta com uma plataforma em que você encontra fornecedores aptos. Com a plataforma é possível encontrar um fornecedor mais próximo ao seu negócio, isso reduz o custo com transporte. Além disso, com o software de gestão é possível monitorar todos os documentos que os fornecedores devem emitir e possuir, incluindo licenças ambientais; • minimiza a possibilidade de passivos ambientais e prejuízos para a empresa: já que através do software é feito o controle completo da documentação e licenças evitando que a organização pague multas por não ter um documento exigido pelo órgão ambiental; • otimiza a elaboração de relatórios ambientais: reduz o tempo para elaboração dos relatórios, já que todas as informações necessárias estão arquivadas em um ambiente único. Portanto, a Política Nacional de Meio Ambiente regulamenta as várias atividades que envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental. A VG Resíduos, como sistema integrado de gestão de resíduos pode auxiliar, uma vez que mantém todas as informações e documentos gerados automaticamente em um ambiente único e confiável, de acordo com a legislação ambiental. Conteúdo 02 Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente (descrito acima) https://www.vgresiduos.com.br/ https://www.vgresiduos.com.br/gerenciamento-de-residuos/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/sete-dicas-para-encontrar-fornecedor-qualificado-para-destinar-residuos/ https://www.vgresiduos.com.br/blog/entenda-a-relacao-entre-passivo-ambiental-e-a-gestao-de-residuos/ MP explica: licenciamento ambiental (vídeo) Conteúdo 03 Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA No Brasil, a defesa do meio ambiente está articulada em um sistema de órgãos públicos chamado SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), do qual fazem parte entidades como o Ministério do Meio Ambiente, com a função de supervisão e planejamento, e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), órgão executor das normas de proteção ambiental. Neste texto, o Politize! em parceria com o Bridje te explica o que é o SISNAMA, como ele surgiu e como atuam os órgãos que o compõem. O que é o SISNAMA e como ele surgiu? SISNAMA é a sigla para Sistema Nacional do Meio Ambiente, o conjunto de órgãos públicos (da União, de estados, de municípios, do Distrito Federal e de territórios [1], bem como órgãos não-governamentais instituídos pelo poder público) responsáveis pela proteção ambiental no Brasil. É um sistema porque todos os órgãos que o compõem atuam sob os mesmos princípios e diretrizes, cada um exercendo a sua função para alcançar o mesmo objetivo: a defesa do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Meio ambiente ecologicamente equilibrado é como a Constituição Federal trata o que vulgarmente chamamos de “direito ao meio ambiente”. O direito dos cidadãos, na verdade, não é a garantia de um simples “meio ambiente”, mas de um meio ambiente preservado, equilibrado, útil para a humanidade, mas protegido de ações devastadoras. Ele está previsto no art. 225 da Constituição: Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. O SISNAMA foi criado para integrar as políticas públicas de proteção ambiental em um esforço de direção nacional, sem deixar faltar a estados e municípios certa autonomia para atuar em suas respectivas regiões. Quer mais conteúdos sobre meio ambiente? Que tal conferir o nosso vídeo sobre 5 pontos para entender as queimadas no Pantanal e na Amazônia? O sistema nasceu em 1981 com a promulgação da Lei nº 6.938/81, verdadeiro marco na história da proteção ambiental brasileira, pois articulou a proteção do meio ambiente sob a ideia de um único sistema nacional. Anteriormente, estados e https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/ https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/ https://www.politize.com.br/politicas-publicas/ municípios tinham mais autonomia para redigir as suas próprias regulamentações ambientais. Existiam, é claro, normas federais que tratavam de exploraçãoe conservação ambiental, como o Código Florestal de 1965. Mas a legislação era escassa, e muitas lacunas poderiam ser preenchidas por estados e municípios. Fato é que não havia uma coordenação nacional preocupada com o meio ambiente, normas harmônicas, esforços conjuntos. Este foi o espaço preenchido pelo SISNAMA. Em complemento à realização desse sistema, a lei também inaugurou a chamada Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), uma série de artigos que definem conceitos básicos sobre o meio ambiente e dispõem diretrizes e objetivos a serem seguidos por todos os órgãos responsáveis pela proteção ambiental no Brasil. Segundo o Dr. Paulo de Bessa Antunes, professor de Direito Ambiental da UNIRIO, a medida foi “uma reação do governo federal ao crescente movimento dos estados com vistas a controlar a poluição em seus territórios.” Assim, a Lei nº 6.938/81 integrou toda a atuação pública na esfera ambiental em um único sistema (SISNAMA), regido por políticas nacionais (PNMA) uniformes. A estrutura e os órgãos do SISNAMA O SISNAMA é composto pelos “órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental” (art. 6º da Lei 6.938/81). Neste sistema, os órgãos federais são majoritariamente responsáveis por editar normas gerais (como a PNMA), coordenar, supervisionar e executar a proteção ambiental no país. Os órgãos estaduais e municipais realizam as mesmas funções, porém de forma complementar e em seus respectivos territórios. Ou seja, estados e municípios podem editar normas ambientais e executá-las, contanto que elas não contrariem as normas federais, no caso dos estados, e as normas federais e estaduais, no caso dos municípios A estrutura do SISNAMA foi assim definida pela Lei 6.938/81, conforme pode ser visto no esquema abaixo: http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29 http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29 http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29 Órgão Superior: Conselho de Governo Idealizado como a cabeça do sistema, este órgão colegiado seria composto por todos os ministros do Poder Executivo Federal e teria a função de assessorar o Presidente da República na formulação da Política Nacional e outras diretrizes nacionais concernentes ao meio ambiente. Este conselho não existe hoje de facto, embora esteja previsto na legislação [2]. Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Originalmente, o CONAMA, como órgão deliberativo e consultivo do Governo, teria a função de propor normas e diretrizes ao Conselho de Governo. Com a ausência prática do órgão superior, o CONAMA assumiu sua função, publicando diretamente normas, padrões e regulações gerais sobre o meio ambiente para todo o país. José Afonso da Silva, constitucionalista brasileiro, chegou a definir o SISNAMA como um conjunto de órgãos coordenados pelo CONAMA [3]. Segundo a Lei 6.938/81, a finalidade do CONAMA é “assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida”. Veja também: o que diz o direito ambiental? Embora a função de propor normas tenha sido modificada, as outras permaneceram. O órgão tem a função de assessorar diretamente a Presidência da República (na falta do Conselho de Governo, que agiria como intermediário) em questões ambientais, o que implica a realização de relatórios, estudos e pesquisas nesse campo. https://www.politize.com.br/direito-ambiental/ https://www.politize.com.br/direito-ambiental/ As normas elaboradas pelo CONAMA são publicadas como Resoluções (espécie de ato administrativo). O órgão é sempre presidido pelo Secretário do Meio Ambiente (Lei 6.938/81, parágrafo único do art. 8º). Seu colegiado é formado por representantes de órgãos federais, estaduais, municipais, do setor empresarial e civil. Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA) Embora a Lei 6.938/81 tenha previsto como órgão central a Secretaria do Meio Ambiente (órgão extinto), esta função é hoje realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, criado em 1992. O art. 6º, III da Lei dispõe que sua finalidade, no sistema, é “planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente”. Cada estado da federação possui suas próprias entidades públicas de proteção ambiental, mas o Ministério do Meio Ambiente é o órgão central, o coordenador. O MMA, por isso, tem a função de planejar e elaborar políticas ambientais para todo o país, coordenando-as e supervisionando-as como órgão federal. Órgãos Executores: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Os órgãos responsáveis pela execução das normas das políticas ambientais são o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ambos vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. O IBAMA é sem dúvidas o órgão mais conhecido, sendo a referência da população quando o assunto é proteção ambiental. Isto porque, na figura dos seus agentes, ele se apresenta fisicamente para a aplicação da lei, a faceta mais proeminente de um órgão executor. Segundo a Lei nº 7.735/89, que criou o IBAMA, suas funções são exercer o poder de polícia ambiental e executar ações das políticas nacionais de meio ambiente. Para realizar estas funções, o órgão pode tanto fazer trabalho de campo (como fiscalizar e aplicar punições), como articular ações de órgãos estaduais e municipais. O IBAMA também tem as funções de propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental, e conceder licenciamentos e outras autorizações em casos previstos na legislação. Ao lado do IBAMA está o ICMBio, criado em 2007 pela Lei nº 11.516/2007. As funções de execução e implantação das políticas nacionais ambientais dos dois órgãos são muito parecidas. No entanto, o ICMBio está voltado para as Unidades de Conservação estatuídas pela União, como os Parques Nacionais e as Áreas de Proteção Ambiental. Nestas áreas, o ICMBio é o órgão responsável, principalmente, pela conservação, exploração turística, policiamento e outras atividades de implementação das políticas nacionais. http://www2.mma.gov.br/port/conama/ https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/ https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/ https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/ https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/ https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/ Órgãos Seccionais e Locais O SISNAMA, como já explicado, é um sistema nacional, composto de órgãos federais, estaduais e municipais. Os órgãos citados nos itens acima são os membros federais do sistema; estão no topo da hierarquia para estabelecer diretrizes, normas e fiscalizar. Os estados e municípios brasileiros têm autonomia para elaborar as próprias normas e programas ambientais. Porém, como a proteção ambiental brasileira é feita sob a coordenação de um sistema, eles atuam de forma complementar, atingindo apenas suas respectivas jurisdições, sem contrariar as normas federais. Os órgãos seccionais são as entidades estaduais e os órgãos locais são as entidades municipais. Os primeiros são responsáveis por executar programas, projetos, controlar e fiscalizar atividades capazes de provocar a degradação ambiental; os segundos por controlar e fiscalizar essas atividades.Cada um destes órgãos, sejam seccionais ou locais, só têm poder em seus respectivos territórios ou jurisdições. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente), por exemplo, é o órgão ambiental do Estado do Rio de Janeiro, responsável direto pela proteção dos recursos naturais do estado. Conceder licenciamentos de exploração, monitorar o uso e qualidade das águas, executar projetos de recuperação ambiental no território etc., são funções pertinentes ao órgão. O IAT (Instituto Água e Terra), outro órgão seccional, é o órgão ambiental do Paraná, e realiza as mesmas funções do Inep, mas no seu respectivo estado. A Sede (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) é órgão ambiental do município de Curitiba. A lógica é a mesma: as atividades ambientais, previstas na legislação, relativas ao território e à jurisdição curitibana são de responsabilidade da Sede. Todos estes órgãos compõem, também, o SISNAMA. Unidade 03 Unidade 01 / Tríplice punição do agente: responsabilidade civil, penal e administrativa Toda conduta em desconformidade com a Legislação Ambiental que cause degradação (dano) ao meio ambiente, sujeita o infrator a responsabilidade ambiental. Portanto, a denominada tríplice responsabilidade ambiental significa dizer que, pessoas físicas ou jurídicas causadoras de degradação, poderão ser condenadas na esfera Civil, Administrativa e Penal. Assim sendo, cada tipo de responsabilidade apresenta peculiaridades e requisitos próprios e emana efeitos nas respectivas áreas, assim, passamos a discorrer sobre cada uma delas. A Responsabilidade Civil, prevista no artigo 4º, inciso VII, da Lei nº 6.938/1981, é aquela que atribui ao agente a obrigação de reparar o dano ambiental causado por sua ação a fim de retornar o estado em que estava antes. Não sendo possível a reparação do dano ambiental o infrator poderá ser obrigado a ressarcir o prejuízo provocado, o que significa buscar a recuperação de áreas ambientais degradadas e/ou o pagamento de indenização com fins reparatórios. Destaca-se que, um dos mais utilizados instrumentos para tanto é a denominada Ação Civil Pública, disposta na Lei nº 7.347/1985. Importante frisar que, a responsabilidade civil por danos ambientais é objetiva, o que significa dizer que quem prejudica o meio ambiente tem o dever de repara-lo, independentemente da razão que o motivou a tanto, seja por negligência, imprudência ou imperícia. Nesse aspecto objetivo, a responsabilidade civil por dano ambiental é também solidária, na qual sendo mais de um o responsável pelo dano, todos responderão solidariamente, cabendo ao Ministério Público a escolha contra quem ingressar com possíveis demandas (um, alguns ou todos). Outra questão importante é que a responsabilidade civil ambiental acompanha o bem, ou seja, quem o adquire, mesmo não cometendo o dano ambiental, assume a obrigação de repará-lo. Por fim, ainda se verifica que, em razão de ser um direito fundamental e, portanto, indisponível, não há prazo para a pretensão à reparação civil decorrente dos danos ser exercida, de tal modo, poderão ser reclamados a qualquer tempo. Assim, ao adquirir um imóvel, seja ele rural ou urbano, o adquirente assume também o risco de passivos ambientais que pode ser responsabilizado a qualquer tempo. A Responsabilidade Administrativa é decorrente de infração a regramentos administrativos, sendo aquela apta a sujeitar o infrator às sanções de cunho administrativo, e a mais utilizada decorre do poder de polícia exercido pelos órgãos ambientais designados para as atividades de fiscalização, exemplo do poder de polícia são as atividades desempenhadas pelos agentes das Secretarias de Estado e Meio Ambiente (SEMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), que tem competência para elaborar e emitir um documento denominado auto de infração e consequentemente proceder a instauração do processo administrativo. Ao contrário da responsabilidade civil, essa responsabilização limita-se aos transgressores, somente podem ser aplicadas a quem efetivamente praticou a infração, exigindo-se a culpa e o dolo, e deriva de normas administrativas, atribuindo ao infrator determinada sanção de natureza administrativa. As infrações administrativas, podem ser punidas com as seguintes sanções: a) multa, exemplo: destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou servidão florestal, de domínio público ou privado, sem autorização prévia do órgão ambiental competente ou em desacordo com a concedida, onde o valor da multa é de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) por hectare ou fração; b) apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos objeto da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;c) embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;d) suspensão parcial ou total das atividades, esta suspensão é a mais gravosa das medidas punitivas, podendo ter a forma de suspensão temporária ou definitiva, entre outras infrações prevista artigo 3º, do Decreto nº 6.514/2008 e artigo 72, da Lei nº 9.605/1998. Salienta-se que, se o infrator cometer duas ou mais infrações, poderá ocorrer a cumulação das sanções administrativas, exemplo disso seria o autuado, receber na mesma oportunidade: auto de infração, termo de embargo e auto de apreensão, por estar cometendo, por exemplo, desmatamento ilegal em sua propriedade. Desse modo, o Poder Público, fazendo uso da fiscalização empreendida, assim como da sanção administrativa atribuída, atua também de forma preventiva, buscando evitar que danos maiores venham a ocorrer ao meio ambiente. E, além disso destaca que a tutela administrativa ambiental não visa apenas à repressão dos efetivos prejuízos ao meio ambiente, mas também tem o objetivo de reduzir as condutas potencialmente lesivas ao bem ambiental. Já a Responsabilidade Penal,também se limita aos transgressores, somente podem ser aplicadas a quem efetivamente praticou a infração, exigindo-se a culpa e o dolo, que aparece de uma conduta considerada crimes contra o meio ambiente, especificamente os previstos na Lei nº 9.605/1998, mas também no Código Penal, no Código Florestal, na Lei de Contravenções Penais, e nas Leis nº 6.453/1977 e nº 7.643/1987. Assim, todo aquele que contribui para os crimes ambientais responderá criminalmente, na medida da sua culpabilidade. Dentre os tipos das sanções penais pode-se mencionar como aplicáveis à pessoa física: a) prestação de serviços à comunidade, que consiste na atribuição de tarefas gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se possível; b) interdição temporária de direitos, que incide na proibição de contratar com o Poder Público, receber incentivos fiscais e outros benefícios, bem como participar de licitações, pelo prazo de 05 (cinco) anos, no caso de crimes dolosos, e de 03 (três) anos na hipótese de crimes culposos; c) suspensão parcial ou total de atividades quando não cumprem as determinações legais; d) prestação pecuniária que consiste no pagamento em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social; e e) recolhimento domiciliar, que baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença condenatória. Por outro lado, quanto às pessoas jurídicas, a legislação ambiental prevê as seguintes penas restritivas de direito: a) suspensão total ou parcial das atividades; b) interdição temporária de estabelecimento, obra ou atividade, aplicável nas hipóteses de funcionamento
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