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Direito Ambiental - Resumo - PDF

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Direito Ambiental 
Conteúdo 01 
 
Direito Ambiental: Conceito 
Para Miguel Reale (1973), em conhecida formulação, aduzia o que o direito é interação 
tridimensional de norma, fato e valor. 
“A integração de três elementos na experiência jurídica (o axiológico, o fático e o 
técnico-formal), revela-nos a precariedade de qualquer compreensão do Direito 
Isoladamente como fato, como valor ou como norma e de maneira especial, o equívoco 
de uma compreensão do Direito como pura forma, suscetível de albergar, com total 
indiferença, as infinitas possibilidades dos interesses humanos”. (Reale, 1993, p. 701-
702). 
O Direito Ambiental é portanto, a norma que baseada no fato ambiental e no valor ético 
ambiental, estabelece os mecanismos normativos capazes de disciplinar as atividades 
humanas em relação ao meio ambiente. 
 
Rodgers (1997, p. 1) 
“Direito Ambiental não é preocupado só com o ambiente natural, as condições físicas 
da terra, ar, água. Ele abraça também o ambiente humano, a saúde, o social e outras 
condições afetando o lugar do ser humano na terra”. 
A doutrina nacional de divide em duas correntes básicas: 
I) Uma que privilegia o chamado ambientalismo social ou socioambiental 
(SANTILLI, 2005), o socioambientalíssimo busca conciliar a convivência 
humana sobre toda população menos favorecidas com proteção de 
ambientes naturais. 
II) Outra mais voltada para o preservacionismo, esse já puxa para a vertente 
preservacionista tem uma visão de santuário das áreas protegidas e se 
encontra reunida em torno de grupo planeta verde com forte base de 
sustentação no Ministério Público. 
 
Direito Internacional do Meio Ambiente (DIMA) 
Assim como a questão Ambiental, o DIMA surgiu no século XX. Na proclamação de 
Direitos Humanos, no qual um ocorreu no Rio de Janeiro na proclamação a conferência 
afirma que o meio ambiente humano, possui dois aspectos do saber o 1º é o natural e o 
2º é o artificial, os dois são essenciais para que o ser humano desfrute de bem-estar e 
dos direitos humanos fundamentais para a própria vida. 
 
Tratados: 
Conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento (ECO-92) 
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada 
no Rio de Janeiro, entre os dias 3 e 14 de junho de 1992, teve por objetivo reafirmar a 
Declaração das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizado em 
Estocolmo, Suécia, no dia 16 de junho de 1972. Compareceram representantes de 117 
países, os quais aprovaram e firmaram vinte e sete princípios nesta conferência. 
 
Convenção – quadro sobre mudança climática – protocolo de Kioto 
O protocolo de Kioto pretendia reduzir a quantidade de poli cientes do ar atmosférico 
com a finalidade de combater o efeito estufa. 
(OBS: Ver os decretos nº 144 de 20 de junho de 2002 e o de nº 5.445 de 12 de maio de 
2005). 
Existe uma plataforma de Durban é que foi criado um documento em 2015, para que 
entre em vigor em 2020, que obrigará todas as nações a reduzirem gases do efeito 
estufa. Tal acordo só foi viável com a inserção da frase “Resultado acordado com força 
de lei”. Isso significa que os EUA, a China e outras nações estarão obrigadas a respeitar 
este futuro documento, não podendo mais ficar de fora como queria. 
Convenção sobre diversidade biológica – protocolo de Nagoya 
Esta convenção foi tratada na Conferência do Rio de Janeiro (ECO-92). Sua intenção 
constitui em criar mecanismo de proteção da diversidade ecológica e realizar a divisão 
dos seus benefícios de maneira justa e equitativa e estabelecer regras para o seu acesso 
e a transferência de tecnologia. Isso decorreu essencialmente por causa da 
transformação desse patrimônio em valor econômico. 
Agenda 21 
Cuida-se de um conjunto mais amplo e diversificado de diretrizes que, suceder-se dos 
vários capítulos, recorre frequentemente a outros textos das Nações Unidas, como os 
acimas citados. 
Esse documento foi firmado por diversos países na reunião da cúpula da terra, realizada 
no Rio de Janeiro, pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o 
Desenvolvimento (ECO-92) em 14 de junho de 1992. 
Cúpula Mundial sobre o desenvolvimento sustentável (RIO +10) 
A Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável, também conhecido por RIO 
+10, reúne-se na cidade de Johannesburgo, na África do Sul, em 26 de agosto de 4 de 
setembro de 2002. 
Transformando nosso mundo: A agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. 
A agenda 2030, traz 17 objetivos sustentáveis desdobrado em 169 metas 
O que são os Objetivos de desenvolvimento Sustentável da ONU 
Em 2015, 193 países membros das Nações Unidas adotam uma nova agenda de 
desenvolvimento sustentável e um acordo global sobre as mudanças climáticas. Agora 
no início de 2016, temos o objetivo de alcançar 169 metas dos ODS. 
 
 
 Modulo – 01 / Conteúdo 02 
 
Princípios do Direito Ambiental, Conceito e Funções 
 
Princípios do Direito Ambiental: 
Princípio da Prevenção 
Tem origem a partir da Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente Humano, de 1972. É uma soft norm (texto não obrigatório), resultado da 
primeira Conferência Internacional Ambiental, realizada na cidade de Estocolmo 
(Suécia). 
O Princípio da Prevenção foi estabelecido no Princípio 7 da Declaração citada acima, 
com a seguinte redação: 
Os Estados deverão tomar todas as medidas possíveis para impedir a poluição dos mares 
por substâncias que possam pôr em perigo a saúde do homem, os recursos vivos e a vida 
marinha, menosprezar as possibilidades de derramamento ou impedir outras utilizações 
legítimas do mar.” 
Perceba que o princípio possui como característica impedir a ocorrência da poluição. 
Para isso, o poder público necessita criar uma série de medidas a fim de prevenir a 
ocorrência do dano ambiental. No cenário brasileiro, temos como exemplo o Estudo de 
Impacto Ambiental, uma exigência do inciso IV do art. 225 da CF/1988. 
A importância do princípio se dá pelo dever de vigilância em prevenir a ocorrência de 
danos irreversíveis e transfronteiriços. Por isso, necessita da participação pública as 
tomadas de decisões. 
Princípio da Precaução 
Esse princípio pode ser considerado complementar ao da prevenção, que intervém na 
criação de medidas a fim de prevenir eventos que possam ocorrer. 
No princípio da precaução, o foco está para casos em que há ausência de evidências 
científicas que apontem com certeza a ocorrência de dano ambiental. Nesse caso, é 
necessário ter a prudência de criar mecanismos para precaver um eventual dano 
ambiental por conta de alguma interferência humana sobre o meio ambiente que é 
desconhecido. 
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o princípio se originou na Alemanha, na 
década de 1970, conhecido como Vorsorgeprinzip. Se consolidou nos demais países 
europeus em 20 anos (MMA, 2019). No direito internacional, surgiu através do Princípio 
15 da Declaração do Rio Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, de 1992. E diz que: 
Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deverá ser 
amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver 
ameaça de danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica absoluta não 
será utilizada como razão para o adiamento de medidas economicamente viáveis para 
prevenir a degradação ambiental.” 
De acordo com o princípio, são exigidas medidas para proteção ambiental a fim de 
proibir, temporária ou definitivamente, as atividades em questão. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225
O princípio da precaução é um documento sem obrigatoriedade aos Estados. Isso quer 
dizer que não é um Tratado ou Convenção Multilateral, mas um documento declaratório 
de pretensões dos Estados signatários. 
O princípio da precaução possui ampla aceitação jurídica, tanto que duas convenções 
internacionais (comefeito vinculante) foram ratificadas e promulgadas pelo Brasil. Isso 
ocorreu na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, de 9 de 
maio de 1992, em seu art. 3º. E também na Convenção da Diversidade Biológica, de 5 
de junho de 1992. 
Além das convenções internacionais ratificadas, o texto constitucional avaliza o princípio 
no art. 225, incisos IV e V do §1º. 
Princípio do Poluidor-Pagador 
Diferente dos princípios do direito ambiental citados anteriormente, este possui como 
característica identificar as externalidades causadas pela atividade econômica. Tal 
externalidade é inserida nos custos da atividade econômica a fim de mitigar os custos 
dos danos ambientais ao contribuinte. 
A majoração dos custos das externalidades funciona como uma ferramenta de indução 
da mudança de comportamento da atividade empresarial sem o uso da coação. No 
entanto, a mudança de comportamento é o fim que se busca, mediante a imputação 
pelo Estado, após o dano ambiental ter ocorrido. 
Um exemplo recente é o caso do rompimento da barragem de contenção da Vale na 
cidade de Brumadinho. Neste caso, foi imputada à empresa uma multa sobre os danos 
ambientais ocasionados. Também foi criado um plano de ação para modificar as formas 
de exploração dos minérios e da contenção dos resíduos não aproveitados. 
O Princípio teve origem como uma recomendação da Organização para a Cooperação e 
Desenvolvimento Económico, em 1972. O órgão é intergovernamental e reúne os países 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225
desenvolvidos para criar diretrizes econômicas e de governança administrativa para o 
aperfeiçoamento da gestão pública. 
(…) a OCDE que definiu pela primeira vez o princípio do poluidor-pagador numa 
recomendação adoptada em 1972. Segundo este texto – que não é vinculativo – as 
despesas relativas aos custos de prevenção e controle da poluição devem ser imputadas 
aos poluidores. O custo destas medidas deve se refletir no preço do produto cuja 
produção ou consumo provoca a poluição.” 
(tradução livre do francês de: BOISSON; MALJEAN-DUBOIS, 2010) 
A CF/88 reconhece o princípio no art. 225, §3º e foi adotado pelo direito brasileiro 
pela lei 6.938/81, de 31 de agosto de 1981. Ele aponta como uma das finalidades da 
Política Nacional do Meio Ambiente: 
A imposição ao usuário, da contribuição pela utilização dos recursos ambientais com fins 
econômicos e da imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou 
indenizar os danos causados.” 
Princípio do Desenvolvimento Sustentável 
Provavelmente seja o mais controverso dos princípios do direito ambiental devido ao 
seu alto grau de abstração, não obrigatoriedade, ou até mesmo se discute se é 
realmente um princípio ou um conceito. 
O conceito do princípio do desenvolvimento sustentável foi se construindo ao longo dos 
debates de Conferências Internacionais. Ganhou força a partir da Conferência do Rio, 
em 1992. Nessa ocasião, foi reconhecida a necessidade de assegurar o desenvolvimento 
sustentável ao longo de 12 dos 27 princípios fundamentais da Conferência. 
O desenvolvimento sustentável tem como premissa obter a integração dos objetivos 
econômicos, sociais e ambientais. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm
Por esses motivos, diversos autores, ainda que sem consenso, afirmam que há a 
necessidade de uma coalizão de diversos outros princípios procedimentais e 
substanciais estabelecidos pelas normas ambientais internacionais. Um exemplo é a 
Declaração do Rio e outros da mesma matéria: 
(…) Dessa maneira, para Birnie, Boyle e Reddgwell, os componentes jurídicos do 
desenvolvimento sustentável são o princípio da integração, o direito ao 
desenvolvimento, a utilização sustentável e a conservação dos recursos naturais, a 
igualdade inter e intra-geracional. Para os mesmos autores, constituem componentes 
procedimentais a obrigação de cooperar, a obrigação de avaliação de impacto 
ambiental, a participação pública. Para French, os princípios da integração, da utilização 
sustentável, da igualdade intra-geracional, e do direito ao desenvolvimento sustentável 
e da obrigação de cooperar consistem no cerne do alcance jurídico do desenvolvimento 
sustentável. Pela prática convencional, Sands considera quatro princípios, tais quais os 
da igualdade inter e intra-geracional, da utilização sustentável dos recursos naturais e o 
princípio da integração.” 
(PERUSO, 2013) 
Os objetivos do desenvolvimento sustentável devem prezar pela integração de 
ações empreendidas pelo Estado, empresas, ONGs e demais atores sociais. 
Casos reais 
Por exemplo, a construção de uma Usina Hidrelétrica. A obra deverá ter a participação 
de todas partes interessadas a fim de possibilitar a mitigação dos impactos sociais, 
econômicos e ambientais. Contudo, geralmente isso acarreta deslocamento de 
populações tradicionais, que têm prejudicados seus meios de subsistência. O 
deslocamento de trabalhadores ocasiona um impacto social substancial nas cidades do 
entorno do empreendimento, com poucos ganhos econômicos efetivos. 
Tais situações ocorreram recentemente durante a construção da Usina de Belo Monte, 
no Pará. E se repetiu nas Usinas de Santo Antônio e de Jirau, ambas em Rondônia. A 
título de exemplo, apenas sobre o caso Belo Monte tramitam ao todo 26 Ações Civis 
Públicas ingressadas pela Procuradoria Regional da República da 1ª Região no Estado do 
Pará. 
Contudo, alguns requisitos do desenvolvimento sustentável deixaram de ser atendidos 
de maneira eficiente. O acesso à informação pelas partes interessadas e a participação 
social mediante consulta prévia são alguns exemplos. 
Analisando as causas e consequências, tais como os custos econômicos para a 
recuperação dos impactos ambientais. Ou até mesmo custos sociais e institucionais para 
tramitar ações, tanto do Ministério Público, quanto do Poder Judiciário. É verossímil 
afirmar que custa menos tomar decisões baseadas em critérios de sustentabilidade do 
que lidar com as consequências quando se age no sentido oposto. 
O princípio do desenvolvimento sustentável no Brasil 
No âmbito nacional, o desenvolvimento sustentável foi previsto pela primeira vez na lei 
6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente). Dois artigos citam o princípio: 
Art. 2º 
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, 
condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e 
à proteção da dignidade da vida humana”. 
Art. 4º, inciso I 
A Política Nacional do Meio Ambiente visará à compatibilização do desenvolvimento 
econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio 
ecológico”. 
A CF/1988, de forma indireta. reconhece o desenvolvimento sustentável no inciso VI do 
art. 170 e caput do art. 225: 
(…)Art. 170 – A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre 
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da 
justiça social, observados os seguintes princípios: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm
https://www.aurum.com.br/blog/livre-iniciativa/
https://www.aurum.com.br/blog/livre-iniciativa/
VI – Defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o 
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e 
prestação; 
(…) 
Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Como já mencionei, em razão do seu grau de subjetividade, o desenvolvimento 
sustentável é um conceito que precisa ser integrado com outros requisitos.Isso quer 
dizer que funciona tanto como um princípio, quanto como uma meta a ser alcançada. 
Princípio da Participação Pública 
Tal princípio é a maneira em que se é possível propiciar ao público fazer parte nas 
tomadas de decisões do Estado em questões ambientais. Para tanto, é necessário 
primeiramente informar. Afinal, a informação constitui um elemento primordial na 
participação pública. 
A origem do Princípio da Participação Pública origem se deu no Princípio 10 da 
Declaração do Rio, que diz: 
A melhor maneira de tratar as questões ambientais é assegurar a participação, no nível 
apropriado, de todos os cidadãos interessados. No nível nacional, cada indivíduo terá 
acesso adequado às informações relativas ao meio ambiente de que disponham as 
autoridades públicas, inclusive informações acerca de materiais e atividades perigosas 
em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar dos processos decisórios. 
Os Estados irão facilitar e estimular a conscientização e a participação popular, 
colocando as informações à disposição de todos. Será proporcionado o acesso efetivo a 
mecanismos judiciais e administrativos, inclusive no que se refere à compensação e 
reparação de danos.” 
Posteriormente, foi editada a Convenção Aarhus, de 1998, na Dinamarca, que regula o 
direito à participação social no campo internacional. Muito embora seja uma convenção 
restrita à Comissão Econômica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), está aberta à 
adesão, aceitação ou aprovação pelos Estados por meio das organizações de integração 
econômica e regional. 
O processo de participação pública é uma ferramenta jurídica de fortalecimento da 
democracia participativa. Afinal, constitui uma autorização ao Estado após este prestar 
informações necessárias sobre o processo decisório de uma política pública. Neste caso, 
que implica em questões ambientais. 
De acordo com a Convenção Aarhus, o processo de participação pública se dá de três 
maneiras: 
▪ Acesso à informação 
▪ Participação Pública nas Tomadas de Decisões 
▪ Acesso à Justiça 
Na medida em que se descentralizam as tomadas de decisões em políticas públicas, os 
riscos de erros podem ser suavizados. Sem falar na possibilidade de dar voz às partes 
interessadas em dar continuidade, interromper e modificar as políticas públicas. De 
qualquer forma, sempre é possível recorrer ao poder judiciário caso não haja o devido 
acesso à informação e/ou à participação em políticas públicas ambientais. 
No Brasil, a participação pública na execução e elaboração de políticas ambientais 
acontece por meio das audiências públicas. A sociedade civil participa em órgãos 
colegiados, que formulam diretrizes, bem como acompanham a execução de políticas 
públicas. 
As audiências públicas são reguladas pelas Resoluções do CONAMA: 
▪ Resolução 001/1986, §2º, art. 11: Relatório de Impacto Ambiental 
▪ Resolução 003/1987: regula as audiências públicas em processos de 
licenciamento ambiental 
▪ Resolução 237/1997: art. 10, reconhece a audiência pública como uma etapa do 
licenciamento ambiental 
O estudo do impacto ambiental está constitucionalmente reconhecido no art. 225, §1º, 
do inciso IV. 
 
Princípios do direito ambiental e outras áreas 
Você viu acima que o direito ambiental foi construído a partir dos princípios do direito 
ambiental, fruto da construção jurídica do direito internacional ambiental. Um longo 
caminho surgiu nos debates diplomáticos acerca da necessidade de proteção 
ambiental. 
Os princípios do direito ambiental, assim como outras normativas deste ramo, vêm 
sendo cada vez mais compreendidos. Ao mesmo tempo, maior é a quantidade de atores 
interessados na elaboração das normas ambientais. Afinal, tal atividade possui 
características interdisciplinares. 
Nessas discussões, adentram outras áreas do direito, como o direito administrativo, 
o direito constitucional, direito civil e direito público. Sem falar de outros ramos de 
conhecimento, como engenharia, biologia, meteorologia, economia, urbanismo, 
sociologia e filosofia. 
Por esses motivos, é importante que o jurista esteja atento à complexidade do direito 
ambiental para não ficar restrito apenas ao conteúdo jurídico. A ideia é que ele amplie 
sua comunicação com outras áreas de conhecimento, mesmo de forma transversal. 
Princípio dos Direitos Humanos e Princípio do Desenvolvimento Sustentável 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm#art225
https://www.aurum.com.br/blog/areas-do-direito/
https://www.aurum.com.br/blog/direito-administrativo/
https://www.aurum.com.br/blog/direito-constitucional/
https://www.aurum.com.br/blog/direito-civil/
https://www.aurum.com.br/blog/direito-publico/
Princípios do Direito Humano 
O Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio tem berço no art. 225, caput da 
Constituição da República. Este princípio busca garantir a utilização contínua e sustentável 
dos recursos naturais que, apesar de poderem ser utilizados, carecem de proteção para que 
também estejam disponíveis às futuras gerações. Para tanto, é necessário que as atuais 
gerações tenham o direito de não serem postas em situações de total desarmonia 
ambiental. 
Temos o direito de viver em um ambiente sadio e livre de poluição sobre qualquer das 
formas, sem que sejamos postos diante de situações que acarretem prejuízos à qualidade 
de vida, em razão de posturas contrárias aos dogmas de preservação do meio ambiente. 
Trata-se de um dos mais importantes princípios do Direito Ambiental, tanto no âmbito 
nacional, como no internacional. Na Conferência do Rio, realizada em 1992 da Cidade do 
Rio de Janeiro, o Princípio do Direito Humano ao Meio Ambiente Sadio foi reconhecido 
como o direito dos seres humanos a uma vida saudável e produtiva, em harmonia com a 
natureza. 
O Princípio do Direito Humano Fundamental ao Meio Ambiente Sadio deve ser interpretado 
como a necessidade de o Estado focar suas ações em medidas de preservação, apenas 
acolhendo subsidiariamente outras medidas de repressão ou de recomposição dos 
prejuízos ambientais. 
Princípio do Desenvolvimento Sustentável 
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, 
sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades, 
conforme concedido no Relatório de Brundtland – “Nosso Futuro Comum” (Our Common 
Future), publicado em 1987. 
O princípio do desenvolvimento sustentável foi desenvolvido inicialmente na Conferência 
de Estocolmo de 1972, e repetido inúmeras vezes nas conferências mundiais que se 
sucederam, segundo o qual se baseia a noção da necessidade da coexistência harmônica do 
desenvolvimento econômico com os limites ambientais, para que estes não se esgotem, 
mas que fiquem preservados para as futuras gerações. 
Denota-se que, no art. 225, caput, do texto constitucional, está expresso: 
“Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” 
Princípio da Prevenção e Princípio da Precaução 
O objetivo do Princípio da Prevenção é o de impedir que ocorram danos ao meio ambiente, 
concretizando-se, portanto, pela adoção de cautelas, antes da efetiva execução de 
atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras de recursos naturais. 
Aplica-se o Princípio da Prevenção naquelas hipóteses onde os riscos são conhecidos e 
previsíveis, de modo a se exigir do responsável pela atividade impactante a adoção de 
providências visando, senão eliminar, minimizar os danos causados ao meio ambiente. 
É o caso, por exemplo, de atividade industrial que gere gases que contribuem para o efeito 
estufa. Tratando-se de riscos previamente conhecidos, antecipa-sea Administração Pública 
ao dano ambiental e impõe ao responsável pela atividade a utilização de equipamentos ou 
tecnologias mais eficientes visando a eliminação ou diminuição do lançamento daqueles 
gases na atmosfera. 
O Princípio da Precaução, por seu turno, possui âmbito de aplicação diverso, embora o 
objetivo seja idêntico ao do Princípio da Prevenção, qual seja, antecipar-se à ocorrência das 
agressões ambientais. 
Enquanto o Princípio da Prevenção impõe medidas acautelatórias para aquelas atividades 
cujos riscos são conhecidos e previsíveis, o Princípio da Precaução encontra terreno fértil 
nas hipóteses em que os riscos são desconhecidos e imprevisíveis, impondo à Administração 
Pública um comportamento muito mais restritivo quanto às atribuições de fiscalização e de 
licenciamento das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais. 
Princípio do Poluidor Pagador 
O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido como sendo um instrumento 
econômico e ambiental, que exige do poluidor, uma vez identificado, suportar os custos das 
medidas preventivas e/ou das medidas cabíveis para, senão a eliminação, pelo menos a 
neutralização dos danos ambientais. 
É oportuno detalhar que este princípio não permite a poluição e nem pagar para poluir. Pelo 
contrário, procura assegurar a reparação econômica de um dano ambiental quando não for 
possível evitar o dano ao meio ambiente, através das medidas de precaução. 
Desta forma, o princípio do poluidor-pagador não se reduz à finalidade de somente 
compensar o dano ao meio ambiente, deve também englobar os custos necessários para a 
precaução e prevenção dos danos, assim como sua adequada repressão. 
Princípio democrático ou da participação Direito Ambiental 
O princípio democrático no Direito Ambiental atribui ao cidadão o direito à informação 
e participação, mediante audiências públicas, ação popular, ação civil pública, órgãos 
colegiados etc., da elaboração de políticas pública de preservação ambiental, 
assegurando aos mesmos o acesso aos meios judiciais, legislativos e administrativos 
que tutelam o meio ambiente. (art. 225 da CRFB) 
Princípios da Prevenção e da Precaução Direito Ambiental 
O Princípio da Prevenção no Direito Ambiental é conceituado como a importância da 
prevenção ambiental a fim de evitar quaisquer danos ao meio, visto que “uma vez ocorrido 
qualquer dano ambiental, sua reparação efetiva é praticamente impossível”. 
Seu objetivo é chamar o apoio da sociedade e do Poder Público para evitar a degradação 
ambiental. 
Devemos estar cientes de que praticamente todo dano ambiental traz consequências muito 
complicadas de se reparar. A natureza depende de um processo de profundo equilíbrio, por 
isso, qualquer fator modificador num ecossistema é capaz de afetar uma cadeia inteira da 
fauna e da flora. Quando a barragem de Mariana e a barragem de Brumadinho se 
romperam, muitos danos causados nos arredores foram irremediáveis. 
Por mais que ambas empresas tenham entrado em ação para sanar todo o mal causado às 
regiões afetadas, muita coisa não voltará a ser como antes, nunca mais. 
Embora seja um assunto de suma importância, a Constituição Brasileira só passou a abordar 
o Direito Ambiental de maneira mais específica a partir de sua versão de 1988. Até então, 
os artigos sobre o assunto eram extremamente vagos ou apenas beneficiavam o meio 
ambiente de maneira indireta. 
A Constituição de 1988, felizmente, é bem mais detalhada no interesse de proteger o meio 
em que vivemos. No art. 225, por exemplo, é imposta à coletividade e ao Poder Público “o 
dever de proteger e preservar o equilíbrio ecológico para as presentes e futuras gerações”. 
Note que o texto reforça o caráter preventivo, que é justamente a medida mais eficaz no 
que diz respeito ao meio ambiente. 
Quando falamos de atividades industriais e afins, o princípio da prevenção determina muito 
claramente que, uma vez que houver certeza de que determinada atividade causará dano 
ambiental, as medidas a fim de evitar ou reduzir os danos previstos são obrigatórias. 
A análise da potencialidade de danos ao meio ambiente sempre deve ser realizada de 
maneira científica a partir de um estudo de impacto ambiental. Inclusive, quando bem 
executado, esse tipo de estudo se revela extremamente preciso em suas respostas sobre 
possíveis danos ao meio ambiente. 
O Princípio da Precaução 
Embora semanticamente precaução e prevenção sejam conceitos parecidos, 
juridicamente, são princípios distintos, pois há uma diferença fundamental entre o que se é 
pretendido por meio de um e de outro. 
O princípio da precaução antecede a prevenção: a questão principal não é apenas evitar o 
dano ambiental, mas sim evitar qualquer risco de dano ao meio ambiente. Ou seja: se há a 
noção de que determinada atividade seja passível de causar danos ao meio ambiente, o 
https://www.verdeghaia.com.br/blog/tragedia-de-brumadinho-por-deivison-pedroza/
https://www.verdeghaia.com.br/blog/sustentabilidade-e-escassez-recursos-naturais/
https://www.verdeghaia.com.br/blog/
https://www.verdeghaia.com.br/blog/
princípio da precaução entrará em cena, impedindo assim o desenvolvimento da citada 
atividade. 
O princípio da precaução se faz presente principalmente naqueles casos em que não 
podemos ter a certeza científica se um empreendimento é mesmo capaz de causar algum 
dano ambiental. A intenção não é apenas evitar os danos que já sabemos que podem 
ocorrer (prevenção), mas evitar qualquer risco de que tais danos possam ocorrer 
(precaução). 
Inclusive, na declaração de princípios da Conferência das Nações Unidas realizada no Rio de 
Janeiro, a famosa Eco 92, o Princípio da Precaução se fez presente dentre as medidas 
citadas como essenciais para a preservação ambiental. 
Foi dito que: “de modo a proteger o meio ambiente, o princípio da precaução deve ser 
amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver 
ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve 
ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para 
prevenir a degradação ambiental”. 
Se os responsáveis por uma organização desejarem prosseguir com a atividade 
potencialmente perigosa mesmo assim, devem provar aos órgãos de proteção ambiental 
que aquele projeto não apresenta qualquer tipo de risco. 
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) já compreende que “aquele a quem se imputa um dano 
ambiental (efetivo ou potencial) deve ser o responsável por arcar com o ônus de provar que 
sua atividade na verdade não configura nenhum tipo de risco ambiental”. 
Isto se dá porque no caso da incerteza em relação ao dano, fica muito mais complicado para 
as autoridades atuarem na simples liberação ou proibição das atividades, sendo assim, o 
ônus da prova é sempre daquele que exercerá a atividade. 
Obviamente, se algum dano vier a ocorrer, a empresa responsável terá de arcar com multas 
altíssimas, pois o Princípio da Precaução também funciona como uma espécie de alerta às 
empresas, uma espécie de chance de não prosseguir com uma atividade incerta ou 
potencialmente perigosa. 
Estudo de Impacto Ambiental 
A melhor maneira de determinar os riscos de sua atividade é realizando um estudo de 
impacto ambiental, que nada mais é do que um relatório técnico no qual são avaliadas todas 
as consequências de determinada atividade para o meio ambiente. 
O documento envolverá uma série de análises da região onde as atividades pretendidas 
serão implementadas, tais como identificação e inventário das espécies animais e vegetais 
locais, identificação do mapa hidrográfico, identificação e inventário dos ecossistemas, 
planejamentos ambientais e muito mais. 
Num estudo de impacto ambiental a empresa vai poder identificar e avaliar de maneira 
totalmente técnica os impactos que determinado projeto podem causar ao meio ambiente 
da região, bem comoapresentar medidas mitigadoras. Este relatório inclusive será 
responsável por determinar quais atividades precisam ser abordadas sob o Princípio da 
Prevenção e quais precisam ser abordadas sob o Princípio da Precaução. 
O estudo de impacto ambiental muitas vezes também será determinante para que a 
empresa receba o sinal verde de órgãos competentes para o exercício de suas atividades. 
Princípios da Prevenção e da Precaução Princípio do Limite 
O princípio do limite visa fixar parâmetros mínimos a serem observados em casos como 
emissões de partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e 
líquidos, dentre outros, visando sempre promover o desenvolvimento sustentável. 
É preciso que o Poder Judiciário recorra efetivamente aos princípios jurídicos, e em 
especial aos princípios do Direito Ambiental, com o objetivo de harmonizar a legislação 
ambiental e de garantir o direito humano fundamental ao meio ambiente 
ecologicamente equilibrado. 
Princípio do Poluidor Pagador, Usuário Pagador, Protetor recebedor 
A base do poluidor-pagador é um princípio normativo de caráter econômico, tendo em 
vista que imputa ao poluidor os custos relacionados a uma atividade poluente. Portanto, 
https://www.verdeghaia.com.br/blog/iso-14001-sistema-de-gestao-ambiental/
https://www.verdeghaia.com.br/blog/como-implantar-gestao-ambiental-na-organizacao/
o princípio de poluidor-pagador consiste na obrigação do poluidor de arcar com os 
custos da reparação do dano por ele causado ao meio ambiente. 
O princípio do protetor-recebedor, inaugurada na legislação ambiental, estabelece uma 
lógica inversa ao princípio do poluidor-pagador. Esse princípio, introduzido na legislação 
ambiental, propõe a ideia central de remunerar todo aquele que, de uma forma ou de 
outra, deixou de explorar os recursos naturais que eram seus, em benefício do meio 
ambiente e da coletividade, ou que tenha promovido alguma coisa com o propósito 
socioambiental. 
Este princípio poderá servir para remunerar como, por exemplo, àquelas pessoas que 
preservaram voluntariamente uma floresta, ou até mesmo mantiveram intactas suas 
reservas legais ou áreas de preservação permanente. 
É de conhecimento que, tais iniciativas contribuem para minimizar o aquecimento 
global. Então, nada mais justo que remunerar diretamente essas pessoas pelos serviços 
prestados para a proteção dos recursos minerais, evitando a exploração dentro do 
possível. 
Princípio do não retrocesso ou proibição do retrocesso 
Ingo W. Sarlet, o princípio da proibição de retrocesso social significaria “toda e qualquer 
forma de proteção de direitos fundamentais em face de medidas do poder público, com 
destaque para o legislador e o administrador, que tenham por escopo a supressão ou 
mesmo restrição de direitos fundamentais (sejam eles sociais, ou não)”[3]. Podemos 
considerá-lo, portanto, como um direito constitucional de resistência que se opõe à 
margem de conformação do legislador quanto à reversibilidade de leis concessivas de 
benefícios sociais. 
Princípio da Responsabilidade Socioambiental 
Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que uma empresa, ou 
organização tem com a sociedade e com o meio ambiente além das obrigações legais e 
econômicas. 
Refere-se aos problemas e processos sociais, tendo em conta sua relação com o meio 
ambiente: desenvolvimento socioambiental. Relação da sociedade com o meio 
ambiente. Responsabilidade dos indivíduos por suas ações que afetam o ambiente. 
Princípio da Senciência direito ambiental 
A senciência animal pode ser definida como a capacidade de animais não humanos, 
através substratos físicos e mentais, expressarem sentimentos como alegria, tristeza, 
medo, por exemplo. Tal característica animal permite que estes compreendam o meio 
que os cerca e sofram de forma física e mental. 
 
 
https://www.conjur.com.br/2015-abr-11/observatorio-constitucional-proibicao-retrocesso-social-pauta-stf#_ftn3
 Modulo 01 / conteúdo 03 
Tutela constitucional do meio ambiente. Competências constitucionais em matéria 
ambiental. Critério de repartição de competência. Classificação de competência 
 
EcoSenado relembra os 20 Anos da Constituição 
Trata da importância da Constituição de 1988 para a formação do Direito Ambiental 
brasileiro. Por meio desse documentário dos 20 anos da Constituição podemos verificar 
a tutela do meio ambiente e a importância da sociedade no combate aos danos 
causados a ele. O vídeo também possibilita que você se aproxime dos marcos históricos 
da Constituição em matéria ambiental e verifique como foi o desenvolvimento das leis 
ambientais nos últimos anos. 
https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado 
Art. 225 da CRFB 
Critérios de repartição de competências (competência legislativa e material) 
O tema de repartição de competência fica inserido no capítulo II 
da constituição (CFRB/88) nos artigos 22 a 24. 
A repartição de competência na constituição de 1988 aborda as competências 
Legislativa (para legislar), é o material (de cunho administrativo). 
No âmbito da competência material (administrativa), e possível perceber dois tipos de 
competência a exclusiva (art. 21), e a comum (art. 23). Na competência exclusiva fica a 
cargo da união matérias de relevante valor ao estado-nação como manter relações com 
estados estrangeiros, declarar guerra, emitir moeda, dentre outros dispostos no artigo 
21, vale ressaltar que a competência exclusiva da união é INDELEGÁVEL, sendo vedada 
sua delegação para qualquer outro membro da federação. 
Exemplificado de forma objetiva a competência exclusiva da união, não seria possível o 
estado ao estado de Minas Gerais criar sua própria moeda pois se assim o fizesse estaria 
de forma objetiva ferindo a competência da união, concorrendo assim em uma 
inconstitucionalidade, porque só compete à união de forma exclusiva emitir moeda (art. 
21, inc. VII). 
Competência comum, da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal são 
as definidas no artigo 23, e elenca em seus 12 incisos, são as que abordam questões 
pertinentes locais, mais com relevado interesse coletivo nacional, aja vista que faz frente 
ao interesse público. A título de exemplo cabe citar uma competência comum de 
relevante interesse coletivo que está definida no artigo 23, inciso primeiro (in texts). 
https://www12.senado.leg.br/tv/programas/ecosenado
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10639039/artigo-22-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638933/artigo-24-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
(in texts) Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar 
o patrimônio público; 
É possível perceber que não compete tão somente a União guarda as leis e 
a constituição, mais sim a todos os entes da federação, haja vista que está matéria e de 
interesse coletivo, outras matérias de interesse geral como já citado estão dispostos nos 
incisos do artigo 23 da CF. 
Competência Legislativa 
A competência Legislativa, nada mais é a competência para legislar sobre determinadas 
matérias, fica assim divididas em competência privativa (art. 22), concorrente (art. 24), 
suplementar (art. 24 § 2º) e reservada (art. 25). 
Ao contrário da exclusiva, a competência privativa da união pode 
ser delegada atendendo os requisitos descritos no parágrafo único do artigo 22 (in 
texts), pelo qual permite a união dispor de matérias privativas da sua competência para 
os estados e o Distrito federal através de Lei Complementar. 
(in texts) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
Na concorrente (art. 24) é compartilhada a competência entre União, os Estados-
membros e o Distrito Federal, nesta a união se limita a estabelecer apenas normas gerais 
(art. 24 § 1º), e os demais entes federados normas especiais. Caso a união não crie lei 
federal acerca das normas gerais, poderá o Estado criar tais normas exercendo a 
competência legislativa plena (art. 24 § 3º), mais caso ocorra a superveniência de lei 
federal sobre as normas gerais, suspendera a eficácia de lei estadual no que lhe for 
contrário (art. 24 § 4º), seguindo assim o princípio da hierarquia das normas. 
Se, todavia, inexistem as normas gerais editadas pela União, pode o Estado, exercendo 
a chamada competência supletiva. (Manoel Gonçalves. 2015. P. 83), está definição dada 
por Manoel Gonçalves Ferreira Filho, trata da competência supletiva, do qual faz 
referência a inercia do estado, a qual não impossibilita que os outros entes 
federativos não legislem sobre matérias de caráter geral. 
A competência reservada e por sua vez atribuída aos Estados-membros e ao Distrito 
Federal, conforme mencionado no parágrafo primeiro do artigo 23da CF, no qual 
reserva aos Estados as competências que a constituição não vedada, a exemplo e 
possível citar que não compete a União e não e vedado ao Estado a criação, extinção e 
fixação de cargos públicos estaduais, sendo assim pode o Estado usando sua 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638993/artigo-23-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638993/artigo-23-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
competência reservada promover sem autorização ou interferência da união os 
certames públicos que achar necessário. 
 
A importância de cada ente federativo na manutenção do meio ambiente 
ecologicamente equilibrado 
Para evitar duplicidade de esforços e alcançar sucesso no combate à poluição e na 
preservação da fauna e a flora, os entes da Federação devem atuar em conjunto, 
respeitando limites de atuação de cada um. 
Licenciamento ambiental 
Antes da instalação de empreendimento ou atividade que possa causar danos ao meio 
ambiente, os responsáveis precisam solicitar o licenciamento ambiental ao ente 
responsável. Para definir se a responsabilidade é da União, estado ou município, 
existem critérios como a localização do empreendimento e tipo de atividade 
desempenhada, além da titularidade dos bens coletivos que serão afetados. 
União 
Responsável por formular e executar a Política Nacional do Meio Ambiente nos 
âmbitos nacional e internacional. Além disso, é dever da União controlar a produção 
e comercialização de substâncias que possam causar risco ao meio ambiente e 
elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional. 
A União também emite o licenciamento ambiental – por meio do Ibama – de 
empreendimentos e atividades localizados ou desenvolvidos em conjunto com países 
vizinhos, no mar territorial, na plataforma continental, em terras indígenas, de caráter 
militar, ou desenvolvidos por dois ou mais estados, além das atividades que envolvam 
material radioativo. 
=> Para mais informações sobre execução dos recursos federais na área ambiental 
acesse o Portal da Transparência 
 
Estados 
Seu dever é executar, no âmbito estadual, a Política Nacional do Meio Ambiente e 
promover a integração de programas e ações de órgãos e entidades públicas 
relacionados à proteção e à gestão ambiental. Também é atribuição estadual o 
zoneamento ambiental dos seus territórios e de seus patrimônios ambientais a serem 
especialmente protegidos. 
Ficam também com os estados o licenciamento das atividades e empreendimento 
localizados ou desenvolvidos em unidades de Conservação instituídas por eles, exceto 
em Áreas de Proteção Ambiental. Também têm autoridade para aprovar o manejo e a 
supressão de vegetação em florestas públicas ou unidades de conservação estaduais, 
e em atividades ou empreendimento licenciados ou autorizados ambientalmente por 
cada estado. 
http://www.diretivanacional.com.br/
http://www.portaldatranparencia.gov.br/
http://www.portaldatranparencia.gov.br/
http://www.diretivanacional.com.br/
=> Acesse mais informações sobre a gestão do meio ambiente em nível estadual 
 
Municípios são responsáveis pela elaboração do Plano Diretor 
Aos municípios são responsáveis pelo cumprimento das políticas nacional e estadual 
de Meio Ambiente. Eles também são responsáveis por elaborar o Plano Diretor 
observando zoneamentos ambientais, e definir espaços territoriais a serem 
especialmente protegidos pelo município. 
Também são responsáveis por emitir licenciamento ambiental nos casos de atividades 
ou empreendimentos que possam causar impacto de abrangência local e localizados 
em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em áreas de proteção 
ambiental. 
Por fim, governos municipais aprovam o manejo e a supressão de vegetação, de 
florestas e formações sucessoras em florestas públicas municipais ou unidades de 
conservação, e em atividades ou empreendimento licenciados ou autorizados 
ambientalmente pela prefeitura. 
=> Acesse mais informações em nível municipal 
 
Distrito Federal 
Em relação ao Distrito Federal (DF) as competências estaduais e municipais são 
acumuladas. Quanto ao licenciamento ambiental, o DF emite o licenciamento 
ambiental nos casos de atividades ou empreendimentos que possam causar impacto 
de abrangência local e os localizados em unidades de conservação instituídas por ele, 
com exceção das áreas de proteção ambiental. 
=> Para mais informações acesse: http://www.semarh.df.gov.br/ 
- Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama): Órgão Consultivo e Deliberativo- 
Ministério do Meio Ambiente: órgão central- Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e 
dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama): órgão executor- Órgãos Seccionais: órgãos 
ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo 
controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental. Um 
exemplo é a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).- Órgãos Locais: 
órgãos ou entidades municipais – como as Secretarias de Meio Ambiente das 
prefeituras – que são responsáveis pelo controle e fiscalização das atividades 
ambientais, nas suas respectivas áreas de abrangência. 
 
 
A competência dos municípios em matéria ambiental na constituição federal de 1988 
(baixado PDF, sobre o tema) 
Qualidade ambiental 
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp%20140-2011?OpenDocument
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lcp%20140-2011?OpenDocument
http://www.semarh.df.gov.br/
http://www.mma.gov.br/port/conama/
http://http:0/www.ibama.gov.br/
http://http:0/www.ibama.gov.br/
A qualidade ambiental refere-se aos estudos das variações no meio ecológico e social, 
que afetam o bem-estar dos seres vivos, em especial dos seres humanos. Esse termo é 
utilizado para caracterizar as condições ambientais segundo normas e padrões pré-
estabelecidos. Sua manutenção e a difusão de sua importância para a preservação da 
vida são extremamente relevantes na sociedade contemporânea.No Brasil o controle ambiental é implementado através de programas e ações que 
buscam reduzir o impacto negativo sobre os meios físicos, biológicos, sociais e 
econômicos, promovendo uma melhor qualidade de vida para a população. O controle 
da qualidade ambiental brasileira é de competência do Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que vinculado ao Ministério do 
Meio Ambiente possui, entre outras funções, o dever de propor e editar normas e 
padrões de qualidade ambiental. 
Entre os programas e projetos implementados com essa finalidade encontram-se o 
Programa Boas Práticas de Laboratórios (BPL), o Programa de Recursos Hídricos, o 
Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos, o Projeto de Gerenciamento e 
Avaliação de Substâncias Químicas, o Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro e 
o Projeto de Mineração e Meio Ambiente. 
O BPL é um programa que visa o credenciamento de laboratórios que realizam estudos 
ambientais. Trata-se de um sistema da qualidade que diz respeito à organização e às 
condições sob as quais estudos em laboratórios e campo são planejados, realizados, 
monitorados, registrados, relatados e arquivados. o Programa de Recursos Hídricos, por 
sua vez, atua sob a forma de ações no monitoramento da qualidade da água no país. 
O Programa de Gerenciamento de Resíduos Perigosos tem como objetivo disciplinar em 
todo território nacional a produção, transporte, reaproveitamento, comercialização, 
disposição final, importação para reciclagem e exportação desses resíduos, classificados 
como todos aqueles que, provenientes da indústria, são inflamáveis, corrosivos, 
reativos, tóxicos e passíveis de causar doenças. Já o Projeto de Gerenciamento e 
Avaliação de Substâncias Químicas visa realizar estudos e formular propostas e 
estratégias de estabelecimento de ações mais eficazes para o controle das fontes de 
contaminação ambiental de substâncias químicas, priorizando agrotóxicos, 
preservativos de madeira e produtos químicos perigosos. 
Ao Programa Nacional do Gerenciamento Costeiro compete reduzir a progressiva 
deterioração do Meio Ambiente ao longo do litoral brasileiro. Para tanto, estabelece 
parâmetros técnicos e instrumentos que orientem o uso e a ocupação da Zona Costeira, 
promovendo um ambiente socialmente justo, econômico e ecologicamente viável. Por 
fim, o Projeto de Mineração e Meio Ambiente visa estabelecer estratégias e 
proporcionar a realização das atividades de extração mineral, sem comprometer a 
qualidade ambiental, aplicando o conceito de aproveitamento sustentado e integrado 
do recurso natural. 
A importância da Política Nacional do Meio Ambiente para a legislação Brasileira 
https://biomania.com.br/artigo/meio-ambiente
A Política Nacional de Meio Ambiente é regulamentada pela Lei nº 6.938, de 31 agosto 
de 1981. 
A Política estabelece diretrizes e instrumentos que orientam as empresas nas melhores 
práticas para o gerenciamento de atividades que de alguma forma interferem no meio 
ambiente. 
Os objetivos da PNMA são preservação, melhoria e recuperação da qualidade 
ambiental. 
A lei busca assegurar à população condições propícia para seu desenvolvimento social e 
econômico. 
A Política é a referência mais importante de proteção ambiental, principalmente com o 
avanço industrial que, consequentemente, aumentou o uso de recursos naturais 
e geração de resíduos. Através desta lei os órgãos ambientais limitam e fiscalizam a 
atuação das empresas, fazendo com que a exploração do meio ambiente ocorra em 
condições propícias à vida e à qualidade de vida. 
Ela surgiu para garantir o direito de todos ao meio ambiente ecologicamente 
equilibrado, como prevê o princípio matriz contido no art. 225 da Constituição Federal. 
Objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente 
 
A Política Nacional do Meio Ambiente tem o objetivo de: 
• conciliar o desenvolvimento econômico e social com a preservação da 
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico; 
• definir áreas prioritárias de ação governamental relativa à preservação 
ambiental; 
• estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas 
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais; 
• desenvolver tecnologias para o uso racional de recursos ambientais; 
• divulgar tecnologias de manejo do meio ambiente; 
• divulgar dados e informações ambientais; 
• formar uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da 
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico; 
• preservar e restaurar os recursos ambientais através da utilização racional 
dos recursos naturais; 
• impor ao poluidor e ao predador a obrigação de recuperar e/ou indenizar 
os danos causados; 
• impor aos usuários uma contribuição pela utilização de recursos ambientais 
com fins econômicos. 
Instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente 
Para que os objetivos da PNMA serem atingidos, devem ser orientados por princípios, 
conforme descrito a seguir: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6938.htm
https://www.vgresiduos.com.br/blog/veja-as-melhores-praticas-no-controle-de-geracao-de-residuos/
Padrões ambientais 
A lei determina que sejam definidos os padrões ambientais, que estabelecem limites 
relativos ao uso e manejo de recursos. Esses padrões são ditados pelo Conselho Nacional 
do Meio Ambiente - CONAMA. Como, por exemplo, a resolução 490, que estabelece 
exigências para o controle de emissões de gases poluentes e de ruídos para veículos 
automotores pesados. E a resolução 491 dispõe sobre padrões de qualidade do ar. 
Zoneamento ambiental 
Princípio que visa a organização territorial, planejamento eficiente do uso do solo e 
efetiva gestão ambiental. Esse zoneamento pode ser federal, estadual e municipal. O 
zoneamento também é previsto na Lei nº10.257/01(Estatuto das Cidades) e na 
Constituição Federal. 
Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) 
A lei determina que seja realizado um estudo prévio à instalação de um 
empreendimento ou atividade que gere um impacto ambiental significativo. A avaliação 
AIA está definida na Resolução CONAMA n.º 237. 
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
A lei determina que seja realizada uma avaliação ampla e completa dos impactos 
ambientais e propor as medidas mitigadoras correspondentes. O Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) foi instituído através da Resolução CONAMA 001/86. 
Licenciamento ambiental 
A empresa deve buscar o licenciamento ambiental. O licenciamento é um procedimento 
administrativo no qual ao SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) compete a 
licença e localização, instalação, ampliação e a operação de atividades utilizadoras de 
recursos ambientais. A Resolução CONAMA 237/97 apresenta uma relação de 
atividades ou empreendimento sujeitos ao licenciamento ambiental. 
Auditoria ambiental 
A lei determina os critérios de como o processo de verificação nas organizações 
ocorrerão e se eles cumprem a lei. O objetivo da auditoria ambiental é verificar se a 
conduta ambiental atende a um conjunto de critérios específicos. 
Criação de reservas e estações ecológicas 
As áreas de proteção ambiental e de relevante interesse ecológico determinado pelo 
poder público. 
Penalidades ao não cumprimento das condutas necessárias à preservação ou correção 
da degradação ambiental A Lei 9.605/98 dispõe sobre as sanções penais e 
administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/
https://www.vgresiduos.com.br/blog/como-novas-resolucoes-do-conama-de-nov18-podem-afetar-seu-negocio/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10257.htm
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html
http://www2.mma.gov.br/port/conama/res/res97/res23797.html
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9605.htm
Cadastro Técnico Federal 
 Cadastro de atividades potencialmente poluidoras ou que se utilizam de recursos 
naturais. 
A importânciada gestão de resíduos para PNMA 
A gestão de resíduos foi estabelecida através da lei 12.305/10 – Política Nacional de 
Resíduos Sólidos. A PNRS dispõe sobre os princípios, objetivos e instrumentos para uma 
gestão adequada dos resíduos gerados pelas empresas. 
A gestão de resíduos objetiva a proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, a 
não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem 
como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Além do estímulo à 
adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços. Esses 
objetivos e princípios estão relacionados aos princípios da lei 6.931/81. 
A PNMA compartilha com a gestão de resíduos os mesmo conceitos. Para tanto, uma 
gestão de resíduos adequada contribui para que a empresa possa comprovar que realiza 
práticas de preservação ambiental. 
A gestão de resíduos é uma forma eficiente de preservação dos recursos naturais, fonte 
de renda para catadores e de incentivos para a sociedade. 
Como a PNMA busca tornar favorável a vida através de seus instrumentos, além de 
assegurar à população condições propícias para seu desenvolvimento social e 
econômico. 
Como a gestão ambiental ajuda no cumprimento da PNMA? 
A gestão ambiental vem se tornando um grande aliado das empresas que buscam 
manter seus processos, aspectos e impacto ambiental sobre controle. 
Através dela a organização obtém melhores oportunidades de negócios, melhora a sua 
imagem e a administração de recursos energéticos e materiais, reduz riscos, acidentes 
ambientais e gastos desnecessários. Além disso, cumpre com a legislação ambiental. 
A empresa que deseja se manter competitiva no cenário atual, no qual o consumidor e 
investidores procurem empresas sustentáveis, precisa adotar práticas ecologicamente 
corretas. 
Como um software de gestão contribui para uma cumprir a PNMA? 
O uso de um software especializado em gestão pode ser o ideal para a empresa 
controlar os principais aspectos de desempenho, o cumprimento da lei ambiental, a 
redução dos impactos ambientais, entre outros. 
Com o software é possível o controle total de todos os processos de gestão ambiental, 
eliminando as antigas planilhas de Excel, licenças em PDF e documentos em Word. 
https://www.vgresiduos.com.br/blog/qual-necessidade-de-registro-no-ctf-aida-para-empresas-que-coletam-efluentes/
https://www.vgresiduos.com.br/blog/software-especializado-de-gestao-de-residuos/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
https://www.vgresiduos.com.br/gerenciamento-de-residuos/
Pensando nisso a VG Resíduos desenvolveu um software em que todos os envolvidos na 
gestão ambiental podem trabalhar de forma sistematizada e organizada, aumentando a 
eficácia da gestão. 
Os acompanhamentos podem ser feitos em um ambiente totalmente virtual. 
Possibilitando assim, a agilidade dos processos e a segurança das informações. 
Os benefícios em ter um software da VG Resíduos na gestão ambiental são inúmeros, 
entre eles: 
• auxilia no cumprimento das leis ambientais: com o software a empresa 
consegue implantar as diretrizes das leis ambientais, evitando assim, sofrer 
sanções, como multas e embargos; 
• facilita a gestão de informações e evita perdas e falhas no processo: o 
software permite manter um histórico sobre os processos produtivos. Com 
essas informações a empresa identifica os gargalos do processo, ou seja, 
onde é possível reduzir desperdícios. Isso permite reduzir os custos, por 
exemplo, com a aquisição de matéria prima e com a destinação dos 
resíduos; 
• padroniza a comunicação com fornecedores: a VG Resíduos conta com uma 
plataforma em que você encontra fornecedores aptos. Com a plataforma é 
possível encontrar um fornecedor mais próximo ao seu negócio, isso reduz 
o custo com transporte. Além disso, com o software de gestão é possível 
monitorar todos os documentos que os fornecedores devem emitir e 
possuir, incluindo licenças ambientais; 
• minimiza a possibilidade de passivos ambientais e prejuízos para a 
empresa: já que através do software é feito o controle completo da 
documentação e licenças evitando que a organização pague multas por não 
ter um documento exigido pelo órgão ambiental; 
• otimiza a elaboração de relatórios ambientais: reduz o tempo para 
elaboração dos relatórios, já que todas as informações necessárias estão 
arquivadas em um ambiente único. 
Portanto, a Política Nacional de Meio Ambiente regulamenta as várias atividades que 
envolvam o meio ambiente, para que haja preservação, melhoria e recuperação da 
qualidade ambiental. A VG Resíduos, como sistema integrado de gestão de resíduos 
pode auxiliar, uma vez que mantém todas as informações e documentos gerados 
automaticamente em um ambiente único e confiável, de acordo com a legislação 
ambiental. 
 
Conteúdo 02 
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente 
(descrito acima) 
https://www.vgresiduos.com.br/
https://www.vgresiduos.com.br/gerenciamento-de-residuos/
https://www.vgresiduos.com.br/blog/sete-dicas-para-encontrar-fornecedor-qualificado-para-destinar-residuos/
https://www.vgresiduos.com.br/blog/entenda-a-relacao-entre-passivo-ambiental-e-a-gestao-de-residuos/
MP explica: licenciamento ambiental 
(vídeo) 
Conteúdo 03 
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA 
No Brasil, a defesa do meio ambiente está articulada em um sistema de órgãos públicos 
chamado SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), do qual fazem parte 
entidades como o Ministério do Meio Ambiente, com a função de supervisão e 
planejamento, e o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis), órgão executor das normas de proteção ambiental. 
Neste texto, o Politize! em parceria com o Bridje te explica o que é o SISNAMA, como 
ele surgiu e como atuam os órgãos que o compõem. 
O que é o SISNAMA e como ele surgiu? 
SISNAMA é a sigla para Sistema Nacional do Meio Ambiente, o conjunto de órgãos 
públicos (da União, de estados, de municípios, do Distrito Federal e de territórios [1], 
bem como órgãos não-governamentais instituídos pelo poder público) responsáveis 
pela proteção ambiental no Brasil. É um sistema porque todos os órgãos que o 
compõem atuam sob os mesmos princípios e diretrizes, cada um exercendo a sua função 
para alcançar o mesmo objetivo: a defesa do meio ambiente ecologicamente 
equilibrado. 
Meio ambiente ecologicamente equilibrado é como a Constituição Federal trata o que 
vulgarmente chamamos de “direito ao meio ambiente”. O direito dos cidadãos, na 
verdade, não é a garantia de um simples “meio ambiente”, mas de um meio ambiente 
preservado, equilibrado, útil para a humanidade, mas protegido de ações devastadoras. 
Ele está previsto no art. 225 da Constituição: 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
O SISNAMA foi criado para integrar as políticas públicas de proteção ambiental em um 
esforço de direção nacional, sem deixar faltar a estados e municípios certa autonomia 
para atuar em suas respectivas regiões. 
Quer mais conteúdos sobre meio ambiente? Que tal conferir o nosso vídeo sobre 5 
pontos para entender as queimadas no Pantanal e na Amazônia? 
O sistema nasceu em 1981 com a promulgação da Lei nº 6.938/81, verdadeiro marco na 
história da proteção ambiental brasileira, pois articulou a proteção do meio 
ambiente sob a ideia de um único sistema nacional. Anteriormente, estados e 
https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/
https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/
https://www.politize.com.br/politicas-publicas/
municípios tinham mais autonomia para redigir as suas próprias regulamentações 
ambientais. Existiam, é claro, normas federais que tratavam de exploraçãoe 
conservação ambiental, como o Código Florestal de 1965. Mas a legislação era escassa, 
e muitas lacunas poderiam ser preenchidas por estados e municípios. Fato é que não 
havia uma coordenação nacional preocupada com o meio ambiente, normas 
harmônicas, esforços conjuntos. Este foi o espaço preenchido pelo SISNAMA. 
Em complemento à realização desse sistema, a lei também inaugurou a 
chamada Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA), uma série de artigos que 
definem conceitos básicos sobre o meio ambiente e dispõem diretrizes e objetivos a 
serem seguidos por todos os órgãos responsáveis pela proteção ambiental no Brasil. 
Segundo o Dr. Paulo de Bessa Antunes, professor de Direito Ambiental da UNIRIO, a 
medida foi “uma reação do governo federal ao crescente movimento dos estados com 
vistas a controlar a poluição em seus territórios.” 
Assim, a Lei nº 6.938/81 integrou toda a atuação pública na esfera ambiental em um 
único sistema (SISNAMA), regido por políticas nacionais (PNMA) uniformes. 
A estrutura e os órgãos do SISNAMA 
O SISNAMA é composto pelos “órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios e dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder 
Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade ambiental” (art. 6º da Lei 
6.938/81). 
Neste sistema, os órgãos federais são majoritariamente responsáveis por editar normas 
gerais (como a PNMA), coordenar, supervisionar e executar a proteção ambiental no 
país. Os órgãos estaduais e municipais realizam as mesmas funções, porém de forma 
complementar e em seus respectivos territórios. Ou seja, estados e municípios podem 
editar normas ambientais e executá-las, contanto que elas não contrariem as normas 
federais, no caso dos estados, e as normas federais e estaduais, no caso dos 
municípios 
A estrutura do SISNAMA foi assim definida pela Lei 6.938/81, conforme pode ser visto 
no esquema abaixo: 
http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29
http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29
http://genjuridico.com.br/2020/03/17/federalismo-cooperativo-meio-ambiente/#_ftnref29
 
Órgão Superior: Conselho de Governo 
Idealizado como a cabeça do sistema, este órgão colegiado seria composto por todos os 
ministros do Poder Executivo Federal e teria a função de assessorar o Presidente da 
República na formulação da Política Nacional e outras diretrizes nacionais concernentes 
ao meio ambiente. 
Este conselho não existe hoje de facto, embora esteja previsto na legislação [2]. 
Órgão Consultivo e Deliberativo: Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) 
Originalmente, o CONAMA, como órgão deliberativo e consultivo do Governo, teria a 
função de propor normas e diretrizes ao Conselho de Governo. Com a ausência prática 
do órgão superior, o CONAMA assumiu sua função, publicando diretamente normas, 
padrões e regulações gerais sobre o meio ambiente para todo o país. José Afonso da 
Silva, constitucionalista brasileiro, chegou a definir o SISNAMA como um conjunto de 
órgãos coordenados pelo CONAMA [3]. 
Segundo a Lei 6.938/81, a finalidade do CONAMA é “assessorar, estudar e propor ao 
Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os 
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões 
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia 
qualidade de vida”. 
Veja também: o que diz o direito ambiental? 
Embora a função de propor normas tenha sido modificada, as outras permaneceram. O 
órgão tem a função de assessorar diretamente a Presidência da República (na falta do 
Conselho de Governo, que agiria como intermediário) em questões ambientais, o que 
implica a realização de relatórios, estudos e pesquisas nesse campo. 
https://www.politize.com.br/direito-ambiental/
https://www.politize.com.br/direito-ambiental/
As normas elaboradas pelo CONAMA são publicadas como Resoluções (espécie de ato 
administrativo). O órgão é sempre presidido pelo Secretário do Meio Ambiente (Lei 
6.938/81, parágrafo único do art. 8º). Seu colegiado é formado por representantes de 
órgãos federais, estaduais, municipais, do setor empresarial e civil. 
Órgão Central: Ministério do Meio Ambiente (MMA) 
Embora a Lei 6.938/81 tenha previsto como órgão central a Secretaria do Meio 
Ambiente (órgão extinto), esta função é hoje realizada pelo Ministério do Meio 
Ambiente, criado em 1992. 
O art. 6º, III da Lei dispõe que sua finalidade, no sistema, é “planejar, coordenar, 
supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes 
governamentais fixadas para o meio ambiente”. 
Cada estado da federação possui suas próprias entidades públicas de proteção 
ambiental, mas o Ministério do Meio Ambiente é o órgão central, o coordenador. O 
MMA, por isso, tem a função de planejar e elaborar políticas ambientais para todo o 
país, coordenando-as e supervisionando-as como órgão federal. 
Órgãos Executores: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade 
(ICMBio) 
Os órgãos responsáveis pela execução das normas das políticas ambientais são 
o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) 
e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ambos 
vinculados ao Ministério do Meio Ambiente. 
O IBAMA é sem dúvidas o órgão mais conhecido, sendo a referência da população 
quando o assunto é proteção ambiental. Isto porque, na figura dos seus agentes, ele se 
apresenta fisicamente para a aplicação da lei, a faceta mais proeminente de um 
órgão executor. 
Segundo a Lei nº 7.735/89, que criou o IBAMA, suas funções são exercer o poder de 
polícia ambiental e executar ações das políticas nacionais de meio ambiente. Para 
realizar estas funções, o órgão pode tanto fazer trabalho de campo (como fiscalizar e 
aplicar punições), como articular ações de órgãos estaduais e municipais. O IBAMA 
também tem as funções de propor e editar normas e padrões de qualidade ambiental, 
e conceder licenciamentos e outras autorizações em casos previstos na legislação. 
Ao lado do IBAMA está o ICMBio, criado em 2007 pela Lei nº 11.516/2007. As funções 
de execução e implantação das políticas nacionais ambientais dos dois órgãos são 
muito parecidas. No entanto, o ICMBio está voltado para as Unidades de 
Conservação estatuídas pela União, como os Parques Nacionais e as Áreas de Proteção 
Ambiental. Nestas áreas, o ICMBio é o órgão responsável, principalmente, pela 
conservação, exploração turística, policiamento e outras atividades de implementação 
das políticas nacionais. 
http://www2.mma.gov.br/port/conama/
https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/
https://www.politize.com.br/ministerio-do-meio-ambiente/
https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/
https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/
https://www.politize.com.br/unidades-de-conservacao-tudo-sobre/
Órgãos Seccionais e Locais 
O SISNAMA, como já explicado, é um sistema nacional, composto de órgãos federais, 
estaduais e municipais. Os órgãos citados nos itens acima são os membros federais do 
sistema; estão no topo da hierarquia para estabelecer diretrizes, normas e fiscalizar. 
Os estados e municípios brasileiros têm autonomia para elaborar as próprias normas e 
programas ambientais. Porém, como a proteção ambiental brasileira é feita sob a 
coordenação de um sistema, eles atuam de forma complementar, atingindo apenas 
suas respectivas jurisdições, sem contrariar as normas federais. 
Os órgãos seccionais são as entidades estaduais e os órgãos locais são as entidades 
municipais. Os primeiros são responsáveis por executar programas, projetos, controlar e 
fiscalizar atividades capazes de provocar a degradação ambiental; os segundos por 
controlar e fiscalizar essas atividades.Cada um destes órgãos, sejam seccionais ou locais, só têm poder em seus respectivos 
territórios ou jurisdições. O Inea (Instituto Estadual do Ambiente), por exemplo, é o 
órgão ambiental do Estado do Rio de Janeiro, responsável direto pela proteção dos 
recursos naturais do estado. Conceder licenciamentos de exploração, monitorar o uso e 
qualidade das águas, executar projetos de recuperação ambiental no território etc., são 
funções pertinentes ao órgão. O IAT (Instituto Água e Terra), outro órgão seccional, é o 
órgão ambiental do Paraná, e realiza as mesmas funções do Inep, mas no seu respectivo 
estado. A Sede (Secretaria Municipal do Meio Ambiente) é órgão ambiental do 
município de Curitiba. A lógica é a mesma: as atividades ambientais, previstas na 
legislação, relativas ao território e à jurisdição curitibana são de responsabilidade da 
Sede. Todos estes órgãos compõem, também, o SISNAMA. 
Unidade 03 
Unidade 01 / Tríplice punição do agente: responsabilidade civil, penal e administrativa 
Toda conduta em desconformidade com a Legislação Ambiental que cause degradação 
(dano) ao meio ambiente, sujeita o infrator a responsabilidade ambiental. Portanto, a 
denominada tríplice responsabilidade ambiental significa dizer que, pessoas físicas ou 
jurídicas causadoras de degradação, poderão ser condenadas na 
esfera Civil, Administrativa e Penal. 
Assim sendo, cada tipo de responsabilidade apresenta peculiaridades e requisitos 
próprios e emana efeitos nas respectivas áreas, assim, passamos a discorrer sobre cada 
uma delas. 
A Responsabilidade Civil, prevista no artigo 4º, inciso VII, da Lei nº 6.938/1981, é aquela 
que atribui ao agente a obrigação de reparar o dano ambiental causado por sua ação a 
fim de retornar o estado em que estava antes. 
Não sendo possível a reparação do dano ambiental o infrator poderá ser obrigado a 
ressarcir o prejuízo provocado, o que significa buscar a recuperação de áreas 
ambientais degradadas e/ou o pagamento de indenização com fins reparatórios. 
Destaca-se que, um dos mais utilizados instrumentos para tanto é a denominada Ação 
Civil Pública, disposta na Lei nº 7.347/1985. 
Importante frisar que, a responsabilidade civil por danos ambientais é objetiva, o que 
significa dizer que quem prejudica o meio ambiente tem o dever de repara-lo, 
independentemente da razão que o motivou a tanto, seja por negligência, imprudência 
ou imperícia. Nesse aspecto objetivo, a responsabilidade civil por dano ambiental é 
também solidária, na qual sendo mais de um o responsável pelo dano, todos 
responderão solidariamente, cabendo ao Ministério Público a escolha contra quem 
ingressar com possíveis demandas (um, alguns ou todos). 
Outra questão importante é que a responsabilidade civil ambiental acompanha o bem, 
ou seja, quem o adquire, mesmo não cometendo o dano ambiental, assume a 
obrigação de repará-lo. 
Por fim, ainda se verifica que, em razão de ser um direito fundamental e, portanto, 
indisponível, não há prazo para a pretensão à reparação civil decorrente dos danos ser 
exercida, de tal modo, poderão ser reclamados a qualquer tempo. 
Assim, ao adquirir um imóvel, seja ele rural ou urbano, o adquirente assume também 
o risco de passivos ambientais que pode ser responsabilizado a qualquer tempo. 
A Responsabilidade Administrativa é decorrente de infração a regramentos 
administrativos, sendo aquela apta a sujeitar o infrator às sanções de cunho 
administrativo, e a mais utilizada decorre do poder de polícia exercido pelos órgãos 
ambientais designados para as atividades de fiscalização, exemplo do poder de polícia 
são as atividades desempenhadas pelos agentes das Secretarias de Estado e Meio 
Ambiente (SEMA) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis (IBAMA), que tem competência para elaborar e emitir um documento 
denominado auto de infração e consequentemente proceder a instauração do processo 
administrativo. 
Ao contrário da responsabilidade civil, essa responsabilização limita-se aos 
transgressores, somente podem ser aplicadas a quem efetivamente praticou a infração, 
exigindo-se a culpa e o dolo, e deriva de normas administrativas, atribuindo ao infrator 
determinada sanção de natureza administrativa. 
As infrações administrativas, podem ser punidas com as seguintes sanções: a) multa, 
exemplo: destruir, desmatar, danificar ou explorar floresta ou qualquer tipo de 
vegetação nativa ou de espécies nativas plantadas, em área de reserva legal ou servidão 
florestal, de domínio público ou privado, sem autorização prévia do órgão ambiental 
competente ou em desacordo com a concedida, onde o valor da multa é de R$ 5.000,00 
(cinco mil reais) por hectare ou fração; b) apreensão dos animais, produtos e 
subprodutos da fauna e flora e demais produtos e subprodutos objeto da infração, 
instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na 
infração;c) embargo de obra ou atividade e suas respectivas áreas;d) suspensão parcial 
ou total das atividades, esta suspensão é a mais gravosa das medidas punitivas, 
podendo ter a forma de suspensão temporária ou definitiva, entre outras infrações 
prevista artigo 3º, do Decreto nº 6.514/2008 e artigo 72, da Lei nº 9.605/1998. 
Salienta-se que, se o infrator cometer duas ou mais infrações, poderá ocorrer a 
cumulação das sanções administrativas, exemplo disso seria o autuado, receber na 
mesma oportunidade: auto de infração, termo de embargo e auto de apreensão, por 
estar cometendo, por exemplo, desmatamento ilegal em sua propriedade. 
Desse modo, o Poder Público, fazendo uso da fiscalização empreendida, assim como da 
sanção administrativa atribuída, atua também de forma preventiva, buscando evitar que 
danos maiores venham a ocorrer ao meio ambiente. E, além disso destaca que a tutela 
administrativa ambiental não visa apenas à repressão dos efetivos prejuízos ao meio 
ambiente, mas também tem o objetivo de reduzir as condutas potencialmente lesivas 
ao bem ambiental. 
Já a Responsabilidade Penal,também se limita aos transgressores, somente podem ser 
aplicadas a quem efetivamente praticou a infração, exigindo-se a culpa e o dolo, que 
aparece de uma conduta considerada crimes contra o meio ambiente, especificamente 
os previstos na Lei nº 9.605/1998, mas também no Código Penal, no Código Florestal, 
na Lei de Contravenções Penais, e nas Leis nº 6.453/1977 e nº 7.643/1987. 
Assim, todo aquele que contribui para os crimes ambientais responderá 
criminalmente, na medida da sua culpabilidade. 
Dentre os tipos das sanções penais pode-se mencionar como aplicáveis à pessoa 
física: a) prestação de serviços à comunidade, que consiste na atribuição de tarefas 
gratuitas junto a parques e jardins públicos e unidades de conservação, e, no caso de 
dano da coisa particular, pública ou tombada, na restauração desta, se 
possível; b) interdição temporária de direitos, que incide na proibição de contratar com 
o Poder Público, receber incentivos fiscais e outros benefícios, bem como participar de 
licitações, pelo prazo de 05 (cinco) anos, no caso de crimes dolosos, e de 03 (três) anos 
na hipótese de crimes culposos; c) suspensão parcial ou total de atividades quando não 
cumprem as determinações legais; d) prestação pecuniária que consiste no pagamento 
em dinheiro à vítima ou à entidade pública ou privada com fim social; e e) recolhimento 
domiciliar, que baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade do condenado, 
que deverá, sem vigilância, trabalhar, frequentar curso ou exercer atividade autorizada, 
permanecendo recolhido nos dias e horários de folga em residência ou em qualquer 
local destinado a sua moradia habitual, conforme estabelecido na sentença 
condenatória. 
Por outro lado, quanto às pessoas jurídicas, a legislação ambiental prevê as seguintes 
penas restritivas de direito: a) suspensão total ou parcial das atividades; b) interdição 
temporária de estabelecimento, obra ou atividade, aplicável nas hipóteses de 
funcionamento

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