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APOSTILA CURSO DE RECUPERAÇÃOO DE NASCENTES FINALIZADA


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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. introdução.........................................................................03 
2. Reservatórios subterrâneos de água......................................05 
3. Quais os principais aqüíferos existentes......................... ....06 
3.1. Aquiferos porosos.....................................................06 
3.2. Aquiferos fissurais.....................................................07 
3.3. Aquiferos cársticos....................................................07 
4. Qual o maior aqüífero do mundo?..........................................08 
5. Tipos de lençóis freáticos......................................................09 
 5.1. Lençóis empoleirados................................................10 
 5.2. Lençóis artesianos....................................................10 
 5.3. Lençóis freáticos .....................................................10 
6. Tipos de nascentes..............................................................11 
 6.1. Nascentes de contato....................................................11 
 6.2. Nascentes de depressão.................................................11 
7. Características da nascente perfeita........................................12 
8. Técnicas para conservação e recuperação de nascentes............13 
8.1. Cobertura vegetal em encostas e .............................14 
8.2. Conservação do estado vegetativo da pastagem..........14 
8.3. Manejo agrícola adequado........................................14 
8.4. Uso de barreira de contenção....................................14 
8.5. Técnica Solo-Cimento...... ........................................15 
9. Conservação e recuperação de nascentes na seca................ ....16 
9.1. Remove as espécies freatófitas..................................16 
9.2. Ocupar a área com espécies vegetais rasteiras.............17 
9.3. Adotar o pastejo rotacionado.....................................17 
10. Principais causas para uma nascente secar.............................18 
10.1. Vegetação inadequada..............................................18 
10.2. Reflorestamento......................................................19 
10.3. Desmatamento........................................................19 
10.4. Queimadas..............................................................19 
10.5. Atividades agrícolas..................................................20 
10.6. Atividades pecuárias.................................................20 
10.7 Construção de loteamentos e estradas.........................20 
11. Importância da preservação de nascentes..............................21 
12. Dicas para preservação de nascentes.................................... 22 
 12.1. Regeneração natural................................................22 
 12.2. Plantio de mudas.................................................... 23 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
12.3. Recomendações para plantar as mudas........................... 23 
 12.4. Construção de cercas............................... ........... 24 
 12.5. Controle do uso de defensivos................................24 
 12.6. Conservação do solo e da água............................. 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como a recuperação de nascentes apresenta alto grau de complexidade, o 
processo requer o conhecimento de profissionais especializados. Esta é uma 
 
 
 
 
 
 
das exigências, instituídas pelo Código Florestal Brasileiro, que estabelece a 
preservação e revitalização das nascentes com técnicas desenvolvidas com 
expertise na área, desde o plantio de espécies vegetais nativas até a 
condução natural da vegetação nativa. A área da nascente a ser revitalizada 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando uma fração da água dos lençóis subterrâneos chega à superfície do 
solo, surgem as nascentes ou olhos d’água. As ações inconsequentes do 
homem podem causar sérios danos às nascentes, como queimadas, descarte 
de lixo, uso de defensivos agrícolas e pastejo animal. Alterações climáticas 
severas, como longa estiagem, também podem impactar negativamente. 
Como a recuperação de nascentes apresenta alto grau de complexidade, o 
processo requer o conhecimento de profissionais especializados. Esta é uma 
das exigências, instituídas pelo Código Florestal Brasileiro, que estabelece a 
preservação e revitalização das nascentes com técnicas desenvolvidas com 
expertise na área, desde o plantio de espécies vegetais nativas até a 
condução natural da vegetação nativa. 
1. Introdução 
5 
 
 
 
 
 
 
deve ser cercada, com arame liso, a 70 cm do solo. Além disso, é 
importante impedir a erosão, com barreiras de contenção naturais, ou 
mesmo estruturas físicas. O plantio de espécies vegetais, com bom 
crescimento em solo úmido, também é uma medida a ser adotada. Da 
mesma forma, devem ser removidas gramíneas invasoras, que retardam a 
regeneração natural da vegetação. 
 
Ao início da revitalização, os profissionais responsáveis devem monitorar 
continuamente a área da nascente para observar se as mudas das espécies 
vegetais apresentam bom desenvolvimento. As inspeções de rotina auxiliam 
na execução de planos de ação para evitar focos de incêndio, ataque de 
formigas cortadeiras e/ou ruptura de barreiras de contenção, que dificultam 
a recuperação da nascente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
Para chover, a água da atmosfera deve condensar, como pesadas gotas, até 
atingirem o solo. Quando úmido, o solo supre as plantas com água que, sob 
condições ideais de temperatura, devolvem-na à atmosfera, por processo de 
transpiração. Nesse ciclo contínuo, a água percola no solo através dos poros 
e das aberturas existentes nas rochas sedimentares. Com isso, são formados 
os reservatórios subterrâneos, locais preenchidos com água das chuvas, que 
desce ao interior do solo, de cima para baixo, até alcançar a camada 
impermeável. Ao se acumular gradualmente nos poros do solo, a água 
percolada os preenche parcial ou totalmente. Esses aquíferos podem 
abranger volumes gigantescos de água quando comparados aos das águas 
superficiais de rios. 
 
 
 
 
 
2. Reservatórios subterrâneos 
 de água 
7 
 
 
 
 
 
 
 
Os armazenamentos subterrâneos de água percolada, ou aquíferos 
subterrâneos, podem ser classificados como porosos, fissurais e cársticos. 
 
 
 
 
Nos aquíferos porosos, a água percolada circula nos poros do solo e nos grãos 
das rochas sedimentares ou sedimentos. 
 
 
3.1 Aquiferos Porosos 
3. Quais os principais aquíferos 
 existentes? 
8 
 
 
 
 
 
 
Nos aquíferos fissurais, a água percolada circula por fissuras, fendas, fraturas 
e falhas nas rochas sedimentares. 
 
 
 
 
Nos aquíferos cársticos, a água percolada circula por aberturas originadas da 
dissolução das rochas, em especial as constituídas de calcário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2 Aquiferos Fissurais 
3.3 Aquiferos Cársticos 
9 
 
 
 
 
 
 
 
O Aquífero Guarani é o maior do mundo e abrange uma área de 1,2 
milhões km². Desse total, 840.000 km² correspondem ao subsolo do 
Centro – Sudeste do Brasil; 225.500 km² (Nordeste da Argentina); 71.700 
km² (Sudeste do Paraguai); e 58.500 km² (Nordeste do Uruguai). No 
território nacional, essa gigantesca reserva de água doce passa por São 
Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, 
Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
 
 
 
 
 É o maior reservatório de água subterrânea do mundo; 
 
 
 
O Aquífero Guarani: 
4. Qual o maior aqüífero 
 do mundo? 
10 
 
 
 
 
 
 
 É constituído de rochas sedimentares com cerca de 190 milhões de 
anos; 
Apresenta volume total de água doce com 55.000 km³ de extensão; 
 Apresenta capacidade de recarga de 166 km³ por precipitação anual; 
 Conta com água doce suficiente para abastecer a população mundial 
por dois séculos; 
 Apresenta profundidade de 1.800 metros; 
 Permite que sua água chegue a 100 metros da superfície por pressão; 
 Apresenta vazão de 500 m³/h graças à alta permeabilidade do solo. 
 
 
 
 
 
A forma como a água subterrânea preenche o interior do solo determina os 
tipos de reservatórios de água, que podem ser classificados como lençóis 
empoleirados, lençóis artesianos e lençóis freáticos. 
 
Vejamos cada um deles: 
5. Tipos de Lençóis 
 freáticos 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando entre a superfície do solo e a camada impermeável se forma uma 
camada de solo compactado ou camada impermeável intermediária, que 
impede parcialmente ou totalmente a percolação da água até a camada 
impermeável, chamamos lençóis empoleirados. 
 
 
 
 
 
Quando a água atravessa as camadas mais profundas com certa 
permeabilidade e se acumula entre uma camada e outra, chamamos lençóis 
artesianos. Isso significa que a água subterrânea pode se acumular no 
interior ou abaixo da camada impermeável, não apenas acima dela. 
 
 
 
 
 
 
Quando a água percolada se acumula entre a camada impermeável e a linha 
freática, chamamos lençol freático. Quando essa camada impermeável cruza 
com a superfície do terreno, surgem as nascentes. Sendo assim, são os 
lençóis freáticos que originam e alimentam as nascentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.1 Lençóis empoleirados 
5.2 Lençóis artesianos 
5.3 Lençóis freáticos 
12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além de serem formadas por lençóis freáticos, as nascentes podem ser 
originadas de lençóis artesianos. Nos primeiros, a água percolada pode se 
acumular sobre as camadas impermeáveis; já nos segundos, a água pode 
ser depositada entre duas camadas impermeáveis. Ela pode aflorar de 
lençóis em depressões no terreno, por falhas geológicas ou por canais 
cársticos. No Brasil, as nascentes mais comuns são as de contato e as de 
depressão. 
 
 
 
 
 
 
Originadas de lençóis freáticos, as nascentes de contato (ou nascentes de 
encosta) geralmente afloram na base dos morros; 
 
 
 
 
 
 
As nascentes de depressão (ou nascentes difusas) afloram, em locais 
chamados olhos d’água, ou em vazamentos superficiais (charcos ou brejos). 
Pouco a pouco, a água se acumula e forma os olhos d’água. 
 
 
 
5.6.1 Nascentes de Contato 
5.6.2 Nascentes de Depressão 
6. Tipos de nascentes 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A nascente perfeita deve apresentar vazão ininterrupta de água ao longo do 
ano. Além disso, ela deve estar situada, em terreno elevado, para facilitar a 
condução da água por gravidade. Entretanto, a bacia deve garantir que 
parte da água da chuva, precipitada em sua superfície, penetre no solo o 
mais rápido possível. Para isso, o solo deve ser permeável para levar a água 
até o lençol subterrâneo, que abastece a nascente. 
 
Daí a urgência em se preservar as bacias hidrográficas para recarga das 
nascentes. Dessa forma, garante-se o padrão quantitativo e qualitativo da 
água. Nesse contexto, o respeito aos recursos naturais renováveis, como as 
nascentes, torna-se uma questão vital. Em diversas regiões do mundo, a 
água tornou-se um recurso escasso, o que impacta negativamente na 
sobrevivência de todos os seres vivos. Vale ressaltar que a manutenção da 
vida na Terra depende da forma como o homem trata o meio ambiente. 
 
Considerada um recurso natural de sumo valor econômico e social, a água 
tornou-se o foco principal de estudos e pesquisas concernentes à hidrologia 
florestal e ao manejo de bacias hidrográficas. Desde então, órgãos 
governamentais e não governamentais têm desenvolvido programas de 
conscientização para uso racional da água e conservação de nascentes e 
mananciais. 
 
 
7. Características da nascente 
 perfeita 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As técnicas para conservação e recuperação de nascentes são 
fundamentadas em procedimentos, que relacionam solo-água-planta. Os 
objetivos principais são: proteger a superfície do solo; criar condições 
favoráveis, para que a água penetre no solo; e reduzir a taxa de 
evapotranspiração. 
 
Para que a nascente (com ou sem vegetação nos arredores) flua ao longo do 
ano, ela deve ser preservada e protegida para que não seque. Em outras 
palavras, deve-se garantir a manutenção do fluxo de água da bacia, ou 
seja,da água da área de recarga (bacia hidrográfica) até a área de descarga 
(olho d’água). 
 
Em algumas regiões, como na Amazônia, as condições climáticas são 
favoráveis ao equilíbrio e à continuidade do fluxo de água da nascente. 
Mesmo com a evaporação da água e a transpiração realizada pelas espécies 
vegetais nativas, da nascente jorra água em abundância. 
 
Já em regiões com contínuas alterações climáticas, a nascente tende a 
apresentar vazão irregular. Nesse caso, ela requer a ação do homem para 
preservá-la, preferencialmente com uso de técnicas vegetativas de 
conservação. Normalmente, plantam-se espécies vegetais nativas na área 
da bacia de descarga da nascente. 
8. Técnicas para conservação 
 e recuperação de nascentes 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para evitar que uma nascente “morra”, uma das técnicas utilizadas promove 
a manutenção da cobertura vegetal em encostas e topos de morros. Devem 
ser escolhidas espécies arbóreas, que favoreçam a infiltração de água no 
solo e não percam água excessiva por evapotranspiração. 
 
 
 
 
Outra forma de garantir o abastecimento do lençol freático de recarga da 
nascente é com a conservação do estado vegetativo da pastagem. Isso pode 
ser feito, por meio da implantação de sistemas silvipastoris, que aumentam a 
infiltração de água no solo e conservam sua microfauna. 
 
 
 
O manejo agrícola adequado proporciona efetivamente a proteção do solo. 
Dentre as principais técnicas, temos o plantio direto, capinas em faixas, ou 
mesmo a preservação da vegetação de cobertura entre fileiras da lavoura. 
 
 
 
Outra técnica eficiente é o uso de barreira natural de contenção, por meio de 
uma fileira de vegetação permanente, ao longo da superfície da encosta, com 
o objetivo de melhorar a infiltração da água no solo. 
 
 
8.1 Cobertura vegetal em encostas de morro 
8.2 Conservação do estado vegetativo da pastagem 
8.3 Manejo agrícola adequado 
8.4 Uso de barreira de contenção 
16 
 
 
 
 
 
 
A técnica de solo-cimento consiste na construção de um reservatório na 
forma de caixa ao redor da nascente, preenchida internamente por pedras e 
externamente com paredes construídas com a massa solo-cimento que, 
revestindo as pedras, dão forma final a estrutura. A massa que recobre o 
reservatório é constituído de solo, cimento e água, numa proporção que varia 
de 3 a 4 partes de solo para uma parte de cimento e água adicionada até que 
seja obtida a consistência adequada. Essa mistura, quando seca, apresenta 
boa resistência à compressão, bom índice de impermeabilidade, baixo índice 
de retração volumétrica e boa durabilidade, conferindo a massa condições 
adequadas ao trabalho de proteção de nascentes. Os procedimentos 
realizados são apresentados a seguir. 
O trabalho de proteção de nascentes a partir do solo-cimento utiliza materiais 
de fácil aquisição, baixo custo e é de fácil aplicabilidade, tornando-o uma 
alternativa viável para a melhoria da qualidade da água de abastecimento de 
propriedades rurais. 
A função principal deste trabalho é o de impedir a contaminação da água por 
enxurradas, por partículas de poeira trazidas pelo vento, por restos vegetais e 
animais e pelas próprias partículas do solo, provenientes de 
desmoronamento, o que permite a obtenção de água com qualidade 
adequada ao consumo. Ainda assim, é recomendado que se realizeum 
monitoramento das condições da água, através de testes de potabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8.5 Técnica de solo-cimento 
17 
 
 
 
 
 
 
 
Quando chega o período de estiagem, normalmente a vazão de água da 
nascente é reduzida. Em algumas regiões, a água pode secar por 
completo caso não haja vegetação no entorno da bacia de recarga. 
Mesmo com vegetação, se a maior parte das espécies vegetais forem 
freatófitas, ou seja, absorverem água do lençol freático, haverá redução 
do fluxo de água ou esgotamento da nascente. 
 
 
 
Para impedir que a nascente tenha seu fluxo de água reduzido ou esgotado, 
devem ser implementadas algumas medidas essenciais e urgentes, como 
remoção da vegetação freatófita, nos arredores da nascente, e 
reflorestamento nos cumes de morros e das seções convexas. Nesse caso, o 
plantio deve começar no pico da encosta e se estender até um terço desta. 
9.1 Remover espécies vegetais freatófitas 
9. Conservação e recuperação 
de nascente na seca na seca 
18 
 
 
 
Com isso, durante a seca, a água confinada no lençol freático não será 
absorvida pelas freatófitas e a vazão da nascente voltará ao normal. Se for 
comprovado que a floresta esgotou uma determinada nascente, deve-se 
manter apenas um terço das árvores no local. 
 
 
 
 
As pastagens também são um perigo para as nascentes, pois podem causar 
a compactação do solo nas áreas da encosta. Quando isso ocorre, a 
superfície do solo perde sua capacidade natural de infiltração das águas. 
Uma medida interessante é ocupar essas áreas com espécies vegetais 
rasteiras. Com isso, além de aumentar o volume de matéria orgânica no 
solo, a água da chuva conseguirá penetrá-lo facilmente. Da mesma forma, 
essa água retida no solo percolará, até a primeira camada impermeável, e 
será confinada no lençol freático, que abastece a nascente. 
 
 
 
Outra alternativa é o pastejo rotacionado, com subdivisão do pasto em 
piquetes e isolamento da área. Assim, consegue-se não apenas aproveitar 
melhor o pasto como também reduzir o pisoteio dos animais no solo, o que 
impede a sua compactação. 
 
 
 
 
 
 
 
9.2 Ocupar a área com espécies 
 vegetais rasteiras 
9.3 Adotar o pastejo rotacionado 
19 
 
 
 
 
 
 
 
Como vimos anteriormente, uma nascente seca, porque a superfície do solo 
perde sua capacidade de infiltração da água da chuva. Mas o que, de fato, 
favorece o esgotamento das nascentes? 
 
 
 
Como o lençol freático está próximo da superfície do solo, se a vegetação 
no entorno da nascente for inadequada, ela pode absorver a água 
armazenada no lençol freático. Como mencionado acima, existem espécies 
vegetais com elevada capacidade de absorção de água, como as plantas 
freatófitas (daí o nome). Portanto, essas espécies vegetais devem ser 
removidas da área. 
 
 
10.1 Vegetações inadequada 
10. Principais causas para 
uma nascente secar 
20 
 
 
 
 
 
 
 
Ao contrário do que muitos imaginam, o reflorestamento pode gerar 
resultados desfavoráveis no caso de conservação e recuperação de 
nascentes. Nem todas as espécies vegetais podem ser plantadas próximas 
aos olhos d’água. Principalmente porque algumas delas retiram água do 
lençol freático. Sendo assim, para que essa técnica surta o efeito desejado, 
ela deve ser bem planejada antes de sua execução. 
 
 
 
O desmatamento ocorre essencialmente pela exploração intensiva das 
florestas quando inúmeras espécies arbóreas são cortadas com fins 
comerciais. Entretanto, ele também pode ocorrer por falta de planejamento 
urbano, bem como por atividades agropecuárias, que exploram extensas 
áreas, sem projetar quais impactos podem ocorrer no meio ambiente. 
 
 
 
As queimadas podem ocorrer por uma série de fatores, desde a limpeza de 
restos vegetais de culturas até focos de incêndio causados por negligência, 
ou mesmo ação criminosa. Além de dizimar a fauna e a flora, o fogo destrói 
a matéria orgânica e os microrganismos benéficos presentes no solo. Com 
isso, o solo torna-se infértil, por perda de nutrientes, e impermeável, com 
rápido escoamento da água das chuvas, o que compromete a sua 
capacidade de absorção. 
 
 
 
10.2 Reflorestamento 
10.3 Desmatamento 
10.4 Queimadas 
21 
 
 
 
 
 
 
As atividades agrícolas, praticadas de forma indevida, são amplamente 
prejudiciais às nascentes. Quando lavouras substituem parte da vegetação 
nativa, próxima a encostas de morros, o agricultor deve garantir um bom 
manejo agrícola, com técnicas de conservação do solo, que previnam a 
erosão, bem como a compactação do solo por máquinas agrícolas. O plantio 
direto é um bom exemplo, pois mantém o solo em boas condições físicas, 
químicas e biológicas. 
 
 
 
Do mesmo modo que as práticas agrícolas, as atividades pecuárias podem 
causar impactos negativos nas nascentes. Quando são implantados pastos em 
áreas próximas às fontes naturais de água, estas sofrem seriamente com essas 
ações. Principalmente porque áreas onde se concentram bacias de recarga 
(cabeceiras) são exploradas sem a preocupação em se conservar o solo. Com 
isso, ele é contaminado e compactado por pisoteio excessivo dos animais. 
 
 
 
Por falta de fiscalização adequada, em algumas regiões, loteamentos e 
estradas são construídos, próximos a encostas, sem autorização e/ou 
planejamento. No caso das edificações, como não são planejadas nem 
coordenadas por profissionais especializados, o crescimento não é controlado 
nem monitorado. Com isso, ocorrem danos à natureza incalculáveis, desde o 
assoreamento das nascentes até a perda da capacidade de absorção do solo. 
 
 
 
 
10.5 Atividade agrícolas 
10.6 Atividade pecuárias 
10.7 Construção de loteamentos e estradas 
22 
 
 
 
 
 
 
 
No Brasil, as nascentes existentes são protegidas por lei criteriosa, que 
submete o infrator a multas e outras penalidades. Seu monitoramento 
contínuo impede impactos negativos provindos da ação irresponsável e 
inconsequente do homem no meio ambiente. Entretanto, ainda assim, existem 
pessoas que não se preocupam em conservar as nascentes. 
Algumas delas pensam apenas em aproveitar a natureza como se esta fosse 
um recurso inesgotável, infindável, perpétuo. E, assim, removem espécies 
nativas de locais próximos a olhos d’água, lançam lixo não degradável em suas 
águas, além de outras ações lamentáveis. Sem falar das práticas agrícolas e 
pecuárias indevidas, que destroem a vegetação nativa e contaminam o solo. 
Como resultado, muitas nascentes fenecem, com o esgotamento total de suas 
águas. Sendo assim, torna-se vital proteger as nascentes e os mananciais para 
impedir que esse quadro se repita ao longo dos anos. A preservação desse 
recurso tão valioso deve partir de cada um de nós. Não somente de órgãos 
ambientalistas e governamentais. O momento é agora! Antes que seja tarde 
demais! 
 
 
 
 
11. Importância da preservação 
e recuperação de nascente 
23 
 
 
 
 
 
 
 
A preservação das nascentes apresenta caráter de extrema urgência e deve 
envolver toda a sociedade. Com isso, a qualidade e quantidade de água para 
consumo não mais serão um problema para os governantes nem para a 
população. Respeitar os recursos naturais e o meio ambiente deve ser uma 
constante na vida das pessoas. Afinal, a sobrevivência humana e da 
biodiversidade dependem da manutenção de bens tão preciosos, como as 
nascentes. Mas quais as formas de preservá-las? 
 
 
 
A natureza é algo surpreendente! Por si só, a vegetação nativa consegue se 
regenerar. Espécies vegetais nativas, como ingazeiro, sangra d’água, murici, 
mangabeira, aroeira, jerivá, araçá, cambucá, bocaiúva, macaúba, cajueiro, 
jaborandi, embaúba, entre outras, são capazes de se desenvolver 
naturalmente. Todas elas são benéficas à manutenção das nascentes, até 
12.1 Regeneração Natural 
12. Dicas de preservação de 
nascente 
24 
 
 
 
 
mesmo pararecuperá-las. Para proteger uma nascente, a área no entorno 
deve ser isolada com cerca a uma distância de, pelo menos, 50 metros. 
 
 
 
A vegetação nos arredores das nascentes age como uma barreira natural, 
principalmente contra enxurradas. Após análise de um especialista, se houver 
necessidade, devem ser plantadas espécies pioneiras, que vivem cerca de 
duas décadas, como aroeira e angico. Ambas as árvores produzem sementes, 
em grande número, o que permite que a vegetação natural se renove em um 
ciclo contínuo (inclusive pela ação de abelhas e pássaros). Igualmente 
importantes são as plantas clímax, capazes de viver por um século, como o 
ipê e o cedro. O plantio dessas espécies vegetais deve ser alternado (plantas 
pioneiras e plantas clímax) em um total de 100 árvores (ou menos). 
 
 
 
 
 O plantio de mudas deve ter início com a chegada da estação das águas; 
 As covas devem apresentar as seguintes proporções: 30x30x30 
centímetros; 
 Em áreas com solo compactado, as proporções das covas aumentam para 
50x50x50 centímetros; 
 Em cada cova, devem ser adicionados 5 litros de esterco de gado curtido, 
com coroamento de 50 centímetros, em volta da muda; 
 Após o plantio, cada muda deve ser irrigada com 5 litros de água (ao 
passarem 7 dias, deve-se realizar nova irrigação). 
 
 
 
 
12.2 Plantio de mudas 
12.3 Recomendações para plantar mudas 
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No raio de abrangência da nascente, devem ser construídas cercas a uma 
distância de 30 a 50 metros do olho d’água. Com isso, a área se mantém 
protegida do pisoteio de pessoas e animais, o que causaria a compactação 
do solo e a destruição das espécies vegetais locais. Além disso, deve-se 
fazer aceiros, ou seja, limpeza contínua do terreno, em torno da cerca, para 
prevenção de incêndios. 
 
 
 
 
O uso desmedido de defensivos agrícolas, sem recomendações de 
profissionais, como engenheiro agrônomo, causam a contaminação do solo e 
da água. Sendo assim, torna-se indispensável o controle criterioso da 
comercialização desses produtos por órgãos governamentais específicos. Já 
os agricultores devem receber orientação técnica para a adequada aplicação 
desses agroquímicos nas lavouras. Vale lembrar que as embalagens devem 
ser devidamente descartadas. 
 
 
 
 
Além do uso racional de defensivos, outra medida eficiente para a 
conservação do solo e da água é a prevenção de queimadas, o inimigo 
número um das florestas. O fogo varre por completo a vegetação e 
extermina a microfauna presente no solo. Com isso, o solo enrijece, o que 
torna impossível a infiltração da água das chuvas. Consequentemente, 
surgem as enxurradas, pois a água escoa rapidamente pela superfície do 
terreno. Outro método recomendado por especialistas é o uso da palhada, 
pois conserva não apenas o solo e a água, como também garante a 
manutenção dos microrganismos responsáveis pela fertilidade do solo. Além 
12.4 Construção de cerca 
Cercamento 
 
12.5 Controle do uso de defensivos 
12.6 Conservação do solo e da água 
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disso, a prática retém a água no solo e reduz o impacto da chuva em sua 
superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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BIBLIOGRAFIA 
 
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2. https://www.afe.com.br 
3. https://www.portalagropecuario.com.br 
4. https://www.tecnologiaetreinamento.com.br 
5. https://www.industriarural.com.br 
6. https://revistagloborural.globo.com 
7. https://www.agron.com.br 
8. https://www.feis.unesp.br 
9. https://www.conexaoambiental.pr.gov.br/Pagina/Proteja-uma-
Nascente-PalmasPR 
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