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I.E.D-Resenha Crítica-MAÍRA LUANA-330

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Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND
Introdução ao Estudo do Direito 
joseane queiroz 
Maíra Luana de Oliveira Costa | Direito-330-2021.1 | 30-03-2021
Resenha Crítica 
Obra: o caso dos exploradores de cavernas
 Na obra, “o caso dos exploradores de cavernas”, que tem como autor, Lon Fuller, nascido no Texas, no ano de 1902, foi estudante da Universidade de Stanford, em Economia e Direito, teve carreira na universidade de Harvard, onde fez parte do corpo docente de 1940 a 1972. Para a construção do livro “o caso dos exploradores de cavernas”, Fuller se inspirou em dois casos reais, de naufrágios, homicídios e canibalismo: o caso Holmes em 1842, e o caso Regina V. Dudley and. Stephens em 1884.
 O contexto da obra, ocorreu em maio de 4299, narra uma história de cinco homens de uma sociedade espeleológica (organização amadora destinada à exploração de cavernas), exploravam uma caverna, para a infelicidade deles, ocorre um desmoronamento de terra que acaba bloqueando a única saída, deixando os cinco homens presos. Pelo acontecido, os exploradores não retornam para as suas famílias, na tentativa de resgatá-los, é enviado uma equipe para a busca para a caverna, nesta tentativa de salvamento, dez da equipe acabam morrendo. No vigésimo dia de isolamento os exploradores, conseguem contactar os responsáveis por sua busca através de um rádio transmissor, por meio dele, detalham suas condições, seu estado de calamidade, como a escassez de alimentos na caverna e perguntam em quanto tempo demoraria uma nova tentativa de resgate. Por falta de recursos, os engenheiros informam aos exploradores que seria necessário mais dez dias para tirá-los da caverna por falta de recursos, com a inexistência de alimento na caverna, o comandante da equipe, Roger Whetmore pergunta ao médico se eles suportariam mais dez dias e se fosse possível sacrificar um dos cinco, para alimentar os outros quatro eles escapariam da fome, e o médico, com grande dificuldade respondeu que sim. 
 Então para tomar a decisão final, as autoridades religiosas, políticas e médicas tentaram encontrar um meio de tomar a decisão, entretanto ninguém se prontificou para tomar a decisão e se responsabilizar pelas consequências que veriam a seguir. Assim, Whetmore, propôs que jogassem os dados, e a pessoa que fosse a ser sorteada seria sacrificada para alimentar e salvar os demais. Após a proposta do jogo que decidiria quem morreria e quem sobreviveria, a base de resgate, não receberam mais, então pensaram que as baterias do rádio transmissor haviam acabado, o que realmente aconteceu. No jogo, Roger foi sorteado para ser sacrificado, contudo não ficou contente com o acontecido, querendo voltar atrás no trato com os outros membros, mas não conseguiu, veio a ser morto pelos outros, que se alimentaram dele. No trigésimo dia, os restantes, foram resgatados. 
 Então, para que, as autoridades entendessem, todos os acontecimentos, principalmente, depois que o único meio de comunicação cortou, os quatro restantes informaram que Roger havia proponho o jogo, tido menos sorte entre todos e veio a ser sacrificado para a sobrevivência dos demais. Por terem passado tanto tempo confinados, pela desnutrição e pelo trauma, os quatro restantes passaram por uma revisão médica e vieram a serem julgados pelos principais acontecimentos, foram acusados por crime de homicídio, pelo assassinato de Roger Whetmore e condenados em primeira instância, o júri decidiu que eles deveriam ser condenados à pena de morte na forca. Após o encerramento do julgamento, o júri enviou uma petição ao Poder Executivo pedindo que a decisão fosse mudada para uma pena menor, de seis meses de reclusão, alegando que as decisões tomadas pelos mesmos, foi em uma situação, estado de sobrevivência, natureza do ser humano. 
 O juiz Foster afirmou a teoria e que os sobreviventes eram inocentes, já juiz Tatting ficou em meio termo, afirmando que eles não eram inocentes e que deveriam ser punidos, também questiona a Foster sobre essas “leis da natureza” e quando como seria ajustada a situação e como valeria após a morte de Whetmore. O juiz Keen declarou que os exploradores já haviam sofrido o bastante, que o trauma ficaria lembrado por eles muito e deveriam ser absolvidos, para a discrepância, votou a favor da condenação dos réus, afirmando que deveriam ser julgados de acordo com o que era descrito pela lei. Hand votou a favor da inocência dos réus baseando sua decisão em uma pesquisa feita pela população na qual, noventa por cento votava a favor da absolvição, e que a opinião pública deveria ser levada em conta, já que o caso repercutiu no país e no exterior. Na conclusão da votação, sobre a condenação houve um empate na corte superior, então a decisão de condená-los à forca foi mantida, então dando continuidade, eles foram mortos na forca. 
 Analisando a obra, mesmo sendo hipotética, deve ser levado em conta, a experiência dos exploradores, tudo que eles passaram: as más condições, escuro, sem alimento, fome, solidão entre outras. A obra nos faz pensar, sobre a sobrevivência, sobre nossos próprios princípios, o que seria mais importante para nós mesmos e nos faz imaginar nos mesmos passando mesma situação. Apenas os cinco homens sabem pelo qual passaram e como são afetados pelo desastre. Na minha opinião, o acordo foi feito por eles, para isso, eles devem ter levado em conta, todos fatores, como as condições que estavam enfrentando, a fome, a sobrevivência, era uma questão de sobrevivência, ou morre um por todos ou todos morrem. A obra serve como grande fonte, base jurídicas, para análise de diversas discussões jurídicas, como de estado natural e estado civil, êxito direito positivo, estudo do caso concreto e da jurisprudência, os vieses garantista e abolicionista do direito penal.
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