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Janaina Lopes Fumani 10390523 P1 Direito

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA 
 
 
 
 
 
 
 
 
JANAINA LOPES FUMANI 
10390523 
 
 
 
 
 
LOB1010 - 20202M2 - DIREITO APLICADO À ENGENHARIA 
PROF. DRA. DAISY RAFAELA 
 
 
 
 
 
Primeira atividade avaliativa: O caso dos exploradores de cavernas, Lon L. Fuller 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lorena 
2020 
 
1- Qual foi a norma jurídica que os quatro homens da caverna infringiram? Qual 
a sanção prevista? 
A partir da leitura do livro “O caso dos exploradores de cavernas”, conclui-se que os 
quatro homens infringiram a lei que diz no livro: “‘Quem quer que intencionalmente prive a 
outrem da vida será punido com a morte’. N.C.S.A. (n.s.) § 12-A.” (FULLER, 1976, p.8) e o 
Código Penal, art.121, Decreto Lei nº 2.848 de 07 de Dezembro de 1940. 
Assim, a sanção prevista, no livro, aos homens foi à morte pela forca e a sanção, na vida 
real, seria reclusão de seis a vinte anos. 
 
2- A morte de Whetmore ocorreu em virtude de uma situação extraordinária. 
Ademais, foi ele quem propôs o sacrifício para o grupo, porque esta alternativa foi 
proposta? Fundamente. 
Cinco homens foram explorar o interior de uma caverna de rocha calcária. Quando já 
estavam “distantes da entrada da caverna, ocorreu um desmoronamento de terra” (FULLER, 
1976, p.6) que bloqueou “completamente a sua única abertura” (FULLER, 1976, p.6). Uma 
equipe de socorro foi enviada ao local, a desobstrução da entrada mostrou-se extremamente 
difícil, chegaram a morrer dez operários contratados que tentavam salvar os exploradores. 
Os exploradores haviam levado apenas escassas provisões e não havia substância animal 
ou vegetal. Foram informados pelos engenheiros que seriam necessários pelo menos dez dias 
para retirá-los. Os exploradores perguntaram ao médico do acampamento qual a possibilidade 
de sobrevivência até a suposta abertura da caverna, sabendo que a possibilidade seria escassa, 
Whetmore perguntou se seriam capazes de sobreviverem caso se alimentassem da carne de um 
deles. Com resposta afirmativa do presidente da comissão, segundo os acusados, Whetmore 
propôs tirar na sorte quem seria executado, morto e servido aos outros exploradores, para que 
conseguissem sobreviver até a abertura da caverna. 
Então, essa alternativa foi proposta para que conseguissem sobreviver até a abertura da 
caverna. 
 
3- Qual a implicação, para o mundo jurídico, do acordo realizado dentro da 
caverna? Apresente seu ponto de vista. 
A implicação, para o mundo jurídico, do acordo realizado dentro da caverna, foi que 
para sobreviverem, cometeriam um crime, tirariam a vida de um dos homens. Mas seguiram o 
acordo firmado perante aquela situação. 
 
Ao meu ver, o bem maior é a vida, mas diante do estado de necessidade que se 
encontravam, sobreviveriam apenas comendo a carne de um deles. 
 
4 – Como proteger a vida no caso apresentado, quando todos poderiam morrer 
devido à falta de alimentação? Justifique sua resposta. 
O caso apresentado é bem complexo por não terem consigo substância animal ou 
vegetal, para sobreviverem por tanto tempo seria quase escassa a possibilidade de conseguirem 
sem se alimentar de alguma forma. Único meio visto e existente naquela situação era a carne 
humana. Foi mais lógico salvar quatro ao invés de preservar todos apenas, possivelmente, por 
um tempo. 
 
5- Você é o quinto juiz que deve analisar o caso e definir, com sua decisão, se os 
quatro homens receberão a pena capital (forca). Com base nos fatos, na norma, nos 
valores, faça suas considerações e confirme ou não a sentença condenatória. 
Começo a análise com o seguinte excerto: 
“Quando a comunicação foi restabelecida os homens pediram para falar novamente 
com os médicos, o que conseguido, Whetmore, falando em seu próprio nome e em 
representação dos demais, indagou se eles seriam capazes de sobreviver por mais dez 
dias se se alimentassem da carne de um dentre eles” (FULLER, 1976, p.7). 
Observa-se acima, o trecho que Whetmore teve com o grupo de resgate, os exploradores 
estão sem alternativas e fora de juízo perfeito graças à condição que se encontram. Ao obter a 
resposta de que se eles se alimentassem de carne humana teriam grandes chances de sobreviver 
até o resgate conseguir alcançá-los, o explorador solicita amparo legal do Estado para essa 
análise, não obtendo resposta clara, situação ilustrada pelo seguinte trecho do livro: 
“Whetmore quis saber então se havia um juiz ou outra autoridade governamental que 
se dispusesse a responder à pergunta. Nenhuma das pessoas integrantes da missão de 
salvamento mostrou-se disposta a assumir o papel de conselheiro neste assunto. 
Whetmore insistiu se algum sacerdote poderia responder àquela interrogação, mas não 
se encontrou nenhum que quisesse faze-lo.” (FULLER, 1976, p. 7). 
Desse modo, o Estado se mostrou omisso, tendo em vista que nenhum crime havia até 
então ocorrido e este não foi prevenido. De acordo com o código civil brasileiro, é de 
responsabilidade subjetiva do Estado quaisquer danos que seus agentes de Administração 
Pública causem: 
“As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a 
 
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou 
culpa.”. 
Este fato por si só já seria o suficiente para que eu analisasse que o Estado é tão 
responsável pelo ocorrido quanto os exploradores. 
Além disso, é importante analisar a situação a partir do Estado de Necessidade, em que 
o bem jurídico de outrem é sacrificado de maneira inevitável para que alguém possa se salvar, 
ou salvar um terceiro de um perigo eminente e atual, que não tenha sido causado por ele nem 
que o mesmo apresente o dever de enfrentá-lo, de acordo com o Art. 24 do Código Penal 
Brasileiro: 
“Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo 
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito 
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se”. 
Nessas situações, o cenário apresentado é uma causa excludente de ilicitude, ou seja, 
não há crime (Código Penal Brasileiro – Art. 23), pois se mostra inviável culpar ou exigir outra 
conduta de alguém diante deste tipo de situação. Considerando a situação vivida na caverna, 
em que tanto a própria vida quanto a de terceiros estava em risco e na tentativa de solucionar 
este problema e tanto sobreviver quanto salvar vidas, mesmo que em detrimento do direito de 
um dos membros do grupo, e tendo em vista que se trata de uma atitude impulsiva, com 
comportamento de reação rápida e instantânea, fica clara a presença do Estado de Necessidade, 
que, como visto anteriormente, é um excludente de ilicitude. 
Com base nessas análises e argumentos de fato, valor e norma, eu absolveria os 
sobreviventes graças à inexistência de crime.

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