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TEMA 1 - TEXTO DE APOIO AO ESTUDO - FUND ADM

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CURSO ADMINISTRAÇÃO 
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DA ADMINISTRAÇÃO 
UNIDADE 1: Planejamento 
TEMA 1: Conceituação de Planejamento e Tipos de Planos e Objetivos 
 
TEXTO PARA APOIO AO ESTUDO 
 
No tema 1 “Conceituação de Planejamento e Tipos de Planos e Objetivos” serão inicialmente introduzidos 
os principais conceitos de gestão que contribuem para a compreensão dos conteúdos vistos ao longo da nossa 
disciplina, em sequência irá se expor os fundamentos da função de planejamento, sendo apresentados os diferentes 
tipos de planos e objetivos. 
 
I - Introduzindo Conceitos de Gestão 
 
 Para compreensão das quatro funções básicas de gestão (planejar, organizar, dirigir e controlar) que serão 
abordadas ao longo da disciplina Fundamentos da Administração cabe expor primeiramente a definição de 
organizações, o papel dos administradores e no que consiste o ambiente organizacional. 
 
a) As Organizações 
 
As organizações se constituem em grupos estruturados de pessoas que se juntam para alcançar objetivos 
comuns. “Surgem como resposta à necessidade dos indivíduos de alcançar metas que, isoladamente, não 
conseguiriam atingir, em virtude da complexidade e da variedade das tarefas inerentes ao trabalho a se efetuar”. 
(SOBRAL; PECI, 2008, p.4-5). 
Podemos ser membros de alguma organização de diversas formas, como por exemplo uma faculdade, uma 
equipe de esporte, um grupo de música ou teatro, uma organização religiosa, forças armadas ou uma empresa. Todas 
as organizações possuem um objetivo ou finalidade, que pode variar desde vencer um campeonato até vender um 
produto ou divertir uma plateia, sem objetivo nenhuma organização pode existir. 
Todas as organizações também têm algum programa ou método para alcançar seus objetivos. “Tal programa 
pode envolver o treinamento de habilidades no esporte, ensaiar um certo número de vezes antes de cada 
apresentação, fabricar e anunciar um produto”. (STONER; FREEMAN, 2009, p.4). 
Segundo Sobral e Peci (2008, p.5) independentemente de sua forma e atividade, as organizações partilham 
algumas características: 
 Todas as organizações têm um propósito ou uma finalidade. Esses objetivos podem ser os mais 
diversos, como produzir um produto ou proporcionar entretenimento até atender às necessidades 
sociais ou a defesa do país. 
 Todas as organizações são compostas por pessoas. São as pessoas que tomam as decisões e realizam 
as tarefas necessárias ao cumprimento dos seus objetivos. 
 As organizações possuem uma estrutura. Essa estrutura que define e delimita qual é o 
comportamento e quais são as responsabilidades de cada um dos seus membros. 
Portanto, numa organização se tem pessoas, máquinas, recursos financeiros entre outros elementos. 
As organizações podem dedicar-se tanto à produção de bens e produtos (como a maioria das 
empresas industriais) como a serviços especializados muito diversificados (como por exemplo, 
universidades, hospitais, supermercados, bancos, empresas de transportes, clubes, igrejas e 
instituições religiosas), empresas de informação e comunicações, divertimento e lazer, organizações 
não governamentais (ONGs) etc. (CHIAVENATO, 2007, p.33) 
As instituições públicas também se caracterizam como organizações. Seu foco está em atender aos interesses 
da coletividade, utilizando recursos administrativos tal qual as empresas privadas. São administradas por gestores 
públicos, de carreira ou temporários. 
As empresas “distinguem-se das demais organizações, uma vez que atuam na lógica das leis do mercado e 
são condicionadas por variáveis ambientais que interagem com seu desenvolvimento”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.5). 
“Não procuram apenas a satisfação das necessidades de seus clientes, mas também a de seus trabalhadores, 
administradores, Estado e fornecedores, necessitando gerar excedente ou lucro que permita remunerar os seus 
proprietários ou acionistas, bem como investir na sua auto sustentação”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.5). 
 
b) Os Administradores 
 
“Os administradores ou gestores são os membros que têm como função guiar as organizações de forma a 
alcançar seu propósito”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.6). Os administradores decidem onde e como aplicar os recursos da 
organização de forma a assegurar que esta atinja seus objetivos. Desse modo, trabalham coordenando e dirigindo as 
atividades de outras pessoas, ajudando os demais membros a atingir um conjunto de objetivos coerentes para a 
organização. Assim, eles se distinguem dos demais membros da organização, uma vez que que coordenam as 
atividades de outros que devem lhe prestar contas do seu trabalho. 
Portanto, nem todas as pessoas que trabalham em uma organização são administradores. Segundo Sobral e 
Peci (2008, p.6) “alguns membros das organizações têm como única responsabilidade a execução de uma tarefa ou 
trabalho específico, sem ter que supervisionar o trabalho do outro”. Esses membros sem cargo de gestão são 
geralmente designados subordinados, funcionários, trabalhadores, operários, empregados, ou, de acordo com as 
tendências mais atuais, colaboradores ou parceiros. 
As atividades de administração ou gestão não estão limitadas ao presidente ou aos diretores da organização, 
outras pessoas na estrutura hierárquica têm igualmente funções da administração, como os gerentes, os 
supervisores, os líderes de equipe, entre outros. Além disso, o administrador é também responsável pela execução 
de algumas tarefas, não limitando sua atuação ao planejamento, organização, direção e controle do trabalho dos 
outros. (SOBRAL; PECI, 2008, p.6). 
 
c) Ambiente Organizacional 
 
O ambiente organizacional engloba todos os fatores, tanto internos como externos à organização, que 
podem influenciar o progresso obtido por meio da realização de objetivos da organização. O ambiente interno “é 
composto pelos elementos internos da organização, como trabalhadores, administradores, cultura organizacional, 
tecnologia, estrutura organizacional e instalações físicas”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.72-73). Já o ambiente externo “é o 
contexto no qual as organizações existem e operam, sendo constituído pelos elementos que se encontram fora do 
limite da organização”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.72-73). 
O ambiente externo é dividido em dois substratos: o ambiente contextual e o ambiente operacional. O 
ambiente contextual considera todos os fatores que existem fora dos limites da organização, mas que independem 
da ação dela, como fatores econômicos, político-legais, socioculturais, demográficos ou tecnológicos. Atinge 
indiretamente a organização, consistindo nos elementos do ambiente externo que afetam o clima em que ocorrem 
as suas atividades. Já o ambiente operacional corresponde a parte do ambiente externo diretamente relevante para 
o alcance dos objetivos da organização, sendo composto pelas forças, atores e instituições que podem influenciar de 
forma negativa ou positiva o desempenho da organização. O ambiente operacional abrange fornecedores, clientes 
ou consumidores, empresas competidoras, agências governamentais, entre outros grupos de interesses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 – Ambiente Organizacional 
 
 
 Fonte: Extraído de Sobral e Peci (2008, p.73). 
 
Dentro do ambiente organizacional é preciso também reconhecer o papel dos stakeholders. Conforme Sobral 
e Peci (2008) indicam os stakeholders podem ser compreendidos como indivíduos ou grupos de interesse e são todos 
aqueles que influenciam de forma decisiva ou são importantes para o sucesso das organizações. “Pela análise dos 
stakeholders, a organização pode identificar os principais atores envolvidos, seus interesses e o modo como esses 
interesses afetarão os riscos e as chances de sucesso da organização”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.89). A apresentação 
da análise dos stakeholders, como uma ferramenta de estudo ambiental, tem como principal vantagem a politização 
do ambiente organizacional, enxergando as mudanças ambientais sob a perspectivados interesses em jogo. 
Os stakeholders podem ser internos e externos. Os stakeholders externos são os grupos ou indivíduos do 
ambiente externo (operacional) de uma organização que afetam suas atividades. Como os clientes, concorrentes, os 
fornecedores, as instituições financeiras, o governo, os grupos de interesses especiais (como movimento de defesa 
dos consumidores e movimento ambientalista), os sindicatos e os meios de comunicação. Já os stakeholders internos 
incluem grupos ou indivíduos como empregados, acionistas e a diretoria da empresa, que influenciam as atividades 
da organização ou são influenciados por ela. A ideia é que eles façam parte do ambiente interno da organização pelo 
qual um administrador é responsável. 
 
 
II - Conceituação de Planejamento 
 
Os administradores participam no processo de administração executando quatro funções básicas para 
alcançar os objetivos definidos pela organização: planejar, organizar, dirigir e controlar. Embora sejam quatro 
funções distintas, elas estão relacionadas e são interdependentes, e por isso os gestores devem considerar os efeitos 
que cada uma dessas funções tem sobre as outras. 
De uma forma breve, já que as quatro funções serão vistas de forma mais detalhada ao longo das quatro 
unidades do curso, segundo Sobral e Peci (2008, p.8) as quatro funções podem ser definidas como: 
 
 Planejar: “definir objetivos e desenvolver estratégias e ações para alcançá-los”. 
 Organizar: “determinar o que dever ser feito, como deve ser feito e quem deve fazer”. 
 Dirigir: “liderar e motivar os membros da organização”. 
 Controlar: “monitorar o desempenho para garantir que os objetivos sejam alcançados”. 
 
Das quatro funções da administração, o planejamento é a mais importante de todas, pois todas as outras funções 
da administração derivam dela. “Sem uma definição clara das metas e objetivos da organização e sem uma estratégia 
para alcançá-los, dificilmente os administradores podem organizar os recursos, dirigir as pessoas e controlar os 
resultados”. (SOBRAL; PECI, 2008, p.131). 
JosivaldoPC
Realce
Por meio do planejamento as organizações podem definir para onde devem caminhar e quais são os passos 
necessários para atingir seus objetivos. Tem como foco o futuro da organização. 
 
III) Tipos de Planos e Objetivos 
 
O planejamento é a função da administração que compreende a definição dos objetivos da organização, bem 
como a concepção de planos que integram e coordenam suas atividades. Tem, portanto, a dupla função de definir o 
que deve ser feito (objetivos) e como deve ser feito (planos). 
Os objetivos correspondem aos resultados, propósitos, intenções ou estados futuros que as organizações 
pretendem alcançar. Já os planos são guias que indicam o que deve ser feito, e os recursos e ações necessárias para 
alcançar tais objetivos. 
Os planos e objetivos podem ser classificados segundo seu nível organizacional respectivo, podendo ser 
estratégicos, táticos ou operacionais. 
Os planos estratégicos são de longo prazo (três anos ou mais), os planos táticos são de médio prazo (geralmente, 
um ano) e os planos operacionais são de curto prazo (dias, semanas ou meses, dependendo da atividade). Esta 
dimensão temporal dos planos depende do grau de mudança ambiental a que as organizações podem estar sujeitas. 
 
Figura 2 – Planejamento por Nível Organizacional 
 
 
 
Fonte: Extraído de Sobral e Peci (2008, p.135). 
 
 
Os planos correspondem a tradução formal do planejamento em documentos que estabelecem como os 
objetivos devem ser alcançados, identificando como os recursos devem ser alocados e quais atividades necessitam 
ser realizadas. 
Dependendo do foco do planejamento os planos podem apresentar características diferentes. Assim, em termos 
de abrangência, os planos podem ser classificados segundo seu nível organizacional respectivo, podendo ser 
estratégicos, táticos ou operacionais. 
O plano estratégico é relativo à organização de forma geral e de responsabilidade dos níveis mais altos da 
empresa. Refere-se à organização como um todo, cobrindo decisões sobre objetivos e estratégias de longo prazo, 
servindo de base aos planos táticos e operacionais. Este plano tem a finalidade de estabelecer a melhor direção a ser 
seguida, posicionando a organização perante seu ambiente externo (concorrentes, clientes etc.). 
O plano tático tem como objetivo aprimorar as áreas de resultado de forma individual. Nesse sentido, trabalha 
com a decomposição dos objetivos, estratégias e políticas estabelecidas no plano estratégico. Traduz os objetivos 
gerais em objetivos específicos de uma unidade da organização, geralmente uma área funcional, como o financeiro 
e o marketing. 
O plano operacional orienta a atribuição de recursos para cada parte do plano tático, identificando os 
procedimentos e processos específicos requeridos nos níveis mais operacionais da organização. Possui uma 
orientação breve e são constantemente adaptados diante de novos desafios ou oportunidades. 
Os objetivos são apresentados de forma hierárquica de acordo com o nível organizacional e no topo dessa 
hierarquia de objetivos estão a missão e a visão. Por extensão, pode-se acrescentar os valores, que auxiliam na 
definição dos rumos éticos e morais da organização e acabam por interferir na orientação de contratos, acordos e 
decisões organizacionais. 
“A missão representa a razão de ser da organização, sua identidade, e é uma declaração escrita que descreve o 
propósito, os valores, os princípios e as linhas orientadoras da organização” (SOBRAL; PECI, 2008, p.136). Enquanto 
“a missão descreve a razão da existência da organização, a visão é a declaração do que a organização deseja ser, ou 
seja, da posição que ela deseja ocupar no futuro” (SOBRAL; PECI, 2008, p.136). 
A visão deve ser apresentada como um desafio para seus membros, representando as aspirações da organização. 
Ela estabelece uma direção geral, que deverá servir de guia para orientar o comportamento dos membros almejado 
pela organização. A visão deve retratar um estado futuro desejado para cada organização. 
Em especial, a missão (a razão de ser) tem a função de motivar os colaboradores da organização, para que estes 
contribuam de forma construtiva e positiva, enquanto a visão (o que o empreendedor projeta para o futuro) tem a 
função de inspirá-los. Já valores estão associados a organização e remetem às crenças, aos ideais, à ética da 
organização. 
A missão, visão e valores constituem elementos fundamentais para definição de objetivos e formulação de 
estratégias e planos coerentes. Nesse sentido, após a definição da missão (o negócio da organização), da visão (o que 
a organização pretende ser no futuro) e dos valores (crenças, aos ideais, à ética da organização), são definidos os 
objetivos com os resultados concretos a serem atingidos. 
As organizações buscam alcançar simultaneamente vários objetivos, tendo, a necessidade de estabelecer grau 
de importância e prioridades, criando uma sinergia entre eles. Esta hierarquia de objetivos implica na definição de 
objetivos estratégicos, táticos e operacionais. 
No nível estratégico da organização, “os objetivos estratégicos se referem à empresa como um todo e buscam 
traduzir a missão em termos mais concretos, sendo responsabilidade da alta administração” (SOBRAL; PECI, 2008, 
p.137). 
No nível tático, “os objetivos táticos correspondem aos resultados esperados para as principais divisões ou 
departamentos da organização e são formulados pelos gerentes de nível médio” (SOBRAL; PECI, 2008, p.137). 
No nível operacional, “os objetivos operacionais definem os resultados específicos esperados de grupos e 
indivíduos e são formulados pelos supervisores de primeira linha e, em alguns casos, pelos funcionários” (SOBRAL; 
PECI, 2008, p.137). 
Por meio dos objetivos operacionais, os objetivos táticos podem ser atingidos. Por sua vez, estes objetivos táticos 
possibilitam a realização dos objetivos estratégicos da organização. Assim,a hierarquia dos objetivos corresponde 
não apenas aos níveis organizacionais, mas também à relação existente entre eles. Isto é, para obtenção de um 
objetivo de nível mais alto, é necessária a realização de objetivos de nível mais baixo. 
 
 
AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTE MATERIAL DE APOIO AO ESTUDO FORAM EXTRAÍDAS DAS SEGUINTES 
PUBLICAÇÕES: 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007. 
SOBRAL, Filipe; PECI, Alketa. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice 
Hall, 2008. 
STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 
TERRA, Lucimara. Planejamento: conceitos e tipos de planos. Material didático disciplina Fundamentos da 
Administração do curso EAD Marketing UNICARIOCA. Rio de Janeiro: UNICARIOCA, 2016. 
VALIM, Rosa. Como elaborar seu plano de negócios. 2ª. Ed. Rio de Janeiro: Revolução E-Books, 2016.

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