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intoxicação por nóz vomica (1) passei

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Jamilli Nascimento dos Santos de Carvalho
 7º Período
Docente: Roberto Ataíde 
Porto Velho /RO
2021
Não se deixe enganar
Conheça a planta chamada noz vômica, antes plantar em seu quintal, consumir qualquer medicamento ou receber indicação de consumo por terceiros.
A estricnina possui duas propriedades diferentes. Atua como um agente estimulante, e, por outro lado, também é um agente causador de convulsões ou violentos espasmos e o veneno atua imediatamente. As pessoas descobriram as propriedades fatais de estricnina em tempos antigos e passaram a usar semente para envenenar a flechas.
A estricnina é usada no combate a roedores e predadores sendo um agente tóxico significante para outros animais e constitui um dos principais agentes usados em envenenamento criminoso com finalidade de eliminar o cão ou o gato, e ainda tem a forma acidental que é a ingestão de iscas, nesse caso mais comum em outras espécies. 
Características que ajudam a identificar as partes tóxicas da planta
Nux vomica ou Strychnos nux-vomica. É uma fonte importante dos alcaloides estricnina e brucina, altamente venenosos, extraídos das sementes dos frutos arredondados, verdes a alaranjados, da árvore. As sementes contêm aproximadamente 1,5 % de estricnina e as extremidades florais dessecadas contém por volta de 1,0%. O caule é também utilizado para extrair brucina, além de outros compostos venenosos, tais como a vomicina e a colubrina.
Substâncias ativas e mecanismo de ação da espécie
Princípios Ativos: Alcalóides Indólicos, estricnina, isoestricnina, brucina, isobrucina , Ácido Clorogênico, Ácido Málico; Álcoois Terpênicos e Sais de Sílica.
O uso terapêutico da Noz Vômica não se justifica devido aos seus riscos e sua importância está na obtenção da estricnina, muito empregada em estudos laboratoriais da excitabilidade muscular ou em ensaios de anticonvulsivantes e de relaxantes musculares de ação central. Extratos de Noz Vômica já foram empregados em diversos distúrbios, como gastrointestinais e debilidades físicas. Entretanto em Homeopatia é muito empregada.
Seu principal alcalóide, a estricnina, é um poderoso excitante do sistema nervoso central, atuando por efeito bloqueador dos impulsos inibitórios que chegam aos neurônios localizados ao nível espinhal, sendo que os estímulos sensitivos produzem efeitos reflexos potencializados no indivíduo. 
A atividade convulsivante é devida à interferência pós-sináptica mediada pela glicina.
Ao nível cardíaco, estimula a força de contração do cardíaca. 
Ao nível gastrintestinal atua como laxante.
Sinais e sintomas de intoxicação pela espécie
Falta de ar Nervosismo extremo (pânico)
 
O quadro tóxico é caracterizado primeiramente por contrações musculares, faciais e cervicais, seguido de excitabilidade reflexa na qual qualquer estímulo sensitivo pode promover uma abrupta resposta motora. É muito comum o aparecimento de um impulso extensor coordenado seguido de convulsão tetânica completa que deixa o corpo em um arqueamento hiper extensivo conhecido como opistótonos. Os episódios convulsivos podem ser muito repetidos, conforme a quantidade de impulsos sensitivos que cercam o indivíduo.
O paciente, em estado de consciência, entra numa situação de temor angustiante e pânico entre cada convulsão. Uma segunda ou terceira convulsão pode levar óbito o indivíduo. Nas etapas terminais todos os músculos voluntários ficam contraídos, comprometendo a vida do indivíduo pela contração dos músculos do tórax e do diafragma, causando uma hipóxia respiratória 9falta de ar) e intensas contrações musculares, podendo ocasionar acidose respiratória e metabólica severas. A morte decorre de uma paralisia bulbar.
As alterações clínicas produzidas por esta intoxicação ocorrem, geralmente de 10 minutos a 2 horas após a ingestão. Os sinais são desde convulsões tetânicas violentas as quais podem ser desencadeada por estímulos físicos, visuais e até sonoro. Também podem ocorrer: rigidez extensora e muscular, opistótono, taquicardia, hipertermia, apneia, vômito, agitação e apreensão, ansiedade, aumento da frequência respiratória e intensa sialorréia, os sinais clínicos iniciais. 
O paciente, em estado de consciência, entra numa situação de temor angustiante e pânico entre cada convulsão. Uma segunda ou terceira convulsão pode tirar a vida do indivíduo. Nas etapas terminais todos os músculos voluntários ficam contraídos, comprometendo a vida do indivíduo pela contração dos músculos torácicos e do diafragma, originando uma hipóxia respiratória e intensas contrações musculares, podendo ocasionar acidose respiratória e metabólica severas. A morte decorre de uma paralisia bulbar (Boyd R. et al., 1983).
A DL 50 em animais de laboratório é de aproximadamente 1 mg/kg. O tratamento da intoxicação deve ser rápido e atender principalmente dois aspectos: que cesse as convulsões e a assistência respiratória. No primeiro caso, o Diazepam (em doses adultas de 10 mg por via endovenosa) é o antagonista das convulsões sem potencializar a depressão comum a alguns barbitúricos ou depressores seletivos do SNC. No segundo caso, promove-se uma assistência respiratória mecânica. Pode-se também retardar a absorção da estricnina no organismo administrando-se bicarbonato de sódio, ácido tânico a 2%, carbono ativado, permanganato de potássio (1:5000) ou tintura de iodo (1:250).
Orientações em casos de intoxicação
Os sintomas geralmente são desencadeados por estímulos, como por exemplo a luz e o ruído. Assim, os pacientes devem ser mantidos em salas silenciosas e escuras em ambientes calmos. A oxigenação e a ventilação adequadas são fundamentais, pois a maioria dos óbitos advêm da paragem respiratória.  
É preciso saber identificar rapidamente alterações no organismo perante uma intoxicação para auxiliar no atendimento telefônico e facilitar a indicação de medicação para os casos em que haja necessidade. Os efeitos da estricnina a curto prazo são graves. Podem haver convulsões iniciais violentas, mas frequentemente os primeiros sintomas são ansiedade, tremor, vómitos, febre alta e difícil de controlar. Aproximadamente 15 minutos após a ingestão (5 minutos por via nasal), os músculos do corpo começam a ter espasmos, iniciando na cabeça e no pescoço. Estes espasmos alastram-se para todos os músculos do corpo, com convulsões quase contínuas, que pioram com o menor dos estímulos. A morte ocorre por asfixia, causada pela paralisia do sistema de controlo da respiração do sistema nervoso central, ou por exaustão devida às convulsões. Aí, o corpo endurece imediatamente, mesmo no meio de uma convulsão. 
TRATAMENTO
Pronto atendimento médico e hospitalar.
Disque-Intoxicação: 0800-722-6001
SAMU: 192
 Referências 
https://home.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais-2011/saude/INTOXICA%C3%83%E2%80%A1%C3%83%C6%92O%20POR%20ESTRICNINA%20EM%20PEQUENOS%20ANIMAIS%20-%20REVIS%C3%83%C6%92O%20BIBLIOGR%C3%83%C2%81FICA.pdf
http://www.cvs.saude.sp.gov.br/up/MANUAL%20DE%20TOXICOLOGIA%20CL%C3%8DNICA%20-%20COVISA%202017.pdf
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2005000300017

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