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Biologia Forense O Uso das Ciências Biológicas na produção da prova forense. III – Genética Forense Helder Marques, M.Sc helder.hmvs@gmail.com O que é Genética? “ É a Ciência que estuda por quê os filhos são parecidos com os pais, mas não são iguais.” Prof. Louis Bernard Klaczko Troca e recombinação de Material genético. (Reprodução Sexuada) Mutação Variação O Modelo Teórico Genótipo e Fenótipo Segregação dos alelos Alelos Permite fazer previsões estatísticas De Vries- 1901. As “Leis de Mendel” Dominância e recessividade 1910 - Thomas Hunt Morgan demonstra que os genes estão localizados nos cromossomos, em trabalhos com a mosca Drosophila melanogaster. A Teoria Cromossômica da Herança 1946 - Muller Demostração dos efeitos mutagênicos de raios X em Drosophila melanogaster. 1953 - A estrutura do DNA (dupla hélice) é descoberta por James Watson e Francis Crick. 1944 - Avery& McLeod e McCarty isolam o DNA como sendo material genético. Estrutura do DNA A Replicação semi-conservativa do DNA Cadeias velhas e cadeias novas. 50% da molécula é da geração anterior. A organização do DNA em Cromossomos. DNA de organelas citoplasmáticas – mitocôndrias Tem estrutura de DNA de procariontes Haplóide Herança materna O que é um gene? DNA informacional RNA Transcrição Proteínas Tradução (Gene) Produto gênico Núcleo Citoplasma Polimorfismo e Variabilidade Polimorfismos Morfológicos Polimorfismos Quantitativos Polimorfismos Moleculares Expressão Gênica Polimorfismos Morfológicos Polimorfismos moleculares: Proteínas Sanguíneas, Isoenzimas produtos da expressão gênica Polimorfismos de DNA Regiões não informacionais: Sem expressão fenotípica Os Polimorfismos genéticos e a genética forense A genética Forense na era pré-DNA: Polimorfismos genéticos utilizados para a identificação humana. Baseados principalmente em proteínas sanguíneas. 1- Uma mulher com tipagem sanguínea A, é casada com homem de tipagem O. O casal tem um filho com tipagem sanguínea AB . O marido é o pai biológico? 2- Uma criança tem tipagem sanguínea 0. Sua mãe apresenta tipagem B. Três homens disputam a paternidade da criança: H1- A H2 – AB H3 – B É possível DETERMINAR o pai da criança? A representação genômica da variabilidade entre os grupos humanos dos diferentes continentes, - ou seja entre as ditas “raças” humanas – é mínima. Os traços físicos contrastantes das populações continentais humanas, responsáveis pelas características icônicas das raças (pigmentação da pele, cor e textura dos cabelos, formato dos olhos, nariz, boca e estrutura facial), na realidade dependem de um número muito restrito de genes, representam adaptações morfológicas superficiais ao meio ambiente, sendo, assim, produtos de seleção natural. Sérgio D.J. Pena, 2001 A Origem da diversidade Humana A Origem da diversidade Humana Identificação Humana – métodos biológicos A moderna genética forense Os polimorfismos de DNA RFLP- Polimorfismos de tamanho de fragmentos de restrição. Os polimorfismos de DNA Extraido de: https://www.quora.com/What-is-the-similarity-and-or-difference-between-VNTR-and-RFPL RFLP- Polimorfismos de tamanho de fragmentos de restrição. Os polimorfismos de DNA a A Após cerca de 25 a 30 ciclos de síntese de DNA, os produtos da PCR irão incluir, além do DNA que iniciou a reação, cerca de 105 cópias da sequência-alvo específica, uma quantidade que é facilmente visualizada como uma banda distinta de tamanho específico quando submetida ao método de separação eletroforético. (STRACHAN et al., 2002). Eletroforese I Estabelecendo vínculos genéticos com o uso de RFLPs Neste exemplo, uma família é composta por mãe e pai, duas filhas e dois filhos. São feitas as seguintes afirmações: - Os pais têm uma filha e um filho juntos, - uma filha do casamento anterior da mãe, - um filho é adotado. Uma região do DNA foi cortada com uma enzima de restrição, produzindo uma série de fragmentos separados por tamnhao. Analise os resultados ao lado e identifique os vínculos genéticos entre os indivíduos. Problema forense: No cadáver de uma vítima de estupro foi encontrado sêmem. Houve extração de DNA do material biológico encontrado e este foi submetido à técnica de RFLP. Posteriormente, três suspeitos forneceram material biológico para comparação. É possível identificar o estuprador? Atividade prática: Polimorfismo de fragmentos de restrição – Uma simulação. Estudo Dirigido: uma simulação do uso de RFLP Identificação Humana – métodos biológicos A moderna genética forense A maior parte do DNA é não-informacional A estrutura do DNA apresenta alta variabilidade em regiões não informacionais, ou seja, que não estão sujeitas à ação da seleção natural. Assim, a existência e frequência dos variantes nas populações é mantida apenas pelo equilíbrio entre a taxa de mutação e o tamanho da população. MARCADORES MOLECULARES PARA A IDENTIFICAÇÃO HUMANA Atualmente o polimorfismo de regiões altamente repetitivas do DNA é utilizado para a identificação de pessoas VNTR’s - minisatélites STR’s microsatélites VNTRs: (do inglês variable number of tandem repeats ou “número variável de repetições em tandem”): também denominados de minissatélites. São polimorfismos de DNA que consistem numa série de repetições de fragmentos de DNA. Uma região VNTR típica consiste de 500 a 1000 pb, compreendendo principalmente unidades repetidas em sequência, cada qual com cerca de 15 a 35 pb de comprimento. Os loci VNTR são particularmente convenientes como marcadores para a identificação humana, pois possuem um número muito grande de alelos diferentes e, sendo assim, é provável que não existam dois indivíduos não aparentados que compartilhem o mesmo genótipo (THOMPSON, 1993; DUARTE et al., 2001; KASHYAP et al., 2004). Os polimorfismos Quantos alelos existem no sistema estudado? Qual o genótipo para cada amostra? A B C D E F Os polimorfismos STRs (do inglês short tandem repeats ou “repetições curtas em tandem”): STRs ou microssatélites são polimorfismos muito similares aos VNTRs, mas diferindo em seu tamanho (em geral não ultrapassam 200pb) e no comprimento das unidades de repetição em tandem, que variam de 2 a 7 nucleotídeos. Estes locos são muito abundantes no genoma humano (KASHYAP et al, 2004), e cada um deles possui um grande número de diferentes alelos, inclusive maior do que o encontrado em VNTRs, o que os torna ainda mais úteis para identificação humana. single-nucleotide polymorphism – SNP Alterações em um único nucleotídeo. Os polimorfismos Os polimorfismos do tipo SNP são utilizados nas técnicas com DNA Mitocondrial Identificação: Separação dos variantes polimórficos A identificação e detecção de polimorfismos moleculares está fortemente atrelada à técnica utilizada. Assim, para a revelação e identificação dos polimorfismos de proteínas sanguíneas´é utilizada uma reação antígeno-anticorpo (tipagem sanguínea). No caso dos polimorfismos de estrutura do DNA, são necessárias técnicas de AMPLIFICAÇÃO (uma vez que as quantidades amostradas são incrivelmente pequenas) e de IDENTIFICAÇÂO. As técnicas Amplificação: Aumento exponencial da quantidade de DNA- alvo para exame. PCR A reação em cadeia da DNA-polimerase (do inglês Polimerase Chain Reaction) revolucionou a genética molecular por permitir a rápida clonagem e a análise do DNA. É um método in vitro rápido e versátil para a amplificação de sequências-alvo de DNA definidas, presentes em uma preparação de DNA. A clonagem automatizada de DNA por PCR é realizada em poucas horas com a utilização de um equipamento relativamente simples, cuja função fundamental é a variação de temperaturaem cada passo da técnica. Uma reação de PCR consiste de 30 ciclos contendo as etapas de desnaturação, síntese e pareamento, com cada ciclo individual levando em geral 3 a 5 minutos em um termociclador automatizado, o que totaliza menos de três horas para todo o processo. PCR- Animação 1983 - Kary Banks Mullis inventa a reação de polimerização em cadeia (PCR), proporcionando um meio fácil de amplificar DNA. Eletroforese II A Genotipagem automatizada de DNA com STR Multiplex, baseada em fluorescência é, sem dúvida, a mais informativa, precisa, robusta e de maior rapidez (KASHYAP et al., 2004). STRs são amplificados utilizando- se vários pares de primers (PCR multiplex) que compõe um kit comercial. O produto da reação de amplificação dos STRs pode ser facilmente detectado através de seus respectivos tamanhos, através da migração em gel de eletroforese de alta resolução, localizado dentro de um capilar. Quando utilizada a tecnologia de coloração fluorescente com detecção por laser, é possível inclusive avaliar STRs de mesmo tamanho, bastando para isto que cada um seja marcado com uma coloração diferente. Eletroferograma de uma mulher, obtido por PCR multiplex e subsequente sequenciação eletroforética automatizada. Oito STRs (D3, TH01, D21, D18, SE33, vWA, D8 and FGA) e amelogenina (que indica o sexo) foram analisados. As linhas azuis, verde e preta representam STRs amplificados (com o número de repetições abaixo dos picos). A linha vermelha é o marcador (o tamanho do fragmento de DNA indicado em pb). D3 15 18 TH01 9 9,3 D21 28 29 D18 11 19 SE33 16 17 Aml X vWA 15 18 D8 12 15 FGA 21 25 Perfil Genético Reproduzido de www.scienceinschool.org/2012/issue22/fingerprinting/portuguese O que podemos fazer a partir da análise do perfil genético? ● Identificar Pessoas ● Identificar Vínculos Genéticos O que não podemos fazer a partir da análise do perfil genético? ● Determinar doenças ● Determinar Comportamento ● Determinar “raça” ● Determinar características físicas Por quê? Atividade Prática DNA EM LOCAL DE CRIME Slide 1 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50
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