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Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II ANAMNESE o Início da doença (Se é recente - horas, dias, meses ou anos); o Modo de instalação da doença (se foi por traumatismo, distúrbio vascular, instalação lenta – suspeita de processo degenerativo ou neoplásico); o Evolução cronológica dos sintomas (saber quando e como os sintomas foram surgindo ou desaparecendo); • Tumor cerebral (gradativo) • Doenças degenerativas (lento e progressivo) • Acidentes vasculares e poliomielite (súbito) • Esclerose múltipla (doença desmielinizante) • Epilepsia e enxaqueca (crises) o Caracterizar: localização, duração, intensidade, frequência, fatores que desencadeiam, agravam ou atenuam e manifestações associadas; o Exames e tratamentos realizados com os respectivos resultados; o Estado atual do enfermo; o Antecedentes → Ex: convulsões na infância, aneurismas, dores de cabeça, desmaios. Nos familiares - especial ênfase dada às doenças musculares e heredodegenerativas do sistema nervoso. Nos pessoais - condições pré-natais (ocorrência de traumatismo, toxemia gravídica, infecções, uso de medicamentos teratogênicos, tentativas de abortamento, movimentos fetais), condições de nascimento (Hipóxia cerebral, Pré-maturidade, Complicações do parto), condições de DNPM, vacinações (poliomielite, meningite), doenças anteriores, hábitos de vida (abuso de drogas, alimentação, hábitos sexuais). *Perguntar se já abusou de benzodiazepínicos, antidepressivos. SINAIS E SINTOMAS Os principais sinais e sintomas das afecções do sistema nervoso são distúrbios da consciência, cefaleia, dor na face, tonturas e vertigens, convulsões, ausências, automatismos, amnésia, movimentos involuntários, distúrbios visuais, distúrbios auditivos, náuseas e vômitos, disfagia, distúrbios da marcha, paresias, paralisias, distúrbios da sensibilidade, dores radiculares, distúrbios esfincterianos, distúrbios do sono e distúrbios das funções cerebrais superiores. DISTÚRBIOS DA CONSCIÊNCIA o Obnubilação → consciência é comprometida de modo pouco intenso, mas seu estado de alerta é discreto a moderadamente comprometido. o Sonolência → paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente e volta logo a dormir. o Confusão mental e delirium → perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há percepção normal temporoespacial, podendo surgir alucinações, ilusões e agitação. o Alucinações o Esturpor ou torpor → alteração de consciência é mais pronunciada, paciente é despertado por estímulos mais fortes, tem movimentos espontâneos e não abre os olhos, caracteriza-se o estupor ou torpor. o Estado de coma → Se não há despertar com estimulação, e o paciente está sem movimentos espontâneos. Coma leve, vigil ou grau I: comprometimento leve da consciência; atende a ordens simples, deglute e tem reflexo doloroso +, reflexos + Coma de grau médio ou grau II: perda da consciência é quase total; deglute com dificuldade, reflexos doloroso + com estimulação grande, reflexos + Coma profundo ou grau III: perda de consciência total, sem reflexo doloroso, sem deglutição, arreflexia, relaxamento total da musculatura Coma grau IV: grau III + comprometimento das funções vitais (parada respiratória/ apneia). *Saber escala de coma de Glasgow. CEFALEIA o Causas: Enxaqueca, HAS, infecção, AVE, TCE, aneurisma, por uso de substâncias. o Primária (cefaleia vascular) ou secundária (secundárias a alguma patologia prévia - TCE, Neoplasias, Distúrbios vasculares). o Anamnese: localização, duração, frequência, irradiação, qualidade e caráter, sintomas associados, fatores predisponentes, agravantes e de alivio, incluindo medicamentos, história pregressa, pessoal e familiar. o Exame físico: Exame neurológico → inspeção da cabeça e pescoço, palpação dos músculos cervicais e cranianos e das artérias carótidas e temporais, exame das articulações temporomandibulares, pesquisa da mobilidade cervical, pesquisa de anormalidades da sudorese, das pupilas e outras alterações autonômicas na cabeça e no tronco. Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II EXANQUECA OU MIGRÂNIA o Paroxística, com ataques durando de 4 a 72h, intercaladas por períodos assintomáticos; o Cefaleia vascular/primária. o Sexo feminino, com primeira crise antes dos 30 anos de idade; história familiar positiva; o Em aproximadamente 2/3 dos casos, a dor é unilateral, mas alternante (cefaleias unilaterais que ocorrem sempre do mesmo lado não devem ser atribuídas a enxaqueca); o Cefaleias diárias e continuas tem poucas chances de ser unicamente enxaqueca; o A dor é pulsátil, de intensidade moderada a acentuada, piorando com exercícios físicos leves. Há também foto e fonofobia, náuseas e/ou eventualmente, vômitos. o Com aura e sem aura (mais comum); o Aura: sintomas neurológicos focais indicativos de alterações no córtex ou tronco cerebral, que se desenvolvem durante 5 a 20 min e duram menos de 60 min. Na maioria das vezes, a aura é de natureza visual, caracterizada por escotomas e/ou cintilações, formando ziquezague que surgem no campo visual. Dentre outros tipos menos frequentes de aura, devem ser lembradas as parestesias, disartria e afasia de expressão. o Ataques de enxaqueca sem aura e com aura em um mesmo paciente são frequentes; o Crises podem ser desencadeadas por determinados alimentos e podem acompanhar os ciclos menstruais, melhorando durante a gestação. 1ª Fase – premonitória (pródromo) ✓ 7- 8% dos casos; ✓ Fadiga, bocejo, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, avidez por doce. Esses sintomas podem ocorrer até 72 horas antes da dor. 2ª Fase – Aura Pode iniciar antes ou junto com a cefaleia, ocorrendo em cerca de 90% das pessoas com enxaqueca. Suas formas de manifestações são: escotomas, cintilações e espectros de fortificação, que surgem em uma parte do campo visual e pouco a pouco vão se espalhando e crescendo. 3ª Fase – Fase álgica Geralmente unilateral, latejante, forte intensidade e pode durar de 4 até 72 horas. Costuma-se associar a náusea e/ou vômitos, fono e/ou fotofobia. 4ª Fase – Resolução (Pósdromo) Também conhecida como “ressaca”; sensação intensa de fadiga, sonolência, dificuldade de concentração ou até uma dor em toda a cabeça leve e residual, podendo durar até 48 horas. CEFALEIA EM SALVAS o A dor é praticamente insuportável, caracterizada pelos pacientes como a maior jamais experimentada; o Cefaleia vascular/primária; o Os pacientes, na tentativa de obter alivio, batem a cabeça na a parede, socam a própria cabeça, em constante agitação. Não permanecem deitados, nem mesmo sentados, durante os ataques; o A dor é unilateral frontorbitária, eventualmente temporal, caracteristicamente descrita como vindo detrás do olho. Dura de 15 a 120 min, em uma frequência de 1 ataque a cada 2 dias ate 8 ataques por dia. o Distúrbios autônomos no lado da dor acompanham as crises, tais como edema conjuntival, lacrimejamento, obstrução nasal, rinorréia, sudorese na fronte e na face, miose, ptose pálpebral e edema das pálpebras; o Os ataques ocorrem por um período que varia de semanas a poucos meses, após a qual desaparecem completamente para ressurgir após meses ou anos, com as mesmas características. o Mais comum em idosos, mas podem ocorrer em jovens; o Os ataques tendem a acorrer durante um período determinado da noite; o Bebidas alcoólicas também podem provoca-las; o Curiosamente, a inalação de oxigênio puro por máscara corta as crises, o que serve não apenas para tratamento, mas também como prova diagnóstica. o Na minoria dos casos, os ataques podem ser crônicos, isto é, ocorrem sem períodos de remissão. o Alguns casos podem ser secundários a neoplasias ou malformações vasculares, o que indica a realização de exames complementares para o diagnóstico.CAFEALEIA TENSIONAL o Mais frequente, mulheres, qualquer idade; o A dor típica é bilateral, do tipo pressão ou aperto, não pulsátil, de intensidade leve a moderada, sem piorar com atividade física rotineira. Não há náuseas nem vômitos; Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II fono ou fotofobia podem estar presentes, diferentemente da enxaqueca, os pacientes desse grupo tendem a continuar suas tarefas na vigência da crise, apesar do incômodo provocado pela dor. CEFALEIA DA HIPERTENSÃO INTRACRANIANA o Pulsátil, que toma a cabeça toda; o Geralmente, perdura dias ou meses, tornando-se cada vez mais intensa e com o passar do tempo, resistente aos analgésicos. o Quase sempre se exacerba pela manhã, quando passa a ser acompanhada de vômitos; o Os sintomas associados mais comuns são náuseas e vômitos (estes podem ser abruptos, sem náuseas, projetados a distância e chamados de vômito em jato ou vômito cerebral), diplopia, diminuição da acuidade visual, convulsões, alterações psíquicas que variam desde a apatia e indiferença até a excitação e agressividade. DOR FACIAL Podem ocorrer diversos tipos de dor facial, com variações de intensidade, caráter, irradiação e localização, conforme a etiologia (que podem ser afecções odontológicas, sinusais, oftalmológicas, defeitos da articulação temporomandibular, defeitos do septo nasal). NEURALGIA DO TRIGÊMEO o Dor extremamente intensa, evidenciada por meio de agulhada - Ataques breves do tipo choque elétrico na distribuição de um ou mais ramos desse nervo; o As dores são intensa e intercaladas por períodos assintomáticos; o É estritamente unilateral, podendo ser desencadeada por estimulação em uma determinada área (zona-gatilho), sendo a comissura labial o ponto mais comum. Este fato obriga o paciente a não sorrir, conversar ou mastigar, sempre com o intuito de não mover os lábios. o As mulheres são mais acometidas, mais comuns em idosos; o A dor pode ser desencadeada por estimulas superficiais em áreas sensíveis, tais como ao pentear-se, barbear-se, escovar os dentes ou mastigar, ou pelo simples toque. Ataques espontâneos também podem ocorrer. o Os ramos inferiores são mais acometidos que o primeiro ramo, e a dor permanece sempre do mesmo lado. TONTURA E VERTIGEM o Vertigem: tontura com nítida sensação de rotação (o paciente tem a sensação de girar em torno do ambiente, ou vice-versa); o Instala-se agudamente e é acompanhada de náuseas, vômitos, desequilíbrio, palidez e sudorese. Se estiver na posição vertical, parada ou andando, o paciente pode cair. Persiste, inclusive, quando o paciente está com os olhos fechados. o Causas: lesão ou disfunção das vias vestibulares (infecções, intoxicações, neoplasias e edema do labirinto. o Tontura com sensação de iminente desmaio – paciente se torna pálido, apresenta escurecimento visual e transpiração profusa. o Tontura manifestada com a sensação de desequilíbrio - Condição própria de descontrole do sistema motor e só aparece quando o paciente se põe a andar e regride quando sentado. o Tontura com sensação desagradável na cabeça (cabeça oca, leve ou grande) - Nessas circunstâncias, vale lembrar a possibilidade da presença de hiperventilação, depressão ou ansiedade. CONVULSÕES o Movimentos musculares súbitos e incoordenados, involuntários e paroxísticos, que ocorrem de maneira generalizada ou apenas em segmentos do corpo; o As crises epilépticas são manifestações neurológicas decorrentes de descargas bioelétricas, originadas em alguma área cerebral. - Generalizadas: convulsivas e não convulsivas, ou parciais/focais; - Convulsivas: tônicas, clônicas ou tônico-clônicas. o As convulsões tônicas se caracterizam por serem sustentadas e imobilizaram as articulações. As clônicas são rítmicas, alternando-se contrações e relaxamentos musculares em ritmo mais ou menos rápido. o Crises convulsivas generalizadas (grande mal): perda abrupta da consciência com queda ao solo, seguido de uma fase de enrijecimento global (fase tônica), substituída, por sua vez, por contrações musculares sucessiva, generalizadas e intensas (fase clônica). Ao final de 2 a 5 min, a crise cessa, e o paciente entra em relaxamento total e sono profundo, do qual dificilmente é despertado. Acorda após algum tempo, confuso e atordoado, sem noção do que aconteceu. Durante o episódio convulsivo, observam-se, em geral, cianose, sialorreia, incontinência de esfíncteres, mordedura da língua e ferimentos diversos. - Ausência – não convulsivas: o Epilepsia tipo pequeno mal (não convulsiva): breves períodos de perda de consciência (de 5 a 30 segundos), que podem passar despercebidos pelo próprio paciente Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II e pelos familiares. Ocorrem quase exclusivamente em crianças, sendo descritos como se o paciente estivesse parado como uma estátua. Às vezes, diz-se que a criança fica distraída ou "encantada”. Durante esse curto período, ela nem chega a cair; apenas interrompe brevemente suas atividades. Pode também apresentar um leve tremor de pálpebras. A recuperação da consciência é rápida, e prossegue a atividade prévia como se nada tivesse ocorrido. TETANIA Forma particular de movimento involuntário e caracteriza-se por crises exclusivamente tônicas, quase sempre localizadas nas mãos e nos pés, por isso denominadas espasmos carpopodais. FASCICULAÇÕES Contrações involuntárias de grupos de fibras musculares, visíveis durante o repouso. Breves, irregulares e não provocam deslocamento de segmentos corporais. As fasciculações acontecem em virtude da perda da inervação muscular, ocorrendo nas neuropatias periféricas e principalmente em doenças do corno anterior da medula. Patologias do neurônio motor. ELA (corno anterior da medula espinhal), Sirigomielia. AMNÉSIA o Não há perda da consciência de forma global, somente de uma das funções superiores (memória) o Síndromes demências (demência senil, Alzheimer — amnésia anterógrada grave) o Amnésia pós-traumáticas (parcial ou total) o Amnésia dissociativa DISTÚRBIOS AUDITIVOS o Hipoacusia → perturbações auditivo-deficitárias parcial podendo situar-se em um ou em ambos os lados. o Acusia → perturbações auditivo-deficitárias total. Perda da audição. o Distúrbios de condução → cerume, corpo estranho, atrésia da orelha externa, otite, otosclerose, colesteatoma na orelha média. o Defeitos neurossensoriais (congênitos, prebiacusia, neoplasia do ângulo pontocerebelar, síndrome de Meniere, traumatismos, labirintite) referentes a orelha interna. o Zumbidos → estimulação anormal do ramo coclear do VIII nervo craniano DISTÚRBIOS VISUAIS o Amaurose → perda total da visão; o Ambliopia → redução da acuidade visual; *Tanto a ambliopia como a amaurose podem ter caráter uni ou bilateral, definitivo ou transitório, súbito ou gradual, e estão habitualmente na dependência de lesões da retina (oclusão da artéria central, obstrução da carótida, coriorretinite macular), da papila ou do nervo óptico (papilite, neurite retrobulbar, neoplasia, hipertensão intracraniana), deslocamento da retina, hemorragia e glaucoma. o Hemianopsia → defeito campimétrico. Perde a visão da metade do campo visual. Defeito é por lesão no quiasma óptico, distúrbios vasculares, neoplasias, doenças desmielinizantes. o Diplopia → visão dupla. Ocorre nos casos de estrabismo convergente e divergente, uni ou bilateral, refletindo paresia ou paralisia de um ou mais músculos ligados aos movimentos dos olhos (UI, IV e VI). NÁUSEAS E VÔMITOS o Sensação de mal-estar, tanto na região epigástrica como na faríngea. o Acompanhadas de palidez cutânea, bradicardia, sudorese, repulsa à ingestão de alimento e quase sempre precedem os vômitos. o Ambas as manifestações são frequentes em distúrbios do aparelho digestivo, naslabirintopatias e na enxaqueca, mas podem ser encontradas em doenças neurológicas, agudas ou crônicas, que aumentam a pressão intracraniana (meningite, neoplasia, hemorragia, traumatismo cranioencefálico). o Contudo, é importante destacar que, nas encefalopatias, o vômito não é precedido de náuseas. É o chamado vômito central ou cerebral ou também, impropriamente, vômito em jato. DISFAGIA o Alterações do transporte de alimento da boca ao estômago o Podendo culminar ou não na entrada dos alimentos na via respiratória o Causas neurológicas, mecânicas ou até psicológicas o Paralisia da língua (n. XII) e do palato faríngeo (IX e X) DISTÚRBIOS DA COMUNICAÇÃO o Disfonia: alteração do timbre da voz, que se torna rouca ou bitonal, e depende da disfunção das cordas vocais por lesão do nervo vago (X par). Quando a lesão for bilateral, o paciente torna-se afônico. A disfonia pode também ocorrer por lesões estruturais das cordas vocais. o Disartria: alteração da articulação da palavra falada. Causas: paralisia pseudobulbar (misto de anasalada e explosiva), parkinsonismo (arrastada, lenta), síndrome cerebelar (escandida). Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II o Dislalia: perturbação da articulação da palavra falada, sem que as causas estejam localizadas no sistema nervoso. A fisiológica observa-se na criança até 4 anos de idade e consiste na troca de sílabas ou letras ("papato" por sapato, "potão, por portão); a que é acompanhada de retardo psicomotor, prolongando-se, em geral, até os 10 anos de idade; a secundária a lesões do palato, língua, dentes, lábios e mandíbula, de interesse da fonoaudiologia. o Disritmolalia: trata-se da perturbação do ritmo da fala, destacando-se: (a) taquilalia, na qual se observa a alteração do ritmo da fala, tornando-a imprecisa, e (b) gagueira, em que há interrupção do ritmo da fala, observando-se a gagueira fisiológica ou evolutiva, até os 3 anos de idade, e a que se prolonga pela idade adulta. o Dislexia: dificuldade de capacitar-se para a leitura convencionalmente ensinada. É comum a inexistência de alterações neurológicas e psíquicas, mas boa parcela das crianças disléxicas tem antecedentes de retardo na aprendizagem da fala. A dificuldade se mostra mais na composição das palavras do que na identificação das letras isoladas. o Disgrafia: grafia é basicamente irregular, fragmentada, a ponto de, muitas vezes, tornar-se ilegível. Existem a disgrafia espacial ou de evolução, na qual não se observam distúrbios neurológicos, e a disgrafia secundária a problemas orgânicos, como o parkinsonismo (micrografia) e a cerebelopatia (macrografia). o Afasia: perda total da fala. o Disfagia: perda parcial da fala. AFASIA Engloba distúrbios da expressão verbal (fala e/ou escrita), em que se observa desintegração dos mecanismos que propiciam a palavra falada e/ou escrita; da recepção verbal (áudio e/ou visual), nos quais é evidente a dificuldade de compreensão das ideias-símbolos; e da atividade gestual, também denominada linguagem corporal, excluindo-se, todavia, os distúrbios mentais patentes. AFASIA MOTORA OU VERBAL (BROCA): Afasia de broca, em que há dificuldade de variável intensidade par expressar-se pela fala ou escrita e, habitualmente, associa- se a hemiparesia ou hemiplegia direita, por lesão de opérculo frontal e da área motora adjacente do hemisfério esquerdo. Em suma, a afasia de broca interfere principalmente na produção da fala, não em sua compreensão. AFASIA RECEPTIVA OU SENSORIAL (WERNICKE): Afasia de Wernicke, na qual o paciente apresenta de leve a extrema dificuldade para a compreensão da fala e da escrita desacompanhada de outro déficit motor, por comprometimento do giro superior e posterior do lobo temporal esquerdo. Nessa forma clínica, o paciente pode apresentar parafasia, na qual os vocábulos ou as frases estão erroneamente colocados; perseveração, que é a repetição de um mesmo vocábulo; jargonofasia, cuja manifestação é o uso de palavras novas e incompreensíveis. Portanto, podem produzir um discurso aparentemente fluente, mas falam coisas sem sentido. AFASIA DE CONDUÇÃO: A maior dificuldade é a repetição de palavras. Embora consiga ler e falar razoavelmente, o paciente não é capaz de repetir frases que llhe são ditas. AFASIA GLOBAL: A compreensão e a expressão da linguagem ficam amplamente reduzidas. Estes doentes praticamente não produzem discurso e apresentam um grave déficit de compreensão auditiva, apesar de poderem cumprir ordens devidamente contextualizadas e muito frequentes. A hemiparesia ou hemiplegia direita está presente. AFASIA AMNÉSTICA (ANÔMICA): Paciente apresenta incapacidade para designar ou nomear os vocábulos ou o nome de objetos, conservando, contudo, sua finalidade. Assim, o indivíduo sabe para que se destina o pente, por exemplo, mas não consegue lembrar-se da palavra pente nem expressá-la. AFASIA TRANSCORTICAL: O achado mais relevante é uma repetição conservada. Pode ser sensorial, motora ou mista. ✓ Na transcortical sensorial, existe transtorno importante da compreensão, com uma expressão verbal fluente, muitas vezes em forma de jargão semântico. A repetição, porém, está preservada. ✓ Na transcortical motora, existe importante alteração da expressão verbal, com compreensão conservada e boa capacidade de repetição. ✓ A transcortical mista é o transtorno grave da linguagem que se caracteriza por alteração tanto da compreensão como da expressão verbal, se bem que se conserva boa capacidade para a repetição. Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II AGNOSIAS Gnosia significa reconhecimento, função específica do córtex cerebral. Dificuldade, incapacidade de reconhecer objetos ou sons, em que pese a ausência de alterações ópticas, auditivas ou táteis. As agnosias são provocadas por lesões cerebrais focais. AVCs, neoplasias, TCEs. o Agnosia auditiva: perda de reconhecimento dos sons o Cegueira cortical ou psíquica: perda da visão de objetos o Estereoagnosia: perda de reconhecimento dos objetos colocados em sua mão ao ser suprimida a visão o Somatoagnosia: perda de reconhecimento do próprio corpo em relação ao espaço o Prosopoagnosia: perda de reconhecimento da fisionomia alheia ou de sua própria (autoprosopoagnosia) APRAXIAS Praxia significa atividade gestual consciente e intencional, e a dificuldade ou incapacidade dessa atividade denomina-se apraxia. Alteração na atividade gestual. Excluir distúrbios paralíticos, atáxicos e coreatetóticos) o Apraxia construtiva: perda dos gestos normalmente organizados, tais como: desenhar, modelar ou copiar modelos. o Apraxia ideomotora: dificuldade ou a incapacidade para a execução de gestos simples, permanecendo inalteradas a atividade automática e a ideia do ato a ser realizado. Assim, quando se ordena que o paciente segure a sua orelha ou bata três vezes na porta ou sobre a mesa, ele, apesar do entendimento, não consegue realizar os atos determinados ou os faz com dificuldade variável. o Apraxia ideatória: ocorre quando diferentes gestos simples, realizados isoladamente, ao serem constituídos em um ato mais complexo, perdem ou reduzem a sua sequência lógica e harmoniosa. Dê ao paciente, por exemplo, uma caixa de fósforos e um maço de cigarros, e ele terá dificuldade ou incapacidade para executar todos os atos que o levariam a fumar: retirar o palito da caixa de fósforos e o cigarro do maço, levar o cigarro à boca, riscar o palito, acender o cigarro e fumar. o Apraxia do vestir: caracterizada pela dificuldade ou incapacidade para executar os atos habituais de despir-se ou vestir-se. O paciente apresenta dificuldade variável para abotoar a camisa, vestir a manga da camisa, dar o nó na gravata - ou a coloca antes da camisa. o Apraxia da marcha: dificuldadeda marcha, em especial o seu início. o Apraxia bucolinguofacial: alteração dos gestos da mímica facial, da boca e da língua, permanecendo inalterado o automatismo. O paciente não consegue realizar adequadamente atos simples, como mostrar a língua ou os dentes, colocar a língua em diversas posições, reproduzir a mímica de sorrir, chorar ou beijar. EXAME FÍSICO INSPEÇÃO: o Malformações crânio-raquianas: Macrocefalia, microcefalia, crânio bífido, meningoencefalocele, “Brevis collis”, lordose, cifose, escoliose, espinha bífida, meningocele meningomielocele. o Malformações congênitas dos pés e mãos (sindactilia, polifactilia, pés cavum, etc) o Fáceis, posturas e movimentos involuntários. *Avaliar se há rigidez da nuca ou se a nuca é livre. A primeira situação é frequentemente encontrada na meningite e na hemorragia subaracnóidea. Avaliação do estado mental → MEEM PESCOÇO E COLUNA CERVICAL o Carótidas → Procede-se à palpação e à ausculta de ambas as carótidas em separado, comparando-se a amplitude e averiguando se existe frêmito e/ou sopro. (avaliar existências de estenose ou oclusão arterial) o Limitação de movimentos: pede-se ao paciente que execute movimentos de extensão, flexão, rotação e lateralização da cabeça. Causas osteomusculares, radiculopatias, meningites. o Rigidez da nuca (meningite). Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II PROVA DE BRUDZINSKI – com o paciente em decúbito dorsal e membros estendidos, o examinador repousa umas das mãos sobre o tórax do paciente e, com outra colocada na região occiptal, executa uma flexão forçada da cabeça, quando há uma rigidez da nunca essa manobra é confirmada (Positiva: paciente se encolhe quando eleva a cabeça) COLUNA LOMBOSSACRA o Dor lombo sacra; o Radiculopatias, discopatias, osteoartrose, neoplasias, síndrome miofascial, infecções, doenças reumatológicas, espondilolistese, estenose do canal medular, fraturas; o Avaliação dos movimentos (extensão, flexão, rotação e lateralização); o Avaliar comprometimento neurológico (força, sensibilidade, provas de estiramento da raiz nervosa); PROVA DE LASÉGUE - para diagnosticar compressão radicular – doença do nervo ciático. Paciente em decúbito dorsal. Levantar o membro inferior estendido até 30-45˚. Positivo quando dor irradiada na face posterior da coxa. PROVA DE KERNIG - Extensão da perna, estando a coxa fletida em ângulo reto com a bacia. Positiva quando dor em trajeto do nervo ciático. Essas provas são utilizadas para o diagnóstico de meningite, hemorragia subaracnóidea e radiculopatia ciática. MANOBRA DE PATRICK - Testa articulação coxo-femoral. O tornozelo é colocado ao lado medial do joelho contralateral, e o joelho ipsilateral é levemente deslocado em direção à mesa de exame. Isso força a articulação do quadril e, geralmente, não exacerba a compressão verdadeira das raízes nervosas. Positivo quando você empurrar e paciente tiver dor no quadril. Buscite, osteoartrose. NERVOS RAQUIDIANOS o Palpar nervos cubital, radial, fibular, auricular. o Deve ser palpado para suspeita de diagnóstico de neurites onde há espessamento dos nervos periféricos (hanseníase). MARCHA OU EQUILÍBRIO DINÂMICO A todo e qualquer distúrbio da marcha, da-se o nome de disbasia. A disbasia pode ser uni ou bilateral. o Marcha helicópode, ceifante ou hemiplégica → Ao andar, o paciente mantém o membro superior fletido em 90º no cotovelo e em adução, e a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona. Devido a isso, a perna tem de se arrastar pelo chão, descrevendo um semicírculo quando o paciente troca o passo. Esse modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação. Aparece nos pacientes que apresentam hemiplegia, cuja causa mais comum é o acidente vascular cerebral (AVC). o Marcha anserina ou do pato (grávida) → A paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita, ora para a esquerda, alternadamente, lembrando o andar de um pato. É encontrada em pacientes com doenças musculares e grávidas e traduz diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas. o Marcha parkinsoniana → O doente anda como um bloco, enrijecido, sem o movimento automático dos braços. Passos miúdos e rápidos, com a cabeça permanentemente inclinada para a frente, parecendo que corre atrás do seu centro de gravidade. o Marcha cerebelar ou marcha do ébrio; (zigue zague) → Ao caminhar o paciente ziguezagueia. Ele alarga bem a base para manter o equilíbrio e não consegue caminhar em linha reta. o Marcha tabética (passos fortes) → Para se locomover o paciente mantém um olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados abrupta e exclusivamente e ao serem recolocados no chão os calcanhares tocam o chão de modo bem pesado. Com os olhos fechados a marcha apresenta acentuada piora ou se torna impossível. Indica a perda de sensibilidade proprioceptiva por lesão no cordão posterior da medula. o Marcha de pequenos passos → É caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar arrastar os pés como se estivesse dançando marchinha. Aparece na paralisia pseudobulbar e na atrofia cortical da senilidade. (marcha dos idosos) o Marcha vestibular (estrela) → o paciente apresenta lateropulsão quando anda; é como se fosse empurrado para o amplo e lhe for solicitado ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, ele descreverá uma Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II figura semelhante a uma estrela, daí denominada também marcha em estrela. Ele vai ser empurrado pro lado da lesão. o Marcha escarvante → quando o doente tem paralisia dos movimentos e flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar, toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Par evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, o que lembra o passo de ganso dos soldados prussianos → lesão do nervo fibular comum. Essa não altera com o paciente de olho aberto ou fechado, se ele andar vai observar que ele tem paralisia na dorso flexão, é um pé caído, então tem que levantar para ele não atropelar, se pedir para fechar os olhos não altera. o Marcha claudicante → ao caminhar, o paciente manca para um dos lados. Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor. Se tiver uma lesão no aparelho locomotor por exemplo, a gente termina direcionando o peso do corpo para o outro lado. o Marcha em tesoura ou espástica → os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semifletidos, os pés se arrastam e as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. Esse tipo de marcha é bastante frequente nas manifestações espásticas da paralisia cerebral. EQUILÍBRIO ESTÁTICO Terminado o estudo da marcha, solicita-se ao paciente continuar na posição vertical, com os pés juntos, olhando para frente. Nessa postura, ele deve permanecer alguns segundos. Em seguida, ordena-se a ele que feche as pálpebras. A isso se denomina PROVA DE ROMBERG. No indivíduo normal, nada se observa, ou apenas ligeiras oscilações do corpo são notadas (prova de Romberg negativa); Na vigência de determinadas alterações neurológicas, ao cerrar as pálpebras, o paciente apresenta oscilações do corpo, com desequilíbrio e forte tendência à queda (prova de Romberg positiva). A tendência para a queda pode ser: (1) para qualquer lado e imediatamente após interromper a visão, indicando lesão das vias de sensibilidade proprioceptiva consciente; (2) sempre para o mesmo lado, após transcorrer pequeno período de latência, traduzindo lesão do aparelho vestibular. Em algumas ocasiões, sobretudo nas lesões cerebelares, o paciente não consegue permanecer de pé (astasia) ou o faz com dificuldade (distasia), alargando,então, sua base de sustentação pelo afastamento dos pés para compensar a falta de equilíbrio. Tais manifestações não se modificam quando se interrompe o controle visual (prova de Romberg negativa). A PROVA DE ROMBERG é positiva nas labirintopatias, na tabes dorsalis, na degeneração combinada subaguda e na polineuropatia periférica. MOTRICIDADE VOLUNTÁRIA Atos motores: voluntários, involuntários e reflexos. A motricidade voluntária é estudada por meio de duas técnicas, uma para a análise da MOTRICIDADE ESPONTÂNEA (avaliar marcha e motricidade) e outra para a avaliação da FORÇA MUSCULAR (através de testes). A motricidade voluntária se faz através do sistema piramidal, e a involuntária através da extrapiramidal. MOTRICIDADE ESPONTÂNEA o Primeiro pedir para o paciente caminhar, analisando a marcha. o Solicitar ao paciente que realize movimentos ativos: abrir e fechar mão, estender e fletir o antebraço, abduzir e elevar o braço, fletir a coxa, fletir a perna ou o pé o Afastar condições extraneurológicas o Síndromes piramidais há diminuição da velocidade do movimento o Síndromes extrapiramidais há diminuição da velocidade e da amplitude do movimento o A redução ou abolição do movimento espontâneo é representada por lesão dos neurônios motores ou suas vias (piramidal, coluna ventral da medula, nervos periféricos) FORÇA MUSCULAR o Realiza os mesmos movimentos da motricidade espontânea só que com resistência aplicada pelo examinador; o Testar de maneira geral, MMSS e MMII. *O grau 4 é subdividido em: (4+) contra forte resistência; (4) contra moderada resistência e (4-) contra insignificante resistência. Normal: força muscular preservada total (Grau V). Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II A fraqueza a depender da localização vai ajudar ao examinador entender qual o padrão de acometimento neurológico que ele tem, podendo ser: lesão hemisférica, lesão do tronco cerebral, lesão da medula espinal, polineuropatia (mãos e pés), miopatia (cintura escapular e pélvica). PROVAS DEFICITÁRIAS: Testes de força muscular o Manobras de Mingazzini (membro inferior) Faz ângulo de 90° da coxa com a bacia, deixa durante 30s – 1min para ver se o paciente aguenta. o Manobra de Barré (membro inferior) Paciente em decúbito ventral, levanta a perna. Se o paciente não aguentar e começar a baixar a perna, tem alguma deficiência. o Prova dos braços estendidos (membro superior) MASSA MUSCULAR • Atrofia – denervação por lesões no motoneurônioinferior (corno anterior da medula ou nervo periférico) • Fasciculação TÔNUS MUSCULAR: Tônus pode ser considerado o estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação). Exame do tônus: paciente deitado; Inspeção – musculatura boa, simétrica, ver se tem abaulamento, hipertrofia, etc. Palpação das massas musculares - Avalia consistência da massa muscular (grau de consistência muscular) → hipotonia e hipertonia. o Massa muscular com consistência diminuída – hipotonia o Massa muscular com consistência aumentada – hipertonia Movimentos passivos: balanço passivo (segura o membro do paciente e movimenta, observando se a extremidade balança de forma normal, exagerada (hipotonia) ou diminuída (hipertonia). Alterações do tônus muscular: Hipotonia: achatamento das massas musculares, consistência muscular diminuída, passividade aumentada. Lesões do cerebelo, coma profundo, lesões de vias de sensibilidade proprioceptiva, lesão da coluna anterior da medula, lesão dos nervos motores periféricos, encefalopatias. Hipertonia: aumento da consistência muscular, passividade diminuída. Encontrado nas lesões piramidais (espasticidade) e extrapiramidais (rigidez). • Elástica e eletiva – lesão piramidal Apresenta predileção por algum grupo muscular → flexores do MMSS e extensores do MMII e apresenta dificuldade no início do movimento *Espasticidade *Postura de wernicke-man (músculos flexores do membro superior e músculos extensores do membro inferior) *SINAL DO CANIVETE (há resistência inicial em realizar o movimento e depois ele cede) • Plástica: lesão extrapiramidal Rigidez: Afeta globalmente todos os músculos, sem predileção Apresenta dificuldade em todo o movimento Sinal de roda dentada: resistência ao movimento do começo ao fim Caso: Inspeção – achatamento das massas musculares Palpação – conssitencia diminuída Movimentos passivos – passividade e extensibilidade aumentados Balanço passivo – exagerado Hipertonia ou hipotonia? Hipotonia! COORDENAÇÃO o Traduz funcionamento adequado do cerebelo e sensibilidade proprioceptiva o Perda da coordenação: ATAXIA ✓ Cerebelar – marcha cambaleando (não anda em linha reta, não altera a marcha quando fecha os olhos). ✓ Sensorial – alteração da sensibilidade proprioceptiva, marcha tabética (base alargada, olhar fixo no chão). Na prova de Romberg, paciente tem tendência à queda dos dois lados assim que fecha os olhos. Ex.: paciente com sífilis terciária Avaliação do equilíbrio: → Avaliação estática – PROVA DE ROMBERG (paciente em pé de olhos fechados, alterado → +) – se cai para um lado e alguns segundos depois de fechar os olhos: lesão na via vestibular (marcha em estrela) / cai para os dois lados e assim que fecha os olhos: lesão sensorial → Avaliação dinâmica – andar Provas: Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II o Prova dedo – nariz (mais devagar, mais rápido e depois de olhos fechados) o Prova calcanhar joelho (mais devagar, mais rápido e depois de olhos fechados) * Paciente com os braços estendidos. Primeiro pede para tocar o nariz com os dedos de olhos abertos e depois ao fechar os olhos. Pede para tocar com calcanhar de uma perna no joelho da outra o Prova dos movimentos alternados: ✓ Solicitar que o paciente realize movimentos rápidos e alternados; ✓ Flexão e extensão dos membros, sentar, levantar, abrir e fechar a mão, supinação, pronação; ✓ Avaliar movimentos realizados. Alteração: Dismetria (alteração da medida do movimento, ex.: ao nvés de tocar o nariz, toca o olho), disdiadococinesia (incapacidade de realizar movimentos rápidos e alternados, ex.: tocar o polegar com todos os dedos da mão, realizar movimentos de supinação e pronação). REFLEXOS Podem ser: REFLEXOS EXTEROCEPTVIOS OU SUPERFICIAIS: estímulos na pele ou mucosa externa (estímulo feito com um estilete rombo); - Cutâneo-plantar: estímulo feito do calcanhar em direção aos dedos, na porção lateral, formando um semicírculo. É esperado flexão de todos os dedos (normal) – abolido → lesão no neurônio motor. Decúbito dorsal, MMII estendidos. Estimular a região plantar fazendo um leve semi círculo na parte mais anterior. Sinal de babinski + → paciente realiza a extensão do hálux → patológico → lesão na via piramidal (trato corticoespinhal), no AVE, por exemplo. OBS: normal em criança até o início da marcha. Criança apresenta extensão do hálux até começar a deambular (patognomônico da lesão na via piramidal – trato córtico-espinhal) → lesão piramidal ou corticoespinal. ▪ Cutâneo-abdominais: estimula-se a pele do abdome com um objeto de ponta romba no sentido látero-medial em direção a cicatriz umbilical, havendo uma contração dos músculos psolaterais e desvio da linha alba e da cicatriz umbilical para o lado do estímulo. O normal é que os músculos se contraiam discretamente. OBS: abolido em lesão piramidal. ✓ Reflexo cresmastério ✓ Reflexo abdominal REFLEXOS PROPRIOCEPTIVOS, PROFUNDOS, MUSCULARES OU MIOTÁTICOS ▪ Instrumento: martelo de reflexos ▪ Aquileu, patelar, flexor dos dedos, supinador, pronador, biciptal e triciptal (variam sua área reflexógena – área do reflexo patelar é maior) REFLEXO AQUILEU REFLEXO PATELAR REFLEXO DOS FLEXORESDOS DEDOS o C8-T1 o Nervos mediano e ulnar o Falange média do dedo médio do paciente é fixada entre o segundo e terceiro dedos que com seu polegar determina a flexão brusca da última falange do paciente, pressionando a unha e relaxando-a subitamente. o Manobra de Hoffmann o Resposta: contração dos músculos flexores dos dedos REFLEXO PRONADOR REFLEXO SUPINADOR REFLEXO TRICIPITAL REFLEXO BICIPITAL OS REFLEXOS MIOTÁTICOS podem estar: Arreflexia ou reflexo abolido: 0 Hiporrelfexia ou reflexo diminuído: - (hérnia de disco, lesões periféricas (não estão conduzindo o estímulo) Normorreflexia ou reflexo normal: + Reflexo vivo: ++ Hiperreflexia ou reflexo exaltado: +++ (lesões extrapiramidais, lesões centrais) Arreflexia ou hiporreflexia: poliomielite, polineuropatia periférica, miopatias. Hiperreflexia: lesão piramidal (AVE, neoplasia, trauma). Reflexo pendular: lesão cerebelar. REFLEXO DE AUTOMATISMO OU DE DEFESA o Reação normal de retirada do membro a um estimulo nociceptivo, habitualmente aplicado ao pé. o Reação normal após estimulo no pé: permanece inalterado ou retira o membro discretamente o Reação anormal: tríplice flexão (flexão do pé sobre a perna, perna sobre a coxa e coxa sobre o quadril). o Lesão piramidal, a nível medular. Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II VIAS AFERENTES OU SENSORIAIS Fibras A: tátil e pressão Fibras B: dor e temperatura Fibras C: vibratória, cinetico postural ⎯ Tátil discriminativa (paciente localizar onde e dizer o que o médico está fazendo nele) SENSIBILIDADE Testa o receptor nociceptor, termoreceptor (com calor e frio), testa mecanorreceptores, quimiorreceptores(sensações), fotorreceptor (pela pupila). Objetiva: geral ou específica SUPERFICIAL: tátil, dolorosa e térmica; PROFUNDA: vibratória (palestesia), pressórica (barestesia), cinético – postural ou propricepcao (batiestesia), dolorosa e profunda (comprime massas musculares e tendões - não há dor). Cuidados: explicar e mostrar ao paciente o que vai ser feito, pedir para ele fechar os olhos e pesquisar o ponto a ser estudado. Cuidado para não tocar no paciente para não causar confusão. Perguntar se está sentindo e o local. SEMIOTECNICA Material utilizado: martelo, diapasão, algodão ou pincel pequeno, estilete rombo que provoque dor, sem ferir, água gelada e quente, odores fortes. Alterações: Hipoestesia – Diminuição da sensibilidade Anestesia – ausência da sensibilidade Hiperestesia – aumento da sensibilidade Dérmatomos → faixas de pele inervados por fibra sensitiva de um segmento da medula. SENSIBILIDADE SUPERFICIAL Paciente deitado com olhos fechados. Inicia pelo pé e vai subindo, para descobrir qual é o dermátomo lesado. É importante fingir que está tocando também. Fazer sempre bilateralmente. ✓ Tátil (usar algodão ou pincel suave) ✓ Térmica (usar dois tubos de ensaio quente e frio) ✓ Dolorosa (usar estilete rombo que cause dor, sem ferir) Diminuição da sensibilidade tátil (hipoestesia, anestesia e hiperestesia). Parestesia = formigamento, sensibilidade incômoda. Alterações da sensibilidade dolorosa: Hiperalgesia = faz um estímulo doloroso, muita dor só de tocar no membro, dor muito maior que um paciente normal sentiria. Alodinia = dor a um estímulo que não é doloroso. SENSIBILIDADE PROFUNDA – OLHO FECHADO ✓ Vibratória (realizada com diapasão em saliências ósseas) – paciente com pé diabético normalmente não sente. ✓ Pressórica (verificada mediante compressão digital em qualquer parte do corpo); ✓ Cinético-postural (é explorada colocando qualquer segmento do corpo em várias direções, flexão, extensão) ✓ Dolorosa profunda: compressão moderada de massas musculares e tendões, o que, normalmente, não causa dor. Em caso de dor é sinal de que há neurites ou miosites. ESTEREOGNOSIA o Capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão; o Função tátil discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo; o Astereognosia ou agnosia tátil: lesão do lobo parietal contralateral. NERVOS CRANIANOS I - NERVO OLFATÓRIO ▪ É um nervo sensitivo; ▪ Em seu trajeto, passa através da lâmina crivosa; ▪ É o menor dos nervos cranianos; ▪ Não possui ligação com o tronco encefálico; ▪ Lesão no nervo: ex. vítimas de fratura do etmoide. Sífilis, fratura de base de crânio, neoplasia; ▪ Alterações: Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II ✓ Anosmia (não sente cheiro) ✓ Hiposmia (diminuição do olfato) ✓ Parosmia (perversão do olfato) ✓ Cacosmia (é uma sensação olfatória desagradável na ausência de qualquer substância capaz de originar odor). ✓ Alucinações olfatórias ▪ Podem representar verdadeiras crises epilépticas. ▪ Exame da olfação: de olhos fechados o paciente deve reconhecer odores como café, canela, cravo, tabaco, álcool. ▪ Testar cada narina separadamente com os olhos fechados. I I - NERVO ÓPTICO ▪ É um nervo sensitivo ▪ Durante o exame desse par craniano, uma das avaliações estuda também a função do III par ▪ Não possui ligação com o tronco encefálico ▪ Exame: Acuidade visual: pede-se ao paciente que diga o que vê na sala de exame). Examina-se cada olho separadamente → Tabela de snellen. ✓ Ambliopia: diminuição da acuidade; ✓ Amaurose: abolição da acuidade. Campo visual: Sentado, o paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente. O examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está "percebendo" o objeto nas várias posições. Cada olho é examinado separadamente. A isso se denomina avaliação do campo visual ou campimetria. As alterações campimétricas causadas por neoplasias, infecções e desmielinização são anotadas em relação ao campo visual, e não à retina. Fundoscopia: Com o oftalmoscópio, o fundo de olho toma-se perfeitamente visível. Alterações que podem ser encontradas, destacam-se: a palidez da papila, a qual significa atrofia do nervo óptico; a estase bilateral da papila, que traduz hipertensão intracraniana, e as modificações das arteríolas, que aparecem na hipertensão arterial. I I I , IV E VI - NERVOS OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE ▪ São examinados em conjunto, pois inervam os vários músculos que têm por função a motilidade dos globos oculares. Tais músculos compreendem o reto medial, o reto superior, o reto inferior, o oblíquo inferior (inervados pelo oculomotor), o oblíquo superior (inervado pelo troclear) e o reto lateral (inervado pelo abducente). O III nervo inerva também a musculatura elevadora da pálpebra. ▪ Motilidade extrínseca: A posição do globo ocular é dada pelo funcionamento harmônico dos vários músculos. Caso haja predomínio de um deles (por paresia ou paralisia de seu antagonista), ocorre o que se chama estrabismo (desvio do seu eixo normal). ▪ As causas mais frequentes de lesões dos nervos oculomotores são traumatismos, DM, aneurisma intracraniano, hipertensão intracraniana e neoplasias. ▪ Motilidade intrínseca: A pupila é examinada por meio de um feixe luminoso (lanterna de bolso) e pela convergência ocular. ✓ Discoria: irregularidade do contorno pupilar ✓ Midríase: diâmetro se acha aumentado ✓ Miose: diâmetro se acha diminuído ✓ Anisocoria: desigualdade de diâmetros pupilares Reflexo fotomotor: incide um feixe de luz em uma pupila e observa-se resposta de ambas as pupilas. Reflexo fotomotor direto: contração da pupila a qual se fez estímulo. Reflexo fotomotor consensual: contração da pupila oposta. Reflexo de acomodação: aproxima-se um objeto dos olhos e as pupilas se contraem normalmente. O sinal de Argyll-Robertson consiste basicamente em miose bilateral, abolição do reflexo fotomotor e presença do reflexo de acomodação. Síndrome de Claude Bernard-Horner:miose, enoftalmia (olho mais para dentro) e diminuição da fenda palpebral. V - NERVO TRIGÊMEO ▪ É um nervo misto ▪ Raiz motora, representada pelo nervo mastigador, que inerva os músculos destinados à mastigação (temporal masseter e pterigóideos). Avalia-se a lesão unilateral da raiz motora pela observação dos seguintes elementos: ✓ Atrofia das regiões temporais e masseterinas ✓ A abertura da boca promove desvio da mandíbula para o lado da lesão ✓ Ao trincar os dentes, nota-se debilidade do lado paralisado ✓ Há dificuldade do movimento de lateralização da mandíbula ⎯ Raízes sensoriais que compreendem os nervos oftálmico, maxilar e mandibular. ▪ O exame dessas raízes é semelhante ao da sensibilidade superficial, cabendo apenas acrescentar a pesquisa da sensibilidade corneana, feita com uma mecha de algodão que toca suavemente entre a esclerótica e a córnea. O paciente deve estar com os olhos virados para o lado oposto, a fim de perceber o menos possível a prova. A Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II resposta normal é a contração do orbicular das pálpebras, daí a denominação de reflexo cómeo-palpebral. As alterações do trigêmeo podem ser consequência de herpes-zóster, traumatismo e neoplasias. ▪ Comprometida a raiz sensorial, o paciente vai referir dor, limitada à área correspondente à sua distribuição. Em tais casos, usa-se a designação de neuralgia do trigêmeo ou de trigeminalgia. VI I - NERVO FACIAL ▪ É um nervo motor ▪ Musculatura da mimica facial ▪ Sua lesão pode ocasionar diplopia. ▪ Inerva o músculo reto lateral e o globo ocular. ▪ Exame: solicita-se ao paciente enrugar a testa, franzir os supercílios, fechar as pálpebras, mostrar os dentes, abrir a boca, assobiar, inflar a boca e contrair o platisma ou músculo cutilar do pescoço. ▪ A paralisia da face se chama prosopoplegia (unilateral) e, quando bilateral, fala-se em diplegia facial. ▪ Paralisia unilateral: lagoftalmia (o olho sempre permanece aberto), ausência do ato de piscar, desvio da boca para o lado normal. ▪ Tem importância prática a distinção entre a paralisia por lesão do nervo facial (paralisia infranuclear ou periférica) e aquela por lesão da via corticonuclear ou feixe geniculado (paralisia central ou supranuclear). No tipo periférico, toda a hemiface homolateral é comprometida, enquanto, na central, somente a metade inferior da face contralateral se mostra alterada. Este último tipo ocorre com frequência nos acidentes vasculares e nas neoplasias cerebrais. ▪ Às vezes, na vigência de paralisia facial periférica, é possível caracterizar alguma anormalidade da gustação, seja por informação do paciente, seja mediante exame desse sensório. Para isso, são empregadas soluções saturadas com os sabores doce, amargo, salgado e ácido, colocadas na língua para serem identificadas pelo paciente. Não se esqueça de que, entre uma e outra prova, a boca deve ser lavada convenientemente. Paralisia facial central x periférica. ✓ Central: paralisia do andar inferior, ex.: AVE. Mobilidade do andar superior está íntegra (porque recebe fibras dos dois lados) ✓ Periférica: toda a metade da face está alterada ✓ Pede para o paciente erguer as sobrancelhas para saber se está íntegra (paralisia central) ou não (periférica). VI I I - NERVO VESTIBULOCOCLEAR ▪ É um nervo sensitivo ▪ É constituído por duas raízes: a coclear (audição) e a vestibular (equilíbrio). ▪ A raiz coclear é avaliada pelos seguintes dados e manobras: ✓ Diminuição gradativa da intensidade da voz natural ✓ Voz cochichada ✓ Atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido ✓ PROVA DE RINNE, que consiste em aplicar o diapasão na região mastoide. Quando o paciente deixar de ouvir a vibração, coloca-se o aparelho próximo ao conduto auditivo. Em condições normais, o paciente acusa a percepção do som (Rinne positivo). Transmissão óssea mais prolongada que a aérea (Rinne negativo) significa deficiência auditiva de condução. ✓ TESTE DE WEBER: coloca o diapasão no meio do rosto em vários pontos, e pergunta qual lado está escutando melhor. Se tiver lesão de condução o lado que você escutar melhor está lesionado. Se tiver lesão de via sensorial está lesionado do lado que você escutou menos. Júlia Maria Vasconcelos | Semiologia II As alterações auditivas são representadas por sintomas deficitários (hipoacusia) ou de estimulação (zumbido, hiperacusia e alucinações). O acometimento da raiz vestibular é reconhecível pela anamnese, quando as queixas do paciente incluem estado vertiginoso, náuseas, vômitos e desequilíbrio. Causas: rubéola, intoxicação alimentar, síndrome de Menière. A vertigem corresponde a uma incômoda e ilusória sensação de deslocamento do corpo ou dos objetos, sem alteração de consciência. Raiz vestibular: Pesquisa de nistagmo, desvio lateral durante a marcha, desvio postural, sinal de Romberg e provas calórica e rotatória. Nistagmo: consiste em movimentos oculares ritmados, com dois componentes: um rápido e outro lento. O nistagmo pode ser espontâneo ou provocado e compreende os tipos horizontal, vertical, rotatório e misto. Quando há desvio postural durante a marcha, observa-se lateropulsão para o lado da lesão. Se o paciente estiver de pé ou sentado com os olhos fechados e os membros superiores estendidos para frente e elevados em ângulo reto com o corpo, os braços irão desviar-se para o lado do labirinto lesado, e o corpo tenderá a cair para este mesmo lado. Sinal de Romberg positivo, com desequilíbrio do corpo para o lado lesado. IX E X - NERVOS GLOSSOFARÍNGEO E VAGO ▪ Função motora e sensitiva da faringe; ▪ Distúrbios da gustação do 1/3 posterior da língua ▪ Glossofaríngeo: nervo misto. Sua lesão pode determinar a perda do reflexo do vômito. ▪ Vago: nervo misto. É necessário analisar o palato e a úvula. ▪ Lesão unilateral do glossofaríngeo: distúrbios de gustação 1/3 posterior da língua. Podendo aparecer disfagia. ▪ Lesão unilateral do IX e do X nervos: desvio do véu palatino para o lado normal, quando o paciente pronuncia as vogais A ou E, desvio da parede posterior da faringe para o lado normal (sinal da cortina) pela cuidadosa estimulação; disfagia com regurgitação de líquidos pelo nariz, e diminuição ou abolição do reflexo velopalatino. ▪ Lesão isolada do X nervo: disfonia. ▪ Causas de lesões do IX e X nervos: ELA, difteria, neoplasia de mediastino, traumatismo. XI - NERVO ACESSÓRIO ▪ É formado por uma raiz craniana e outra espinhal. Nervo motor. ▪ Uma de suas raízes inerva o músculo trapézio e esternocleidomastoideo. ▪ Exame: rotação da cabeça. Fazer pressão no ombro e pedir para o paciente levantá-lo. ▪ A lesão do acessório por traumatismo, ELA ou siringomielia tem como consequência atrofia desses músculos, deficiência na elevação do ombro (trapézio) e na rotação da cabeça para o lado oposto (esternocleidomastóideo) do músculo comprometido. XI I - NERVO HIPOGLOSSO ▪ É um nervo motor ▪ Participa da inervação da língua ▪ Sua lesão pode determinar disartria ▪ Exame: inspeção da língua - no interior da boca ou exteriorizada, movimentando-a para todos os lados, forçando-a de modo que vá de encontro à bochecha e, por fim, palpando-a, para avaliação de sua consistência. ▪ Lesão unilateral: atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada, a ponta da língua se desvia para o lado da lesão. Às vezes, ocorre disartria para as consoantes linguais. ▪ Lesão bilateral: atrofia, fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade para mastigar e deglutir (a língua auxilia esses atos).
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