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Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia EXAME NEUROLÓGICO ESTADO MENTAL - Feito durante a anamnese. - Vemos se o paciente está coerente, se ele se lembra das datas em que fatos ocorreram. FORÇA MUSCULAR: Membros superiores: - Braços estendidos. Membros inferiores: Mingazzini: Barré: Em decúbito ventral, as pernas devem estar fletidas sobre as coxas. O déficit da musculatura flexora da perna leva a oscilações ou à queda da perna parética. COORDENAÇÃO MOTORA: Membros superiores: Index – nariz: Colocar a ponta do dedo na ponta do nariz. . Sempre realizar esse teste com os olhos abertos (Para pesquisa de problemas cerebelares) e com os olhos fechados (Para pesquisa de problemas proprioceptivos). PROBLEMA CEREBELAR: - MESMO LADO: Vias cerebelares cruzam 2x, portanto, um problema no hemisfério cerebelar direito mostra problemas de coordenação à direita. A. Paciente erra o alvo/ a métrica de um lado e do outro não = Apresenta DISMETRIA. Ou B. Na tentativa de acertar o alvo o paciente começa a fazer uma DECOMPOSIÇÃO DO MOVIMENTO = Movimento não contínuo. Index – index: Juntar a ponta dos 2 dedos. Movimentos alternados: Pedimos para o paciente bater ambas ou 1 mão de cada no colo e virar. - Movimento de bate-vira-bate-vira das mãos. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia LESÃO CEREBELAR . DISDIADOCOCINESIA: É a dificuldade que uma pessoa tem de realizar movimentos rápidos alternadamente. . Perda do RITMO CONTÍNUO = CADÊNCIA ou LENTIFICAÇÃO DO MOVIMENTO (↓ velocidade). Stwart-Holmes. Membros inferiores: Calcanhar – joelho. REFLEXOS . Utilizamos o martelo de Babinski. . Feito nos tendões -> Para uma percussão somente 1 movimento. Ao testarmos um reflexo ele precisa ser graduado de 0 a 4: 0 = Arreflexia -> Ausência de reflexos. 1 = Hipoativo/hiporeflexo -> Ocorre contração muscular mas não há movimento. 2 = Normal -> Contração e movimento esperado. 3 = Hiperativo/hipereflexia -> Reflexo exacerbado; movimentos amplos. 4 = Patológico -> São característicos de Síndrome piramidal. REFLEXO POLICINÉTICO: Em uma percussão temos múltiplos movimentos. Exemplo: Batemos na patela e há múltiplas extensões. AUMENTO DA ÁREA REFLEXÓGENA: Quando há aumento da área reflexógena não precisamos percutir acima do tendão para o movimento realizar e já observamos nas áreas vizinhas. CLÔNUS INESGOTÁVEL: Fazer uma distensão súbita de um tendão ativa movimentos de músculos agonistas e antagonistas ao mesmo tempo. Geralmente feito no pé (Tendão de Aquiles) ou na mão. Exemplo: Flexão plantar e dorsal ao mesmo tempo após distensão do Tendão de Aquiles. Membros superiores: . Estilorradial. . Cubitopronador. . Biciptal. . Triciptal. Membros inferiores: . Patelar. . Aquileu. . Cutâneo-plantar (Babinski). SENSIBILIDADE . Superficial. . Táctil. . Dolorosa. . Térmica. . Profunda. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia . Vibratória. . Cinético-postural. PARES CRANIANOS 1. Olfatório. 2. Óptico. 3. Motor ocular comum 4. Troclear. 5. Trigêmio. 6. Abducente. *Nervos III, IV e IV compõem o Oculomotor. 7. Facial. 8. Acusticovestibular = Vestibulococlear. 9. Glossofarígeo. 10. Vago. 11. Espinhal. 12. Hipoglosso. SINAIS MENÍNGEOS . Rigidez de nuca. Brudzinski. Lasègue Outras avaliações: - Marcha. - Equilíbrio. - Tônus muscular. - Nervos periféricos. MATERIAIS NECESSÁRIOS Abaixador de língua. Algodão. Alfinete. Estilete de ponta romba. Fita métrica. Lanterna de bolso. Martelo de reflexos. Diapasão de 128 ou 256 Hertz. Oftalmoscópio. ANAMNESE IDENTIFICAÇÃO: - Nome. - Idade. - Sexo. - Cor. - Naturalidade. - Procedência. - Ascendência. - Estado civil. - Religião. QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO: . Localização: É bilateral, unilateral, retro-ocular, occipital, frontal. . Tipo de dor: Pulsátil, lancinante (facada), em queimação, constritiva. . Irradiação. . Outros sintomas: náuseas, vômitos, sudorese, fotofobia. . Fatores que agravam: Piora com esforço físico, tosse, posição ereta ou decúbito, ruído, luminosidade.. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia . Fatores que aliviam: analgésicos, repouso, determinadas posturas. HISTÓRIA DA MOLÉSTIA ATUAL: Início: . Data. . Súbito: ÁPICE = Intensidade máxima em até 1 minuto. -> Devemos pensar em etiologia vascular (AVC). . Insidioso. Evolução: 1. Estacionária: - Desde o começo os sintomas possuem a mesma característica. - Doença que não existe progressão, paciente possui dor moderada por grande parte do tempo. - Sintomas permanecem na mesma intensidade. 2. Progressiva: - Vai piorando. Exemplo: Paciente começa com uma fraqueza na mão, depois no braço, etc. - Tumor cerebral, Alzheimer e Parkinson. *Em doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson essa progressão ocorre em anos. - Cefaleia tensional crônica -> Paciente possui uma intensidade de dor moderada durante um tempo. 3. Regressiva (AVC). Primeiras horas = Piores sintomas –> São mais intensos. Após um tempo há uma recuperação do déficit, alguns evoluem para sequelas. Entretanto, alguns evoluem para uma melhora dos sintomas. 4. Paroxística: Fica assintomático entre as crises. - Migrânea e Epilepsia. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia 5. Recidivante: Surto e Remissão. - Esclerose múltipla. *Após alguns surtos o paciente apresenta sequelas. INTERROGATÓRIO COMPLEMENTAR - Cefaleias, vômitos, alterações visuais, convulsões, desmaios, dor, parestesias, fraqueza muscular, paralisias, atrofias, movimentos involuntários, alteração de marcha, fala, escrita, distúrbios psíquicos, alterações do apetite, emagrecimento, alterações dos esfíncteres e distúrbios sexuais. MEDICAÇÕES EM USO . Muitos medicamentos possuem cefaleia como efeito colateral. . Há medicamentos que alteram a atenção, memória, etc. . Alguns medicamentos causam intoxicação no SNC. Ex: Flunarizina (tropismo pelos núcleos da base); Aloperidol (pode levar a distonia aguda – múltiplas contraturas musculares). ANTECEDENTES PESSOAIS: Gestação: Doenças, febre, uso de medicamentos, traumas, exames radiológicos, radiação, tabagismo, etilismo. Complicações cardiorespiratórias no nascimento e neonatais: Tipo de parto, APGAR, anóxia cerebral, choro, sucção, convulsões, icterícia, vacinação. Condições de parto: A termo ou prematuro; Rápido ou demorado. Desenvolvimento psicomotor: Andou e falou com que idade, rendimento escolar e no trabalho, traumatismos crânio encefálicos, doenças prévias, condições de nutrição. Tratamento anteriores para a queixa atual. ANTECEDENTES FAMILIARES . Epilepsia, Parkinson, Alzheimer, Migrânea, entre outros, possuem como fator de risco antecedentes familiares. . Consanguinidade dos pais: - Doenças recessivas: Filho possui 25% de chance de receber os 2 genes recessivos passando aser um homozigoto para a doença. . Doenças hereditárias: - Doenças ligadas ao X -> Maior manifestação nos homens (precisam de 1 X para manifestar a doença). Exemplo: Distrofia muscular de Duchenne. HÁBITOS DE VIDA Etilismo, tabagismo, drogas e atividade física. SENSIBILIDADE SUPERFICIAL (EXTEROCEPTIVA) Táctil: Pegamos um algodão ou pincel e vamos comparando e passando nos membros. Térmica (afasia e calor): Utiliza-se tubos de ensaio com água gelada e quente (~40°) e vamos comparando e passando nos membros. Quente = Objeto acima de 40º. Frio = Objeto abaixo de 5º. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Dolorosa: Pegamos uma agulha e vamos comparando e passando nos membros Discriminação táctil. PROFUNDA (PROPRIOCEPTIVA): Vibratória (palestésica) = PALESTESIA. *Utilizamos o diapasão Colocado em extremidades ósseas Cinético-postural = PROPRIOCEPÇÃO (posição do membro em relação ao espaço). * O paciente deve iniciar o exame com os olhos fechados. Pegamos na lateral de um dedo, colocando para cima, baixo e meio. Posteriormente fazer o movimento de levantar e abaixar o dedo e perguntamos qual a posição do dedo. Barestésica = Compressão. *Objeto com ponta romba Utilizamos o lado inverso do estilete. Dolorosa profunda: Compressão de grandes massas musculares. *Compressão da panturrilha. Estereognóstica = Reconhecimento de objetos pelo tato/palpação. Localização e discriminação tátil: - Paciente com olhos fechados. - Utilizando um compasso de Weber Possui estilete nas 2 extremidades e uma régua que mede a distância entre as pontas. . Capacidade que a pessoa tem de reconhecer estímulos O paciente deve reconhecer se o estímulo é único ou duplo (discriminação dos 2 pontos). *Quanto + nociceptores tivermos = MENOR a distância para reconhecermos 2 pontos. *Lesão de nervo periférico (degeneração dos nociceptores) Distância maior entre os pontos. VIAS DA SENSIBILIDADE . Ramos sensitivos entram pela parte posterior da medula. . Há 3 tipos de fibras: Proprioceptivas: Sobem do mesmo lado da medula e cruzam no tronco cerebral, chegando ao córtex contralateral. Dor e temperatura: Cruzam no segmento que entram na medula (cruzam para o lado oposto na altura do segmento medular) e chegam ao córtex contralateral. Tato, vibração e pressão: - Parte delas sobem do mesmo lado da medula e cruzam no tronco cerebral, chegando ao córtex contralateral (Tálamo). - Parte delas cruzam no segmento que entram na medula e chegam ao córtex contralateral. EXPLORAÇÃO Habilidade e paciência. Disposição e cooperação do paciente. Ambiente tranquilo, paciente relaxado. Pesquisa deve ser metódica e comparativa. Exame é subjetivo -> Depende da informação do paciente. OBS: Pacientes psiquiátricos possuem muitas queijas sensitivas que podem simular alterações. Paciente desnudo ou em trajes sumários. Evitar palavras que podem sugestionar. Reproduzir em gráficos de distribuição sensitiva. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia DEFINIÇÕES DE MUDANÇAS SENSORIAIS 1. Anestesia: Perda da sensação ao toque leve = Ausência completa de sensibilidade. 2. Hipoestesia: Redução da sensação ao toque leve. 3. Analgesia: Perda da sensibilidade à dor. 4. Hipoalgesia: Redução da sensibilidade à dor. 5. Hiperalgesia: Resposta exagerada a estímulo doloroso. 6. Alodinia: Sensação de dor a estímulo não doloroso. Exemplo: Por um estímulo tátil. *Polineuropatia diabética Não consegue encostar o lençol no pé de tanta dor. 7. Apalestesia/hipopalestesia: Ausência ou diminuição da sensibilidade vibratória. LESÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS Causas: Polineuropatia alcóolica e diabética. . Teremos alterações sensitivas e motoras. CLÍNICA Alterações motoras: - Paresia flácida Pé caído. - Hipotrofia muscular. - Arreflexia (ausência de reflexos) Ausência do reflexo aquileu. Alterações sensitivas: - Dor neuropática lancinante ou em queimação Paciente não tolera nem tocar o lençol no pé. - Parestesias (formigamentos). - Hipoestesia ou anestesia superficial e profunda (vibratória) “em botas e/ou em luvas”. - Ataxia Dificuldade de andar devido a perda da propriocepção. SÍNDROME RADICULAR É uma compressão ou comprometimento da raiz. Predominam sintomas sensitivos. Causas: Hérnia de disco, tumores extradurais. CLÍNICA - Dor lancinante na topografia da raiz comprometida, agravando-se com o esforço (espirro ou evacuação). *Devido a compressão das raízes, o disco intervertebral (amortecedor) está comprometido. - Anestesia ou Hipoestesia no trajeto da raiz comprometida. - Sinal de Lasègue = Com o paciente deitado pedimos para o paciente erguer a perna em 30º e ele sentirá uma forte dor que inicia na região lombar e vai para a parte posterior da perna. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia - Arreflexia (Se for L4 vai ter perda do reflexo Patelar e se for L5/S1 vai ter perda do reflexo Aquileu). - Pode ter hipotrofia muscular. - Paralisia flácida. *A dor radicular costuma agravar-se com a tosse, espirro ou esforço de evacuação. SÍNDROME DE DISSOCIAÇÃO SIRINGOMIÉLICA OU SÍNDROME COMISSURAL Causa: Siringomielia e Tumores intramedulares. . Dissociação da sensibilidade. . Há uma alteração na circulação do líquor ocorrendo um represamento na parte anterior da medula, dilatando o canal apendimário, comprimindo as estruturas centrais da medula. . Compressão das fibras que só cruzam, que no caso são as fibras de dor e a térmica, como a táctil trafega através dos cordões posteriores ocorre sensibilidade tátil preservada. Muitos pacientes aparecem com as costas queimadas por não sentirem a temperatura da água e a dor que está causando. CLÍNICA Anestesia suspensa bilateral térmica e dolorosa com preservação da sensibilidade táctil (“em xale” ou “em jaqueta”). - Perda da sensação de frio e calor. - Perda da sensação de dor. Presença de outras malformações ósseas, tais como escoliose ou costela cervical. Atrofia muscular. Fasciculação. Arreflexia. SÍNDROME DO CORDÃO POSTERIOR Causas: Sífilis (tabes dorsalis), degeneração combinada subaguda da medula (comprometimento do fascículo grácil e cuneiforme). *São fascículos que carregam sensibilidade profunda. - Alteração da sensibilidade profunda. CLÍNICA Abolição das sensibilidades profundas: vibratórias e cinético-postural. Ataxia sensitiva (alteração do equilíbrio e coordenação) = Perda da propriocepção: - Romberg + : Paciente em pé, postura ereta, pés juntos, braços ao lado do corpo e olhos fechados. Se houver queda para qualquer um dos lados (para qualquer direção) = Déficit de sensibilidade profunda. - Marcha Ataxocalcante ou Talonante: Projeta muito os pés e depois bate com força no chão. *Paciente perde a noção da distância entre o pé e o chão. Abolição da sensibilidade dolorosa profunda. Incoordenação dos membros. SÍNDROME DE HEMISSECÇÃO MEDULAR (BROWN-SEQUARD) Causas: Traumas medulares por lesão de arma de fogo, branca, tumores extramedualres como meningiomas, os quais vão comprimindo a medula. Débora Oléa Braga – TXXII7º período - Neurologia CLÍNICA Sintomas homolaterais a lesão: - Paresia (perda da força) ou Paralisia. - Abolição das sensibilidades profundas: vibratória e cinético-postural. Sintomas contralaterais a lesão: - Anestesia térmica e dolorosa. SECÇÃO MEDULAR COMPLETA Causas: Traumas medulares, Mielites, AVMs (Acidentes Vasculares Medulares), Tumores e EM. CLÍNICA Paralisia no nível da lesão: - Inicialmente flácida com arreflexia e hipotonia muscular (choque medular), seguida por uma fase subsequente de paralisia espástica, hiperreflexia profunda e sinal de Babinsk. Distúrbios esfincterianos: Inicialmente retenção de urina e fezes seguidas por incontinência. Anestesia de todas as formas de sensibilidade obedecendo o nível da lesão. Sintomas no umbigo = 10ª vértebra torácica. No máximo= C4. SÍNDROME DO CONE MEDULAR É decorrente de uma compressão do final da medula, a qual ocorre em L2. - Anestesia “em sela”. - Alterações esfincterianas e sexuais. SÍNDROME DA CAUDA EQUINA: A lesão é abaixo de L2, comprimindo somente raízes. - Paraplegia flácida com abolição dos reflexos. - Hipoestesia nos membros. - Anestesia “em sela”. SÍNDROME TALÂMICA Ocorre nos AVCS, havendo perda da sensibilidade no hemicorpo contralateral. - Dor talâmica em todo hemicorpo. SÍNDROME CORTICAL - AVC no córtex sensitivo. Exemplo: Perda da sensibilidade em uma metade do rosto ou em um membro Perda mais localizada. - Perda da sensibilidade contralateral à lesão. - É um ato automático. - Deve ser realizada com o paciente com trajes sumários. - Recinto amplo. Plegia = Ausência completa de força. Paresia = Diminuição da força. MANOBRAS Acelerar ou lentificar. Executar meia-volta. Pontas dos pés e calcanhares. Andar de lado e para trás. Olhos fechados. Subir e descer escadas. Manobras que sensibilizam e melhoram o exame da marcha. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia MARCHA ESPÁSTICA: o Comum em pacientes com Sequela de Paralisia cerebral. o Movimento em semicírculo = Marcha em ‘’Tesoura’’. *Cruza a perna para andar, flexão da perna sobre a coxa. o Pé equino = Marcha Di= Paciente não alcança o calcanhar no chão, anda com os dedos. *Isso ocorre devido a espasticidade = Paciente não consegue dobrar os joelhos pois a musculatura do lado parético fica HIPERTONICA/RÍGIDA. Para corrigir o pé equino devemos aplicar TOXINA BOTULÍNICA no M. Gatrocnêmio e Sóleo. o Marcha digitilígrafa – pé equino. o Para corrigir a marcha em tesoura vamos aplicar TOXINA BOTULÍNICA nos músculos adutores (M. Adutor curto e longo), diminuindo a espasticidade desses músculos. MARCHA HEMIPLÉGICA OU CEIFANTE - Tipo de marcha espática. o Marcha em semicírculo (perna arrasta no chão) devido ao MMII espático. o Joelho não flexionado. o Membro superior fletido e adução o Mão fechada em leve pronação. *Flexão dos braços, mãos e dedos. A marcha hemiplégica é um tipo de marcha espástica, podendo ser uma sequela de AVC ou traumatismo com espasticidade em um lado. OBS: No AVC o paciente possui Síndrome piramidal unilateral (sintomas de uma lesão do trato piramidal) = HEMIPARESIA + ESPASTICIDADE. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia MARCHA ATÁXICA SENSITIVA OU TALONANTE OU TABÉTICA . Perda da propriocepção, o paciente caminha olhando para o solo. * Não há noção de sensibilidade profunda. Portanto, o paciente supre a perda com a ativação de receptores de sensibilidade superficial para realizar a marcha = dor, tato e temperatura Causas: Tabes dorsalis, degeneração subaguda de medula, neuropatias periféricas. CLÍNICA Abolição da sensibilidade proprioceptiva (sensibilidade profunda). Caminha olhando para o solo. Insegura e desordenada. Joga os pés com força no chão. Eleva os pés em excesso: Projeta com energia sobre o solte (talonante ou calcaneante). Piora ou é impossível com os olhos fechados. MARCHA ATÁXICA CEREBELAR: . “Marcha de bêbado”. Causas: - Tumores de cerebelo. - Degeneração Espinocerebelar. - Esclerose múltipla. - AV cerebelares (unilaterais). CLÍNICA Aumento da base de sustentação: afastamento das pernas. Perda da coordenação motora. Manutenção da atitude ereta é difícil. Tendência para queda em qualquer direção. Presença de desvios (marcha do tipo ebriosa). MARCHA PARÉTICA: . Presente na hérnia de disco (lesão do nervo periférico) ou polineuropatia diabética. Causas: Lesão do neurônico motor periférico causada por hérnia de disco, polineuropatia, polirradiculoneurites ou lesão da cauda equina. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia CLÍNICA o Flacidez (paralisia flácida). o Paresia (diminuição da força muscular) dos músculos da perna. o Levanta excessivamente a perna. o Arrasta a ponta dos pés. o Dificuldade para subir escadas. MARCHA PARKINSONIANA: Perda dos movimentos automáticos. o Rigidez muscular. o Marcha/viradas em bloco. o Cabeça e troncos inclinados para frente. * Camptocormia = Postura inclinada. o Passos curtos e lentos. o Festinação: Aceleramento dos passos, de maneira involuntária, para manter a postura. o ’Freezing’’ = Congelamento: Paciente quer sair de uma postura e ir para outra e não consegue. MARCHA DAS MIOPATIAS: Causas: Distrofias musculares e Polimiosite. o Fraqueza. o Atrofia da musculatura proximal: Cintura pélvica e escapular Dificuldade de elevar o tronco. O paciente tem dificuldade em ficar em ortostase, tendo que realizar a Manobra de Gowers: pedimos para o paciente deitar no chão e depois levantar. Amplo afastamento das pernas. Lordose exagerada = Hiperlordose. Movimentos oscilatórios da bacia (Marcha anserina) ao andar. *Para ficar em ortostase vai ‘’escalando’’ o corpo. Possui dificuldade para elevar o tronco. É composto pelo: Sistema motor: Composto pela força muscular, tônus muscular e reflexos de postura. Sensibilidade profunda = Propriocepção (posição dos membros ao espaço): - Se dá através dos movimentos do corpo. - Músculos, tendões e articulações que nos informam a posição dos segmentos do corpo e dos movimentos do corpo. Sistema vestibular (labirinto): - Posição e os movimentos da cabeça. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia - Posição da cabeça em relação ao espaço. Visão: Percepção das relações espaciais. Cerebelo: Coordenação muscular. EXPLORAÇÃO Posição ereta (equilíbrio estático), pés juntos, primeiramente com os olhos abertos e depois fechados. *Paciente em pé. Durante a marcha (equilíbrio dinâmico). Cerebelo, se houver alguma alteração vamos ter alargamento da base de sustentação, astasia (dificuldade de andar) e abasia (dificuldade de se manter em pé). Sensibilidade proprioceptiva – Sinal de Romberg. Vestibular: Testado pelo Barany: Paciente em pé, de olhos fechados. Pedimos para ele esticar os 2 braços e não deixar desviar os braços para o lado por mais ou menos 1 minuto. Se houver lesão vestibular a postura se desvia para o lado lesado. Romberg histérico (quando o paciente simula; comumem pacientes psiquiátricos). CENTRO DE COORDENAÇÃO – SERVOMECANISMO: Comandada principalmente pelo cerebelo. Arquicerebelo (lobo floculonodular): Equilíbrio e relação com o sistema vestibular. Paleocerebelo (vérmis): Motricidade automática do tronco e da cintura dos membros. Neocerebelo (hemisférios cerebelares): Motricidade voluntária e coordenação motora dos membros (extremidades superiores e inferiores). Indez-nariz. Index-index. Calcanhar-joelho: Colocar o calcanhar no joelho e escorregar até o pé. Movimentos alternados = DIADOCOCINESIA. Stwart-Holmes = Manobra do rechaço: Paciente puxa o braço do examinador e soltar com força. O paciente com lesão cerebelar não consegue frear, bate a mão do examinador em si. Provas gráficas: escrever ou desenhar. Romberg não está presente nas cerebelopatias. Lesão cerebelar vemos uma decomposição do movimento. DISTÚRBIOS DE COORDENAÇÃO: ATAXIA SENSITIVA Romberg positivo. Dismetria index-nariz, calcanhar-joelho. Marcha do tipo Calcaneante. ATAXIA CEREBELAR: Equilíbrio oscilante, aumento da base de sustentação. Marcha do tipo ebriosa. Dismetria. Disdiacocinesia. Assinergia (dificuldade para brecar o movimento). Tremor postural. MOVIMENTOS CORÉICOS: São desordenados, irregulares, bruscos, breves, arrítmicos e sem finalidade aparente. Regiões mais acometidas: Articulações distais, face e língua. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia MOVIMENTOS ATETÓTICOS: São lentos, ondeantes, irregulares e arrítimicos. Região acometida: Extremidades distais dos membros. BALISMOS: Grande amplitude, bruscos, contínuos, rápidos e ritmados. *Grande amplitude de movimento devido o comprometimento de articulações proximais. Região acometida: Segmentos proximais dos membros. TREMORES: São oscilações rítmicas e involuntárias. Contração alternada de grupos musculares opostos (agonistas-antagonistas). Análise: Ritmo. Amplitude. Frequência. Sede. Circunstância de aparecimento: - Repouso ou movimento. - Postura. - Influência de fatores externos, tais como frio, emoção e fadiga. TREMOR DE REPOUSO (D. PARKINSON): . Ritmo lento e regular. . Diminui com o movimento voluntário Ao assumir uma postura o tremor tende a desaparecer. . Predomina nos membros superiores. . “Contar dinheiro”. TREMOR DE AÇÃO (CERE BELAR, ESSENCIAL): . Desencadeado pelo movimento ou postura. . Diminui com o repouso. . Membros superiores e segmento cefálico. FLAPPING TREMOR (INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA): . Pesquisando com as mãos estendidas. . 1 ou 2 minutos de latência. . Movimentos lentos e irregulares, porém, síncronos. ESPASMO TETÂNICO: . Praticamente contínuo. . Trismo (trava a boca), riso sardônico, extensão da cabeça (contração da musculatura da face). . Posição de opistótono (contração do corpo - pescoço e coluna vertebral de um indivíduo formam uma posição em arco côncavo para trás). . Intensifica com estímulos externos (sons, luzes). ESPASMO FACIAL: . Contração involuntária da musculatura facial. . Orbicular das pálpebras e lábios. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia HISTÓRIA CLÍNICA Sempre que possível, a história deverá ser obtida do próprio paciente. Durante a história de um paciente, pode se observar: - Sua atitude com relação à doença. - As pessoas que o cercam. - Coerência na apresentação dos dados. - Corroboração dos dados por familiares e pessoas que convivem com o paciente podem ser de grande auxílio. AVALIAR: o Forma de instalação: aguda, subaguda, crônica. o Tempo de instalação. o Acometimento: monofásico, contínuo, surto remissão. o Comorbidades associadas. o Antecedentes familiares. o Hábitos. EXAME NEUROLÓGICO ESTADO MENTAL DURANTE A ANAMNESE Quando o paciente começa a conversar durante a já avaliamos a consciência, orientação de tempo espaço, datas e linguagem. Em quadros inicias de demência o paciente possui uma coerência, possui cuidados com a higiene e ele se comporta de maneira adequada Sintomas podem ser imperceptíveis. Focar na queixa. *Queixa cognitiva é muito comum em demência e em quadros de esquecimento. *Por parte do paciente ou do acompanhante. Testes: o Mini Mental o MOCA. MINI EXAME DO ESTADO MENTAL Orientação Temporal Espacial – 1 para cada resposta correta. Máximo de 10 pontos. Registros –Pontuação máxima de 3 pontos. Atenção e cálculo – Pontuação máxima de 5 pontos. Lembrança ou memória de evocação – Pontuação máxima de 3 pontos. Linguagem – Questão 5 até questão 10. Pontuação máxima de 9 pontos. o O mini exame do estado mental é um teste de de triagem para pacientes como suspeita de comprometimento cognitivo. Geralmente é feito com um paciente idoso em que suspeitamos de uma DEMÊNCIA. Demência: Declínio da memória associada a outra função cognitiva que traga prejuizo funcional para o paciente o O mini estado mental irá avaliar o CONTEÚDO DA CONSCIÊNCIA . Ele busca avaliar um pouco de todas as funções cognitivas: Memória de curto e longo prazo, orientação, atenção, praxia (execução) ... Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia A pontuação máxima do mini exame é de 30 pontos. ORIENTAÇÃO TEMPORAL ESPACIAL: 5 perguntas de orientação no tempo e 5 de orientação no espaço. . ‘’Hora aproximada’’: O paciente pode errar 30 minutos para mais ou menos. Lembrar que não pode utilizar nenhum relógio. . ‘’Bairro’’ -> Questão difícil: Muitos não sabem. Perguntar se conhece alguma Avenida ou ponto de referência próximo. Em relação ao tempo e espaço temos que dar 5 pontos cheios em cada categoria. Caso o paciente erre 2 ou 3 questões na avaliação temporal ele ganhará 0 para aquela categoria. REGISTROS = Memória imediata. Pedimos para o paciente guardar as palavras pois o objetivo é que o paciente transforme uma memória imediata em uma memória de trabalho (2-3 minutos). ATENÇÃO E CÁLCULO: Sempre damos preferência para o cálculo pois muitos pacientes analfabetos conseguem fazer conta. São 5 contas em que subtraímos 7. Para cada conta que o paciente acertar ele ganha 1 ponto. -> Caso o paciente comece a sequência corretamente e no meio erre: O avaliador deve corrigir o paciente e pede para fazer novamente a continuação com o número correto. -> Caso o paciente não consiga fazer conta damos a opção de ele soletrar a palavra MUNDO de trás para frente. LEMBRANÇAS = MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO (MEMÓRIA DE TRABALHO): Perguntar as 3 palavras que você falou na avaliação da memória imediata. . Um paciente com cognição normal deve lembrar pelo menos de 2 palavras. LINGUAGEM: Questão 6: Mostramos 2 objetos para o paciente e pedimos para ele nomear -> Testamos GNOSIA VISUAL (reconhecimento visual) e LINGUAGEM (nomeação). Depois testamos a repetição na ORDEM falada -> Geralmente pacientes com comprometimento cognitivo não conseguem repetir a frase inteira. Questão 7: A partir de um comando VERBAL estamos testando ATENÇÃO E PRAXIA (EXECUÇÃO). * O paciente pode pegar o papel com a mão errada; dobram o papel em muitos pedaços (até ficar pequeno); esquecem de colocar o papel na mesa -> Alteração na função cognitiva. Questão 8: A partir de um comando ESCRITO. O avaliador pegaum papel e escreve ‘’FECHE OS OLHOS’’ e mostramos pedindo para o paciente obedecer ao comando. Questão 9: Pedimos para o paciente escrever uma frase. . Se o paciente for analfabeto temos que pular o item. . Se o paciente sabe ler e escrever as vezes ele tem dificuldade para saber o que é frase. Nós como avaliadores não podemos dar um exemplo. *Tentar explicar que é um pensamento; algo que que pode pensar com começo, meio e fim. Ignorar erros de ortografia. Somente deve fazer sentido. Questão 10: Avaliamos a PRAXIA CONSTRUTIVA (HABILIDADE DE CONSTRUÇÃO TEMPORO ESPACIAL) através do paciente copiar o desenho. . É importante avaliar se são 2 pentágonos (deve ter 5 lados) e que eles estejam interseccionados entre si. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Pontuações máximas Pontuações máximas ORIENTAÇÃO TEMPORAL ESPACIAL 1. Qual é o Dia da semana?_______ 1 Dia do mês? __________ 1 Mês? ________________ 1 Ano? ________________ 1 Hora aproximada? ______ 1 2. Onde estamos? Local (ambiente) ? ________ 1 Instituição? _____________ 1 (casa, rua) Bairro? _______________ 1 Cidade? _______________ 1 Estado? _______________ 1 LINGUAGEM 5. Aponte para um lápis e para um relógio. Faça o paciente dizer o nome desses objeitos conforme você os aponta. ________________________ 2 ________________________ 6. Faça o paciente repetir: ‘’Nem aqui, nem ali, nem lá.’’ 1 REGISTROS Mencione 3 palavras levando 1 segundo para cada uma. Peça para o paciente repetir as 3 palavras que você mencionou. Estabeleça 1 ponto para cada resposta correta. - Vaso, carro , tijolo. 3 7. Faça o paciente seguir o comando de 3 estágios: 1 ponto para cada item. ‘’ Pegue o papel com a mão direita.’’ ‘’ Dobre o papel ao meio’’ ‘’ Coloque o papel na mesa’’ 3 8. Faça o paciente ler e obedecer ao seguinte: FECHE OS OLHOS. 1 9. Faça o paciente escrever uma frase de sua própria autoria (A frase deve conter um sujeito, um objeto e fazer sentido). Ignore os erros ortográficos ao marcar o ponto 1 Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia ATENÇÃO E CÁLCULO 3. Sete seriado (100-7= 93-7 = 86-7= 79-7 = 72-7= 65). Estabeleça 1 ponto para cada resposta correta. Interrompa a cada 5 respostas. OU Soletrar a palavra MUNDO de trás para frente. 5 Lembranças (MEMÓRIA DE EVOCAÇÃO): 4. Pergunte o nome das 3 palavras aprendidas no registro. Estabeleça 1 ponto para cada resposta. 3 10. Copie o desenho abaixo. Estabeleça um ponto se todos os lados e ângulos forem preservados e se os lados da interseção formarem um quadrilátero. 1 Em pacientes que não sabem fazer contas, testar atenção e cálculo pedindo para soletrar MUNDO de trás para frente. No final somamos a pontuação do paciente e calculamos de acordo com a ESCOLARIDADE dele: Analfabetos No mínimo 20 pontos Escolaridade de 1 a 4 anos No mínimo 25 pontos Escolaridade de 5 a 8 anos No mínimo 26,5 pontos *Consideramos 26 pontos Escolaridade de 9 a 11 anos No mínimo 28 pontos Escolaridade > 11 anos No mínimo 29 pontos Alfabetizado: mínimo 24 pontos. Analfabetos: mínimo 17 pontos. TESTE MOCA Trata-se de um teste mais profundo. Ele é dividido em 8 partes. . Nota de corte = 26 pontos Abaixo de 26 = Declínio ou transtorno cognitivo. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia I = Olfatório. II = Óptico. III = Oculomotor ou Motor ocular comum. IV = Troclear. V = Trigêmio. VI = Abducente. VII = Facial. VIII = Vestíbulo coclear. IX = Glossofaríngeo. X = Vago. XI = Acessório. XII = Hipoglosso. I - NERVO OLFATÓRIO . Nervo sensitivo com função única de olfato. . Conexões com terminações de nervos relacionados ao paladar. . O exame clínico do nervo olfatório deve ser realizado com substâncias de odor característico que não sejam irritantes Paciente vai reconhecer os cheiros. . Café fresco, canela e tabaco podem ser facilmente encontrados e utilizados. Não faz parte do exame neurológico testar de rotina o nervo olfatório. Testamos quando o paciente tem uma queixa específica: Anosmia = Perda do olfato. Hiposmia = Diminuição do olfato. OBS: O covid-19 entra no SNC e compromete o bulbo olfatório Pacientes apresentam perda do olfato e paladar. II-NERVO ÓPTICO Córtex visual: Se localiza no lobo occipital. ACUIDADE VISUAL: TABELA DE SNELLEN . Quanto que o paciente enxerga. . Consideramos a acuidade visual do paciente da linha que o paciente conseguir ler pelo menos metade das letras. . Caso o paciente não consiga enxergar para ler a 1ª letra/ maior letra da Tabela de Snellen Testamos a acuidade visual dele de outras formas: - Colocamos a mão na frente de seu rosto e vemos se consegue CONTAR OS DEDOS. - 20/20 é o corte para uma boa acuidade visual (até o nível 8). - Para pacientes analfabetos utiliza-se a tabela apenas com “E”s em que o paciente deverá falar qual direção está virado. *Boa acuidade visual: vê até o nível 8. QUANDO NÃO TEMOS A TABELA Pegamos uma folha em branco e pedimos para o paciente ler uma frase com uma letra maior e outra com uma letra menor. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia OU Ficamos a 5m do paciente e pedimos para ele reconhecer quantos dedos possui na mão do visualizador. OBS: Ambliopia = Diminuição da acuidade visual. Amaurose = Abolição da acuidade visual. CAMPOS VISUAIS: CAMPIMETRIA . Pelo MÉTODO DE CONFRONTAÇÃO: Vemos se o paciente possui perdas nos campos visuais. . Pede para o paciente fixar o olhar para a ponta do nosso nariz ou no meio da nossa sobrancelha. . Avalia os 4 campos visuais e o examinador mexe os dedos. . Primeiro fazer com os 2 olhos abertos. Perguntar se enxerga o dedo e se ele está parado ou se movimentando. . Ao tampar um dos olhos, o médico deve tampar o olho junto ao paciente. FUNDO DE OLHO = FUNDOSCOPIA Utilizamos um oftalmoscópiode mão – olho direito do médico avaliando o olho direito do paciente; olho esquerdo do médico avaliando o olho esquerdo do paciente. Trata-se da ANÁLISE DA PAPILA, VEIAS E ARTÉRIAS: Cor da papila. Bordas do disco papilar = Normalmente são nítidas. Vasos que emergem do centro da papila e irrigam toda a retina. As veias são mais calibrosas que a artéria, numa proporção de 2:1. A circulação do fundo de olho indica como a CIRCULAÇÃO CEREBRAL está (se tiver alguma placa de ateroma, placas de calcificação). Paciente normal Papilas cujas bordas estão delimitadas; vasos saem do centro da papila; presença de pulsação venosa. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia - Foto de cima: Normal; papilas com contornos precisos. - Foto do meio: Edema de papila Perde a nitidez dos limites, não vê bordas nítidas, indica hipertensão intracraniana. * Hipertensão intracraniana (edema de papila): Por aumento da pressão, o retorno venoso diminui e as veias ficam túrgidas, havendo borramento da borda da papila. * Ocorre uma compressão do nervo óptico e dificulta a drenagem. - Última foto: Atrofia do nervo óptico Comum em pacientes com esclerose múltipla devido a sequela de neurite desse nervo. *Nervo óptico pálido. *Papila atrófica e pálida. REFLEXO FOTOMOTOR: Utilizamos uma lanterna. Aferência: Nervo óptico = Captação de luminosidade. Eferência: Nervo oculomotor = Contração a pupila = Miose. Iluminamos a pupila do paciente para observar MIOSE = Contração pupilar reflexa FOTOMOTOR DIRETO Avaliamos a contração na própria pupila que estamos iluminando. FOTOMOTOR CONSENSUAL: Avaliamos a contração contralateral da pupila que estamos iluminando. Uma doença no nervo óptico faz com que a via eferente – oculomotor – não exerça a miose. CASO 1 Iluminamos a pupila direita do paciente. Porém, o nervo oculomotor direito está doente. Dessa forma teremos: . Reflexo fotomotor direto abolido. . Reflexo fotomotor consensual – do olho esquerdo – preservado. CASO 2 Iluminamos a pupila direita do paciente. Porém o nervo ÓPTICO direito está doente. Nervo óptico alterado – não há captação da luminosidade e não há aferencia. Dessa forma: . Não há miose em nenhum dos olhos. ACOMODAÇÃO: Ao aproximar o foco ao olho (em direção ao nariz) do paciente deve fazer miose com os 2 olhos. Quanto mais próximo o foco, há uma tendência para focar a imagem e o olho faz miose. III- OCULOMOTOR Avaliamos junto o nervo II, IV e VI. . Junto com nervo troclear (IV) e nervo abducente (VI), é responsável pela movimentação do globo ocular. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia COMO É FEITO? O examinador movimentará os dedos e o paciente deve ser movimentar a cabeça acompanhar o movimento, . 1º: Movimento de cruz. . 2º: Movimento de X. FUNÇÕES Motricidade ocular extrínseca = Movimentos oculares. *Alteração da motricidade ocular (em qualquer um dos 3 nervos): Não faz o movimento conjugado dos 2 olhos – não se movimentam junto. Queixa clínica = DIPLOPIA (Visão dupla). Faz a INERVAÇÃO dos MÚSCULOS RETOS SUPERIOR, MÉDIO E INFERIOR e OBLÍQUO INFERIOR. O nervo oculomotor é também responsável pela INERVAÇÃO DA ELEVAÇÃO DA PÁLPEBRA SUPERIOR (abrir o olho) e pela CONTRAÇÃO DA PUPILA (núcleo de Edinger- Westphal). PARALISIA TOTAL DO I II PAR . Desvio lateral do globo ocular (estrabismo divergente). . Ptose palpebral. . Midríase (dilatação) Olhar para CIMA: MÚSCULO RETO SUPERIOR inervado pelo óculo motor (III). Olhar para baixo: MÚSCULO RETO INFERIOR inervado pelo óculo motor (III). Olhar medial (para o meio): MÚSCULO RETO MEDIAL inervado pelo óculo motor (III). *Ao pedirmos para um paciente olhar medialmente não colocamos o dedo próximo ao nariz e sim colocamos ele nas laterais dos 2 olhos avaliando a visão medial de 1 por vez. Olhar para lateral: MÚSCULO RETO LATERAL inervado pelo abducente (VI). Olhar para cima e para fora: músculo OBLÍQUO INFERIOR inervado pelo nervo óculo motor (III). Olhar para baixo e para dentro (medial): MÚSCULO OBLÍQUO SUPERIOR inervado pelo troclear (IV). Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia IV - NERVO TROCLEAR - O menor dos nervos cranianos. - Inerva exclusivamente o MÚSCULO OBLÍQUO SUPERIOR (olhar para baixo e para dentro). A paralisia do IV se manifesta pelo DESVIO DO GLOBO PARA CIMA E PARA FORA. VI - NERVO ABDUCENTE . Nervo grande que inerva o músculo reto lateral (função: olhar para fora). . Sua paralisia provoca o DESVIO MEDIAL do olho afetado (ESTRABISMO CONVERGENTE). . Processos intracranianos que cursem com aumento de pressão intracraniana ou edema intracerebral podem levar a compressão, levando a paralisia. V – NERVO TRIGÊMIO Função sensitiva = Inervação da face. Função motora = Inerva músculos mastigatórios (Masseter e Pterigoideo). TRÊS RAMOS SENSITIVOS: V1 V2 V3 Ramo oftálmico (V1) = Inerva a região da fronte. Ramo maxilar (V2). Ramo mandibular (V3) = Inerva lábio inferior, mento e porção inferior da bochecha. *V3 não pega a região do ângulo da mandíbula (ramo cervical). Responsável pela AFERÊNCIA DO REFLEXO CORNEAL: Encostamos um fio fino algodão na pálpebra. Fechamento das pálpebras devido a um leve estímulo da córnea. O NERVO FACIAL é responsável pela eferência desse estímulo = Motricidade da face. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Assim, para que ocorra esse reflexo o tronco cerebral deve estar íntegro. O estímulo vai pelo 5º par e volta pelo 7º par craniano. FUNÇÃO MOTORA Para testar a mastigação peço para o paciente morder um palito (abaixador de língua) dos dois lados da boca. OU Pedimos para o paciente abrir a boca e vemos se há desvio da mandíbula: - Uma lesão do nervo motor do trigêmeo em que há perda dos músculos mastigatórios de 1 dos lados, a tendência é a mandíbula quando aberta se desvie para o lado lesionado (fraco). VII – NERVO FACIAL Função: Mímica facial, secretória salivar e Gustação 2/3 anteriores da língua (amargo e doce). . Predominantemente um nervo motor. Como testamos? Pedimos para o paciente fazer alterações da mímica: - Mostrar os dentes. - Levantar a testa. - Fechar o olho com força. - Fazer biquinho e mandar beijo. - Encher as bochechas com ar. Periférica Atingiu o nervo. Central Atingiu o córtex motor (movimentos são interpretados). PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA OU DE BELL: - Mais benigna. - Manifestação mais grave. - Paralisia do andar SUPERIOR e INFERIOR da face. - Movimento da fronte fica comprometido -> Não contrai (não forma as rugas). Sinal de Bell: Pedimos para o paciente fechar o olho, porém a pálpebra não se fecha, assim apenas a pupila sobe e fica só o branco do olho aparecendo. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia PARALISIA FACIAL DE CENTRAL: Comprometimento apenas do andar INFERIOR da face Desvio da rima labial. . O movimentoda fronte (testa) não é comprometido já que, a interpretação desse movimento é múltipla e bilateral. O andar SUPERIOR da face recebe inervação dos 2 hemisférios cerebrais, assim, quando há uma lesão central só tem comprometimento do andar inferior. O andar superior da face recebe inervação do laranja e do amarelo, enquanto o inferior só recebe do laranja. Se há um AVC há comprometimento do andar inferior contralateral. Mas se tem um problema periférico corta-se a inervação do andar inferior e superior. VIII – NERVO VESTÍBULO-COCLEAR Função: Audição e equilíbrio. Órgãos distintos: COCLEAR: FUNÇÃO AUDITIVA TESTES DE RINNIE E WEBER. TESTE DE RINNIE Pegamos o diapasão (128 hertz) colocamos ele para vibrar. CO (Condução óssea): Coloco ele vibrando na região mastoidea (atrás da orelha). CA (Condução aérea): Aproximo o diapasão próximo do contudo auditivo externo. Geralmente a condução aérea é maior do que a condução óssea = normal = Rinnie positivo. Se o teste de Rinnie for negativo: CO > CA = Problema condutivo. Quando CO > CA = O nervo vestíbulococlear está íntegro (não é um problema neuro sensorial) = Som está sendo transmitido. O problema está entre o ar e os ossículos = perda condutiva. Exemplo: Cerume; pus; tumor de Tímpano. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia TESTE DE WEBBER Colocamos o diapasão após vibramos em 1 ponto da linha média do crânio do paciente -> Vértice, fronte, glabela, no meio dos lábios ou no mento. Pedimos para o paciente nos dizer se o som está: . Centralizado na linha média OU Lateralizando para os 2 ouvidos igualmente = Webber normal. . Se o som se lateraliza mais para um dos lados – para uma orelha -> Teste de Weber não está normal: A condução óssea da orelha que o paciente não está ouvindo está afetada = Não está ocorrendo transmissão do som através do nervo vestíbulo- coclear = Perda neuro-sensorial. Exemplos: Tumor de ângulo ponto-cerebelar; Herpes Zooster no nervo vestíbulo coclear = Síndrome de Hamsey- Hunt. VESTÍBULO/LABIRINTO = EQUILÍBRIO Teste do equilíbrio (Teste de Barany), Dix Halpike (manobra diagnóstica para vertigem paroxística posicional benigna) e Epley (manobra terapêutica). TRÍADE DE AVALIAÇÃO DE VERTIGEM (PERIFÉRICA X CENTRAL) = TESTE DE HINTS Fazer o diagnóstico diferencial entre uma lesão periférica e central. Trata-se de uma abreviatura de 3 manobras: Teste de impulso: Movimentamos a cabeça do paciente de um lado para o outro com as nossas mãos. O movimento é em torno de 20º. Pedimos para o paciente ficar olhando na ponta do nariz do examinador. Devemos verificar que os olhos do paciente se mantem focados no nariz. - O sistema vestibular funcional identifica o movimento da cabeça e corrige o movimento ocular para que fique fixo apesar da movimentação da cabeça. - A lesão do labirinto é quando aparece alteração no lado que viramos a cabeça. Lesão PERIFÉRICA: Ao girar rapidamente para um lado, os olhos acompanham e não fixam o olhar. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Paciente não acompanha o olhar. Ele fixa o olhar perifericamente. Nistagmo: Os nistagmos podem ser unidirecionais OU bidirecionais. Nistagmos unidirecional: Apenas ocorre quando olha para direita OU esquerda. Pode indicar uma lesão periférica. Nistagmos bidirecional ou vertical: Nistagmo ocorre ao olhar para todas as direções. Alerta e deve-se pensar em lesão central, mais grave. Sker desviation: Pedir para que o paciente olhe para seu nariz. Cubra um olho do paciente e rapidamente o descubra. - Se positivo sugere uma lesão central Se houver uma LESÃO CENTRAL: quando o olho é coberto pode haver um desalinhamento do olho, na hora que ele é descoberto o olho tenta voltar a posição de foco e é possível ver esse movimento. DIX HALPIKE: Diagnóstico da VPB = Vertigem posicional benigna. Cabeça do paciente fora da cama, giramos para um lado e outro, depois apoia a cabeça na cama e faz o mesmo movimento. - Verifica se tem nistagmo. Quando ocorre o nistagmo: o Ao nível da cama: Canal horizontal. o Inclinado ao 45°: Canal obliquo. o Só quando deita ou levanta: Canal vertical. Dependendo do canal faz a manobra de Epley para recolocação dos cristais. MANOBRA DE EPLEY: - 1 minuto em cada posição. Exemplo: Se a paciente teve nistagmo oblíquo para a direta A paciente deve deitar virada para direita, ficar 1 min na posição. Gira a cabeça para o lado esquerdo, fica mais 1 min. Deita de lado olhando para o chão, mais 1 min. Por fim, sentamos o paciente. IX E X -NERVOS GLOSSOFARÍNGEO E VAGO . Geralmente avaliados juntos, são responsáveis pelos movimentos harmônicos de deglutição e fala. . Movimento de palato, deglutição e fala. - Reflexos relacionados a estes nervos: reflexo do vômito, da deglutição, da tosse. - Avaliar posição de palato, úvula (se há desvio da úvula). o Disfonia: Voz anasalada por paralisia dos músculos da fonação. o o Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia o Disfagia neurológica: Começa com dificuldades para líquidos e depois para sólidos. REFLEXO DO VÔMITO: Pegamos um abaixador de língua, e tocamos no fundo do palato mole do paciente – dos dois lados: testamos a direita e esquerda. O normal é ao tocar o paciente ter um reflexo de vômito: Elevação do palato e se sentir nauseado. *Se eu não tenho o reflexo do vômito de 1 dos lados ou dos 2 lados significa que a função desses nervos não está preservada. REFLEXO DA TOSSE E DA DEGLUTIÇÃO: Perda do reflexo do tosse e deglutição. XI -NERVO ACESSÓRIO Possui uma porção craniana e uma porção espinal. É responsável pela inervação do músculo Esternocleidomatoideo E Superior do trapézio. Avaliamos o nervo acessório por meio dos movimentos de: 1) Lateralização da cabeça – movimentar a cabeça para os 2 lados. *Músculo Esternocleidomastoideo é responsável pelo movimento. Faz uma força contraria ao rosto e pede pro paciente fazer força contra. 2) Elevação dos ombros. *Músculo Trapézio é responsável pelo movimento. Faz força pra baixo no ombro do paciente e pede pra ele tentar subir. XII - NERVO HIPOGLOSSO . Nervo motor. . Funções: Motricidade (movimento) e protui a hemilíngua ipsilateral. . Sua lesão causa paralisia ou paresia da hemi-língua. . De forma crônica evolui com atrofia. Testamos pedindo para o paciente protuir a língua = colocar a língua para fora. Se há um dos 2 nervos (direito ou esquerdo) com lesão a língua tende a se desviar para o lado fraco e LESADO. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Observado através da palpação, observação, medidas da circunferência. TROFISMO: Volume muscular. HIPERTROFIA: Aumento do volume muscular. Exemplo: Pseudo hipertrofia na panturrilha devido a depósito de gordura na Dístrofia Muscular de Duchenne. HIPOTROFIA OU ATROFIA. Exemplo: Hipotrofia tenar (músculos da mão) pode ser visível na Esclerose lateral amiotrófica. X TÔNUS: Resistência que o músculo apresenta ao movimento. Testa o tônus com movimentação passiva do membro para verse há resistência ao movimento ou flacidez. HIPOTONIA ou FLACIDEZ: Costuma ser observada em lesões periféricas, em lesões cerebelares e coréias. - Prova do balanço passivo. HIPERTONIA: Comum em quadros de lesões piramidais (AVCs, sequela de paralisia cerebral, sequela de traumatismo raquimedular) e doenças extrapiramidais. - Sinal do Canivete Lesão piramidal (HIPERTONIA ESPASTICA: colocamos o membro em uma paciente e o paciente volta na posição original). - Sinal da Roda dentada Lesão extrapiramidal (HIPERTONIA PLÁSTICA: colocamos o membro em uma posição e ele fica). FORÇA MUSCULAR Paresias (déficit parcial) = Diminuição da força muscular. - Hemiparesia: Diminuição da força de um hemicorpo. Plegias (déficit total) = Ausência/perda de força muscular. - Hemiplagia: Perda da força de um hemicorpo. - Paraplegia: Perda da força de 2 membros. Como testamos? Pedimos para o paciente sustentar um membro OU fazemos provas de resistência. Grau 0 Ausência de contração muscular (paralisia) = PLEGIA. Grau 1 Apenas um esboço de movimento é visto ou sentido OU Fasciculações são observadas no músculo Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Grau 2 Paciente só faz o movimento sem a força da gravidade Grau 3 Paciente não vence nenhuma resistência. Somente a força da gravidade Grau 4 A força muscular é reduzida, mas há contração muscular contra à resistência PARESIA LEVE Grau 5 Paciente vence a resistência que o médico faz OBS; . Cortex pré-central: responsável pela motricidade. . Cortex pós-central: responsável pela sensibilidade. MANOBRAS PARA TESTAR FORÇA MEMBROS INFERIORES 1. Teste de Mingazzini: Pedimos para o paciente deitado dobrar as 2 pernas e levanta-las. O lado fraco do corpo vai tender a cair. 2. Teste de Barre: Com o paciente de bruços (decúbito ventral) pedimos para elevar as penas. O lado fraco tende a cair. MEMBROS SUPERIORES 1. Prova dos braços estendidos: Pedimos para o paciente esticar os braços com as mãos pra cima e permanecer na posição em torno de 10 segundos. Ideal esticar com as palmas para cima, para sensibilizar a manobra pedir que o paciente feche os olhos. MANOBRAS DE RESISTÊNCIA Pedimos para o paciente realizar um determinado movimento e aplicamos uma força. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Em caso de dificuldade em se obter resposta ao exame de reflexos profundos, é de valia distrair a atenção do paciente durante o exame. Os reflexos se encontram patologicamente exaltados em lesões centrais e diminuídos em lesões periféricas, embora haja exceções. o Reflexo Biceptal. o Reflexo Triceptal. o Reflexo Estiloradial. o Reflexos Cubitopronador. o Reflexo Patelar. o Reflexo Aquileu. Reflexos miotáticos são os reflexos motores que ocorrem em resposta ao estiramento de um músculo, pode ocorrer em todos os músculos esqueléticos do corpo. Exemplo mais famoso é o reflexo patelar 0 Arreflexia Ausência de reflexos 1 Hiporreflexia Ocorre contração muscular mas não há movimento 2 Normorreflexia Normal Contração e movimento esperado 3 Hipereeflexia Reflexo exacerbado; movimentos amplos. 4 Patológico São característicos de Síndrome piramidal. SÍNDROME PIRAMIDAL 1. Reflexo policinético: Em uma percussão temos múltiplos movimentos. 2. Aumento da área reflexógena: Não precisamos percutir acima do tendão para o movimento realizar; observamos nas áreas vizinhas. 3. Clônus inesgotável: Fazer uma distensão súbita de um tendão ativa movimentos de músculos agonistas e antagonistas ao mesmo tempo. CUTÂNEO-PLANTAR EM EXTENSÃO: SINAL DE BABINSKI Na região plantar fazemos um estímulo cutâneo: Passamos um objeto iniciando no calcâneo e terminamos na base dos dedos. - Movimento de ‘’C invertido’’. Resposta esperada: Flexão do hálux. Patológica = Extensão do Hálux = SINAL DE BABINSKI POSITIVO. Babinski + indica lesão PIRAMIDAL (sequela de AVC e sequela de traumatismo raquimedular) Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia CUTÂNEO-ABDOMINAIS Estímulos superficiais no abdome (em 3 níveis) gerando um desvio da cicatriz umbilical para o lado da lesão = RESPOSTA NORMAL. . Ausência desse reflexo = Paralisia do Sistema piramidal do lado lesado. OBS: Cirurgias abdominais, pessoas com grandes cicatrizes abdominais e lipoaspiração possuem ausência desse reflexo devido SECÇÃO DAS VIAS SENSITIVAS. CLÔNUS PATELAR E AQUILEU: Ao segurar o local, o paciente com lesão PIRAMIDAL, irá ficar repuxando, “empurrando”. SINAIS MENÍNGEOS 1. Brudzinski: Flexão da cabeça sobre o tronco. Tentamos encostar o queixo do paciente no queixo. . Quando há IRRITAÇÃO MENÍNGEA (meningite ou irritação subaraquinoidea) ao dobramos o pescoço o paciente dobrará junto suas pernas (flexão dos MMII) para aliviar a tensão sobre as raízes nervosas. 2. Kernig: Com o paciente deitado, levantamos a perna dele dobrada e em seguida estendemos a perna. O paciente reclama de dor quando há tensão nas raízes nervosas. 3. Laségue: . Levantamos a perna do paciente esticada. . Paciente relata dor nas costas ou na raiz do nervo. . Indica IRRITAÇÃO MENÍNGEA ou COMPRESSÃO DE RAÍZES (ex: hérnia de disco). Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia 1. Migrânea Leva mais o paciente a procurar o serviço médico. Distúrbio bioquímico cerebral que inicia no Hipotálamo. 2. Cefaleia do Tipo Tensional Mais comum. 3. Cefaleias Trigêmino-autonômicas: Principal: Cefaleias em salvas. 4. Outras cefaleias primárias: - Primária da Tosse. - Primária do Exercício físico. - Associada a atividade sexual. *Essas 3 são associadas ao esforço. Essas 3 precisam de investigação devido a poder possuir uma doença por trás. - Cefaleia em Trovoada. *Necessita de investigação pois muitas podem estar associadas a aneurisma cerebral. - Estímulo Frio: Fisgada após tomar algo frio. - Pressão externa: Uso de boné, rabo de cavalo apertado. - Primária em Facada = Pontada. - Numular: Forma de moeda Desenhamos no couro cabeludo uma área semelhante ao tamanho de uma moeda. - Hipínica: Forte intensidade, acorda o paciente de madrugada. - Nova e persistente: Nunca teve dor. Porém, recorda o dia e depois possui sempre dor. Cefaleias são sintomas de outras doenças: 1. Cefaleia Atribuída a Trauma Cefálico e/ou Cervical. 2. Cefaleia Atribuída a Distúrbios Vasculares: AVCs e hemorragias subaraquinoideias. 3. Cefaleia Atribuída a Transtorno IC (INTRACRANIANOS) Não Vascular: • Pressão liquórica elevada. • Pressão liquórica baixa: Pós raqui-anestesia (paciente está em posição ortostática, ao deitar desaparece). • Neoplasia intracraniana. • Doença inflamatória não-infecciosa. • Neoplasias intracranianas. 4. Cefaleia atribuída a substância ou sua retirada Medicamentos. Exemplo: Retirada de cafeína. 5. Cefaleia atribuída à infecção: Principalmente Meningite. 6. Cefaleia atribuída a transtorno da homeostase: - Hipóxia. *Da altitude (Ex: Ir para Machu Picchu). - Diálise. - Hipertensão arterial. - Hipotireoidismo. - Jejum prolongado.Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia 7. Cefaleia ou dor facial atribuída a transtornos do crânio, pescoço, olhos, orelhas, nariz, seios da face, dentes, boca ou a outras estruturas da face ou crânio. - Cefaleia cervicogênica. - Sinusite Aguda. - Glaucoma. - DTM. - Erros de Refração. 8. Cefaleia Atribuída a Transtorno Psiquiátrico: Depressão, ansiedade. NEUROPATIAS DOLOROLOSAS CRANIANAS, OUTRAS DORES FACIAIS E OUTRAS CEFALEIAS 1. Neuralgias Cranianas e Causas Centrais de Dor Facial: - Neuralgia do Trigêmeo. - Neuralgia do Glossofaríngeo. - Neuralgia do Laríngeo Superior. - Neuralgia do Occipital. 2. Outras Cefaleias Não Classificáveis. CLASSIFICAÇÕES E SUBTIPOS Migrânea. Migrânea sem aura. Migrânea com aura: - Migrânea com aura típica: Aura típica com cefaleia E Aura típica sem cefaleia. Migrânea com aura basilar. Migrânea hemiplégica: - Migrânea hemiplégica familiar. - Migrânea hemiplégica familiar tipo 1. - Migrânea hemiplégica familiar tipo 2. - Migrânea hemiplégica familiar tipo 3. - Migrânea hemiplégica familiar outro loc. - Migrânea hemiplégica esporádica. Migrânea retiniana. Migrânea crônica. Complicações da migrânea: - Estado migranoso. - Aura persistente sem infarto. - Infarto migranoso = AVC desencadeado por migrânea por aura. - Crise epiléptica desencadeada por migrânea. Provável migrânea (falta dados para preencher os critérios diagnósticos): - Provável migrânea sem aura. - Provável migrânea com aura. Síndromes periódicas que podem estar associadas à migrânea: Visto principalmente em crianças; não há causa definida. - Distúrbio gastrointestinal recorrente. - Vômitos cíclicos. - Migrânea abdominal. - Vertigem paroxística benigna. - Torcicolo paroxísitco benigno. MIGRÂNEA SEM AURA . Trata-se de uma dor incapacitante; paralisa a pessoa (leva a pessoa para cama). . Predomina no sexo feminino. A. Pelo menos 5 crises obedecendo os critérios de B a D. B. Duração de 4 a 72 horas, sem utilização de analgésicos (quando não foi tratado). *A duração exclui o diagnóstico. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia *Toleramos dor de até 2 horas nas crianças. Nas crianças as crises de migrânea respondem muito bem ao repouso, sem a necessidade de analgésico. C. Dois dos seguintes: 1. Unilateral – um único lado da cabeça. 2. Pulsátil. 3. Intensidade moderada ou severa/forte intensidade. 4. Piora com atividade física. *Pode ser atividade rotineira do dia a dia. D. Um dos seguintes: 1. Náusea E/OU vômitos. 2. Fotofobia E fonofobia. Exclusão de cefaleias secundárias. Muitos pacientes de queixam de SINTOMAS VISUAIS: ‘’Moscas cintilantes’’ – pontos pretos ou luzes esparsas. *Dura segundos à minutos. MIGRÂNEA COM AURA . A aura migranosa é explicada por um processo denominado DEPRESSÃO ALASTRANTE CORTICAL: - Presença de depressão da atividade cortical, começa na ponta do lobo occipital e caminha em direção anterior. É precedida por uma hiperatividade cortical. . A aura da migrânea pode acompanhar a dor (cefaleia), mas na MAIORIA das vezes ela PRECEDE a dor. Pelo menos 2 crises na vida. 1 ou + dos seguintes sintomas TOTALMENTE REVERSÍVEIS: *Os principais sintomas são visuais, sensitivos e linguagem (se acometer o hemisfério dominante). 1. Visual: Escotoma no centro do campo visual envolto por uma área brilhante. Inicia do centro do campo visual e depois vai tomando as metades desse campo. *Ocorre por perda de atividade neuronal após a passagem da crista de hiperatividade cortical. 2. Sensitivo. - Principalmente em hemiface e membro superior. 3. Fala ou linguagem. 4. Motor. *Migrânea hemiplégica. 5. Tronco cerebral. *Migrânea basilar. 6. Retina. *Migrânea retiniana. OBS: Portanto a migrânea clássica possui alterações visuais, sensitivas e de linguagem. Se entrar os outros sintomas a migrânea muda de classificação. Pelo menos 2 dos seguintes: 1. Desenvolvimento dos sintomas > 5 minutos. 2. Duração de 5 a 60 minutos. 3. Pelo menos um dos sintomas de aura é unilateral. 4. A cefaleia segue a aura após intervalo inferior a 60 minutos. Exclusão de cefaleia secundária. OBS: Não há necessidade de cefaleia para fazer o diagnóstico de migrânea com aura. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia FASES DA CRISE DE MIGRÂNEA A crise de migrânea costuma ANTECEDER 24 a 48 horas antes da crise dolorosa. Sintomas prodrômicos (precedem a crise): Desejo por alguns tipos de alimentos, cansaço (alteração do ciclo vigília/sono), bocejos, alta sensibilidade a luz, barulho ou odores. Além de, retenção hídrica durante o período. *Esses gatilhos de dor NÃO são tão importantes. Geralmente, tratam-se da presença do hipotálamo já ativado. São sintomas da própria síndrome de migrânea. *Paciente já está em crise nesses momentos. Aura. Crise dolorosa: - Cefaleia unilateral, palidez, sudorese e olheiras. = Anorexia, náuseas, vômitos, sonolência, bocejo, cansaço, fotofobia, fonofobia, déficit de atenção, alterações de humor. Ressaca da crise: Dura mais ou menos 24 horas. - Dificuldade de concentração permanece, cansaço, humor instável (irritabilidade). RESOLUÇÃO DA MIGRÂNEA . Sensação de exaustão e letargia pode permanecer por alguns dias. *Dolorimento da cabeça quando existe movimento Ex: Quando o carro passa em uma lombada. . Outros achados: - Irritabilidade. - Lentificação. - Diminuição do apetite. MIGRÂNEA CRÔNICA Pode ser COM ou SEM aura. Cefaleia diária ou quase diária (> 15 dias/mês) por + de 3 meses. Ocorrendo em pacientes com antecedente de migrânea com aura ou sem aura. - Houve uma piora da migrânea ao decorrer do tempo A periodidicidade aumenta. - Há uma cronificação da doença. Em > 8 dias/mês por + de 3 meses a pessoa apresenta CRISES TÍPICAS de migrânea. Quanto mais a migrânea ocorre/mais frequente, ela vai perdendo as características típicas (depois de um tempo apresenta características de cefaleia tensional). *Com o tempo a migrânea deixa de ser tão intensa e pulsátil. Excluir cefaleia secundárias. MIGRÂNEA CRÔNICA COM ABUSO DE ANALGÉSICOS Pode vir associada ao abuso de analgésico. Pode ser um fator de risco para cronificação os pacientes que usam por + de 10 dias por mês (+ do que 2x por semana): o Ergotamina > 10 dias/mês. o Triptanas > 10 dias/mês. o Analgésicos simples > 15 dias/mês. o Opioides > 10 dias/mês. o Combinações analgésicas > 10 dias/mês. o Múltiplas classes > 10 dias/mês. MIGRÂNEA TRANSFORMADA SEM ABUSO DE ANALGÉSICOS - Mais raro. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL EPISÓDICA Pelo menos 10 crises na vida. Duração de 30 minutos a 7 dias. Dois dos seguintes: 1. Bilateral – 2 lados da cabeça. 2. Em aperto/pressão (não pulsátil) – ‘’pesada’’. 3. Intensidade leve ou moderada. 4. Não piora com atividade física Melhora com atividade física. Ambos os seguintes: 1. Ausência de náusea ou vômitos (anorexia pode ocorrer). *Não possui sintomas associados. 2. Foto e fonofobia estão ausentes, ou apenas 1 presente. Exclusão de cefaleias secundárias.CEFALEIA DO TIPO TENSIONAL CRÔNICA Frequência > 15 dias por mês por > 6 meses. Dois dos seguintes: 1. Bilateral. 2. Em aperto/pressão (não pulsátil). 3. Intensidade leve ou moderada. 4. Não piora com atividade física. Ambos os seguintes: 1. Ausência vômitos. 2. Não mais do que 1 dos seguintes: Náusea, fotofobia OU fonofobia. Exclusão de cefaleias secundárias. CEFALEIAS TRIGÊMINO-AUTONÔMICAS - Em salvas. - Hemicrania contínua. - Hemicrania paroxística. - SUNCT: Cefaleia com curta duração, unilateral, neuralgia, injeção conjuntival e lacrimejamento. ASPECTOS CLÍNICOS 1. Dor: - Excruciante, pulsátil, queimação, facada. - Unilateral – mesmo lado. *Migrânea pode mudar de lado: Uma crise de um lado e da outra vez do outro lado. - < 4 horas. 2. Sintomas autonômicos: . Lacrimejamento. . Hiperemia conjuntival. . Congestão nasal. . Coriza. . Miose. . Ptose palpebral. CEFALEIA EM SALVAS ‘’Salvas’’: Agrupamento de dor, intercalado por períodos de remissão. Geralmente os pacientes possuem salvas duram de 4 a 8 semanas, com intervalo sem dor de 6 a meses até 2 anos. Predomínio do sexo masculino. Início antes dos 30 anos. Prevalência na vida toda. Periodicidade: Ritmo circadiano e circanual Costumam ocorrer na mesma época do ano e as crises ocorrem na mesma hora do dia. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Pelo menos 5 crises. Crises de forte intensidade, unilateral, supraorbitária, orbitária OU temporal e com duração entre 15 e 180 minutos. Um dos seguintes ipsolaterais à dor: - Injeção conjuntival (olho vermelho). - Sudorese da fronte e face. - Lacrimejamento. - Miose. - Congestão nasal. - Ptose. - Rinorreia. - Edema palpebral. - Coriza. Frequência das crises: De 1 a cada 2 dias a 8/dia. Exclusão de cefaleias secundárias. O tratamento com oxigênio é uma das escolhas de tratamento para a crise de cefaleia em salvas. Uma diferença marcante entre a cefaleia em salvas e a migrânea é que na cefaleia em salvas vemos muita inquietação, paciente fica circulando. Enquanto na migrânea observamos que o paciente fica quieto/deitado no leito. CEFALEIA EM SALVAS EPISÓDICA Pelo menos 2 períodos dolorosos (salvas) durando (não tratados) de 7 dias a 1 ano, separados por remissões de pelo menos 14 dias. CEFALEIA EM SALVAS CRÔNICA Ausência de remissões por 1 ano ou + OU remissões durando menos de 14 dias. CEFALEIAS TENSIONAIS - DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Dor: - Excruciante, pulsátil, queimação, facada. Unilateral – mesmo lado. < 4 horas Sintomas autonômicos: - Lacrimejamento. - Hiperemia conjuntival. - Congestão nasal. - Coriza. - Miose - Ptose palpebral. - Sudorese frontal. NEURALGIA DO TRIGÊMIO Critérios diagnósticos: A. Pelo menos 3 episódios de dor unilateral preenchendo os critérios B e C. B. Ocorrendo em 1 ou + divisões/ramos do nervo trigêmeo E sem irradiação para áreas além dele. C. A dor tem, pelo menos, 3 das seguintes características: - Recorrente em acessos paroxísticos, durando de uma fração de segundo até 2 minutos. - Intensidade grave. - Tipo choque, fisgada ou facada. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia - Desencadeadas por estímulos no lado afetado Exemplo: Lavar o rosto, escovar o dente, falar, mastigar, engolir. D. Não há déficit neurológico evidente. E. Não melhor explicado por outra condição. Base genética: - A migrânea ocorre em pessoas PREDISPOSTAS. - A base genética é embasada em 3 princípios: . Descontrole da liberação de glutamato, principalmente pelo neurônio pré-sináptico Liberam em excesso. . Incapacidade de receptação de glutamato e potássio pelos astrócitos. . Descontrole/influxo de sódio no neurônio pré- sináptico Entra muito Na+. Cérebro sensível: Ocorre um aumento da excitabilidade neuronal = HIPEREXCITABILIDADE NEURONAL E CORTICAL. Tal fator contribui para processos dolorosos. Fatores desencadeantes. Aura migranosa. Dor e sintomas do ataque agudo: – Ativação do sistema trigeminal: Responsável pelo ataque de dor. – Liberação de neuropeptídios e mediadores inflamatórios. – Sensibilização periférica. – Sensibilização central: Quando a crise dura muito tempo; sensibilização dos neurônios do tronco cerebral e tálamo. Com a ativação cortical (seja por um gatilho de dor ou depressão alastrante cortical), já com o hipotálamo ativado, ocorre uma inibição das substâncias: . Substância cinzenta periaquedutal. . Núcleo magno da Rafe. . Locus ceruleus. Essas substâncias estão presentes em núcleos responsáveis pela modulação da dor (permitem a entrada ou não do estímulo doloroso). A disfunção da modulação da dor permite a ativação do Trigêmeo e diminuição da proteção das artérias durais Diminui a proteção do limiar de dor. A ativação do Trigêmio provoca a liberação dos neuropeptídeos substância P, CGRP e Neurocinina A (peptídeo relacionado ao gene da calcitonina) e nos vasos da Dura-máter e do couro cabeludo. *Os neuropeptídeos permitem o aumento da permeabilidade vascular e edema nos vasos. Ao mesmo tempo fatores como óxido nítrico, histamina, bradicinina e prostaglandina promoveram a inflamação e sensibilização periférica. Débora Oléa Braga – TXXII 7º período - Neurologia Resultado: Inflamação, extravasamento plasmático e dilatação. Dessa forma, ocorre a DOR. Sintoma inicial da ativação inflamatória: Dor pulsátil e que piora com atividade física. Se a crise dura muito tempo (+ de 1,5h) ocorre a ativação dos neurônios de 2ª ordem (que vão do núcleo do Trigêmio até o Tálamo) e de 3ª ordem (Tálamo até o córtex cerebral) tendo sintoma de sensibilização central: Alodinia (dor ao estimulo não doloroso). Na fase de sensibilização central o paciente responde menos ao tratamento; a dor se torna mais resistente Por isso queremos sempre tratar no início da crise. Tratamento profilático: É indicado quando se tem 3 ou + crises no mês por > 3 meses. O paciente faz uso de medicação diária para diminuir a frequência das crises. Tem como objetivo evitar a cronificação da doença, diminuir a frequência das crises e melhorar as qualidades de vida. Tratamento da crise: Quando tem a dor com objetivo de remover/diminuir o quadro doloroso. TRATAMENTO DA MIGRÂNEA PROFILÁTICO BETABLOQUEADORES: Indicado em paciente com MIGRÂNEA HIPERTENSA: Exemplo: Migrânea com depressão OU Migrânea com epilepsia; Hipertensos. - Contraindicados em pacientes asmáticos, com bronquites, bradicárdicos e hipotensos. o Propranolol 20-120 mg/dia. *Depressão: Evitamos o uso por poder auxiliar o quadro depressivo. o Nadolol 20-120 mg/dia: Não existe mais no mercado. o Atenolol 25-100 mg/dia. o Metoprolol 25-100 mg/dia. ANTIDEPRESSIVOS TRIC ÍCLICOS. - Pacientes com ansiedade extrema, quadro depressivo, dores crônicas como fibromialgia. - Cuidados com pacientes idosos e obesos devido aos efeitos adversos. Efeitos adversos: Sedação, ganho de peso, retenção urinária, arritmia cardíaca e obstipação intestinal. o Amitriptilina 10-100 mg/dia. o Nortriptilina 10-100 mg/dia. ANTICONVULSIVANTES Pacientes com epilepsias; transtorno bipolar; mania. o Divalproato 250 -1000 mg/dia Efeitos adversos: Queda de cabelo, ganho de peso, tremores. o Topiramato 30-200
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