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1)Visão Geral -Possuem variação no tempo de meia-vida, renovação constante e diária pela alimentação - 400g/dia. As proteínas que apresentam alta taxa de renovação são: hemoglobina, proteína musculares, enzimas digestivas e proteínas das cél do trato gastrointestinal. -Os AA absorvidos no intestino, e pelo sistema porta- hepático, chegam ao fígado p/ serem metabolizados, excretados posteriormente via função renal. -A estrutura dos aminoácidos: carbono quiral c/ 4 ligantes: grupo R, hidrogênio, grupo carboxílico e amina. -Contudo, podem ser usados pelo corpo de forma modificada: • Sem grupo amino cetoácido, por trans (transferência) ou desaminação (retirada irreversível); função biológica diferente. • Sem grupo carboxílico monoamina, principalmente neurotransmissores. -Para cada aminoácido, há cetoácido correspondente com função biológica, exemplos: Obs.: alfa-alocetato participa de Krebs; alanina (molécula não glicídica) pode voltar até o nível de glicose por gliconeogênese, mediante o piruvato. 2)Degradação dos Aminoácidos -Ao retirar grupos amina, são acumulados na forma de amônio (NH4+) ou amônia (NH3), que são convertidos em ureia, por ser menos toxico, para ser eliminado (ciclo da ureia). Forma-se os cetoácidos, importantes para formar corpos cetônicos (moléculas oriundas do intenso metabolismo dos lipídeos, que gera cetoacidose ou usados pelo cérebro em extremo jejum), glicose (por vias de gliconeogênese) ou aproveitados por vias energéticas p formar CO2, H2O e energia. Obs.: não são todos os cetoácidos que conseguem formar glicose, e manter de forma eficiente. -Os aminoácidos podem sofrer OXIDAÇÃO (degradação p/ formar energia). Em 3 situações: • Renovação proteica: durante a renovação de proteínas celulares, alguns AA sofrem degradação oxidativa, caso não sejam necessários p/ síntese de novas proteínas. • Ingestão excessiva: AA ingeridos além das necessidades corporais de biossíntese de proteínas, excedente é catabolizado. • Jejum severo ou diabetes melito: quando os carboidratos não são utilizados de forma adequada, as proteínas corporais serão hidrolisadas e seus AA usados como combustível para formar ATP. Pode chegar à sarcopenia, devido excesso de uso de aminoácidos musculares para formar energia. Obs.: preferência ao m. esquelético. Jejum promove catabolismo. -A remoção ou transferência do grupo amina ocorre em vários tecidos, principalmente fígado, músculos, rins, cérebro, tec adiposo, intestino e etc. Porém, o processo de formação de amônio ou amônia e conversão de ureia ocorrem exclusivamente no fígado, além da conversão de cetoácidos em corpos cetônicos ou glicose. 3)Metabolização no Fígado -AA chegam no citosol dos hepatócitos, ocorre inicialmente a transaminação (transferência de amina) para alfa-cetoglutarato, se tornando glutamato, enquanto o cetoácido do AA vai realizar suas funções já vistas. -O glutamato é enviado p/ interior da mitocôndria, onde é desaminado para formar NH4+ (irreversível, perda de amina), que forma o excesso de amônio, como é toxico p/ fígado, é convertido em ureia que vai p/ rins e é eliminada. O amônio em excesso gerado em outros tecidos também é levado até o fígado, na forma de grupo amino da glutamina (¨mototáxi¨ de grupamento amina – glutamato + NH2 a mais). É uma forma de transporte não-toxico de amônia dos tecidos p/ fígado, para passar pelo sangue sem danos, uma vez que a conversão de ureia só ocorre no fígado. -Glutamina chega no fígado e sofre transaminação e se converte em glutamato, juntamente com a conversão do alfa-cetoglutarato em glutamato. As 2 moléc. de glutamato, entram na mitocôndria e sofrem desaminação – perdem grupo amina que se torna amônia e é excretada posteriormente. Obs.: o alfa-cetoglutarato é uma molécula livre nos tecidos, intermediário do ciclo de Krebs e o cetoácido correspondente do glutamato. Glutamina e glutamato são críticos no metabolismo do nitrogênio, como coletores de aminogrupos. Isso ocorre na maioria dos tecidos extra-hepáticos, porém, nos músculos essa função é da alanina. Os grupos amônia em excesso são transferidos p/ alfa- cetoglutarato dos mm., e dele para os piruvatos musculares, que ao receberem se convertem em alanina, encaminhada p/ fígado, sofre transaminação e o resto do processo. Obs.: as principais transaminases são: AST ou TGO – aspartato aminotransferase ou transaminase oxalacética e ALT ou TPG – alanina aminotransferase ou transaminase pirúvica. 4)Digestão das Proteínas -Degradação ocorre no trato gastrointestinal, proteínas estimulam a gastrina que estimulam a produção de HCl pelas céls parietais, que por sua vez, estimula ativação do pepsinogênio até pepsina (devido pH baixo), que atua sob AA específicos. -A acidez do HCL desnatura e desenrola as proteinas, e transforma pepsinogênio/zimogênio em pepsina, pela ação ácida e da própria, digere proteinas (com radicais aromáticos, principalemente). Além disso, o pH baixo estimula secreção do hormônio secretina que serve para estimular liberação de HCO3 p/ compensar acidez e normalizar o pH. Obs.: não há produção já na forma de protease ativa para que não haja degradação das proteinas corporais. -A entrada no intestino delgado estimula a produção do hormonio colecistoquina, que estimula enzimas especificas (tripsina, quimiotripsina e carboxipeptidades A e B) que degradam peptideos ainda menores até o nível de aminoácidos, assimilados pelos enterócitos por um mecanismo de simporte (diferentes íons transportados através da membrana em uma mesma direção contra um gradiente de concentração) com o Na+. Cai na corrente sanguínea, e via sistema porta, chega no fígado e termina o processo. 5)Excreção da Amônia 1. Transaminação no fígado -Transferência do grupo amino para o alfa- cetoglutarato. Produtos: alfa-cetoácido e glutamato. 2. Desaminação oxidativa do glutamato -Consiste na remoção do grupo amino de um AA, para formar amônia ou amônio livre, ocorre no fígado e é catalisada pela enzima mitocondrial glutamato desidrogenase. Produtos: alfa-cetoglutarato + amônio Obs.: outra forma do glutamato ser consumido, é na conversão em aspartato pela AST: glutamato + oxalacetato alfa-cetoglutarato + aspartato. 3. Destino final -Parte da amônia (NH3) ou amônio (NH4) gerada é utilizada em processos bioquímicos, mas o excesso é excretado na forma de ureia pelos rins (maior parte) e como amônia livre (menor parte) na urina – principal rota de eliminação de nitrogênio pelo organismo. 6)Ciclo da Glicose-Alanina -Ciclo de interrelação entra a produção de glicose e alanina pode ser uma forma de transporte não toxica de amônia na corrente sanguínea. Passos: 1) Atividade muscular intensa libera muitos AA livres 2) Esses AA são metabolizados por aminotransferases diversas para formar o glutamato (transfere amino p/ alfa-cetoglutarato). 3) Na contração muscular vigorosa, é ativada a liberação de piruvato e lactato, glicólise e amônia dos aminoácidos (p/ suprir necessidades energéticas) 4) Com glutamato e piruvato em excesso, há uma transferência do grupo amina do G p/ P por uma ALT. glutamato + piruvato alfa-cetoglutarato + alanina 5) Alanina vai até o fígado e perde o grupo amino, voltando a piruvato, e pela via da gliconeogênese é convertido em glicose, que pode voltar ao músculo pelo sangue. Enquanto o grupo amino vira amônia.
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