Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESPORTES COLETIVOS: Handebol e Basquetebol Aula 1 – Unidade 1 Prof. Me. Douglas dos Santos Taborda Esportes de Invasão: Disputas em que uma equipe tenta ocupar o setor da quadra/campo defendido pelo adversário para marcar pontos (gol, cesta, touchdown), protegendo simultaneamente o próprio alvo ou meta. Exemplo: basquetebol, corfebol, floorball, frisbee, futebol, futsal, futebol americano, handebol, hóquei na grama, lacrosse, polo aquático, etc. (GONZÁLEZ, et. al., 2017, p. 33); Conceito de Esportes e Jogos de Invasão Esporte de Invasão Institucionalizado Internacionalmente Jogo de Invasão Regras flexíveis ao contexto cultural Jogos de Invasão: mantém a mesma característica de disputa, porém as regras estão vinculadas às questões regionais, culturais, e, não são tão rígidas, podendo ser alteradas, de acordo com o gosto, ou, prazer dos praticantes. (PARLEBAS, 2001). Mecanismos de processamento da informação (MPI) e práticas esportivas Ação motora O aspecto motor de uma ação, quer dizer “a parte visível da atividade, é o resultado dos processos fisiológicos e psíquicos da percepção e do pensamento, ao mesmo tempo que é o resultado das condições internas da personalidade” (MAHLO, 1980, p.100). SOLICITAÇÃO DOS MPI Mecanismo De Percepção Mecanismo de Decisão Mecanismo de Execução Conhecimento de execução Conhecimento de resultado Resposta Motora Percepção Do Entorno Lorem ipsum Aprofundando... Quando o professor/treinador não compreende a relação entre as características do esporte com interação entre adversários e as demandas dos mecanismos de processamento da informação dos praticantes, com frequência centra o ensino sobre o movimento/gesto (os chamados “fundamentos”), a parte visível do movimento, e não sobre os processos que regulam a ação. Em outras palavras, ensinam os esportes com interação entre os adversários, como se fossem sem interação. González e Bracht (2012). Elementos do Desempenho Esportivo Fatores que influenciam na performance alcançada por um atleta e/ou uma equipe numa prova ou jogo esportivo. González e Bracht (2012). Técnica Esportiva Modelo ideal de um movimento que serve para resolver um problema motor específico. Habilidade Técnica – modelo adquirido/pertence ao sujeito. Capacidade do sujeito adquirir e desempenhar uma técnica esportiva, ou ainda, elaborar o seu próprio padrão motor para solucionar uma situação. Tática Individual Ação frente a situações com oposição, em que o sujeito escolhe entre as diferentes alternativas apresentadas pela configuração da situação de jogo. Vinculada com o processo de tomada de decisão do sujeito sobre a ação durante atuação esportiva. Antón-García (1999); Lasierra, Ponz, De Andrés (1993) Gréhaigne (2001) Oliveira (2001) Como se ensina/potencializa a Tática Individual? Normas básicas do conhecimento tático do jogo, que definem as condições e os elementos a respeitar para que ação seja eficaz. Pertencem aos esportes. BAYER (1994) Através do estudo/vivência das Intenções Táticas Individuais. Princípios táticos dos JEC de Invasão Defesa Ataque Recuperação da bola Conservação da bola Impedir a progressão Progredir para a baliza adversária Proteger a meta Marcar pontos BAYER (1994) Tática de Grupo Vinculado a possibilidade de 2 ou 3 jogadores coordenar suas atuações individuais em benefício de um colega no ataque ou na defesa. Combinar e coordenar ações individuais em prol da equipe. Como se ensina/potencializa a Tática de Grupo? Através do estudo/vivência das Combinações Táticas/Meios Táticos Ex. Handebol: engajamento, cruzamento simples, cruzamento duplo, bloqueio dinâmico, etc. Pertencem aos esportes Como se ensina/potencializa a Tática de Grupo? Através do estudo/vivência das Combinações Táticas/Meios Táticos Ex. Handebol: engajamento, cruzamento simples, cruzamento duplo, bloqueio dinâmico, etc. Pertencem aos esportes Organizar os padrões de jogo em sistemas ofensivos, defensivos e de transição (ataque/defesa). Como se ensina/potencializa a Tática Coletiva? Através do estudo/vivência dos Sistemas de Jogo. Ex futebol: em posse de bola atacar em 4:3:1:2; para recuperar a posse de bola, defender em 4:4:2. Estratégia Vinculada ao planejamento e administração, prévios ao confronto esportivo, das variáveis que influenciam o desempenho esportivo. Pode ser individual ou coletiva dependendo da situação de jogo. Como ensinar? Métodos de ensino É proporcionar ao individuo (que não consegue executar ‘por insight” uma determinada ação) os meios, caminhos e ferramentas que facilitem e tornem possível a obtenção de um novo rendimento. (GRECO, 1998, p.40) Dimensões do Método 1- Tarefas 2- Intervenção do professor/treinador 3- Papel que o aluno/atleta desempenha durante a aula/treino ABORDAGEM TRADICIONAL Entre em “Minha Biblioteca” e tenha acesso ao livros. Abordagem Estruturalista Diferentes propostas A bibliografia apresenta distintos métodos ou propostas que podem ser utilizados sobre a égide do Movimento Construtivista (BAYER, 1994; BUNKER; THORPE, 1982; GRIFFIN; MITCHELL; OSLIN, 1997; GRECO, 1998, GRÉHAIGNE; GODBOUT; BOUTHIER, 2001; OLIVEIRA, 1994; TURNER; MARTINEK, 1995, entre muitos outros). [1] GRIFFIN, L.; MITCHELL; OSLIN; J. Teaching Sport Concepts and Skills: A Tactical Games Approach. Champaing: Human Kinetics, 1997. Os Momentos de Aquisição dos Elementos "técnico-táticos" na Proposta de GRIFFIN, L.; MITCHELL; OSLIN; J.[1] 2. Conscientização tática (O que fazer?) 3. Execução de habilidades (Como fazer isto?) 1. Forma jogada (representação, exageração) Os Momentos de Aquisição dos Processos "técnico-táticos" na Proposta de BAYER[1] Primeira fase - "de orientação-investigação" Problemas motores a resolver "Experimentação". Segunda fase - "de habituação-conjugação" Se preocupa que o aluno adquira uma experiência a partir da tomada de consciência, que aparece sob forma de atitudes ou comportamentos que poderá utilizar em situações similares. O professor, fazendo apelo a tomada de consciência, dedica-se a analisar o jogador, os diferentes meios empregados, as razões de sua escolha, as correções eventuais que foi levado a efetuar durante as ações realizadas. Terceira fase - "reforço ou estabilização" Procura a automatização de um comportamento ou de um hábito motor". [1] BAYER, C. O ensino dos desportos coletivos. Lisboa: Denalivros, 1994. 2. Conscientização tática (O que fazer?) 5. Realização de tarefa/s orientada/s ao desenvolvimento das habilidades 1. Forma jogada (representação, exageração) 4. Conscientização técnico-tática (O como fazer?) 3. Forma jogada com polarização da atenção (representação, exageração) 6. Forma jogada encenada TGFU – MODELO ORIGINAL Bunker, D., & Thorpe, R. A model for the teaching of games in secondary schools. Bulletin of Physical Education, 19(1), 5-8, 1982. Modelo Tradicional Perguntas estruturantes Modelo Situacional-Ativo Centrado no ensino das habilidades técnicas, com menor peso, nos sistemas de jogo. O que ensinar? Vinculado com os conteúdos (saberes corporais e conceituais) Ensino das intenções táticas, habilidades técnicas, combinações táticas e sistemas de jogo. Sequência pensada com base numa suposta dificuldade dos fundamentos. Quando ensinar? Vinculado com a sequenciação dos conteúdos no tempo (etapas de ensino segundo as características sócio-cognitivas dos alunos e/ou conhecimentos prévios) Sequência pensada com base na complexidade tática demandada pelo jogo Ensino caracterizado pelo trabalho isolado das habilidades, tarefas sem interação e mediação/correção centrada na mecânica do movimento . Como ensinar? Vinculado com a forma ou “caminho” utilizado para facilitar a aprendizagem de um conteúdo específico. Ensino caracterizado pelo trabalho em situaçãode jogo, tarefas com interação e mediação/correção centrada nas decisões de jogo. Também trabalha as habilidades motoras. Centrado na avaliação/análise do nível de “domínio” dos fundamentos (muitas vezes isolados). O que, quando e como avaliar? Vinculado com os procedimentos para auferir a aprendizagem e dificuldades de um aluno num jogo. Centrado na avaliação/análise da capacidade de jogo dos alunos (decisões e movimentos para resolver as situações de jogo) Modelo Tradicional X Modelo Situacional-Ativo GRECO, P.J.; BENDA, R. N. (Org.) Iniciação Esportiva Universal: da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte: UFMG. V. 1, p. 230, 1998. Modelo de Educação Desportiva Enfatiza o papel socializador do Esporte, através de um papel ativo do praticante na organização de tarefas subsidiárias ao jogo e no próprio jogo. SIEDENTOP, D. Sport education: quality PE through positive sport experiences. Champaingn: Human Kinetics, 1994. Objetivos do MED PROMOVER APRENDIZAGENS CONTEXTUALIZADAS Promove experiências educacionalmente ricas e autênticas nas aulas de Educação Física ALUNOS DESPORTIVAMENTE CULTOS sobre o esporte COMPETENTES Para praticar ENTUSIASTAS Para organizar e jogar Modelo de Competências nos Jogos de Invasão MCJI Feedback da Aula Estudamos os conhecimentos fundamentais sobre a lógica interna que caracterizam os JECI; Entendemos melhor sobre a demanda dos mecanismos de processamento da Informação que regulam as ações humanas nas práticas esportivas; Buscamos compreender a demanda dos elementos do desempenho esportivo e como estes contribuem para “pensar o processo de ensino-aprendizagem-treinamento dos JECI”. Traçamos uma Panorama Geral para conhecer e diferenciar os principais Métodos e Modelos de Ensino-Aprendizagem-Treinamento dos JECI. Referências BALLESTER, M. Avaliação como apoio à aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2003. BAYER, C. O ensino dos desportos coletivos. Paris: Vigot, 1994. BUNKER, D.J.; THORPE, R.D. A model for teaching all games in secondary school. Bulletin of Physical Education, v. 18, n. 1, p. 05-08, 1982. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. Coleção Magistério 2° grau – série formação do professor. GRAÇA, A., & MESQUITA, I. A investigação sobre os modelos de ensino dos jogos desportivos. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 7 (3), 2007 pp. 401-421. GRAÇA, A; OLIVEIRA, J . O Ensino dos Jogos Desportivos. Porto: Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, 1995. GRECO, P. J. Métodos de ensino-aprendizagem-treinamento nos jogos esportivos coletivos. IN: GARCIA, E. S; LEMOS, K. L. M. (orgs). Temas atuais em educação física e esportes. Belo Horizonte: Saúde, 2001, v. 6, p. 49-72. GRECO, P. J.; BENDA, R. N.; RIBAS, J. Estrutura temporal. In: GRECO, P. J.; BENDA, R. N. Iniciação esportiva universal: da aprendizagem motora ao aprendizado técnico. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998. GRECO, Pablo Juan; BENDA, Rodolfo Novellino. Iniciação aos esportes coletivos: uma escola da bola para crianças e adolescentes. In: ROSE JÚNIOR, Dante de. Modalidades esportivas coletivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 180-193. Gréhaigne, JF, Godbout, P., y Bouthier, D.. O ensino e a aprendizagem da tomada de decisão em esportes de equipe. Quest, 53, 59-76, 2001. GONZÁLEZ, F. J; BRACHT, V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: UFES, 2012. GONZÁLEZ, Fernando Jaime; DARIDO, Suraya Cristina; OLIVEIRA, Amauri Aparecido Bássoli de (Orgs.). Esportes de invasão: basquetebol, futebol, futsal, handebol, ultimate frisbee. 2. ed. Maringá: Eduem, 2017. v. 1, (Práticas Corporais e a organização do conhecimento). Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/170984/001055489.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 2 abr. 2021. GRIFFIN, L.; MITCHELL, S. A; OSLIN, J. L. Teaching sport concepts and skills:a tactical games approach. Champaign, Illionis: Human Kinetics Publisher, 2, 1997. Referências HASTIE, P. The nature and purpose of Sport Education as an educational experience. In: P. Hastie (Ed.), Sport Education: International perspective (pp. 1 - 12). London: Routledge, 2011. KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, (1994). MESQUISTA, I; GRAÇA, A. Modelos de ensino dos jogos desportivos. IN: TANI, G; BENTO, J; PETERSEN, R. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara – Koogan, 2006, p. 269-283. Mesquita, I. O ensino do voleibol. Proposta metodológica. In: GRAÇA, A; OLIVEIRA, J. (Ed.). O ensino dos jogos desportivos. 3ª edição. Universidade do Porto, 1998. p. 153-199. OLIVEIRA-FORMOSINHO, J. O Modelo Curricular do M.E.M. – Uma Gramática Pedagógica para a Participação Guiada. Escola Moderna: Revista do Movimento da Escola Moderna. Lisboa: Movimento da Escola Moderna, n.18, 5.ª Série, p. 5-9, 2003. OLIVEIRA, J.C. Etapas da aprendizagem no basquetebol. Revista Horizonte, v. XI, nº 63, set/out, 1994. PARLEBAS, P . Juegos, deporte y sociedad: léxico de praxiologia motriz. Barcelona: Paidotribo, 2001. RINCK, J. E. Teaching physical education for learning. St. Louis: Times Mirror/ Mosby, 1985. SIEDENTOP, D.. Sport Education: Quality PE through positive sport experiences. Champaign, IL: Human Kinetics, 1994. THORPE, R.; BUNKER, D.; ALMOND, L. Rethinking Games Teaching. Loughborough: Leics, 1986. Turner, A.; Martinek, T. J Teaching for understanding: A model for improving decision making during game play. QUEST, 47, 44-63,. 1995.
Compartilhar