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caso 5

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DIREITO PENAL IV - CCJ0242 
Título 
Caso Concreto 5 
 
Descrição 
Leia o caso concreto apresentado e responda às questões formuladas. 
 
No dia 10 de abril de 2017, por volta das 9h40min, no interior da residência situada na 
QNO WW, conjunto X, casa Y, Ceilândia/DF, Bruno agindo de forma livre e consciente 
e com ânimo de assenhoramento, mediante grave ameaça exercida com o emprego de 
uma arma de fogo e violência física, subtraiu, em proveito próprio, um veículo Ford/KA, 
placa XXX000/DF, um notebook, marca SAMSUNG e R$ 500,00 (quinhentos reais) em 
espécie, todos pertencentes às vítimas Amanda e Carlos Gustavo. Da residência de 
Amanda e Carlos Gustavo, Bruno se dirigiu à casa de Paulo Victor, seu irmão e que, até o 
momento, nada sabia sobre a empreitada criminosa. Lá chegando muito nervoso, Bruno 
pediu auxílio ao irmão e pediu que ele escondesse o notebook, pois estava com medo de 
o encontrarem na posse do computador, todavia, meia hora após ter saído da casa de seu 
irmão, Bruno teve o carro identificado pela polícia e foi preso. Ante o exposto, com base 
nos estudos sobre crimes contra a Administração Pública, responda de forma objetiva e 
fundamentada: qual a correta tipificação da conduta de Paulo Victor? Ainda, o fato de ser 
irmão de Bruno pode ser utilizada como tese defensiva para fins de isenção de pena? 
 
Paulo vitor concorre ao crime de favorecimento real pelo 349 por nao ter conhecimento 
de que o notebook era objeto roubado e o fato de ser irmão nao o isenta de pena,apenas 
no 348 por favorecimento pessoal se este fosse o caso 
 
 
Mirabete explica que favorecimento real assegura o proveito do crime (por amizade ou 
obsequio ao criminoso) e o favorecimento pessoal assegura a fuga ou dissimulação do 
autor. 
 
EMENTA: APELAÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO MILITAR. FURTO SIMPLES E 
FAVORECIMENTO REAL. REFORMA DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. 
DESPROVIMENTO. DECISÃO UNÂNIME. O conjunto probatório dos autos é 
farto o suficiente para manter a condenação do primeiro apelado, pois foi 
demonstrado que ele subtraiu a mochila do ofendido, praticando o crime 
previsto no artigo 240 do CPM. Quanto ao segundo apelado, denota-se dos 
autos que sua participação restringiu-se apenas a ficar com um dos bens do 
furto (um HD), sendo condenado, por desclassificação, como autor do crime de 
favorecimento real. Nesse circunspecto, percebe-se que não houve um liame 
subjetivo entre os acusados com o intuito da subtração da res furtiva, o que 
afasta qualquer tentativa no sentido de reconhecer o concurso de agentes na 
prática do furto, como quer o órgão de acusação. Apelo desprovido. Decisão 
unânime. 
(STM - APL: 70001102320197000000, Relator: FRANCISCO JOSELI 
PARENTE CAMELO, Data de Julgamento: 01/10/2019, Data de Publicação: 
14/10/2019) 
 
Questão objetiva. 
 
A respeito dos crimes contra a Administração da Justiça, assinale a alternativa correta: 
(Concursos Públicos -Modificadas) 
 
a) O crime de favorecimento pessoal (art. 348, do CP) não se caracteriza se o auxílio é 
prestado a autor de crime apenado com detenção. 
 
b) No crime de denunciação caluniosa (art. 339, do CP), a conduta do agente que se 
utiliza de anonimato não possui relevância jurídica. 
 
c) Policial Militar que forja situação de flagrância, a fim de increpar indivíduo que sabe 
inocente e, com isso, dá causa à instauração de inquérito policial, comete crime de 
comunicação falsa de crime. 
 
d) No delito de favorecimento pessoal o auxílio é prestado a agente que se encontre solto; 
já no delito de facilitação de fuga de pessoa presa., a conduta configura-se como auxílio 
prestado a alguém preso para que este logre êxito na fuga. 
 
e) A condição negativa de punibilidade decorrente da aplicação da escusa absolutória se 
aplica aos crimes favorecimento pessoal e real 
 
 
Albanuz frauzino dias diz que nao é “crivel” punir pela fuga o apenado que visa 
garantir sua segurança ou integridade fisica.algo que deveria ser proporcionado 
pelo estado. 
há qualquer incidência punitiva ao preso que foge, à medida que é destinado a 
um terceiro que promove ou facilita sua fuga. Aqui, contrariamente ao que 
veremos no próximo artigo, não importa se tal promoção ou facilitação se 
efetiva com ou sem violência, bastando que uma ou outra modalidade ocorra; 
sendo a violência aqui modalidade qualificada. 
 
PROCESSUAL PENAL. CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. 
INQUÉRITO PARA APURAR CRIME DE FACILITAÇÃO DE FUGA DE PRESO 
DE CADEIA PÚBLICA PRATICADO POR POLICIAL MILITAR EM SERVIÇO. 
CRIME CONTRA A ADMINISTRAÇÃO DA JUSTIÇA E NÃO CRIME MILITAR. 
APLICAÇÃO DA SÚMULA Nº 75/STJ. COMPETÊNCIA DO JUIZADO 
ESPECIAL CRIMINAL. A competência para processar e julgar o policial militar 
por crime de promover ou facilitar a fuga de preso de estabelecimento penal é 
da Justiça Comum. (Súmula nº 75/STJ. Conflito conhecido para declarar 
competente o Juizado Especial Criminal da Comarca de Areado/MG. 
(STJ - CC: 46053 MG 2004/0118951-7, Relator: Ministro PAULO MEDINA, 
Data de Julgamento: 23/02/2005, S3 - TERCEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: 
--> DJe 06/10/2008) 
 
	DIREITO PENAL IV - CCJ0242
	Descrição
	Leia o caso concreto apresentado e responda às questões formuladas.
	Questão objetiva.

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