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Assédio Moral no Trabalho

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ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
mobbing, bossing, bullying.
ACOSO LABORAL
CERCO...
PERSEGUIÇÃO...
Significado da palavra assédio:
Cerco, sítio a um lugar fortificado.
Fig. Insistência, teimosia junto a alguém.
Segundo Álvaro Roberto Crespo Merlo
Todo ser humano procura, através do trabalho, uma ocasião para testar a si mesmo, para tornar-se o que é, para realizar-se.
O trabalho é uma referência sempre presente.
AMBIENTE DE TRABALHO E DOENÇAS MENTAIS
Embora nem todas as doenças mentais resultem do assédio moral, o próprio ambiente de trabalho, por ser um espaço onde o ser humano busca sua realização (ou parte dela), favorece o surgimento de várias doenças mentais, algumas menos, outras mais graves. (Conf. a CID-10).
AINDA ASSIM, PERSISTEM ALGUNS “PROBLEMAS”...
Cage House: ilustração da “dignidade” da vida humana e do trabalho
Hoje, o modelo econômico concentrador, encoberto pelos avanços tecnológicos, desmerece, ainda mais, a capacidade inventiva, criativa e a dimensão humana do trabalho, sobretudo os mais “simples”.
PARA QUE SERVE O TRABALHO?
As pessoas aportam uma contribuição porque, em troca, esperam uma retribuição.
Essa retribuição é, acima de tudo, MORAL.
É a dimensão moral e simbólica que conta.
As pessoas esperam que se reconheça a qualidade do trabalho. A qualidade de sua contribuição.
De novo, os garis... (Agora, em greve)
O TRABALHO E O ASSÉDIO MORAL
ou
O ASSÉDIO MORAL NO TRABALHO
CONCEITO DE ASSÉDIO MORAL
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras,repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.
É a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras (ou de chefias) a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho (ou fora dela) e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s) (ou ao contrário) (ou da parte de colegas), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego, (podendo gerar problemas à sua saúde física e emocional) .
Em recente acórdão proferido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (0000793-14.2011.5.03.0108 RO – 9ª Turma), a Desembargadora Camilla G. Pereira Zeidler, definiu o assédio moral como:
A conduta abusiva, de natureza psicológica, que atenta contra a dignidade psíquica do indivíduo, de forma reiterada, tendo por efeito a sensação de exclusão do ambiente e do convívio social. Trata-se, em outras palavras, da repetição de condutas abusivas por parte do empregador ou preposto, agredindo sistematicamente o empregado e provocando-lhe constrangimentos e humilhações, com a finalidade de desestabilizá-lo em seu aspecto emocional e excluí-lo de sua posição no emprego.
ASSÉDIO MORAL NO 
AMBIENTE LABORAL
A deliberada degradação das condições de trabalho através do estabelecimento de comunicações não éticas (abusivas), que se caracterizam pela repetição, por longo tempo, de um comportamento hostil de um superior ou colega(s) contra um indivíduo que apresenta como reação de um quadro de miséria física, psicológica e social.
Segundo o MTE
São atos cruéis e desumanos que caracterizam uma atitude violenta e sem ética nas relações de trabalho, praticada por um ou mais chefes contra seus subordinados.
Trata-se da exposição de trabalhadoras e trabalhadores a situações vexatórias, constrangedoras e humilhantes durante o exercício de sua função.
Esses atos visam humilhar, desqualificar e desestabilizar emocionalmente a relação da vítima com a organização e o ambiente de trabalho, o que põe em risco a saúde, a própria vida da vítima e seu emprego.
A violência moral ocasiona desordens emocionais, atinge a dignidade e identidade da pessoa humana, altera valores, causa danos psíquicos (mentais), interfere negativamente na saúde, na qualidade de vida e pode até levar à morte.
Como acontece...
A vítima escolhida é isolada do grupo, sem explicações. Passa a ser hostilizada, ridicularizada e desacreditada no seu local de trabalho. É comum os colegas romperem os laços afetivos com a vítima e reproduzirem as ações e os atos do(a) agressor(a) no ambiente de trabalho. O medo do desemprego, e a vergonha de virem a ser humilhados, associados ao estímulo constante da concorrência profissional, os tornam coniventes com a conduta do assediador.
ASSÉDIO MORAL VERTICAL
CHEFE/EMPREGADOR
	 
 
SUBORDINADO(S)
Existe o assédio moral denominado vertical descendente que é aquele praticado pelo superior hierárquico direto, o qual adota medidas humilhantes, autoritárias e desmedidas acobertadas pelo cargo que lhe confere o pseudo direito de abusar de seu poder de mando, extrapolando, por óbvio, o ius variandi empresário.
De outra ponta, o assédio moral vertical ascendente é aquele que parte diretamente do subordinado contra o superior hierárquico e é desencadeado quando este adota medidas que extrapolam o poder de direção, adotando posturas autoritárias e arrogantes.
ASSÉDIO MORAL HORIZONTAL
COLEGA(AS) DE TRABALHO				ASSEDIADO(A)
 (JURISPRUDÊNCIA DIVERGENTE)
Por fim, o assédio moral horizontal é aquele em que inexiste a relação de subordinação, haja vista que é cometido pelos colegas de 	trabalho que estão no mesmo nível hierárquico, sendo evidenciado por práticas humilhantes tais como brincadeiras grosseiras, comentários impertinentes, atitudes de menosprezo, tudo evidenciando uma violência psicológica contra a vítima.
Além de a vítima ser perseguida pelo chefe ou patrão, ainda sofre brincadeiras indevidas por parte de um grupo de colegas!!
ASSÉDIO MORAL MISTO
Alvos Preferenciais
• Mulheres
• Homens
• Raça/Etnia
• Orientação sexual
• Doentes e Acidentados
A MAIORIA DAS VÍTIMAS É:
MULHER e é
NEGRA
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Geralmente, o ambiente de trabalho é o mais perverso para as mulheres, pois, além do controle e da fiscalização cerrada, são discriminadas. Essa prática é mais frequente com as afrodescendentes. Muitas vezes o assédio moral diferido contra elas é precedido de uma negativa ao assédio sexual. Em alguns casos, os constrangimentos começam na procura do emprego, a partir da apresentação estética.
VIOLÊNCIA CONTRA O HOMEM E ORIENTAÇÃO SEXUAL
O homem não está livre do assédio, particularmente se for homoafetivo ou possuir algum tipo de limitação física ou de saúde.
No que se refere à orientação sexual, não há instrumentos oficiais para esse tipo de verificação. E, aqui, o entrave é também cultural e está ligado ao que significa ser homem na sociedade brasileira. Em uma sociedade machista, os preconceitos com relação à orientação sexual são ainda mais graves.
VIOLÊNCIA CONTRA DOENTES E ACIDENTADOS(AS)
Ter outra pessoa na função, quando retorna ao serviço
Ser colocado em local sem função alguma
Não fornecer ou retirar instrumentos de trabalho
Estimular a discriminação entre os sadios e os adoecidos
Dificultar a entrega de documentos necessários à concretização da perícia médica pelo INSS
Demitir após o transcurso da estabilidade legal
Objetivos do(a) agressor(a)
Desestabilizar emocional e profissionalmente
Livrar-se da vítima: forçá-lo(a) a pedir demissão ou demiti-lo(a), em geral, por insubordinação
Estratégias do(a) Agressor(a)
Escolher a vítima e o(a) isolar do grupo
Impedirque a vítima se expresse e não explicar o porquê
Fragilizar, ridicularizar, inferiorizar, menosprezar em seu local de trabalho
Culpar/responsabilizar publicamente, levando os comentários sobre a incapacidade da vítima, muitas vezes, até o espaço familiar
Destruir emocionalmente a vítima por meio da vigilância acentuada e constante. Ele(a) se isola da família e dos amigos, passa a usar drogas, principalmente o álcool, com frequência, desencadeando ou agravando doenças preexistentes
Impor à equipe sua autoridade para aumentar a produtividade
IDENTIFICANDO O(A) AGRESSOR(A)
É no cotidiano do ambiente de trabalho que o assédio moral ganha corpo. Alguns comportamentos típicos do(a) agressor(a) fornecem a senha para o processo de assédio moral nas empresas.
O assédio moral é uma relação triangular entre quem assedia, a vítima e os demais colegas de trabalho.
Após a confirmação de que está sendo vítima de assédio moral, não se intimide, nem seja cúmplice.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
 CAPÍTULO I
 DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
..........
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
..........
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
EXEMPLOS DE ASSÉDIO MORAL
Ignorar a presença do trabalhador
Gritar, ameaçar, intimidar
Ameaçar injustamente de demissão
Sobrecarregar de trabalho e dificultar as condições de sua execução
Não fornecer materiais e ferramentas adequadas ao trabalho
Ridicularizar o trabalhador e a trabalhadora na frente dos demais
Desqualificação do trabalho realizado (desvalorização generalizada)
Aumentar cada vez mais metas e objetivos de produção ou resultados
Vigilância constante e desproporcional sobre o trabalho que está sendo realizado
Controle de idas ao banheiro
Rigor excessivo
Exclusão de lista de emails
Não permitir progressão profissional
Exclusão de benefícios
Rebaixamento salarial ou funcional etc.
Divulgar boatos sobre a moral do trabalhador...
Quanto aos boatos relacionados à moral da pessoa...
Na definição de Victor Eduardo Gonçalves a honra “é o conjunto de atributos morais , físicos e intelectuais de uma pessoa , que a tornam merecedora de apreço no convívio social e que promovem a sua autoestima”.
Calúnia, difamação e injúria
(Ricardo C. B de Queiroz)
CALÚNIA
A calúnia consiste em atribuir, falsamente, a alguém, a responsabilidade pela prática de um fato determinado definido como crime.
Na jurisprudência temos : “a calúnia pede dolo específico e exige três requisitos:
imputação de um fato +
qualificado como crime +
falsidade da imputação” (RT 483/371).
Assim , se “A” dizer que “B” roubou a moto de “C”, NÃO sendo tal imputação verdadeira, constitui crime de calúnia .
DIFAMAÇÃO
A difamação consiste em atribuir a alguém fato determinado ofensivo à sua reputação.
É a imputação a alguém de fato determinado
ofensivo à sua reputação – honra objetiva
e se consuma, quando um terceiro toma conhecimento do fato.
Assim, se “A” diz que “B” foi trabalhar embriagado semana passada, constitui crime de difamação.
INJÚRIA
A injúria consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua dignidade ou decoro.
Na injúria não se imputa fato, mas qualidade negativa
que ofende a dignidade ou o decoro de alguém – honra subjetiva
além de se consumar com o simples conhecimento da vítima
Assim, se “A” chama “B” de ladrão, imbecil etc. , constitui crime de injúria.
Difere da calúnia por esta exigir que a imputação do fato seja falsa e, além disso, que este seja definido como crime.
Na jurisprudência temos : “na difamação há afirmativa de fato determinado, na injúria há palavras vagas e imprecisas” ( RT 498/316 ) . Assim , se “A” diz que “B” é ladrão, estando ambos sozinhos dentro de uma sala, não há necessidade de que alguém tenha escutado e consequentemente tomado conhecimento do fato para se constituir crime de injúria .
Consequências do assédio moral
Queda da produtividade e menor eficiência, imagem negativa da empresa perante os consumidores e mercado de trabalho
Alteração na qualidade do serviço/produto e baixo índice de criatividade
Doenças profissionais, acidentes de trabalho e danos aos equipamentos
Troca constante de empregados, ocasionando despesas com rescisões, seleção e treinamento de pessoal
Aumento de ações trabalhistas, inclusive com pedidos de reparação por danos morais
SÍNDROME DO BURNOUT
Uma das possíveis consequências no ambiente onde se pratica o assédio moral é a Síndrome de Burnout, uma doença psicológica caracterizada pela manifestação inconsciente do esgotamento emocional. Tal esgotamento ocorre por causa de grandes esforços realizados no trabalho que fazem com que o trabalhador ou trabalhadora  fiquem mais agressivos, irritados, desinteressados, desmotivados, frustrados, depressivos, angustiados. 
CONSELHOS PRÁTICOS PARA EMPRESÁRIOS
ASSÉDIO MORAL			PREJUÍZOS PARA A EMPRESA 
PARA O AMBIENTE DE TRABALHO
perda de autoestima
desagregação do grupo
desmotivação
perda de autoridade
medo
 perda de iniciativa
estímulo à competição nociva, etc..... 
$$$$$ FINANCEIROS
absenteísmo
aumento de acidentes
perdas na produtividade 
perdas de materiais
desperdício de horas
pedidos de demissão
ações judiciais 
rotatividade
PERIGO DAS PALESTRAS
“IN COMPANY”
O chamado workshop algumas vezes
=
Esmagamento emocional público
 
 CÓDIGO CIVIL
Dos atos ilícitos
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
Reparação civil
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez.
Países com legislação específica
Suécia, França, Noruega, Finlândia, Austrália, Portugal, Suíça, Bélgica, Uruguai e Brasil (projeto)
No Brasil: legislações municipais
Cascavel, Guarulhos, Jaboticabal, São Paulo, Natal, Americana, Campinas
(voltadas à Administração Pública)
Projeto de Lei Federal
PL 4742/2001 (Dep. Marcos de Jesus PL/PE)
(tipificação penal do assédio moral)
PROJETO DE LEI Nº 1914, DE 2003 (DoSr. Marcus Vicente)
Altera a redação do art. 953 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil.
O Congresso Nacional decreta:
Art. 1º Esta lei fixa parâmetros para a fixação da indenização por danos morais, prevista no art. 953 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil.
Art. 2º O art. 953 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 953. ..................
§ 1º Se o ofendido não puder provar prejuízo material, caberá ao juiz fixar, equitativamente, o valor da indenização, na conformidade das circunstâncias do caso e de acordo com o disposto no parágrafo seguinte.
§ 2º Na fixação da indenização por danos morais, o juiz, a fim de evitar o enriquecimento indevido do demandante, levará em consideração a situação econômica do ofensor, a intensidade do ânimo de ofender, a gravidade e repercussão da ofensa, a posição social ou política do ofendido, bem como o sofrimento por ele experimentado (NR).”
Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação
DICAS IMPORTANTES PARA EMPRESAS
- não conversar sozinho com empregado 
- não chamar a atenção na frente dos outros
- chamar a atenção tem que ter efeitos pedagógicos
- não ofender
- não fazer brincadeiras indevidas
- não abusar da hierarquia e do poder diretivo
- rastrear brincadeiras indevidas de colegas
- não deixar o empregado no ostracismo (impedir de trabalhar)
- lembrar do caráter contratual da relação de emprego
- também não permitir brincadeiras indevidas da parte do empregado
- verificar se chefias não estão excedendo poder
- não exigir metas inatingíveis
- não ameaçar de demissão, a não ser que seja em punição fundamentada (art. 482, da CLT)
- não dirigir bilhetes ou emails ofensivos e ameaçadores
- usar do bom senso e boa fé
- entrevista demissional detecta assediadores
Empresas devem treinar as chefias 
quanto à legislação trabalhista básica,
limites, poderes, técnicas de liderança e relacionamento.
VARA DO TRABALHO DE SÃO CARLOS
“Há que se cuidar para que o instituto dos danos morais, tão necessário aos trabalhadores que se sentem assediados moralmente por seus empregadores, colocados em situações verdadeiramente humilhantes, oportunizadas pela hierarquia inerente às relações de trabalho, não seja banalizado com questões de pequena proporção.
Indevidos os danos morais pretendidos”.
CUIDADOS DA VÍTIMA DO ASSÉDIO MORAL
1- Resistir: anotar com detalhes todas as humilhações sofridas (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
 
2- Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
 
3- Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
 
5- Evitar conversar com o agressor sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
 
6- Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou RH e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
 
7- Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instâncias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos, Conselho Regional de Medicina e OIT.  
8- Recorrer ao Centro de Referência em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
 9- Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da autoestima, dignidade, identidade e cidadania.
Profeta: Sua missão é "enxugar" o mais rápido possível a "máquina", demitindo indiscriminadamente os trabalhadores/as. Refere-se às demissões como a "grande realização da sua vida". Humilha com cautela, reservadamente. As testemunhas, quando existem, são seus superiores, mostrando sua habilidade em "esmagar" elegantemente.
	Mala-babão:
É aquele chefe que bajula o patrão e não larga os subordinados. Persegue e controla cada um com "mão de ferro". É uma espécie de capataz moderno.
Pitt-bull: é o chefe agressivo, violento e perverso em palavras e atos. Demite friamente e humilha por prazer.
Grande irmão: Aproxima-se dos trabalhadores/as e mostra-se sensível aos problemas particulares de cada um, independente se intra ou extra-muros. Na primeira "oportunidade", utiliza estes mesmos problemas contra o trabalhador, para rebaixá-lo, afastá-lo do grupo, demiti-lo ou exigir produtividade.
TROGLODITA - É o chefe brusco, grotesco. Implanta as normas sem pensar e todos devem obedecer sem reclamar. Sempre está com a razão. Seu tipo é: "eu mando e você obedece".
Garganta:
É o chefe que não conhece bem o seu trabalho, mas vive contando vantagens e não admite que seu subordinado saiba mais do que ele. Submete-o a situações vexatórias, como por exemplo: colocá-lo para realizar tarefas acima do seu conhecimento ou inferior à sua função.
Tigrão:
Esconde sua incapacidade com atitudes grosseiras e necessita de público que assista seu ato para sentir-se respeitado e temido por todos.
	"Ta se achando".
Confuso e inseguro. Esconde seu desconhecimento com ordens contraditórias: começa projetos novos, para no dia seguinte modificá-los. Exige relatórios diários que não serão utilizados. Não sabe o que fazer com as demandas dos seus superiores. Se algum projeto é elogiado pelos superiores, colhe os louros. Em caso contrário, responsabiliza a "incompetência" dos seus subordinados.
DANO MORAL CAUSADO
PELO TRABALHADOR OU TRABALHADORA
ATOS OU PALAVRAS QUE COMPROMETAM A IMAGEM DA EMPRESA, DOS SUPERIORES OU DOS DONOS.
(Internet, telefone, reuniões de negócios, feiras e exposições, etc...)
CÓDIGO CIVIL - Art. 52. Aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da personalidade.
HOJE A TECNOLOGIA PERMITE...
A PRODUÇÃO DE PROVAS DOS DANOS MORAIS!!
C. L. T.
EMPREGADO
ARTIGO 482
Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador...
EMPREGADOR
ARTIGO 483
Empregado pode considerar rescindido o contrato de trabalho e pleitear indenização...
CLT – Art. 482 
Art. 482 – Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador:
a) ato de improbidade;
b) incontinência de conduta ou mau procedimento;
c) negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador, e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;
d) condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena;
e) desídia no desempenho das respectivas funções;
f) embriaguez habitual ou em serviço;
g) violação de segredo da empresa;
h) ato de indisciplina ou de insubordinação;
i) abandono de emprego;
j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
k) ato lesivo da honra ou da boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
l) prática constante de jogos de azar.
Parágrafo único. Constitui igualmente justa causa para dispensa de empregado a prática, devidamente comprovada em inquérito administrativo, de atos atentatórios contra a segurança nacional.
CLT – Art. 483
Art. 483 – O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons costumes, ou alheios ao contrato;
b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra eleou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários.
§ 1º  – O empregado poderá suspender a prestação dos serviços ou rescindir o contrato, quando tiver de desempenhar obrigações legais, incompatíveis com a continuação do serviço.
§ 2º  – No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho.
§ 3º – Nas hipóteses das letras d e g, poderá o empregado pleitear a rescisão de seu contrato de trabalho e o pagamento das respectivas indenizações, permanecendo ou não no serviço até final decisão do processo.
MENSAGENS FINAIS
PARA OS(AS) TRABALHADORES(AS)
O tema “dano moral” deve ser interpretado com seriedade, boa fé, bom senso, não podendo ser objeto de banalização, sob pena de perder o seu fim maior, que é a proteção à dignidade humana.
PARA OS EMPREGADORES
O respeito à dignidade humana, o bom senso e a boa fé nas relações de trabalho, representam fatores determinantes para o sucesso do negócio e para a imagem da empresa perante a sociedade.
CASOS INUSITADOS
A Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul condenou a rede de lojas C&A a pagar indenização de R$ 30 mil a uma ex-supervisora que foi filmada por uma câmera escondida instalada no banheiro feminino. O equipamento foi colocado no local por um gerente e um supervisor da loja, que espiavam a troca de roupa das funcionárias.
A 1ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve decisão que condenou uma empresa no interior de São Paulo por ter contratado e demitido um funcionário 50 vezes em um prazo de cinco anos.
A 1ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve condenação do Banco Santander em danos morais a uma ex-funcionária que recebeu ordem de seu gerente para que cumprisse as metas do banco de qualquer forma, ainda que fosse necessária a troca de favores sexuais. Segundo a bancária, a insinuação constrangeu a todos, e alguns colegas chegaram a chorar, envergonhados. A indenização foi fixada em R$ 35 mil.
A operadora de televisão por assinatura NET foi condenada a indenizar uma funcionária por danos morais no valor de R$ 10 mil. A empregada era obrigada a fazer flexão de braços durante o serviço, na frente de todos, caso o coordenador comercial de sua área julgasse que ela cometeu algum erro.
No Rio Grande do Sul, o McDonald"s pagou R$ 70,5 mil a um ex-funcionário que entrou na Justiça por ter engordado cerca de 30 kg nos 12 anos em que trabalhou na companhia. No processo, que teve início em 2008, Edson Zwierzinsky alega que, como gerente, era obrigado a provar diariamente quantidades variáveis de refrigerante, hambúrguer e batata frita.
Uma agente de trânsito chamada de "mulher de programa" pelos colegas de trabalho será indenizada em R$ 10 mil pela URBS (Urbanização de Curitiba S/A). Ela virou motivo de chacota após o vazamento do conteúdo de uma ligação anônima.
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou a Coplac do Brasil a indenizar no valor de R$ 10 mil uma funcionária grávida demitida por justa causa. A ex-funcionária conseguiu reverter a dispensa por insubordinação e comprovar o assédio moral por parte do seu chefe que a chamava de gorda e dizia que "faria a rapa das gordas".
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região manteve a condenação da empresa Losango e, subsidiariamente, o banco HSBC e a Staff Recursos Humanos, ao pagamento de indenização, por danos morais, a uma promotora de vendas que era obrigada a trabalhar fantasiada e realizar performances, batendo palmas e gritando para chamar a atenção dos consumidores.
A 6ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) manteve decisão do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 23ª Região que anula a dispensa sem justa causa de um empregado da Sanecap (Companhia de Saneamento da Capital) por entender que ele sofreu "perseguição política".
O Starbucks concordou em pagar uma indenização de US$ 75 mil (cerca de R$ 119,5 mil), em processo na Justiça norte-americana, por discriminação. Uma barista do Texas (EUA) alegou ter sido demitida por ser anã.
A distribuidora farmacêutica Mercantil Farmed foi condenada a indenizar uma ex-empregada no valor de R$ 4 mil por danos morais. Ela se sentiu ofendida com a reação exacerbada de uma encarregada após o sumiço de uma caixa de Viagra.
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou a Igreja Universal do Reino de Deus a indenizar um ex-pastor acusado, sem provas, de roubar o dízimo (doações em dinheiro) oferecido pelos fiéis durante os cultos. O pastor foi indenizado em R$ 70 mil, por danos morais.
Um promotor de vendas da Vonpar Refrescos S.A., distribuidora das cervejas Kaiser e Sol, receberá indenização no valor de R$ 13 mil por ter sido demitido após ser surpreendido por superiores bebendo cerveja da marca concorrente.
O TST (Tribunal Superior do Trabalho) condenou o grupo ***, dono do frigorífico *** de Lins a indenizar em R$ 50 mil uma ex-funcionária que era obrigada a caminhar de um ponto a outro do vestiário da empresa usando apenas roupas íntimas.
O hipermercado Carrefour foi condenado a indenizar um auxiliar de serviços gerais terceirizado em R$ 11,4 mil por danos morais. O profissional foi acusado por um empregado da loja de tomar sorvete sem autorização.
A 8ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) negou o recurso da Vale e concedeu a um maquinista o adicional de 18% do salário conhecido como "auxílio-solidão". A parcela é concedida ao maquinista que conduz trens sem a companhia do maquinista auxiliar.
Uma instrutora de autoescola portadora de psoríase, doença inflamatória da pele, que era chamada de "perebenta" pela gerente deverá ser indenizada em R$ 3 mil por danos morais. Durante dois meses, a funcionária alegou ter sofrido diversas humilhações e discriminações dirigidas por sua gerente.
Lavf57.41.100

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