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• Durante esse período, destacamos como caraterísticas em relação às ações de saúde: DOENÇAS CASTIGO OU PROVAÇÕES PAJÉ CURANDEIROS/ BOTICÁRIOS • Instituições católicas; • Padres Jesuítas; • Santos – 1943 e Salvador – 1549; • Missão: Tratamento e sustento a enfermos e inválidos; • Mantidas por meio de caridade e filantropia. MEDICINA LIBERAL/ESCASSEZ DE MÉDICOS ALTO PREÇO DE REMÉDIOS ORIUNDOS DE PORTIGAL E DO ORIENTE • Chegada da Família Real ao Brasil em 1808. • Política médica. • Intervenção na condição de vida e de saúde da população. • Vigiar/controlar o aparecimento de epidemias. • A vinda da corte portuguesa para o Brasil em 1808, determinou mudanças na administração pública colonial, até mesmo na área da saúde. Como sede provisória do império português e principal porto do país, a cidade do Rio de Janeiro tornou-se centro das atenções, não só na área econômica, mas no setor das ações sanitárias também (POLIGNANO, 2001). • Concebia as emanações de elementos do meio físico como seus agentes responsáveis e insalubres, porque ainda não se conhecia a existência dos microrganismos. • Considerava-se que o ar era o principal causador de doenças, pois carregava gases pestilenciais oriundos de matéria orgânica em putrefação. • Limpavam os ambientes. • Criação de um lazareto para a quarentena de viajantes e de escravos portadores de moléstias epidêmicas. • A autoridade sanitária poderia conceber o visto de entrada das pessoas na cidade. • Ações de combate a doenças transmissíveis. • Era bacteriológica. Com o desenvolvimento da bacteriologia (Era bacteriológica) e da utilização de recursos que possibilitaram a descoberta dos microrganismos, foi identificado o agente etiológico da doença, concretizada na segunda metade do Século XIX e no início do Século XX. TEORIA DA UNICAUSALIDADE O modelo unicausal de compreensão da doença baseava-se na existência de apenas uma causa (agente) para um agravo ou doença. Superação da Teoria Miasmática Essa concepção causou sucesso na prevenção de diversas doenças infecciosas Tubersulose Malária Febre amarela Mas apresentou uma visão única em relação ao combate às enfermidades em geral. • Avanço da bacteriologia; • Medicina higienista ( nos portos); • Planejamento das cidades; • Doenças de destaque: cólera, peste bubônica, febre amarela, varíola, tuberculose, Hanseníase e febre tifoide. No momento em que os tripulantes estrangeiros receavam desembarcar nos portos brasileiros, com medo de contrair inúmeras doenças que se proliferavam aqui, o saneamento foi a solução encontrada para tentar melhorar a imagem do País no exterior. • Medidas Jurídicas Impositivas: Vigilância sanitária Vacinação obrigatória Notificação de doença Nomeação de Oswaldo Cruz para Diretor do Departamento Federal de Saúde Pública (1903) Em 1904, enfrentou um de seus maiores desafios como sanitarista: devido a uma grande incidência de surtos de varíola, o médico tentou promover a vacinação da população. A vacinação era feita pela brigada sanitária. Os profissionais entravam na casa das pessoas e vacinavam todos os que lá estivessem. Mas, essa forma de agir indignou a população. O fato ficou conhecido como REVOLTA DA VACINA. • Modelo Campanhista: Ações pontuais de controle das doenças; Campanhas sanitárias para combater as epidemias de febre amarela, peste bubônica e varíola; Medidas gerais destinadas à promoção de higiene urbana, com a desinfecção dos espaços públicos e domiciliares; Caracterizavam-se pela utilização de medidas jurídicas impositivas de notificação de doenças, vacinação obrigatória e vigilância sanitária em geral. Apesar dos abusos cometidos, o modelo campanhista obteve importantes vitórias no controle das doenças epidêmicas, conseguindo inclusive erradicar a febre amarela do Rio de Janeiro. • 1920 – Carlos Chagas Reestruturação do departamento Nacional de Saúde; Educação sanitária e propaganda; Criaram-se órgãos especializados na luta contra a tuberculose, a lepra e as doenças venéreas. Expandiram-se as atividades de saneamento para outros estados, além do Rio de Janeiro; Criou-se a escola de Enfermagem Anna Nery. • Início da medicina previdenciária: Em 1923, foi celebrado o convênio entre o Brasil e a Fundação Rockefeller e promulgada a Lei Eloy Chaves; Considerada o marco do início da Previdência Social no Brasil; Criação das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP). Cada empresa tinha o próprio sistema de previdência social e assistência médica, portanto, não sofriam interferência externa, tampouco de outras empresas. Por instituição ou empresa; Aposentadoria e pensões; Serviços funerários, assistência médica aos trabalhadores, socorro médico para a família e medicamentos por preço especial; Assistência por acidente de trabalho; Financiamento e gestão: trabalhador e empregador. • Predomínio das doenças da pobreza: doenças infecciosas e parasitárias, deficiências nutricionais, etc.) • Surgimento das morbidades modernas: cardiopatias, neoplasias, acidentes e violência. FRACIONAMENTO DA ASSISTÊNCIA Medicina Liberal Hospitais Filantrópicos Empresas médicas IAPS • 1930: Criação do Ministério da Educação e Saúde (MESP): • 1933: Instituto de Aposentadoria e Pensões (IAP): A saúde pública era de responsabilidade do MESP, prestava serviços para os identificados como pré-cidadãos: os pobres, os desempregados, os que exerciam atividades informais, ou seja, as pessoas que não eram seguradas da previdência social. • Unificação dos CAP’s; • Por categoria profissional; • Aposentadoria e pensões; • Serviços funerários, socorro médico para a família, assistência médica aos trabalhadores; • Assistência por acidente de trabalho; • Financiamento e gestão: trabalhador, empregador e governo. • Ações centradas na área de campanhas sanitárias: materno-infantil, tuberculose e hanseníase. • 1948: Criação da OMS; • 1953: Criação do Ministério da Saúde. • A saúde pública era de baixa qualidade e limitada; • Aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malária, chagas, acidentes de trabalho; • Predomínio das doenças da modernidade e da pobreza e presença ainda das doenças infecciosas e parasitárias; • Algumas melhorias ocorrem apenas nas doenças imunopreveníveis. • DUPLA CARGA DE DOENÇAS. • 1966: fusão dos IAPs, o que resultou na criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Todas as categorias profissionais passaram a ter apenas um sistema previdenciário - o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) - que unificou todos os IAPs. Esse instituto era gerido pelo governo e responsável pela assistência médica e pela previdência social de seus integrantes (trabalhadores formais e respectivos dependentes). O INPS durou pouco tempo (até 1977). • 1970: Movimento da Reforma Sanitária: Surgiu da indignação de setores da sociedade sobre o dramático quadro do setor da saúde. Ele é formado de técnicos e intelectuais, partidos políticos, diferentes correntes e tendências e movimentos sociais diversos. Nasceu no contexto da luta contra a ditadura; Um dos marcos dessa luta foi a realização da 8ª Conferência Nacional de Saúde, em 1986. Impulsionou a criação do SUS; Elementos essenciais: DESCENTRALIZAÇÃO, UNIVERSALIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DOS USUÁRIOS; • 1977: Criação do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (INAMPS). Por meio da Lei nº 6439/77, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), o governo desdobrou o INPS em Instituto de Administração da Previdência Social (IAPAS), Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) e Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). O INAMPS passou a ser a autarquia responsável pela assistência à saúde dos trabalhadores e seus dependentes inscritos no sistema de previdência social. A atenção à saúdecentrada na doença e em procedimentos. Conferência de Alma-Ata (1978) 1ª conferência internacional sobre cuidados primários de saúde; A definição de saúde como COMPLETO BEM-ESTAR FÍSICO, MENTAL E SOCIAL, NÃO APENAS A AUSÊNCIA DE DOENÇA OU ENFERMIDADE; Defesa da saúde como direito universal; Meta: saúde para todos no ano 2000; Em que germinou o debate entre vários países sobre a importância da atenção primária à saúde e que impulsionou o debate de um novo modelo de saúde no brasil. • 1981: Instituição do Plano CONASP (Conselho Consultivo de Administração da Saúde Previdenciária), e deveria operar como organizador e racionalizador da assistência médica e procurou instituir medidas moralizadoras na área da saúde. • O Plano se dividia em três grandes grupos de programas, um deles eram as Ações Integradas de Saúde (AIS). • 1983: Criação das AIS. Essa foi uma das primeiras experiências com um sistema de saúde mais integrado e articulado. • Fortalecimento da Reforma Sanitária; • 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde: Pela primeira vez, na história do país, essa Conferência permitiu a participação da sociedade civil organizada no processo de construção de um novo ideário para a saúde. Foi norteada pelo princípio da “saúde como direito de todos e dever do Estado”. Suas principais deliberações foram a base para a institucionalização do SUS pela Constituição Federal de 1988. Fórum de luta pela descentralização do sistema de saúde e pela implantação de políticas sociais. • 1987: Criação do Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS). Enquanto se aprofundavam as discussões sobre o financiamento e a operacionalização para a constituição do Sistema Único de Saúde (SUS), em julho de 1987, criou-se o SUDS, cujos princípios básicos eram, também: a universalização, a equidade, a descentralização, a regionalização, a hierarquização e a participação comunitária. • 1988: Institucionalização do SUS pela Constituição Federal de 1988, com disposições sobre a Seguridade Social nos art. 194 e 195 e, em relação à saúde, nos arts. 196 a 200. • 1990: Regulamentação do SUS pelas Leis Orgânicas da Saúde: Lei nº 8.080/1990 Que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Lei nº 8.142 /1990 Que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do SUS e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde e dá outras providências. • Adoção dos princípios e das diretrizes do SUS; • Universalização da Saúde: Saúde, direito de todos e dever do Estado; • Enfrentamento de muitos problemas para a implantação do SUS; • Extinção do INAMPS; • Entraves na consolidação do SUS, em decorrência da gestão ineficaz e fragmentada, da corrupção, do subfinanciamento e da hegemonia do modelo centrado na doença e no hospital (biomédico). CAP (1923-1933) IAP (1933-1966) INPS (1966-1977) INAMPS (1977-1993) SUS (1988-ATUALIDADE) • EMPRESAS; • BIPARTITE. • CATEGORIA PROFISSIONAL; • TRIPARTITE; • GESTÃO PELO GOVERNO. • CRIAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL; • UNIFICAÇÃO DOS IAP’S; • FUNDO ÚNICO; • TRIPARTITE; • OBRIGATÓRIO. • MUDANÇA ORGANIZACIONAL; • DESMEMBRAMENTO; • ATÉ DEPOIS DO SUS; • TRIPARTITE; • OBRIGATÓRIO. • UNIFICADO; • GRATUITO; • UNIVERSAL; • EQUIDADE; • FINANCIADO PELOS RECURSOS DOS NOSSOS IMPOSTOS. Referências • POLIGNANO, M. V. História das políticas públicas de saúde no Brasil: uma pequena revisão. Disponível em: http://medicinadeemergencia.org/wp- content/uploads/2015/04/historia-das-politicas-de-saude-no-brasil- 16-030112-SES-MT.pdf. http://medicinadeemergencia.org/wp-content/uploads/2015/04/historia-das-politicas-de-saude-no-brasil-16-030112-SES-MT.pdf
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