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Atendimento Inicial ao Politraumatizado APH e AIH

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1 
 
Urgência e Emergência IV – 2021.1 
Avaliação inicial ao politraumatizado 
Trauma: todo tipo de lesão causada por agente externo a um indivíduo. Diferentemente de mal súbito ou doença pré-
existente (ACLS). 
Estatística: 
 Principal causa de morte entre 1 e 44 anos de idade 
 Mata 9 pessoas por minuto 
 5,8 milhões de mortes/ano 
 12% do custo das doenças no mundo (500 bilhões de dólares/ano) 
 Colisões automobilísticas sozinhas causam mais de 1 milhão de mortes 
por ano e estima-se que causem de 20 a 50 milhões de lesões 
significativas 
 
Distribuição trimodal do trauma: 
 1º pico são segundos a minutos, que representa o momento 
em que independente do tempo de atendimento, o paciente 
vai morrer, ele apresenta lesão incompatível com a vida. São 
chamadas mortes imediatas. Hora de Ouro! Nesse 
momento é necessário atuar em PREVENÇÃO! 
 2º pico são minutos a horas, que representa o GRANDE 
momento. Nesse momento é possível reduzir a mortalidade. 
São chamadas mortes precoces. 
 3º pico que são semanas, onde infelizmente o paciente vai 
morrer decorrente de causas tardias, por infecções e afins. 
Mecanismos de prevenção: 
- Cinto de segurança 
- Cadeirinha de bebê 
- Criança no banco de trás 
- Air bags 
- Freios ABS 
- Controle de estabilidade 
Sempre lembrar: Não se atende uma vítima, se atende uma cena, uma situação. O ambiente pode e deve alterar seu 
atendimento. O atendimento da vítima começa após todas as prevenções. Cena SEGURA, Equipe SEGURA! 
Taxa de mortalidade por trauma no mundo 
Prevenção secundária, 
SE acontecer o trauma. 
2 
 
O tempo é fator crucial! 
Hipóxia = lesão cerebral definitiva. Hemorragia = choque circulatório. 
Hipotermia + Acidose metabólica + Distúrbio de coagulação = TRÍADE LETAL. 
PHTLS: atendimento avançado ao politraumatizado no pré-hospitalar 
X 
ATLS: atendimento avançado ao politraumatizado no ambiente hospitalar 
Princípios no Atendimento Pré-Hospitalar (APH): garantir a segurança dos socorristas e do paciente. 
 Cena – Segurança – Situação 
*PCR em trauma fechado é basicamente óbito! Não se transporta paciente morto em ambulância. 
 Iniciar gerenciamento dos riscos e o controle da cena 
 Sinalização do local 
 Isolamento da cena 
 Estabilização de veículos (freio de mão, madeiras) 
 Controle de tráfego 
 Desligamento de motores automotivos (tirar chaves) 
 Desativação de cabos elétricos energizados 
 Remoção de vítimas em situação de risco iminente 
Resgate: é o grupo de providencias técnicas para a retirada de vítimas de locais de onde não conseguem sair por si só 
e sem risco. 
O APH é o conjunto de procedimentos técnicos realizados no 
local da emergência e durante o transporte da vítima. O objetivo 
é a manutenção da vida e em situação mais próxima possível da 
normalidade, até a sua chegada ao hospital com a minimização 
das sequelas. 
 
‘Para o oxigênio chegar aos tecidos é necessária uma via aérea pérvia, para levar o oxigênio à circulação são 
necessários pulmões funcionantes e para a realização das trocas gasosas é necessário sangue circulante para levar o 
oxigênio aos tecidos de todo o corpo, principalmente ao cérebro, coração e rins’. 
Regulação médica: 
 Avaliação da gravidade 
 Liberação do veículo adequado 
 Disponibilidade de leitos hospitalares 
 
*fratura de fêmur pode sangrar até 1,5 litros 
Avaliação Primária 
X – Controle da hemorragia grave (PHTLS) 
Airway – Via aérea com proteção da coluna cervical 
Breathing – Respiração e ventilação 
Circulation – Circulação com controle da hemorragia 
Disability – Disfunção: estado neurológico 
Exposure e Environmental – Exposição e Controle do Ambiente 
 
ORDEM QUE MATA MAIS RÁPIDO! 
Questão: Paciente vítima de acidente automobilístico, da entrada no 
PS, trazido pelo corpo de bombeiros. Paciente está agitado, 
alcoolizado e xingando toda a equipe de atendimento. Está com colar 
cervical aplicado. Na ausculta pulmonar tem MV abolido em 
hemitórax direito e FC de 30 irpm. A FC é de 120 bpm e PA de 110x70 
mmHg. Tem fratura exposta de fêmur direito com atadura 
compressiva. Qual a medida prioritária no atendimento a este 
paciente? 
a) Intubação orotraqueal 
a. (A- não está rebaixado hemodinamicamente) 
b) Iniciar rapidamente 2000ml de Ringer-Lactato 
a. (C- circulação, sangramento, fazer a infusão) 
c) Fazer Raio-x da série do trauma 
a. (Tórax, coluna cervical e bacia) 
d) Drenagem torácica em selo d’agua hemitórax direito 
a. (B- hemotórax, drenar o tórax para voltar a ter 
expansão pulmonar) 
 
O tempo no APH: 
 Tempo de notificação 
 Tempo de resposta 
 Tempo na cena 
 Tempo de transporte 
 Conclusão dos relatórios até o retorno à base 
 
3 
 
Atendimento Primário no Intra-Hospitalar 
Setor de atendimento: 
 Salas de estabilização 
 Sala de observação 
Setor cirúrgico: 
 Central de materiais 
 Centro cirúrgico 
 Sala de recuperação pós anestésica (PO imediato) 
Na fase hospitalar: 
 Planejamento antecipado à chegada do doente traumatizado é essencial 
 Avaliar a área de reanimação que vai receber os doentes traumatizados 
 Equipamento para abordagem da via aérea (checar os materiais, pilha e etc) 
 Soluções cristaloides prontamente disponíveis (aquecidas) 
 Convocação de mais médicos, se necessário 
 Proteção da equipe de atendimento (máscara, óculos, avental impermeável, perneiras e luvas) 
Precauções padrão: gorro, avental, luvas, máscara, propés, óculos/protetor de face 
São 4 fases do atendimento ao paciente politraumatizado: 
1. Exame primário e ressuscitação 
2. Exame secundário 
3. Reavaliação 
4. Tratamento definitivo 
A avaliação primária deve ser repetida frequentemente, para identificar qualquer piora na situação do 
doente, que indique a necessidade de alguma outra intervenção. 
Cenário: Homem, 44 anos, motorista do carro, colisão frontal contra um muro. Inconsciente no local. Levado ao hospital por 
socorristas de suporte básico, com colar cervical, imobilizado em prancha longa, ventilado com máscara e ambú. 
 Equipe protegida (tanto a que está entregando o paciente, como a que está recebendo) 
 Equipe preparada 
 Mecanismo de trauma é importante, mas não deve atrasar o atendimento. 
*Em trauma fechado é mais comum acontecer um pneumotórax e/ou hemotórax do que um tamponamento cardíaco. Este é mais 
comum em uma lesão por arma de fogo por exemplo. 
Conceitos da Avaliação Inicial: 
 Preparação 
 Avaliação primária com medidas auxiliares da reanimação (acesso venoso, Sat O2, monitorização) 
 Reavaliação 
 Avaliação secundária detalhada com medidas auxiliares da 
reavaliação (exames) 
 Reavaliação 
 Tratamento definitivo 
Setor de apoio diagnóstico: 
 Radiologia (simples, USG, TC, arteriografia) 
 Laboratório (análises clínicas, microbiologia, toxicologia) 
 Outros exames (ecocardiografia, ECG, EEG, doppler transcraniano) 
 
4 
 
*Como estamos no INTRAHOSPITALAR, não temos 
mais o X (controle da hemorragia grave), que é do 
PHTLS (pré-hospitalar). Pois, entende-se que neste 
momento as situações ameaçadoras à vida já foram 
de certa forma controladas. 
 
Como avaliar um doente em 10 segundos de forma 
rápida e simples? 
 Perguntar o nome. 
 Perguntar o que aconteceu. 
Uma resposta apropriada confirma que existe uma via aérea pérvia (A), que tem reserva de ar suficiente para falar (B), 
que tem perfusão suficiente (C) e que tem sensório normal (D). 
Populações especiais: idosos (pode não ter uma resposta normal, como uma taquicardia, tanto pela idade como pelo 
uso de fármacos), neonatos e crianças, gestantes (evitar o choque para evitar aborto), obesos e atletas (conseguem 
manter uma resposta diferente ao choque, demora a ter taquicardia pois estão “acostumados” a uma hipóxia relativa). 
Airway – Via Aérea: via aérea pérvia e coluna cervical. 
Paciente está respirando? Tem ruídos? Secreções? 
*Qual a principal causa de obstrução de viasaéreas no trauma? 
R: Queda da base da língua. 
Oxímetro de pulso é uma medida auxiliar importante. 
Reanimação: vai de medidas simples como elevação do membro, tração da mandíbula, aspiração, sonda nasofaríngea/ 
orofaríngea, se não tiverem contraindicações e, por fim, a via aérea definitiva. O conceito de via aérea definitiva é um tubo com 
cuff insuflado dentro da traqueia, pode ser nasotraqueal ou orotraqueal, lembrando que nasotraqueal não pode ter fratura de 
base de crânio e fratura de nariz. Se não tiver condições anatômicas, como fraturas de mandíbulas ou dissociação anatômica 
maxilo-facial, não será possível intubar o paciente, necessitando providenciar uma via aérea cirúrgica que são as 
cricotireoidostomias. 
Lembrar das drogas hipnótico-sedativas em casos de o paciente não estar com Glasgow muito baixo, ou seja, tem resposta. 
Midazolam e Etomidato (o 2º garante maior estabilidade cardiológica, causa menos hipotensão, então se o paciente estiver 
instável hemodinamicamente é mais indicado). Fentanil como analgésico. Succinilcolina como relaxante muscular de ação rápida 
(leva à fasciculação). – Sequência de intubação mediada por drogas pelo novo ATLS. 
Breathing – respiração e ventilação: avaliar e manter a oxigenação e ventilação adequadas. 
 Frequência respiratória 
 Movimentação torácica 
 Ausculta respiratória 
 Percussão 
 Saturação de oxigênio 
*Transformar um pneumotórax hipertensivo em pneumotórax aberto (punção de alívio). 
Há 2 tipos de lesões para se preocupar em relação ao tórax: 
1. Lesões com risco de morte imediata – lesões que devem ser identificadas no exame primário 
2. Lesões com risco iminente – lesões com repercussão semiológica um pouco menos, serão identificadas no 
exame secundário. 
Avaliação Primária 
Airway – Via aérea com proteção da coluna cervical 
Breathing – Respiração e ventilação 
Circulation – Circulação com controle da hemorragia 
Disability – Disfunção: estado neurológico 
Exposure e Environmental – Exposição e Controle do Ambiente 
 
5 
 
Tórax instável era considerada uma lesão com risco de morte e, 
até a 9ª edição do ATLS, deveria ser abordada no exame 
primário. Agora, na 10ª edição o tórax instável passou para 
exame secundário (risco iminente). 
E as lesões da árvore traqueobrônquica (traqueia, brônquios de 
grande calibre, lobo direito/esquerdo, próximos a carina) 
passaram a ser lesões do exame primário (risco de morte 
imediata), as quais estavam alocadas no exame secundário. 
 
*Pneumotórax Hipertensivo = acúmulo de ar no espaço pleural sob pressão, comprimindo os pulmões e diminuindo 
o retorno venoso para o coração. À medida que a pressão intratorácica aumenta, os pacientes apresentam 
hipotensão, desvio da traqueia e distensão da veia jugular. O hemitórax comprometido é hipertimpânico à 
percussão e muitas vezes parece um pouco distendido, tenso e pouco compressível à palpação. Diferente do 
tamponamento cardíaco, o pneumotórax hipertensivo tem ausência unilateral do murmúrio vesicular. 
O ar só entra na pleura e não sai, assim a pressão aumenta a ponto de 
jogar o mediastino para o outro lado, o qual “roda”, então, os grandes vasos 
venosos, de onde chegava o retorno venoso, torcem, e o sangue venoso não entra 
no AD. Assim, há uma situação de baixo débito cardíaco – choque obstrutivo. 
Conduta: punção descompressiva. Nas crianças 2ºEI e adultos 5ºEI entre 
a linha axilar anterior e média (menor distância da pleura com o meio externo). 
Pneumotórax iatrogênico = barotrauma na ventilação. 
*Pneumotórax aberto = ferimento por arma branca, por exemplo, e a parede torácica se abre. Assim, como a pressão 
pleural é negativa, é mais fácil entrar ar pelo ferimento do que pela via aérea, então o ar entrará por essa janela 
torácica, tendo dificuldade de entrar pela via aérea formal. Conduta: curativo de 3 pontas. 
*Lesões da árvore traqueobrônquica: drenagem de tórax após 
pneumotórax hipertensivo – raio-x evidencia que pulmão não 
expandiu direito. Checou e o dreno está bem posicionado, mas está 
borbulhando bastante, significando que: o buraco que foi feito na via 
aérea, na lesão, é maior do que o calibre do dreno. Normalmente são 
lesões traqueais ou após a bifurcação, nesse caso, pode-se colocar um 
segundo dreno de tórax para expandir melhor o pulmão. Realizar 
broncoscopia, porque se a lesão tiver mais de 1/3 do diâmetro da 
traqueia é necessário operar, caso não tiver, posiciona-se um segundo 
dreno, na hora que o tórax expandir, eventualmente ele vai fechar por 
segunda intenção. 
*Hemotórax maciço (sangue na cavidade pleural): geralmente causado por ferimentos com arma branca, arma de 
fogo. Conduta: drenagem pleural, se sair um conteúdo maior que 1500 mL é um hemotórax maciço e então, deve-se 
operar (toracotomia). OU então, drenou e não saiu 1500 mL nas primeiras 4 horas, se em CADA HORA sair mais que 
200 mL, é um hemotórax maciço e a conduta também é a toracotomia. 
*Tamponamento cardíaco: geralmente ferimentos de arma branca no precórdio (área de Ziedler). Sangue fica entre 
pericárdio e miocárdio, comprimindo o coração. Como identificar? Tríade de Back: turgência jugular, abafamento de 
bulhas cardíacas e hipotensão. Conduta: pericardiocentese. 
# Contusão pulmonar: funciona como um edema, comprometendo a troca gasosa. Precisa ser tratada com apoio 
ventilatório, sendo que não pode hiperhidratar o paciente para não ter consequências ventilatórias (edema 
pulmonar). 
6 
 
 Lesão mais comum no politraumatizado, devido a energia cinética do trauma. 
 Insuficiência respiratória 
 Apoio ventilatório – inclusive mecânico 
 Restrição hídrica 
 Rx – tomografia 
# Tórax instável: fratura de vários arcos costais subsequentes, em mais de um 
lugar, que levam a respiração paradoxal. Assim, quando se inspira, ao invés da 
caixa torácica aumentar, ela afunda e na expiração, ao invés de voltar ao normal, 
a caixa torácica abaula. O problema do tórax instável é a contusão pulmonar. 
 Tórax instável com contusão pulmonar: 
 Fratura de 2 ou mais costelas 
 Pelo menos 2 pontos 
 Respiração paradoxal 
 Problema: contusão pulmonar e dor 
 
 
 
 
Circulation – circulação incluindo controle da hemorragia: avaliar a perfusão orgânica. 
Determina se o paciente está em choque. O choque mais frequente é o hipovolêmico, assim se for pensar em 
“encher o tanque MAS fechar a torneira” – ou seja, repor a volemia E parar o sangramento. 
 Nível de consciência 
 Temperatura e cor da pele 
 Frequência e características do pulso 
 Controle da hemorragia 
 Restauração da volemia (lembrar da hipotensão permissiva: pressão sistólica maior que 90) 
 Reavaliação 
 Cuidado com: idosos, crianças, atletas e medicamentos (ex. betabloqueador) 
*Monitorização cardíaca, ECG, sondagem vesical de demora (débito urinário = volemia). 
 
*parâmetro adicionado: gasometria arterial 
 
9ª edição 
10ª edição 
7 
 
Classe I: sangramento que a pessoa já tem uma história de perda, como se doasse uma bolsa de sangue = <15% da 
volemia. Os parâmetros clínicos estão todos NORMAIS, necessário apenas monitorizar. Eventualmente não é 
necessário expandir a volemia do paciente. 
Classe II: perda de 15 a 30% da volemia, e o paciente apresenta taquicardia e a diminuição da pressão de pulso 
(diferença entre a PAS e PAD – exemplo: PA 120 x 80, pressão de pulso é 40, sendo normal acima de 30). Porque há 
aumento da pressão diastólica? Na presença de sangramento, catecolaminas, vasoconstrição periférica, aumentam a 
resistência periférica, sendo que a pressão diastólica é a resistência periférica, então, sobe a pressão diastólica antes 
de haver hipotensão. Assim, se houver uma diminuição da pressão de pulso, tem-se choque GRAU 2. E se colher 
gasometria e o déficit de base está entre -2 e -6 mEq é necessário fazer cristaloide – 1000 mL de ringer lactato e 
observar a evolução do paciente. 
Classe III: 31 a 40% de perda devolemia. Parâmetro mais importante dessa classe é a HIPOTENSÃO. Nessa classe é 
necessário sangue tipo específico com prova cruzada, a qual demora 40 minutos, e vai correndo enquanto isso, 
1000mL de ringer lactato. 
Classe IV: Acima de 40%, além do paciente estar hipotenso, na maioria das vezes o pulso periférico só aparece com 
pressão sistólica acima de 70mmHg, então se desaparece pulso periférico, paciente está severamente inconsciente, 
diaforético, com cianose, déficit de base <-10mEq = choque grau IV. Necessário fazer protocolo de reposição maciça 
= sangue universal O – ou O+ em homens e mulheres fora da idade fértil; reposição de hemoderivados, plasma fresco 
e plaquetas, sendo mais coerente a cada dois concentrados de hemácias um plasma fresco congelado (2:1) e plaqueta 
conforme mensuração laboratorial, sendo necessário a reposição abaixo de 50.000 plaquetas. Se tiver TCE <100.000 
repor plaquetas. 
Objetivo da reanimação precoce com hemoderivados: redução da coagulopatia e redução de cristaloides. 
#Não é necessário HT ou Hemoglobina para transfusão sanguínea, pois quem indica a transfusão de sangue é a CLASSIFICAÇÃO 
DO CHOQUE, a qual serve também para: hemorragia digestiva alta e baixa, prenhez ectópica rota, descolamento de placenta e 
etc. 
Reposição volêmica inicial: 
 Acessos venosos (abocath 22 ou maior) 
 Colher exames de rotina e amostra de sangue 
 Infusão inicial de 1000mL de ringer lactato 
 Necessidade de infusão de concentrado de hemácias 
 Escolha dos candidatos a hemoderivados 
 Ácido tranexâmico (agente antifibrinolítico) – 1g até 3 horas do trauma – incluído na 10ª edição. Justificativa 
do uso: quando o paciente está sangrando, as plaquetas fazem a rede de fibrina e o trombo. Com o passar do 
tempo o trombo se desfaz devido a fibrinólise. Se tiver um sangramento muito intenso no choque 
hipovolêmico, o plasminogênio ativa os agentes fibrinolíticos e o coágulo dura menos tempo. Então se usar 
um agente antifibrinolítico o coágulo dura mais tempo. 
Um cuidado especial: 
 Líquidos infundidos em temperatura entre 37°C e 39°C – para não causar hipotermia 
 Hipotermia = impacto sobre coagulopatia, função plaquetária, vasorregulação e condução cardíaca. 
 Aquecimento de soluções – menores calafrios pós-operatórios 
#Hipotensão permissiva: Se tiver com hemorragia expressiva, é necessário repor sangue até normalizar a PA para 
operar? Não! “Fechar a torneira” é importante, por melhor que se faça a reposição, perde-se vários elementos: 
proteínas, fatores de coagulação, então, por melhor que seja a reposição não é como os mecanismos fisiológicos. 
Assim é necessário interromper o sangramento o mais breve possível. Ficar tentando aumentar a PA, além de perder 
tempo, pode causar destamponamento de coágulos devido aumento da PA, predispondo a maiores sangramentos. 
Então manter a PA sistólica mínima entre 80 e 90, vai fazendo reposição e vai para o centro cirúrgico, não perder 
8 
 
tempo. PORÉM, se o paciente tiver TCE precisa de uma PA maior, não podendo usar o conceito de hipotensão 
permissiva. 
 Efeitos deletérios de infusão de cristaloides 
 Aceita-se PA sistólica mínima de 80 mmHg 
 Postergar a reposição até que o foco esteja controlado 
 Não deve ser aplicado caso tenha TCE 
Endpoints para reposição ideal: 
Até quando vai repor volume? 
 Critérios clínicos: FC, presença de pulso radial, elevação da pressão 
 Dados hemodinâmicos sujeitos a críticas (idosos, marcapasso, betabloqueadores) 
 Excesso de base ≥ -5 mEq/L 
 Lactato arterial < 3 mMol/L 
Se esses parâmetros forem atingidos pode interromper a reposição. 
SANGUE O NEGATIVO OU O POSITIVO? 
 Concentrado de hemácias O negativo = mulheres em idade fértil 
 Concentrado de hemácia O positivo = os demais 
 Risco iminente de vida – choque grau IV 
 Ambiente militar = sangue total fresco – menor letalidade do que uso de hemocomponentes 
Coagulopatia 
 Hipoperfusão periférica = coagulopatia precoce 
 Alteração dos níveis de fatores, II, VII, IX, X e XI 
 Depleção acentuada de fator V 
 Ativação de plasminogênio que resulta em hiperfibrinólise 
Medidas auxiliares 
 Sonda gástrica – devido distensão gástrica aguda nos pacientes chocados, diminuição da consciência, vômito, 
aspiração. Garante proteção da via aérea. 
 Sonda vesical – medida do débito urinário é a medida de restabelecimento da volemia. Contraindicada em 
uretrorragia junto as fraturas pélvicas. Antigamente se fazia toque retal para saber se tinha a possibilidade de 
lesão de uretra ou não ou próstata flutuante. Atualmente, a suspeita de lesão de uretra apresenta-se com 
hematoma escrotal, uretrorragia, e não se faz toque retal para ver se passa sonda ou não. Toque retal é para 
estudar tônus muscular, reflexo bulbocavernoso (exame neurológico). 
 
Resposta à reposição volêmica 
9 
 
 
 
 
 
Disability – disfunção, estado neurológico 
 Avaliação neurológica basal 
 Escala de Coma de Glasgow 
o GCS 13-15 – TCE leve 
o GCS 9-12 – TCE moderado 
o GCS 3-8 – TCE grave 
 Reação e padrão pupilar 
 Ficar atento à possível piora neurológica 
 
*A avaliação das pupilas na escala de coma de Glasgow não foi 
ainda adotada pelo programa ATLS. Se tem um paciente com 
Glasgow 3, por exemplo, mas as pupilas são reagentes, ele 
continua 3. 
Exemplo: Paciente com Glasgow 3 mas as pupilas reagentes – permanece 3. Se as pupilas não estão reagentes à luz, nenhuma 
delas, subtrair 2 do Glasgow e aí o paciente fica com Glasgow 1. 
 Utilizado em neurologia clínica e cirúrgica. 
Exposure e Environmental control – exposição e controle do ambiente: tirar toda a roupa do paciente. 
 Prevenir a hipotermia 
 Cuidados com lesões não percebidas 
*Sempre USAR as medidas auxiliares: sinais vitais, ECG, débito 
urinário, gasometria arterial, oximetria de pulso e detector de 
CO2, sonda vesical/gástrica. 
*Raio-X de tórax e pelve SÃO ESSENCIAIS! 
Hemotórax com velamento na base pulmonar E – trauma contuso. 
 
Localizando o sangramento: 
Algumas mudanças na Escala de Coma de Glasgow 
A pontuação continua a mesma, mas algumas nomenclaturas 
modificaram: 
- Na abertura ocular, a resposta a dor foi modificada para = 
resposta a pressão de abertura dos olhos (induzir a dor é 
politicamente incorreto). 
- Na resposta verbal = palavras incompreensíveis e sons 
inaudíveis – se tornaram palavras, sons apenas. 
- NT – não testável 
 
10 
 
OUTRAS PEQUENAS MUDANÇAS no ATLS 10ª edição 
 Protocolo de retirada do colar cervical no trauma raquimedular (ou não): colocava-se o colar cervical de rotina, 
fazia-se o raio-x de perfil e se o paciente não tivesse diminuição do grau de consciência, examinava-se a coluna, 
e se não via nenhuma alteração/dor, solicitava a mobilização, retirava-se o colar = PROTOCOLO NEXUS. 
 AGORA, NA 10ª EDIÇÃO – Regra Canadense (“mecanismos perigosos”) 
 Queda > 1 m ou 5 degraus 
 Colisão de veículo em alta velocidade 
 Capotamento ou ejeção do veículo 
 Colisão de bicicleta ou moto 
Nos casos acima: NÃO SE RETIRA O COLAR, MESMO QUE O PACIENTE NÃO ESTEJA COM DOR OU ESTIVER CONSCIENTE! 
- Realizar um exame minucioso da coluna cervical e fazer a tomografia cervical. Assim, vai retirar o colar cervical dos 
pacientes que não apresentarem os mecanismos perigosos. 
 Queimaduras: Nas primeiras 24 horas de queimadura usa-se a fórmula de 
Parkland: 
 Regra antiga: 2 a 4ml/kg/% de superfície queimada de 2º a 3º grau. 
 Atual: 2mL/kg/% de superfície queimada acima de 14 anos 
 3mL/kg/% de superfície queimada <14 anos ou 30Kg 
 4mL/kg/% área de queimadura elétrica 
1 º metade do cristaloide – administra-se nas primeiras 8 horas (contando desde a hora 
da queimadura e não do atendimento, queimou faz 2 horas? Administra nas próximas 
6 horas a 1º metade). 
2ª metade do cristaloide – outras 16 horas 
 Trauma na gestante: 
- Considerar as causas de sofrimentofetal 
- Sangramento vaginal 
- Provável líquido amniótico vaginal pH >4,5 (sinal de rotura de membranas) 
Check-list do que mudou no ATLS 10ª edição: 
A. Sequência de intubação rápida mudou a NOMENCLATURA apenas para: SEQUÊNCIA DE INTUBAÇÃO MEDIADA POR 
DROGAS. 
B. - Tórax instável - antes era exame primário e passou a ser exame secundário e lesões da árvore traqueobrônquica 
são lesões do exame primário. 
 - Punção descompressiva NO ADULTO: agora no 5º EI, entre a linha axilar anterior e média – anteriormente 
a punção era realizada no 2ºEI. 
- Rotura traumática de aorta – roturas tamponadas junto ao ligamento arterioso de Botallo, uma aorta que 
rompeu e fez um sangramento maciço: hemotórax maciço. Mas são roturas tamponadas, junto ao ligamento 
de Botallo, identificadas no raio-x. 
C. – simplificação da tabela de avaliação de choque hipovolêmica e adicionado gasometria arterial (déficit de base). 
- Inclusão do ácido tranexâmico no tratamento da hipovolemia. 
D. – Mudança na nomenclatura de alguns termos da escala de coma de Glasgow 
- Regra canadense para NÃO RETIRAR O COLAR CERVICAL em casos de mecanismos perigosos de lesão. 
# Trauma na gestante

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