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SN- sensibilidade

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1 
 
Sensibilidade e reflexos 
superficiais e profundos 
• A sensibilidade pode ser superficial (tato e 
temperatura) ou profunda (vibratória e 
propriocepção) 
• A sensibilidade superficial tem alguns nuances 
anatômicos, por exemplo: a via da dor e da 
temperatura é a mesma, ou seja, o estímulo da dor e 
da temperatura chegam até o córtex pela mesma via 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sensibilidade profunda 
• O estímulo chega à medula pelo o nervo, e pelo corno 
posterior da medula chegam a substância cinzenta 
posterior, sobem e cruzam no bulbo, se encontrando 
com a sensibilidade superficial no tálamo 
 
• Se a minha sensibilidade térmica e dolorosa, ao 
chegar à medula, cruza e sobe 
• Já na minha sensibilidade profunda, eu só tenho 
cruzamento no bulbo, entende-se que a depender da 
lesão, eu tenho sintomatologias diferentes 
• Então, pensando em uma hemisecção medular, 
onde metade da minha medula foi lesionada, onde 
será a minha alteração de sensibilidade profunda? 
Será homolateral, do mesmo lado, porque a via da 
sensibilidade profunda só se cruza no bulbo. 
• Já a minha sensibilidade térmica e dolorosa será 
prejudicada contralateral, do lado oposto. Quanto à 
sensibilidade tátil, o prejuízo será variável: ou eu 
não tenho prejuízo ou eu tenho prejuízo 
bilateralmente. E o meu prejuízo motor será do 
mesmo lado à lesão, porque após a decussação das 
pirâmides, torna-se homolateral 
 
 
• Uma hérnia é uma protusão do disco intervertebral 
e suas repercussões serão causadas pela 
compressão da parte anterior da medula, porque a 
medula localiza-se posteriormente ao 
disco intervertebral. 
 
Exame físico da sensibilidade 
• No exame físico da sensibilidade, além de buscar o 
padrão normal, eu preciso buscar por 
incongruências nos exames 
o Se as comparações feitas seguem um 
padrão correto, se os achados nas vias estão 
corretos de acordo com o que o paciente 
relata. 
• Além disso, considerando que ele tenha uma queixa 
e a depender do local, eu preciso procurar por 
padrões. 
• Partindo do pressuposto que meu paciente não tem 
nenhum problema e eu quero apenas testar a 
sensibilidade geral, eu peço para que ele feche os 
olhos, a fim de garantir que ele terá mais atenção ao 
estímulo tátil e começo com o toque do pescoço, 
proximal para distal. 
• Se o paciente tem uma queixa, eu presto atenção no 
local onde se relata a incongruência. Em alguns 
casos, é necessário checar dermátomos. 
 
Sensibilidade profunda 
Sensibilidade vibratória e propriocepção 
• A propriocepção é o reconhecimento da posição em 
que se está sem o auxílio de outros sistemas, é como 
eu reconheço que meu corpo está no espaço sem o 
auxílio principalmente da visão 
• A parestesia é a sensibilidade vibratória, e 
geralmente aquelas doenças que causam baixa 
parestesia, hipoparestesia e aparestesia são doenças 
de nervos, principalmente aquelas que são 
comprimento-dependente, que acometem os nervos 
mais longos e começam comprimindo o final do nervo 
e com a piora passam a comprimir o nervo 
proximamente. 
• A artrestesia é o exame realizado para saber a 
posição da minha articulação, eu isolo os 
movimentos do paciente e peço para que ele me diga 
de olhos fechados qual o movimento que está sendo 
realizado. 
• A atetose, aquele movimento semelhante a estar 
tocando um piano, é comum em lesões 
extrapiramidais (assim como o hemibalismo, a 
coreia...) ocorre de maneira parecida em uma lesão 
da sensibilidade profunda, contudo, só acontece 
quando o paciente fecha os olhos, e é, portanto, 
chamado de pseudoatetose 
 
Exame de coordenação e equilíbrio 
• Teste índex-nariz: eu realizo com o paciente de 
olhos abertos e olhos fechados. Caso eu esteja 
perante uma lesão cerebelar, eu terei alteração do 
teste independente da abertura ocular. Mas caso o 
problema seja a propriocepção do paciente, ele 
conseguirá realizar melhor o movimento com os 
olhos abertos 
• Teste de equilíbrio: caso eu tenha uma lesão de 
sensibilidade profunda, ao fechar os olhos, o 
paciente cairá. Em uma lesão cerebelar ou do 
vestíbulo, o paciente ficará oscilando, sem 
necessariamente cair. 
 
Reflexos superficiais e profundos 
• Da mesma maneira da sensibilidade, os meus 
reflexos podem ser superficiais ou profundos. Os 
meus reflexos superficiais são aqueles que são 
cutâneos e os profundos são os reflexos tendinosos 
(aqueles que são testados com o martelo). 
Via da dor e temperatura: 
Se eu recebo um estímulo doloroso, o nervo 
responsável leva esse estímulo até a medula, e na 
medula, pela substância cinza posterior da 
medula, ocorre o cruzamento sobe pelo trato 
espinotalâmico lateral. 
 
Via do tato: 
O estímulo chega à medula, e na substância 
cinzenta posterior da medula, algumas fibras 
cruzam e outras não e esse estímulo sobe por dois 
tratos. Por conta disso, em uma lesão medular, 
para ocasionar prejuízo ao tato, é necessário que 
a mesma seja muito extensa, pois o estímulo do 
tato é enviado tanto por segmento homolateral 
como heterolateral. Por fim, as fibras se 
encontram no tálamo e sobem para o córtex. 
 
 
O gânglio sensitivo localiza-se 
posteriormente, ou seja, todos os estímulos 
sensitivos vão subir posteriormente 
 
Hemisecção medular 
O meu déficit motor é ipsilateral, a minha 
sensibilidade térmica e dolorosa é 
contralateral, a minha sensibilidade tátil é 
variável, a minha sensibilidade profunda é 
ipsilateral e eu tenho paresia ipsilateral 
 
 
 
2 
 
Reflexos superficiais (cutâneos) 
• Temos o reflexo cutâneo abdominal e o reflexo 
cutâneo plantar (aquele que nos dá a resposta de 
babinski). 
• O reflexo cutâneo abdominal é regulado pela via 
piramidal, o que significa que se eu tenho essa via 
íntegra, ele estará presente normalmente ou até 
para menos. Por isso que em lesões piramidais, o 
paciente apresenta reflexos exaltados e o cutâneo 
plantar com a resposta patológica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• “Professora, se eu tenho uma hemisecção medular 
do lado esquerdo a nível de T10, o que aconteceria 
com o reflexo abdominal dele?” não teria 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reflexo cutâneo abdominal 
Está presente na preservação do primeiro neurônio motor, eu dividirei 
o hemiabdome em superior, médio e inferior. Eu estimularei o 
hemiabdome com algo da lateral para o centro, e a minha resposta será 
o desvio da cicatriz umbilical para o lado estimulado. Se eu realizei o 
teste de reflexo cutâneo abdominal no paciente e ele apresentou 
resposta, eu não tenho lesão piramidal e a segunda via não está 
relacionada. Agora, na ausência desse reflexo, eu tenho duas opções: 
ou o paciente tem menos reflexo mesmo, o que é comum ou há lesão. 
Mas como diferenciar se há lesão ou é um caso de ausência de 
reflexo? Eu percuto o músculo do paciente, fazendo um teste chamado 
de teste de reflexo cutâneo abdominal profundo. Caso na hora da 
percussão do músculo, a cicatriz umbilical também se mexa para o 
lado, o paciente terá uma incongruência nas respostas, o que indica 
lesão da via piramidal (pois eu não apresento o reflexo cutâneo 
abdominal superficial, mas apresento o profundo abdominal). Caso o 
paciente tenha ausência de resposta nos dois reflexos, é constitucional, 
aquele paciente não apresenta lesão da via piramidal. Geralmente em 
pacientes muito obesos ou que já realizaram cirurgias abdominais o 
examinador sequer realizar esses testes, pois não apresentarão 
respostas. 
 
Reflexo cutâneo plantar: 
É o reflexo mandatório, o mais importante dos cutâneos. O 
examinador realiza o estímulo de baixo para cima no pé e faz um 
arco no antepé. A reação normal a esse estímulo é a flexão dos 
dedos, não fazer nada ou afastar o pé com cócegas. Contudo, se a 
resposta for extensão do hálux e abertura dos dedos em um “E”, 
nós estaremos diante uma lesão de primeiro neurônio motor, 
teremos babinski positivo 
 Reflexos tendinosos: 
Temos três reflexos tendinosos de membros superiores e dois de membros inferiores. Os reflexos 
tendinosos de membro superiorsão feitos através do estímulo radial, bicipital e tricipital. O 
reflexo é testado da seguinte maneira: o examinador bate no tendão do músculo e o músculo 
realiza sua função. O que significa que se eu percutir o tendão do bíceps braquial, eu terei flexão 
de braço. Se eu percutir o tendão do tríceps, eu tenho extensão de braço. Se eu quero testar o 
estímulo radial, eu percuto o professo estiloide do rádio e a minha resposta será uma leve flexão 
do antebraço, pronação da mão, flexão dos dedos e fechamento e flexão da mão. O que é 
mandatório no reflexo radial é a flexão do antebraço. No reflexo bicipital, a resposta mandatória 
após a percussão do dedo no tendão do bíceps é a flexão de braço e no reflexo tricipital, a resposta 
mandatória após a percussão do tendão do tríceps é a extensão de braço. 
Não importa ter mais ou menos reflexo, é muito mais importante que eles sejam simétricos 
ao realizar os testes. Só estou perante uma patologia na ausência de reflexos ou na 
exaltação dos mesmos. 
Quanto aos reflexos de membro inferior, eles serão realizados com o paciente sentado em uma 
maca ou em uma cadeira mais alta, com as pernas soltas. O examinador percute o tendão da 
patela, do quadríceps e da coxa e a resposta mandatória é a extensão de perna. Já o reflexo 
aquileu é aquele realizado no tendão de Aquiles, responsável pela flexão plantar ou extensão do 
pé. Com o pé dorsofletido, eu percuto o tendão de Aquiles e percebo uma leve flexão plantar (o pé 
vai para baixo), realizada pelos músculos de trás (resposta mandatória).

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