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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA-IFSC CAMPUS SÃO CARLOS Alunos: Daniel Potter, Guilherme Alex Pereira Disciplina: Álgebra Linear Curso; Engenharia Civil / 2 semestre MATRIZ CANÔNICA, AUTOVALORES, AUTOVETORES E DIAGONALIZAÇÃO São Carlos, 30 de março de 2021. INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - IFSC CAMPUS SÃO CARLOS MATRIZ CANÔNICA, AUTOVALORES, AUTOVETORES E DIAGONALIZAÇÃO Este relatório acadêmico esta relacionado ao curso de álgebra linear, tendo como objetivo o aprendizado de matrizes canônicas, e os procedimentos de cálculo para autovalores e autovetores e diagonalização de uma matriz. São Carlos, 30 de Março de 2021. 1.0 INTRODUÇÃO Os autovalores e autovetores são aplicações muito utilizadas no dia a dia da engenharia civil, através de seu uso podemos realizar vários estudos e comportamentos como a análise de vibrações, o comportamento mecânico dos sólidos, também pode ser aplicado em questões envolvendo estatísticas, enfim, observar as variâncias ou desvios de padrões caso ocorram, em relação aos auto espaços associados aos autovetores. A solução para vários problemas práticos requer um conhecimento da relação tensão deformação geral, problemas de pressão e estabilidade que envolvem a compatibilidade de tensão e deformação, problemas de consolidação e assentamento, bem como resistência ao cisalhamento. Neste trabalho vai ser utilizado os conceitos da álgebra linear no estudo de comportamento de tensor tensão, calculo de invariantes e critério de tresca. 2.0 METODOLOGIA DE PESQUISA Este trabalho foi elaborado com base em pesquisas bibliográficas sobre o sistema tensor tensão, e também através do estudo em sites e vídeos. Baseado em conhecimentos adquiridos em sala de aula sobre autovalores, autovetores e diagonalização de matrizes, orientado pelo professor Ives Garnald Irilan. 3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Definição 1. Considere A ∈ Rn×n, dizemos que u ∈ Rn não-nulo é autovetor de A se existe λ ∈ R tal que: Au = λu. Neste caso, dizemos que u é autovetor de A associado ao autovalor λ. Observa-se que podemos escrever a igualdade Au = λu como: (A − λI)u = 0. Definição 2. Seja u autovetor de A associado ao autovalor λ. As seguintes afirmações são equivalentes: 1. Au = λu 2. N(A − λI) , {0} 3. det(A − λI) = 0. Definição 3. O polinômio pA(λ) = det(A − λI) é dito Polinômio Característico de A. Denotaremos o conjunto Σ(A) = {λ; λ é autovalor de A} como Espectro da matriz A. Definição 4. Uma matriz A ∈ Rn×n é dita Diagonalizável se existir uma matriz inversível P e uma matriz diagonal D tal que: A = PDP−1. Definição 5. Sejam λ1, λ2, ..., autovalores distintos de A ∈ Rn×n com autovetores associados u1, u2, ...,. Os vetores u1, u2, ..., são linearmente independentes. Definição 6. Uma matriz A ∈ Rn×n é diagonalizável se, e somente se, A possui n autovetores linearmente independentes. Sendo A diagonalizável, podemos escrever A = PDP−1 , que é equivalente à: AP = PD. Definição 7. Quando a matriz A não possui n autovalores distintos, ela pode ou não ser diagonalizável, dependendo se tem ou não n autovetores linearmente independentes. ATIVIDADES Quando a matriz há uma tensão estável na qual existem apenas tensões principais e perpendiculares as superfícies, o estado de tensão é chamado de estado de tensão principal. Essa matriz é claramente uma matriz diagonal: [𝜆𝜆] = � 𝛿𝛿1 0 0 0 𝛿𝛿2 0 0 0 𝛿𝛿3 � 1- Explique como podem ser determinados os valores Sigma 1 (𝜆𝜆1), Sigma 2 (𝜆𝜆2) e Sigma 3 (𝜆𝜆3) : 1° Passo → [𝛿𝛿 − 𝜆𝜆 ] = � (𝑎𝑎11 − 𝜆𝜆) 𝑎𝑎12 𝑎𝑎13 𝑎𝑎21 (𝑎𝑎22 − 𝜆𝜆) 𝑎𝑎23 𝑎𝑎31 𝑎𝑎32 (𝑎𝑎33 − 𝜆𝜆) � 2° Passo → Ache o polinômio caracteristico: [𝛿𝛿 − 𝜆𝜆 ] = −𝜆𝜆3 + I1𝜆𝜆 2 − I2𝜆𝜆 + I3 = 0 3° Passo → Achar os autovalores que compõe a matriz D diagonal: D = � 𝛿𝛿1 0 0 0 𝛿𝛿2 0 0 0 𝛿𝛿3 � A equação característica tem 3 raízes reais devido a Símetria do tensor tensão, isto acontece por que o corpo esta em equilibrio. Onde 𝛿𝛿1 = 𝑀𝑀á𝑥𝑥 𝑒𝑒 𝛿𝛿3 = 𝑀𝑀í𝑛𝑛. 2- Explique como podem ser determinados as direções principais: Em todo ponto de um corpo deformado existem 3 planos. As 3 tensões normais a este plano principal são chamadas tensões principais. Neste sistema existem os invariantes que são os autovalores do tensor tensão. E assim sendo os seus vetores direção são as direções principais ou Autovetores. Direção principal determinada pelos Autovetores. 3- Procure na internet ou algum livro sobre os invariantes do tensor tensão. Calcule os invariantes: 𝛿𝛿𝑖𝑖∗𝑗𝑗 = � 𝛿𝛿1 0 0 0 𝛿𝛿2 0 0 0 𝛿𝛿3 � As tensões principais podem ser combinadas para formar os invariantes de tensão, I1, I2 e I3. O primeiro invariante é o Traço e o terceiro invariante o Determinante, do tensor tensão. Assim: I1 = δ1 + δ2 + δ3 I2 = (δ1 ∗ δ2) + (δ2 ∗ δ3) + (δ3 ∗ δ1) I3 = δ1 ∗ δ2 ∗ δ3 4- Procure também sobre o critério de Tresca. Aplique o critério de Tresca: Este critério se baseia no fato que para os materiais ducteis o principal mecanismo de deformação plástica é o de escorregamento nos planos de maior densidade átomica. Assim a tensão equivalente (𝛿𝛿𝐸𝐸𝐸𝐸) é igualmente perigosa a um estado de tensão quando ela apresentar a mesma tensão de cisalhamento máximo que o estado. Aplicando o critério temos que: δ1 − δ3 2 = δEq 2 → δEq = δ1 − δ3 TMáx. Abs. = δMáx.− δMín. 2 → Tensões principais com sinais opostos EXEMPLOS NUMÉRICOS: Considere a tensão de Cauchy dada pela unidade (MPa). 𝛿𝛿 = � 60 20 10 20 −40 −5 10 −5 30 � |𝛿𝛿 − 𝜆𝜆| = � 60 − 𝜆𝜆 20 10 20 −40 − 𝜆𝜆 −5 10 −5 30 − 𝜆𝜆 � 60 − 𝜆𝜆 20 20 −40 10 −5 � � → −𝜆𝜆3 + 50𝜆𝜆2 + 2325𝜆𝜆 − 83500 = → −(27𝜆𝜆3 − 85275𝜆𝜆 + 958250) = −1 = 0 𝑋𝑋 = 𝜆𝜆 − 50 3 Obs.: Utilizando do aplicativo Scilab apartir dos polinômios caracteristicos. Os autovalores encontrados são: 𝜆𝜆1 ≅ −44,479 𝜆𝜆2 ≅ 28,418 𝜆𝜆3 ≅ 66,061 Achados os autovalores podemos montar a matriz: (δ − λI) ∗ 𝑢𝑢 = 0 (δ − λI) ∗ u = � 60 − 𝜆𝜆 20 10 20 −40 − 𝜆𝜆 −5 10 −5 30 − 𝜆𝜆 � Autovalores de 𝜆𝜆1 = −44,48 são: 𝑋𝑋1 = −2,13𝑋𝑋3 𝑋𝑋2 = 10,633𝑋𝑋3 𝑋𝑋3 = 𝑋𝑋3 Autovalores de 𝜆𝜆2 = 28,418 são: 𝑋𝑋1 = −0,228𝑋𝑋3 𝑋𝑋2 = −0,140𝑋𝑋3 𝑋𝑋3 = 𝑋𝑋3 Autovalores de 𝜆𝜆3 = 66,061 são: 𝑋𝑋1 = 3,95𝑋𝑋3 𝑋𝑋2 = 0,699𝑋𝑋3 𝑋𝑋3 = 𝑋𝑋3 A matriz diagonal é formada pelos autovalores: 𝐷𝐷 = � −44,48 0 0 0 28,42 0 0 0 66,061 � A matriz composta de Vetores Própios: 𝑃𝑃 ≈ � −0,018 0,090 0,008 −0,213 −0,130 0,933 0,231 0,041 0,058 � 𝐀𝐀 = 𝐏𝐏 ∗ 𝐃𝐃 ∗ 𝐏𝐏(−𝟏𝟏) 𝐴𝐴 = ⎝ ⎜⎜ ⎛ −209750 1045750 11665019 11665019 −2483500 −1521500 98582 11665019 10885771 11655019 11665019 2693250 475750 11665019 11665019 11665019 680666 11665019⎠ ⎟⎟ ⎞ Calculo dos invariantes (𝐈𝐈𝟏𝟏, 𝐈𝐈𝟐𝟐 𝐞𝐞 𝐈𝐈𝟑𝟑): 𝐷𝐷 = � −44,48 0 0 0 28,42 0 0 0 66,061 � I1 = (δ1 + δ2 + δ3) → I1 = −44,45 + 28,42 + 66,06 → I1 ≅ 50 I2 = (δ1 ∗ δ2 + δ2 ∗ δ3 + δ1 ∗ δ3) → I2 = (−1264,1 + 1877,4 + (−2,933) I2 = −2324,7 I3 = (δ1 ∗ δ2 ∗ δ3) → I3 = 83507,87 Aplicação de Tresta 𝛿𝛿𝐸𝐸𝐸𝐸 = 𝛿𝛿1 − 𝛿𝛿3 → 𝑂𝑂𝑛𝑛𝑂𝑂𝑒𝑒: � 𝛿𝛿1 = −44,48 𝛿𝛿3 = 66,061 𝛿𝛿𝐸𝐸𝐸𝐸 = −44,48 − 66,061 → 𝛿𝛿𝐸𝐸𝐸𝐸 = −110,54 𝑇𝑇𝑀𝑀á𝑥𝑥. 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴. = −110,54 2 → 𝑇𝑇𝑀𝑀á𝑥𝑥. 𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴. = −55,27 4.0 DISCUSSÕES Realizados os estudos da parte teórica de autovalores, autovetores e diagonalização conseguimos compreender um pouco mais sobre a maneira como uma força de tensão age sobre um corpo, e verificou-se a importância desses métodos pra simplificar os cálculos e atingir resultados de exatidão. A aplicação dos métodos de álgebralinear foi muito positivo neste trabalho, trazendo informações ligadas diretamente ao setor de engenharia civil. 5.0 CONCLUSÕES Mediante os conteúdos resolvidos baseados em fundamentação teórica, podemos concluir que o estudo de autovalores e autovetores trouxe uma nova visão sobre como os vetores se comportam num plano cartesiano, quando submetidos a alguma força e dessa maneira gerar praticidade em achar os pontos sobre todo o plano. O conhecimento adquirido durante a resolução das atividades foi muito satisfatório, e possibilitou encontrar soluções práticas pra questões cotidianas que vão surgir em meio a área da engenhara civil. 6.0 REFERÊNCIAS https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Autovalores_e_autovetores https://www.ime.unicamp.br/~cnaber/Autovalore https://www.youtube.com/watch?v=2udd1pCNrrg https://pt.wikipedia.org/wiki/Matriz_diagonalizável https://www.ufrgs.br/reamat/AlgebraLinear/livro/s11-diagonalizax00e7x. http://www.ime.unicamp.br/%7Ecnaber/Autovalore http://www.youtube.com/watch?v=2udd1pCNrrg http://www.ufrgs.br/reamat/AlgebraLinear/livro/s11-diagonalizax00e7x INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA-IFSC MATRIZ CANÔNICA, AUTOVALORES, AUTOVETORES E DIAGONALIZAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA - IFSC MATRIZ CANÔNICA, AUTOVALORES, AUTOVETORES E DIAGONALIZAÇÃO 1.0 INTRODUÇÃO 2.0 METODOLOGIA DE PESQUISA 3.0 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ATIVIDADES 5.0 CONCLUSÕES 6.0 REFERÊNCIAS
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