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2013: DSM-5 – Manual Diagnóstico e Estatístico de Saúde Mental → TEA: distúrbio complexo do neurodesenvolvimento, com amplo espectro de manifestações clínicas, caracterizado por prejuízos na interação social, na comunicação verbal e não verbal e por apresentar padrões restritos, repetitivos e estereotipados do comportamento, interesses e atividades. ➢ Grau leve: necessidade de pouco apoio ➢ Grau moderado: déficit notável nas habilidades (hiperfoco) de comunicação tanto verbais como não-verbais; estressa-se com facilidade e tem dificuldade de modificar o foco e a atividade que realiza ➢ Grau severo: apresenta grande limitação em iniciar uma interação com novas pessoas e quase nenhuma resposta as tentativas dos outros; alto nível de estresse e resistência para mudar de foco ou atividade • sedação a nível hospitalar • Paciente quando estimulado, na infância, pode regredir de grau • Paciente não estimulado, na infância, pode evoluir de grau Sintomas e características ✓ Hipersensibilidade (ao toque, roupas etc.) ✓ Pouco interage socialmente e raramente realiza contato olho a olho ✓ Falha na interação social com seus semelhantes ✓ Falta de reciprocidade social ou emotiva ✓ Apresenta retardo ou falta da linguagem, linguagem repetitiva ou desajuste para manter uma conversação ✓ Possui falta ou falhas de imaginação espontânea ✓ Preocupa-se com algumas rotinas e rituais não funcionais ✓ Preocupa-se de maneira repetitiva e estereotipada com partes de objetos ✓ Realiza movimentos estranhos e bizarros, alguns muito sutis ✓ Age, às vezes, como surdo, às vezes, como tendo hipersensibilidade auditiva ✓ Chora, grita ou ri sem motivo aparente ✓ Não possui noção de alguns perigos reais ✓ Desenvolvimento anormal ou desajustado antes do terceiro ano de vida em algumas áreas Epidemiologia • “Sem estudos estatísticos, o país não sabe quantas pessoas têm autismo, muito menos quantas já têm diagnóstico” • Lei 13.861/2019 → inclui dados específicos sobre autismo no censo do IBGE • Gênero: mais masculino 3-4 homens/ 1 mulher (mas quando em mulher é mais grave) • Aumento da prevalência (2,1/1000) Etiologia 1. Fatores genéticos principal causa do autismo (80%): transmissão genética complexa e “multifatorial” 2. Fatores pré-natais: rubéola, caxumba, citomegalovírus , toxoplasmose, sífilis e varicela, exposição química 3. Fatores perinatais: prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções graves neonatais. traumatismo de parto 4. Fatores neurológicos: tamanhos anormais das amígdalas, hipocampos e corpo caloso; maturação atrasada do córtex frontal Epidemia? Não! • melhor caracterização, melhores critérios diagnósticos, maior atenção primária, melhora prática médica, maior conscientização • transtornos do espectro autista de alto funcionamento (TEAAF) (Ex: Síndrome de Asperger) • associação de síndromes genéticas: Down, Angelman, X-Frágil, Noonan, Cohen, Cornelia de Lange etc. Comorbidades frequentes ➢ 80% Distúrbio do sono ➢ 70% Problemas motores ➢ 45% Deficiência intelectual ➢ 44% TDAH ➢ 30% Epilepsia ➢ 10% Distúrbios gastrointestinais Sinais precoces ✓ mal contato visual ✓ indiferença ao colo ✓ pobres gestos sociais ✓ ato de brincar “pobre” ✓ autoagressividade ✓ mexer as mãos, andar na ponta dos pés, movimento pendular, movimento de rodar, choro, irritabilidade Espectro autista tratamento odontológico Condições odontológicas ➢ apresenta dificuldades na vida diária como: higienização bucal e dieta inadequada, rica em carboidratos ➢ alta prevalência de cárie e doença periodontal ➢ aspectos bucais dos portadores do TEA não diferem dos apresentados por pacientes neurotípicos ➢ Saúde bucal negligenciada ou colocada em segundo plano → maiores preocupações relacionadas diretamente à doença ➢ Dieta cariogênica, higiene bucal precária e uso de medicamentos xerostômicos → quadro de saúde bucal desfavorável ➢ dificuldade de relacionamento ➢ ações do profissional consideradas invasivas ➢ sensibilidade aumentada a estímulos externos (luz, som, cheiro etc.) ➢ procura de atendimento odontológico tardia ➢ tratamento odontológico comprometido Técnicas de condicionamento ✓ eliminação de estímulos sensoriais estressantes ✓ ordens claras e objetivas ✓ estabelecer uma rotina de atendimento ✓ paciente deve ser atendido pelo mesmo profissional ✓ móveis e equipamentos mantidos no mesmo lugar ✓ ambiente tranquilo e sessões curtas Novos desafios? Condicionamento odontológico ao autista em tempos de COVID-19 Papel do CD em tempos de COVID ➢ educação em saúde ➢ metodologia à distância ➢ telemonitoramento ➢ orientações por escrito ou vídeos curtos ➢ imagens ou vídeos curtos sobre paramentação ➢ Ebooks ➢ Ambientação do PNE ao uso de EPIs pelo CD PECS • sistema de comunicação por troca de figuras • PECS começa ensinando uma pessoa a dar uma figura de um item desejado para um “parceiro de comunicação” que imediatamente aceita a troca como um pedido • o sistema passa a ensinar a discriminação de figuras e como juntá-las formando sentenças Condicionamento lúdico ➢ relação dentista/paciente ➢ conquistada aos poucos ➢ necessita de imensa dedicação do profissional ➢ aceitação do paciente e colaboração dos responsáveis Controle do comportamento: métodos de contenção física Objetivo: proteger dos materiais cortantes que podem causar injúria no paciente em caso de movimentos rápidos e inesperados Sedação ou anestesia geral ➢ Uso de agentes farmacológicos ➢ drogas mais usadas: oxido nitroso, midazolan, hidrato de cloral hidroxizina e prometazina ➢ tratamentos odontológicos mais invasivos e em pacientes com grandes necessidades curativas ➢ pacientes autistas com grande barreira comportamental Sedação medicamentosa • período de pandemia: casos de urgência em pacientes de difícil manejo • Midazolan: via oral, intranasal • Devido a pandemia não é recomendado o uso da sedação inalatória na forma convencional de uso. Não há vedação completa da máscara, podendo ocorrer aerossolização dos gases expirados → contaminação Considerações finais ➢ proporcionar uma abordagem odontológica específica ➢ CD reconheça desvio de comportamento ➢ Correta abordagem de tratamento para o paciente autista ➢ Individualizar cada procedimento ➢ Recursos lúdicos, técnicas convencionais, paciência e muito amor ➢ Vínculo entre CD, paciente e família é fundamental Sucesso no tratamen to
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