Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA03 Fundaçõesdiretas FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz 1 Parte I – Introdução às fundações diretas 2 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CONCEITOS ETERMINOLOGIA Fundaçõesdiretas (ou superficiais ou rasas) Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelastensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente a fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão dafundação. 3 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CONCEITOS ETERMINOLOGIA Fundações diretas (ou superficiais ourasas) 4 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz BLOCO Elemento de fundação superficial de concreto, dimensionado de modo que as tensões de traçãonele resultantes sejam resistidas pelo concreto, sem a necessidade dearmadura. Obs.: 1- A norma ABNT NBR 6118:2014 permite que haja armadura de distribuição em blocos de concreto simples (para reduzir os efeitos de fissuração), no entanto, a área de aço desta armadura não deve ser levada em conta no dimensionamento. 5 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SAPATA Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. 6 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SAPATACORRIDA Sapata sujeita à ação de uma carga distribuída linearmente ou de pilares ao longo de um mesmoalinhamento. 7 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SAPATAASSOCIADA Sapata comum a mais de um pilar. 8 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz GRELHA Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. 9 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz RADIER Elemento de fundação superficial que abrange parte ou todos os pilares de uma estrutura, distribuindo oscarregamentos. 10 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz Parte II – Capacidade de carga 11 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DECARGA Consideremos uma sapata de concreto armado, de base retangular com largura B e comprimento L, embutida no solo a uma profundidade h em relação a superfície do terreno. Seja P a força vertical de compressão aplicada no topo da sapata. Será gerada uma tensão no contato solo-sapata, dadapor: P h 12 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DECARGA Sistema sapata-solo → sistema formado pelo elemento estrutural de fundação (sapata de concreto) e pelo elemento geotécnico (o maciço desolo). Define-se por capacidade de carga, R, a máxima tensão que pode atuar no sistema sapata-solo sem que haja ruptura sapata ou dosolo. P h 13 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz TIPOS DERUPTURA Ruptura geral ou generalizada→ Mecanismo de ruptura do tipo frágil, na qual a sapata pode girar, levantando uma porção de solo para cima da superfície do terreno. Ocorre, em geral, em solos mais resistentes (argilas rijas, areias compactas) e em sapatas suficientemente rasas. A ruptura é súbita e catastrófica. 14 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz TIPOS DERUPTURA Ruptura por puncionamento→ Mecanismo de ruptura do tipo dúctil, na qual a sapata apresenta deslocamentos significativos para baixo, sem desaprumar. Ocorre geralmente em solos menos resistentes (mais deformáveis). O solo ao redor da sapata tende a acompanhar o recalque sofrido pela fundação (solo afunda) 15 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz TIPOS DERUPTURA Ruptura local → Mecanismo de ruptura intermediário entre a ruptura generalizada e o puncionamento. Ocorre em solos de média compacidade ou consistência (areias medianamente compactas e argilas médias). Não apresenta um mecanismo típico. 16 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz 17 TIPOS DERUPTURA ✓ O modo de ruptura não depende somente da rigidez dosolo; ✓ Também é função do efeito de embutimento da sapata (cota de assentamento em relação ao terreno). FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DE CARGA –RUPTURAGERAL ✓ Teoria desenvolvida por Terzaghi (1943) inicialmente para sapatas corridas, apoiadas em areia e sujeitas aruptura generalizada; ✓ Ajustada por Vesic (1975) para incluir ruptura por puncionamento e local, além de sapatas retangulares e circulares; ✓ Considera que a capacidade de carga de um elemento de fundação por sapata é função da coesão do solo, de seu peso específico e do embutimento da fundação(sobrecarga). 18 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz 19 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DECARGA 20 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DE CARGA –RUPTURA PORPUNCIONAMENTO ✓ Terzaghi (1943) propôs para a capacidade de carga de solos fofos ou moles (ruptura por puncionamento, em geral) a utilização da mesma formulação para ruptura generalizada, porém aplicando uma redução empírica nos parâmetros de resistência do solo (c e). 21 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz CAPACIDADE DE CARGA –RUPTURALOCAL 22 ✓ Não há formulação definida. ✓ Cintra e Aoki (2011) propõe que seja feita a média aritmética entre os valores da capacidade de carga da ruptura por puncionamento e generalizada, calculadas através das formulações anteriores. FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz IDENTIFICAÇÃO DO TIPO DERUPTURA 23 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz Multivix - Nova VenéciaFundações 24 REVISÃO BULBO DETENSÕES ✓ Região do subsolo que sofre acréscimo de tensões devido a atuação de um carregamento externo. ✓ A determinação da profundidade de alcance de um bulbo de tensões é importante para verificar quais as camadas de solo subjacentes estarão sofrendo acréscimo de tensões. FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz REVISÃO BULBO DETENSÕES ✓ O alcance do bulbo de tensões sob uma sapata pode ser estimada segundo as relações abaixo: Sapata circular ou quadrada (L=B) – z=2B Sapata retangular – z=3B Sapata corrida – z=4B Onde B é a menor dimensão dasapata. 25 A ruptura de uma fundação direta ocorre dentro da região abrangida pelo bulbo de tensões. Para uma sapata retangular, por exemplo, não importa (para cálculo de capacidade de carga)o solo abaixo de3B. Importante para estimar os parâmetros , c e. FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SOLO COM DUASCAMADAS 26 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SOLO COM DUASCAMADAS 27 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SOLO COM DUASCAMADAS 1) Calcula a capacidade de carga do solo 1 (R1). Compara com a capacidade de carga de uma sapata hipotética apoiada sobre o solo 2(R2). 2) Se R1 <= R2 → OK! A capacidade de carga da fundação será R1. Caso contrário, utiliza uma média ponderada das capacidades de carga dos solos 1 e2. 28 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz SOLO COM DUASCAMADAS 3) Calcula o acréscimo de tensão que chega ao solo 2 quando aplicada a tensão de R1,2e compara com sua capacidade de carga R2para verificar se não poderia ocorrer ruptura dessacamada. 4) Se <= R2→ OK! A capacidade de carga da fundação pode ser R1,2. Caso contrário, deve ser reduzida a capacidade de carga R1,2até que o acréscimo de tensão provocado não ultrapasseR2. 29 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS COM BASE NO SPT ✓ Teixeira e Godoy (1996) sugerem, na ausência de ensaios de laboratório, a correlação com o índice de resistênciaà penetraçãoNspt: ✓ COESÃO ✓ Na ausência de ensaios de laboratório, podem ser utilizadas as seguintes correlações: ✓ ÂNGULO DEATRITO 30 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS COM BASE NO SPT ✓ PESO ESPECÍFICO 31 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS COM BASE NO SPT ✓ PESO ESPECÍFICO 32 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVA DA CAPACIDADE DE CARGA NO CAMPO PROVA DE CARGA EMPLACA ✓ Ensaio realizado na etapa de projeto. ✓ É utilizada uma placa de aço, circular, com diâmetro de 80cm e rígida, apoiada na cota de assentamento prevista para asfundações. ✓ Ensaio normatizado pela ABNT NBR6489. ✓ A carga é aplicada em estágios sucessivos na placa e ao mesmo tempo são medidos os recalques ocorridos. 33 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVADACAPACIDADE DE CARGANO CAMPO PROVA DE CARGA EMPLACA 34 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVADACAPACIDADE DE CARGANO CAMPO PROVA DE CARGA EMPLACA 35 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMATIVADACAPACIDADE DE CARGANO CAMPO PROVA DE CARGA EMPLACA 36 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz EXERCICIOS LIVRO FUNDAÇÕES DIRETAS –AOKI E CINTRA – PG 49 37 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz ESTIMAR A CAPACIDADE DE CARGA DE UM ELEMENTO DE FUNDAÇÃO POR SAPATA (INDICADO NA FIGURA), COM AS SEGUINTES CONDIÇÕES DE SOLO E VALORES MÉDIOS NO BULBO DE TENSÕES: a) ARGILA RIJA COM Nspt = 15; b) AREIA COMPACTA COM Nspt = 30; c) AREIA ARGILOSA COM Φ=25° E c=50kPa (valores não drenados); EXERCICIOS LIVRO FUNDAÇÕES DIRETAS –AOKI E CINTRA – PG 49 38 FESV – Fundações e Contenções Profª Gabriela Radinz PARA PROXIMA AULA – EXERCICIOS DA PAGINA 51 A 60, OU SEJA, TODOS DO CAPÍTULO 2. FAREMOS UM EXERCICIO PRÁTICO QUE DEPENDERÁ DO ENTENDIMENTO DE TODAS AS QUESTÕES RESOLVIDAS! ESTE EXERCÍCIO COMPREENDE UM PROJETO DE SAPATA BASEADO NAS LEITURAS DE INVESTIGAÇÃO (SONDAGEM SPT). OBRIGATÓRIA LEITURA NBR 6122:2010 E ENTENDIMENTO PRÉVIO DE SONDAGEM – AULAS ANTERIORES + EXERCICIOS PAGINA 51 A 60.
Compartilhar