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Foram consagrados diversos princípios e métodos voltados à interpretação do texto constitucional e da legislação infraconstitucional que a ele se subordina com o objetivo de resguardar a supremacia da Constituição. Em decorrência da constante necessidade interpretativa, percebe-se o a importância dos princípios que auxiliam essa tarefa. Em virtude de a Constituição ocupar o topo da estrutura normativa em nosso ordenamento, todas as demais normas e atos do Poder Público somente serão considerados válidos quando em conformidade com ela. Supremacia da Constituição e da higidez de seu texto: questiona-se a constitucionalidade dos diplomas infraconstitucionais (e das emendas constitucionais) por intermédio do controle de constitucionalidade Não é utilizado para interpretação das normas constitucionais propriamente, e sim da legislação infraconstitucional. Assim, existem regras a serem observadas para a utilização da interpretação conforme a Constituição: Se o texto do dispositivo é unívoco, isto é, não tolera interpretações múltiplas, não utiliza-se a interpretação conforme a Constituição. Não são aceitáveis violações à literalidade do texto, afinal o intérprete encontra seu limite de atuação no perímetro que envolve as possibilidades hermenêuticas do texto. Presume-se que os poderes públicos agem estritamente em consonância com esta. Isso confere às normas produzidas pelo Poder Legislativo a presunção de serem constitucionais, de terem sido engendradas em conformidade com o que prescreve a Constituição. Essa presunção é relativa, isto é, admite prova em contrário, o que autoriza que as normas (infraconstitucionais ou constitucionais derivadas) submetam-se ao controle de constitucionalidade. Visa conferir um caráter ordenado e sistematizado para as disposições constitucionais, permitindo que o texto da Carta Maior seja compreendido como um todo unitário e harmônico, desprovido de antinomias reais. Assim, pode-se afirmar que não há hierarquia normativa, tampouco subordinação entre as normas constitucionais. É função do intérprete sempre valorizar as soluções que possibilitem a atualização normativa, a eficácia e a permanência da Constituição. Deve-se buscar a leitura que reforce o ideal de que a Constituição é um agrupamento normativo único, composto por normas conectadas, que devem ser lidas de maneira a reforçar e a reafirmar a integração política e social engendrada pela Constituição. Remete ao principio da unidade da Constituição. Também chamado de principio da CONCORDÂNCIA PRÁTICA. Visa dirimir eventuais desacertos entre as normas constitucionais e atua perante conflitos específicos, que somente se pronunciam diante de um caso concreto. Também chamado de principio da EFICIÊNCIA. Relaciona-se aos direitos fundamentais. Trata-se de um apelo, para que seja realizada a interpretação dos direitos e garantias fundamentais de modo a alcançar a maior efetividade possível, de maneira a otimizar a norma e dela extrair todo o seu potencial protetivo. Também chamado de principio da JUSTEZA. Objetiva impedir que os órgãos encarregados de realizar a interpretação constitucional cheguem a um resultado que subverta ou perturbe o esquema organizatório funcional estabelecido pela Constituição, sob pena de usurpação de competência.
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