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PREVENÇÃO QUATERNÁRIA

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SCAPS 		quarta-feira, 14 de abril de 2021
PREVENÇÃO QUATERNÁRIA
Níveis de prevenção – histórico 
Tratamento para doença: secundária (ex: tratar depressão); tratar sequelas: terciária (ex: ressocialização na sociedade para pessoas que melhoraram da depressão)
Prevenção quaternária: evitar excessos
II: diagnóstico precoce; IV (poliqueixoso); MCCP: diagnostico tardio e tratamento: terciário
Marc Jamoulle
O termo prevenção quaternária (P4) foi utilizado pela primeira vez em uma conferência da organização mundial de médicos de família (WONCA), em 1995, por Marc Jamoulle.
Primun non nocere
Antes de tudo, não causar dano; é a intervenção que evita ou atenua as consequências das atividades desnecessárias ou excessivas dos sistemas de saúde deve primar a prevenção e cura
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS 
DILEMAS DA MEDICINA E DA SAÚDE
· CULTURA DA POPULAÇÃO-MEDO
· CULTURA DO PROFISSIONAL-MEDO
· INDÚSTRIA FARMACÊUTICA-EXAMES-LUCRO
CONCEITO DE MEDICALIZAÇÃO
· Converter situações normais em quadros patológicos e querer resolver a partir de conhecimentos da medicina situações que não são de saúde: condições sociais, profissionais e relações interpessoais
· medicamento como “a pílula que resolve tudo”
· a figura do médico como detentor dos conhecimentos da saúde e aquele que é o responsável-ativo pela cura ou resolução dos problemas
História da medicalização
- amplia o limite da doença, ampliando o mercado para aqueles que vendem tratamentos, medicalização, de condições que não existem - venda de doenças; 
Indústria Farmacêutica  e Mídia (apoiados por profissionais da saúde)
Dislipidemia, Osteopenia, Menopausa, Síndrome do Intestino Irritável, Disfunção sexual Masculina e Feminina, Distúrbio de Ansiedade Social, MUPS (medical unexplained physical symptoms)
OVERSCREENING - SOBRETRIAGEM
- Situações em que se usa um método de rastreio de modo excessivo, abusivo ou desnecessário - danos superam os benefícios
· gasto de energias de profissionais em atividades que não melhoram a saúde ou qualidade de vida;
· muitos falsos positivos e consequente Overdiagnosis;
· rastreio em grande escala tem impacto nas decisões a serem tomadas para os indivíduos
· Medicalização da vida.
OVERSCREENING
· “mais é melhor” - pessoa saudável
· produto da medicina mercantilizada
· rastreio sem indicação e rastreio induzido 
· rastreio obrigatório (autonomia)
· rastreio por excesso de frequência (aumento de falsos positivos)
OVERDIAGNOSIS – SOBREDIAGNÓSTICO 
- Diagnóstico de uma doença em um indivíduo, que não apresenta sintomas ou que não possuam um potencial de morbimortalidade. 
- Perigo do diagnóstico, mudança de limiares e alarmismo da doença – todos processos que ajudam a reclassificar pessoas saudáveis com problemas pequenos ou em baixo risco como doentes.
- “como uma pesca de arrastão” e “captura muito mais inocentes do que deveria”
PROBLEMAS DO SOBREDIAGNÓSTICO 
· Asma – um estudo canadense sugere que 30% das pessoas com o diagnóstico podem não sofrer de asma, enquanto 66% delas podem não precisar de medicação.
· Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade – as definições ampliadas levaram a preocupações com o sobrediagnóstico; meninos nascidos no final do ano escolar apresentam uma chance 30% maior de receber o diagnóstico e chance 40% maior de serem medicados do que aqueles nascidos no começo do ano.
· Câncer de mama – uma revisão sistemática sugere que até um terço dos casos de câncer detectados no rastreamento podem ser sobrediagnosticados.
· Doença renal crônica – a definição controversa classifica uma em cada dez pessoas como portadora da doença; há preocupações com o sobrediagnóstico de muitos idosos.
· Diabete gestacional – a definição expandida classifica quase uma em cada cinco gestantes.
· Hipertensão arterial – uma revisão sistemática sugere a possibilidade de sobrediagnóstico substancial.
· Colesterol alto – estima-se que até 80% das pessoas com colesterol quase normal tratadas a vida toda podem ser sobrediagnosticadas.
· Câncer de pulmão – cerca de 25% ou mais dos casos de câncer de pulmão detectados no rastreamento podem ser sobrediagnosticados.
· Osteoporose – as definições expandidas podem significar que muitas mulheres de baixo risco sofrem danos.
· Câncer de próstata – o risco de um câncer detectado pelo PSA ser sobrediagnosticado pode ser superior a 60%.
· Embolia pulmonar – o aumento na sensibilidade do diagnóstico leva à detecção de pequenos êmbolos, porém muitos deles não exigem tratamento com anticoagulante.
· Câncer de tireoide – grande parte do aumento observado na incidência pode ser devido ao sobrediagnóstico
OVERTRETMENT – SOBRETRATAMENTO 
O ato de realizar muito tratamento médico, tratamento desnecessário
· uso de medicações ou procedimentos não necessários
· uso de medicações ou tratamentos não eficazes
· Polifarmácia
FATOR DE RISCO = RISCO AUMENTADO 
· tratar a incerteza
· o que é anormal
· efeito psicológico do rótulo “risco”
· limites da intervenção médica
· profilaxia farmacêutica x redução da exposição do perigo biológico 
· o quanto o tratamento do risco realmente evita um desfecho ruim
POLIFARMÁCIA
Como evitar...
· Ações complexas em múltiplos níveis
· Focalizar ações na dimensão relacional médico-pessoa 
· Aplicação da ética na prática médica e Prevenção Quaternária
· Refletir as recomendações na prática de casos particulares, levando em conta o indivíduo e seu contexto
SLOW MEDICINE 
A “Slow Medicine” resgata a primazia do tempo na ciência e na arte de cuidar. Tempo para ouvir, tempo para refletir, tempo para construir relações sólidas e duradouras entre médicos, pacientes, famílias e comunidade. 
CHOOSING WISELY 
Reduzir o desperdício no sistema de saúde e promover a segurança do paciente, avaliando o que é necessário ou não para proporcionar um cuidado mais seguro e eficaz.
P4 E A RELAÇÃO MÉDICO-PESSOA
- Cuidados de saúde centrados na pessoa (considerar crenças, inquietudes, opções próprias de cada indivíduo)
- Dimensão humana da prevenção - reorientando o enfoque da prevenção
- Tomada de decisão compartilhada 
- Respeitando princípios bioéticos: autonomia e não-maleficência - organização de práticas pensadas na pessoa
- “A P4 tem protagonizado um importante movimento na medicina, para além da disseminação do conhecimento médico e seus limites. Sua grande contribuição é o reposicionamento do objeto central da prática dos profissionais de saúde, não mais a doença - sua quantificação ou métodos diagnósticos - mas, os indivíduos (sujeitos) e seus sofrimentos/adoecimentos.”
- “A P4 induz os profissionais a manterem uma proximidade longitudinal e centrarem o cuidado nas pessoas e em suas vivências, protegendo-as de desvios induzidos pelos automatismos da ânsia diagnóstica e terapêutica.”
MCCP 
· diminui utilização dos serviços de saúde, 
· aumenta a satisfação do usuário, 
· melhora a aderência aos tratamentos, 
· reduz preocupações, 
· melhora saúde mental
· reduz sintomas 
· melhora a recuperação de problemas recorrentes
· diminui queixas por má-prática
· diminui utilização dos serviços de saúde, 
Stewart (1995, 2003)
· A Pessoa
· História de vida
· Questões pessoais
· Questões de desenvolvimento
· O Contexto Próximo
· Família
· Trabalho
· Rede de apoio social
· O Contexto Remoto
· Cultura
· Comunidade
· Ecossistema
Para fechar, o que fazer?
Cinco perguntas básicas podem ajudar a nortear esta conversa:
1. Eu realmente preciso deste procedimento?
2. Quais são os riscos dele?
3. Existem alternativas mais simples ou seguras?
4. O que pode ocorrer se eu não fizer nada?
5. Qual é o custo financeiro envolvido?
Bom cuidado de saúde
pelo Institute of Medicine
1) Seguro: relaciona-se ao clássico princípio da não maleficência.
2) Efetivo: minimiza o sofrimento, prevenindo doenças e complicações.
3) Eficiente: oferece benefício com o mínimo de desperdício.
4) Centrado no paciente: cuidado coordenado e contínuo, com pacientes informados e educados, estando também as suas famílias envolvidas nas decisões; cuidado que alivia a dor e o estresse emocional
5) “Timely”: no momento oportuno, afastandoo prejuízo das demoras inapropriadas.
6) Equitativo: cuidados adequados independentes de condições demográficas ou culturais.

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