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COMUNICAÇÃO EM CUIDADOS PALIATIVOS ENFERMAGEM - 2021 Apresentação ANA LUIZA ALMEIDA AMANDA MENDES LUIZ BÁRBARA VALESKIA MENDES CAROLINA GOULART EVANGELISTA CÍNTIA RAMOS FERREIRA JÉSSICA DAMAS JULIE COSTA SILVA KATARYNE ARYANY SILVA LUCÉLIA FAUSTINO DE LIMA NATHÁLIA CRISTINA LIMA BRAGA NILMARA EVA DA SILVA VÂNIA DOS ANJOS SABRINA GOULART COELHO VÍNICIO DIAS A. DA SILVA TURMA: 3001 – ENFERMAGEM PROFESSORA: GLEICIMARA AMORIM RANGEL DISCIPLINA: RELACIONAMENTO DA COMUNICAÇÃO DA ENFERMAGEM FACULDADE ESTÁCIO – CAMPUS FLORESTA INTRODUÇÃO 1. A história dos Cuidados Paliativos 2. O papel da Enfermagem nos cuidados paliativos 3. O que precisamos entender sobre a Comunicação 4. Sentido da Comunicação dos cuidados paliativos 5. A Comunicação de notícias difíceis 6. O uso de Estratégias de comunicação de cuidados paliativos: ● Metas de comunicações ao final da vida ● Estratégias verbal e não-verbal ● Estratégias para a comunicação progressiva de notícias difíceis A história dos cuidados paliativos 01 02 03 04 QUANDO SURGIU ? Oficialmente surgiram como prática distinta na área da atenção em saúde na década de 1960, no Reino Unido. OS CUIDADOS PALIATIVOS NO BRASIL De acordo com OMS os Cuidados Paliativos é reconhecido no Brasil desde 1990. DEFINIÇÃO “Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio de prevenção e alivio ao sofrimento.” QUEM FOI A PIONEIRA DOS CUIDADOS ? A médica, enfermeira e assistente social Cicely Saunders O papel da enfermagem nos cuidados paliativos Os enfermeiros atuam em equipes interdisciplinares, buscando oferecer um cuidado profissional que reduza o sofrimento e promova o conforto e a dignidade do paciente e da família, atendendo as necessidades básicas de saúde física, emocional, espiritual e social. Os enfermeiros têm, nos cuidados paliativos, a qualidade de vida como o principal objetivo, oferecendo meios que garantam mais vidas aos anos, ao invés de anos à vida. PROCESSO DE ENFERMAGEM O enfermeiro atua de acordo com o Processo de Enfermagem, promovendo educação em saúde, orientações e apoio emocional e social aos pacientes e seus familiares. • Primeiro o enfermeiro realiza uma consulta, que envolve a avaliação e identificação do problema. • Após esse primeiro contato, o profissional estabelece o diagnóstico que vai traçar os planos mais adequados para os cuidados de cada paciente. • Através dos cuidados paliativos é aplicado um olhar diferenciado sob o paciente, com enfoque no alívio do sofrimento, no conforto e na dignidade humana. A Comunicação em cuidados paliativos: O que precisamos entender? Independente da área de formação ou da categoria profissional, os profissionais de saúde têm como base de seus trabalhos as relações humanas e, por isso, precisam aprimorar suas habilidades de comunicações. Médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas e outros especialistas que trabalham com seres humanos em situações de doença e sofrimento, principalmente com aqueles que vivenciam a terminalidade, necessitam saber não apenas o que, mas quando e como falar. Precisam saber até mesmo o momento de calar, substituído a frase por um toque afetivo ou potencializar o efeito de um ansiolítico com um bom par de ouvidos, estando mais próximo e acessível às reais necessidades dos pacientes. Metas para comunicação ao final da vida Ao final da vida, espera-se que uma comunicação adequada permita que: 1. Conhecer problemas, anseios, temores e expectativas; 2. Facilitar o alívio de sintomas de modo eficaz e melhorar sua autoestima; 3. Oferecer informações verdadeiras, de modo delicado e progressivo, de acordo com as necessidades do paciente; 4. Identificar o que pode aumentar seu bem estar; 5. Conhecer seus valores culturais, espirituais e oferecer medidas de apoio; 6. Respeitar / reforçar autonomia; 7. Detectar as necessidades da família; 8. Fazer com que o paciente se sinta cuidado e acompanhado até o fim; 9. Diminuir incertezas; 10. Auxiliar o paciente no bom enfrentamento e na vivência do processo da morte. A comunicação de notícias difícies Comunicar más notícias a pacientes e seus familiares em hospitais é uma das mais difíceis e importantes tarefas com que se deparam as equipes de saúde. A despeito de sua importância, muitos profissionais ainda carecem de informação e preparação suficientes para lidar com essas situações. - A seguir falaremos sobre os protocolo e as estratégias de comunicações. 1- Protocolo SPIKES Tem o objetivo de facilitar a abordagem de assuntos delicados diante de pacientes com câncer, como diagnóstico, recidiva da doença e início do tratamento paliativo. Etapa 1- Planejamento da entrevista (S- setting up the interview) Etapa 2- Avaliação a percepção do paciente ( P- perception) Etapa 3- Obtenção do convite do paciente ( I- invitation) Etapa 4- Buscar conhecimento e informação junto ao paciente ( K- knowledge) Etapa 5- Abordagem das emoções do paciente ( E- emotions) Etapa 6- Estratégia e resumo ( S- strategy and summary) Ao comunicar notícias difíceis é importante que o profissional mostre atenção, empatia e carinho em seu comportamento e sinais não- verbais. A expressão facial, o contato visual, a distância adequada e o toque em mãos, braços ou ombros ajudam, conforme já referido, a demonstrar empatia e oferecer apoio e conforto. O paciente precisa sentir que, por pior que seja sua situação, ali se encontra alguém que não o abandonará, em quem poderá confiar e que poderá cuidar dele. 2- Estratégias de comunicações Etapas e Estratégias 1. Prepare- se para comunicar : - Escolha o local, de preferência onde haja acomodações para sentar; - Cuide da privacidade; - Reserve um tempo para a conversa. 2. Descubra o quanto o paciente sabe, o quanto quer ou aguenta saber: - Utilize perguntas abertas: O que você sabe sobre a doença ? O que você teme sobre sua condição ? - Atente-se aos sinais não-verbais do paciente durante as respostas; - Identifique os sinais de ansiedade extrema ou sofrimento exacerbado, avaliado as condições emocionais do paciente. Etapas e Estratégias 3. Compartilhe a informação: - Informe com tom de voz suave, porém firme, utilizando vocabulário adequado à compreensão do outro; - Seja claro e faça a pausas para que o paciente tenha oportunidade de falar; - Valide a compreensão, fazendo perguntas curtas; - Utilize o toque afetivo e proximidade física; - Verbalize a compaixão e solidariedade ao sofrimento do outro 2. Acolha os sentimentos: - Permita e estimule a expressão de sentimentos (de modo verbal e/ou não-verbal); - Permaneça junto ao paciente. 3- Planeje o seguimento: - Fale concisamente sobre os sintomas, possibilidades de tratamento e prognósticos; - Deixe claro como e onde encontra-lo, se necessário; - Verbalize a disponibilidade para o cuidado e o não-abandono; - Estabeleça, junto com o paciente, metas a curto e médio prazos e ações para atingi-las. A comunicação como instrumento terapêutico na identificação das necessidades emocionais e espirituais Independente de idade, etnia ou sexo, alguns pensamentos e sentimentos são frequentes a quem vivência a terminalidade, como a preocupação com os familiares que ficam, o medo do desconhecido perante a morte, o sofrimento intenso no momento da morte e estar sozinho quando tudo isso acontecer, que são comuns e geram intenso sofrimento psíquico para o doente. Reflexões sobre o processo de revisão de sua vida também são frequentemente realizados e podem trazer angústias para o paciente que tem assuntos inacabados ou conflitos a serem resolvidos. Se o paciente ainda é capaz de verbalizar, pode haver o desejo de compartilhar com alguém da equipe de saúde ou com familiares os seus sentimentos e anseios. E mesmo quando já não é mais possível falarsobre seus anseios, o paciente que vivenciam a terminalidade demonstra de maneiras não- verbal e fisiológica seu sofrimento. Nesse contexto, as palavras mostram-se secundárias e a comunicação não-verbal assume o papel de instrumento do cuidado nessa fase final. Necessidades espirituais expressas de modo verbal e não-verbal e estratégias de comunicação Reflexões ou questionamentos sobre a vida: Ouvir atentamente, estimular reflexão e expressão de sentimento (perguntas abertas). Resgate dos relacionamentos: Estimular, permitir e promover reencontros; conversar com familiares; flexibilizando horários de visitas; promover ambiente agradavél. Ressignificação de dor e sofrimento: Ouvir atentamente; utilizar toque afetivo para demonstração de compreesão e apoio; respeitar momentos de silêncio do outro. Ações comunicativas eficazes para a familia na terminalidade Os familiares são os elementos essenciais que permitirão uma vivência mais serena e tranquila do processo de morte do doente, sem gerar expectativas que não podem ser atendidas. Os familiares têm a necessidade de se manter informados sobre o que acontece e o que esperar do processo de morte de seus entes. Desse modo, uma das necessidades mais proeminentes da família é o estabelecimento de uma comunicação clara, honesta e mais frequente com os membros da equipe que cuidam do paciente. Estratégias comunicativas no apoio familiar na terminalidade - Ter ações comunicativas eficazes; - Presença mais frequente; - Verbalização de disponibilidade, compaixão e pesar pela perda; - Perguntar o que ele precisa ou que você pode fazer para ajuda-lo naquele momento; - Respeitar crenças, rituais e expressões de sentimentos e, se puder, participar junto; - Utilizar o toque afetivo. Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vidas aos nossos dias. Cora Coralina Considerações Finais Relacionar-se com o outro é essencial para a vida, porque confirma a existência do homem e fundamenta sua experiência humana. Por meio dos relacionamentos, os seres humanos compartilham experiências comuns, fortalecendo seus elos e revelando similaridades, anseios e necessidades. Na terminalidade, permitem que não “antecipemos” a morte de alguém, à medida que continuamos ouvindo e respeitando suas necessidades e desejos. Para o profissional atento, a comunicação em Cuidados Paliativos o questiona sobre a própria vida e lhe permite redirecioná-la, quando necessário. Referências bibliográficas ● https://cuidadospaliativos.org/uploads/2014/1/Atl as%20Portugues.pdf- ● http://biblioteca.cofen.gov.br/wp- content/uploads/2017/05/Manual-de-cuidados- paliativos-ANCP.pdf- ● https://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0100- 55022014000200015- ● https://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0080- 62342007000400018- ● https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413- 81232013000900006&script=sci_abstract&tlng=p ● www.santacasasp.org.br/upSrv01/up_publi cacoes/8011/10577_Manual%20de%20Cuidados%2 0Paliativos.pdf- ● https://www.corenmg.gov.br/conheca-o-papel- da-enfermagem-nos-cuidados-paliativos/
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