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08 0 - Peça 08 Embargos de Terceiros

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA DO 
TRABALHO DA COMARCA DE NATAL ESTADO DO RIO GRANDE DO 
NORTE – TRT 21. 
 
 
 
 
 
 
AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO 
 
DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA NA RT n° 000455.2020. 
(NOVO CPC, ART. 676) 
 
 
 
 
 
 PAULO AUGUSTO(“Embargante”), nacionalidade, casado, 
profissão, RG nº......, inscrito no MF sob CPF nº......, residente e domiciliado no endereço 
a rua......, nº......, CEP......, bairro......, cidade......, Estado......, endereço 
eletrônico@......, Telefone /WhatsApp......, ora intermediado por seu mandatário ao final 
firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e 
profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 
77, inc. V c/c art. 287, caput, um e outro do NCPC, indica-o para as intimações que se 
fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, com suporte no art. 
674 e segs. do novo CPC, ajuizar presente 
 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO 
( com pedido de medida cautelar em caráter liminar ) 
 
 
em face de ANTÔNIO DOS SANTOS(“Embargado”), nacionalidade, estado civil, 
profissão, RG nº......, inscrito no MF sob o CPF nº......, residente e domiciliado na Rua 
......, nº ......, Cidade ......, no Estado ......, – CEP......, com endereço eletrônico@......, 
Telefone c/ WhatsApp......, em razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo 
delineadas. 
 
 
CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA 
 
 A assistência Judiciária Gratuita está prevista no artigo 5º, inciso 
LXXIV da Constituição Federal, que atribui ao Estado a obrigação de garantir que a 
pessoa com poucos recursos financeiros tenha acesso a justiça, sem ter que arcar com o 
custo. 
 A gratuidade de Justiça está regulamentada nos artigos 98 a 102 
do NCPC, que revogou algumas disposições da Lei 1.060/50. Conforme o artigo 98, a 
parte que comprovar que não tem condições de arcar com as taxas e custas exigidas para 
a tramitação de um processo judicial, seja pessoa física ou jurídica, pode ter o benefício 
concedido por meio da decisão de magistrado, mesmo que tenha advogado particular. 
 O benefício pode ser solicitado em qualquer fase do processo. A 
isenção deste benefício alcança as taxas ou custas processuais necessárias. 
Código de Processo Civil. 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou 
estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as 
custas, as despesas processuais e os honorários 
advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na forma 
da lei. 
 
(.....) 
 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser 
formulado na petição inicial, na contestação, na petição 
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. 
 
(.......) 
 
(.......) 
 
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência 
deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
 
§ 4º A assistência do requerente por advogado particular 
não impede a concessão de gratuidade da justiça. 
 
(.....) 
 O EMBARGANTE vem respeitosamente, pedir a V.Exa. a 
concessão desse benefício, pois ele se declara pobre na forma da lei e que no caso de 
pagamento destas custas, terá afetada a condição ideal para o seu sustento e de sua família, 
cabendo assim, usar desse meio legal e justo para pleitear seu direito junto a esse juízo. 
 
 
II - DA TEMPESTIVIDADE 
 
 Código de processo civil 
Art. 675 – Os embargos podem ser opostos a qualquer 
tempo no processo de conhecimento enquanto não 
transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de 
sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias 
depois da adjudicação, da alienação por iniciativa 
particular ou da arrematação, mas sempre antes da 
assinatura da respectiva carta. 
 
 Constata-se que a presente ação tem por fundamento desconstituir 
ato constritivo judicial (penhora ou bloqueio monetário), decorrente de ação de execução 
por título judicial ou extrajudicial. 
 Na ação supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a de 
execução, que bloqueou valores em conta de terceiros. Portanto, à luz do que preceitua 
o art. 675, caput, do CPC 2015 é possível embargar esse ato jurídico a esse tempo. 
 Também por este prisma é o entendimento de Humberto 
Theodoro Júnior, que perfilha ele pensar, ao asseverar que: 
 
Dispõe o art. 675 do NCPC sobre a oportunidade de que 
dispõe o terceiro para fazer uso dos embargos, tratando 
separadamente as hipóteses de atos derivados do processo 
de conhecimento e de atos próprios do processo de 
execução: 
(a) se a constrição ocorre no curso de processo de 
conhecimento, o terceiro pode opor embargos enquanto 
não ocorrer o trânsito em julgado da sentença; 
(b) se a moléstia aos bens do estranho se dá na fase de 
cumprimento de sentença ou em processo de execução, a 
oportunidade dos embargos vai até cinco dias depois da 
arrematação, adjudicação ou alienação por iniciativa 
particular, mas nunca após a assinatura da respectiva 
carta. 
O trânsito em julgado é apontado pelo art. 675 do NCPC 
apenas como marco temporal, já que para o estranho à 
relação processual não se forma a res iudicata. Assim, 
mesmo depois de ultrapassado o dies ad quem assinalado 
na lei, ao terceiro sempre estará facultado o uso das vias 
ordinárias para reivindicar o bem constrito judicialmente. 
Apenas não poderá se valer da via especial dos embargos 
disciplinados pelo art. 674. Por isso, está assente na 
doutrina o entendimento de que nenhum terceiro está 
jungido à obrigação ou ônus de usar dos embargos. Trata-
se de simples faculdade que a lei lhe confere, cuja não 
utilização em nada afeta o direito material do interessado 
[ ... ] 
 
 
 
 
 
III - DA TUTELA CAUTELAR COM PEDIDO LIMINAR 
 
 O EMBARGANTE é casado sob o regime de separação de bens com a 
Sra. MARIA ANTUNES, esta é proprietária individual da LIVRARIA CECÍLIA 
MEIRELES, a qual foi condenada ao pagamento de verbas trabalhistas ao 
EMBARGADO no valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais. 
O EMBARGANTE não é parte nessa lide, que condenou a sociedade empresarial, RÉ da 
ação de execução, pois ela pertence exclusivamente a sua esposa, a qual figura como 
sociedade empresarial individual, caso este, que isentava de responsabilidade, 
anteriormente, os bens do sócio pessoa física. Essa segurança jurídica, servia como 
estímulo para a criação desse tipo de sociedade empresarial, era observada. O novo 
Código Civil de 2015 em seu art. 133. Dispõe sobre o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica, esse pode ser instaurado a pedido da parte ou do Ministério 
Público, quando lhe couber intervir no processo, caso que se observa neste processo, já 
que a execução atingiu, indevidamente, a pessoa física do cônjuge da proprietária da 
Livraria, quando deveria ter atingido os bens dessa, ação totalmente ilegítima, não pela 
desconsideração da personalidade jurídica, mas porque o EMBARGANTE não figura 
como parte na RT nº 000455.2020.0005 e seus bens não se comunicam com os da RÉ na 
ação. 
 Na separação convencional de bens, a escolha pelo regime é de 
deliberação consensual e de plena vontade das partes. "Neste regime permanecerão sob 
exclusiva propriedade de cada cônjuge os bens trazidos para a comunhão, bem como 
aqueles adquiridos durante a constância do casamento, havendo a preservação de dois 
patrimônios distintos." Igualmente, as dívidas existentes serão de responsabilidade de 
cada consorte, havendo comunicabilidadesomente em relação àquelas auferidas para a 
manutenção e sustento do lar conjugal. "Este regime não traz qualquer impedimento em 
relação à aquisição patrimonial conjunta entre os cônjuges, mas, nestes casos, a aquisição 
comum será regida pelas regras gerais de Direito Civil, uma vez que se estabelecerá um 
condomínio entre os cônjuges”. 
 Com a adoção desse regime, não se vislumbra qualquer repercussão 
patrimonial para os consortes, pois cada um manterá a condição de proprietário exclusivo 
do acervo de bens, estando também mantida a responsabilidade individual pelas 
obrigações, frutos e autonomia em sua administração. 
 
 Sendo assim, não cabe o bloqueio do valor na conta do 
EMBARGANTE. Seus bens não figuram entre os bens da executada, não sendo capaz de 
satisfazer o resultado da execução do processo em tela; motivo pelo qual o 
EMBARGANTE alega - através de provas documentais - a ilegitimidade do ato 
processual e pede a liberação imediata do valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais bloqueado 
em sua conta bancária. 
 
Código de Processo Civil. 
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando 
houver elementos que evidenciem a probabilidade do 
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do 
processo. 
 
§ 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente 
ou após justificação prévia. 
(......) 
 
Código de Processo Civil. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar 
designada pelo juiz. 
 
Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 
Código de Processo Civil. 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente 
provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das 
medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos 
embargos, bem como a manutenção ou a reintegração 
provisória da posse, se o embargante a houver requerido. 
 
Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de 
manutenção ou de reintegração provisória de posse à 
prestação de caução pelo requerente, ressalvada a 
impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. 
 
 
 O EMBARGANTE sofreu bloqueio financeiro indevido 
conforme o regime de separação de bens, escolhido no ato do seu casamento, de acordo 
com os arts. 1639 ao 1648 do CC, o EMBARGANTE está tendo seu direito violado e 
corre o risco de sofrer com o Periculum In Mora e o Fumus Boni Iuris. 
III.1 - Periculum In Mora 
 Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Para o 
direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de 
difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução 
da ação principal. 
 Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in 
mora é requisito indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente 
(medidas cautelares, antecipação de tutela). 
 A configuração do periculum in mora exige a demonstração 
de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678
uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal. Caso que se observa no direito do 
EMBARGANTE, pois o dinheiro em conta foi adquirido exclusivamente por ele, por isso, 
não há do que se falar em bloqueio do valor em questão, fato que torna ilegítimo o ato 
jurídico praticado na execução. 
III.2 - Fumus Boni Iuris 
 Traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um 
sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade 
de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança. 
 Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter 
urgente, juntamente com o periculum in mora. 
Fonte: STF (Glossário Jurídico). 
 
 
 
III - DOS FATOS 
 
 
 O EMBARGANTE relatou que é casado sob o regime de 
separação de bens com a Sra. MARIA ANTUNES, esta é proprietária individual da 
LIVRARIA CECÍLIA MEIRELES, sociedade empresarial individual, a qual foi 
condenada ao pagamento de verbas trabalhistas ao EMBARGADO no valor de R$ 
10.000,00 (dez mil) reais. 
 O EMBARGANTE não é parte nessa lide, que condenou a 
sociedade empresarial, RÉ da ação de execução, pois ela pertence exclusivamente a sua 
esposa, a qual, figura como sociedade empresarial individual, caso este, que isentava de 
responsabilidade pelas dívidas da empresa. Essa forma de sociedade empresarial dava 
segurança jurídica para alcançar uma boa operacionalidade e servia como estímulo para 
a criação desse tipo de sociedade empresarial. 
 O novo Código Civil de 2015 em seu art. 133. Dispõe sobre 
o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, fato observado no caso 
concreto relatado pelo EMBARGANTE. Este vem por meio desta ação, buscar 
respeitosamente neste juízo a reparação desse possível equívoco processual. 
 
 
IV - NO MÉRITO 
 
 
IV1 – Da legitimidade passiva e legitimidade ativa 
 
 No Código, a legitimidade para a propositura da ação de 
embargos de terceiro é regulada pelo art. 674 do CPC/15. Os embargos são de terceiro. 
Deve-se então partir inicialmente desta ideia básica, legitimado ativo é aquele que não é 
parte no processo no qual praticado (ou em que se encontra em vias de praticar) o ato de 
constrição. Sendo que esse terceiro pode ser, mas não apenas, o proprietário, inclusive o 
proprietário fiduciário, ou o possuidor do bem. 
 A ação de execução em mira (RT nº 000455.2020.0005), ora por 
dependência, tem como partes nos Embargos de Terceiro o sr. ANTÔNIO DOS 
SANTOS(Embargado) figurando no polo passivo e, no polo ativo dela, singularmente o 
Sr. PAULO AUGUSTO(Embargante). 
 Nesse contexto, aquele é parte legitima para defender a posse dos 
seus bens em espécie, pois define o novo CPC/2015 que: 
 
 Código de processo civil 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer 
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua 
ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
 
§ 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, 
inclusive fiduciário, ou possuidor. 
 
 À guisa de corroboração, necessário se faz trazer à baila o 
entendimento do eminente professor Alexandre Câmara: 
 
Também se considera legitimado a recorrer o terceiro 
prejudicado. Trata-se da afirmação de que terceiros, 
afetados por decisões judiciais, podem recorrer. O recurso 
de terceiro é uma modalidade de intervenção voluntária de 
terceiro (já́ que através de seu recurso um terceiro ingressa 
voluntariamente em um processo de que não participava). 
 
 Em abono dessa disposição doutrinária, mister se faz trazer à 
colação a judiciosa ementa: 
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. 
NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA 
JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. 
LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE 
COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 
84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DAPEQUENA 
PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS 
DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
Considerando que o auto de penhora se encontra 
colacionado nos autos da execução correlata aos presentes 
embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, 
decorrente da ausência de condição específica da ação 
incidental. São cabíveis embargos de terceiro com 
fundamento em promessa de compra e venda, a teor do 
entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É 
admissível a oposição de embargos de terceiro fundados 
em alegação de posse advinda de compromisso de compra 
e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). 
Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição 
à pequena propriedade rural: Área qualificada como 
pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada 
pela família, para garantir a subsistência, de rigor a 
procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso 
Improvido [...] 
 
 Endossam este raciocínio as lições de Nelson Nery Junior e Rosa 
Maria Andrade Nery, quando assim lecionam: 
 
"Natureza dos embargos. Trata-se de ação de 
conhecimento, constitutiva negativa, de procedimento 
especial sumário, cuja finalidade é livrar o bem ou direito 
de posse ou propriedade de terceiro da constrição judicial 
que lhe foi injustamente imposta em processo de que não 
faz parte. O embargante pretende ou obter a liberação 
(manutenção ou reintegração de posse), ou evitar a 
alienação de bem ou direito indevidamente constrito ou 
ameaçado de o ser... 
 
 
https://www.peticoesonline.com.br/modelo-recurso-apelacao-civel-novo-cpc-pn808
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas
http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas
IV.2 - Ilegalidade do bloqueio 
 
 O presente Embargo tem por objetivo excluir a constrição do bem 
cogitado. O Embargante, pois, apresenta-se como isento de responsabilidade civil na lide. 
Não é parte no processo de execução, contudo sofreu turbação por ato judicial (bloqueio 
e valor monetário). 
 Antes de tudo, sopesemos o caso em vertente não representa 
fraude à execução. O valor bloqueado pertence exclusivamente ao EMBARGANTE. No 
art. 674 NCPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de 
constrição sobre bens que possua, ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de EMBARGOS 
DE TERCEIRO. 
 Na linha de entendimento descrita no art. 674, do Estatuto de 
Ritos, se o bem penhorado é de terceiro (aqui o Embargante), assiste-lhe o direito de 
pleitear a prestação jurisdicional, de sorte a desconstituir a constrição. Para isso, traz à 
colação prova da posse e/ou propriedade do bem, art. 677 do NCPC. 
 Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular, por meio 
de inúmeros documentos, que o EMBARGANTE detém a propriedade exclusiva de todos 
os seus bens, inclusive do seu capital. 
Código de Processo Civil. 
Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer 
constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua 
ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato 
constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua 
inibição por meio de embargos de terceiro. 
 
§ 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, 
inclusive fiduciário, ou possuidor. 
 
§ 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos 
embargos: 
 
I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de 
bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no 
art. 843 ; 
 
 
Código de Processo Civil. 
Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova 
sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de 
terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. 
 
§ 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar 
designada pelo juiz. 
 
Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 
Código de Processo Civil. 
Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente 
provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das 
medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos 
embargos, bem como a manutenção ou a reintegração 
provisória da posse, se o embargante a houver requerido. 
 
 
 Com esse enfoque, é altamente ilustrativo evidenciar as seguintes 
notas de jurisprudência: 
 
EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO DE 
CONTRATO DE LOCAÇÃO EM FACE DO FIADOR. 
PENHORA SOBRE FRAÇÃO DO IMÓVEL OBJETO 
DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA 
FIRMADO ENTRE IRMÃOS. 
Inocorrência de fraude à execução. Súmula nº 375, STJ. 
Ausência de registro prévio da penhora ou de citação. 
Presunção de boa-fé do adquirente. Imóvel vendido antes 
do ajuizamento da ação de execução e da constituição do 
crédito. Insolvência do devedor ao tempo da alienação não 
comprovada. Embargos de terceiro julgados procedentes 
para manter a embargante na posse do bem e declarar 
insubsistente a penhora. Sentença mantida. Recurso 
desprovido [ ... ] 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE 
TERCEIRO OPOSTOS EM AÇÃO DE COBRANÇA DE 
COTAS CONDOMINIAIS EM FASE DE 
CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE 
SUSPENSÃO DO FEITO AO ARGUMENTO DE QUE 
É O VERDADEIRO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E 
QUE HOUVE OFENSA AO ART. 5º, LV, DA CR/88, JÁ 
QUE NÃO COMPÔS A LIDE PRINCIPAL E QUE ESTÁ 
NA IMINÊNCIA DE PERDER SEU BEM IMÓVEL. 
Decisão agravada que indeferiu a liminar sob o 
fundamento de que o demandante não apresentou o 
competente registro do imóvel, não prestou caução e não 
comprovou o pagamento das cotas condominiais. 
Inconformismo do embargante que pretende a reforma do 
decisim. Oposição de embargos de terceiros instruída por 
compromisso de compra e venda desprovido de registro. 
Cabimento. Súmula nº 84/STJ ("é admissível a oposição de 
https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678
https://www.peticoesonline.com.br/acao-cobranca-novo-cpc
embargos de terceiro fundada em alegação de posse 
advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, 
ainda que desprovido do registro"). Com efeito, o STJ no 
RESP nº 1.345.331/RS, submetido à sistemática do art. 
543-c do CPC/73, sedimentou entendimento segundo o qual 
a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode 
recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o 
promissário comprador e que, somente havendo a 
comprovação de que o promissário comprador se imitiu na 
posse do imóvel e que o condomínio teve ciência inequívoca 
da transação, seria possível afastar a legitimidade passiva 
do promitente vendedor. Ausência dos requisitos do art. 
300 do CPC/2015. In casu, observa-se que o embargante é 
o possuidor do imóvel desde 27.06.2000, sendo certo que 
desde 2010 quando ajuizada a ação de cobrança as cotas 
condominiais não haviam sido adimplidas, inexistindo 
nestes autos comprovação da quitação da obrigação do 
condômino, conforme exige o art. 1.315 do Código Civil. 
Ademais, o embargante não prestou caução determinada 
pelo parágrafo único do art. 678 do NCPC. Por fim, a 
alegação de ciência inequívoca do condomínio sobre a 
imissão da posse pelo promitente comprador não lhe 
beneficia, pois demonstra na verdade que tem ele a 
obrigação de arcar o débito. Distorção da tese. Venire 
contra factum proprium. Recurso desprovido [ ... ] 
 
APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. 
NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA 
JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. 
LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE 
COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 
84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA 
PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS 
DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. 
Considerando que o auto de penhora se encontra 
colacionado nos autos da execução correlata aos presentes 
embargosde terceiro, não há por que se falar em nulidade, 
decorrente da ausência de condição específica da ação 
incidental. São cabíveis embargos de terceiro com 
fundamento em promessa de compra e venda, a teor do 
entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É 
admissível a oposição de embargos de terceiro fundado em 
alegação de posse advinda de compromisso de compra e 
venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). 
Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição 
à pequena propriedade rural: Área qualificada como 
pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada 
pela família, para garantir a subsistência, de rigor a 
procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso 
Improvido [...] 
https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-execucao-novo-cpc-pn527
 
 Tal fato, por si só, torna admissível a oposição de Embargos de 
Terceiro, fundados em alegação de que não se comunicam os bens dos cônjuges que são 
casados sob o regime de separação de bens, não tendo do que se falar em bem do casal. 
 Conclui-se que, o bloqueio do valor em conta, causará um 
imenso dano ao EMBARGANTE, pois esse necessita do valor bloqueado para sua 
manutenção no seu cotidiano, para seu uso em suas necessidades contínuas. 
 
O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 
estabelece que: 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de 
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos 
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do 
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e 
à propriedade, nos termos seguintes:” 
Dentro deste Artigo, o Inciso XXII determina: 
“XXII – é garantido o direito de propriedade” 
 
 
 
IV.3 – Substituição do bem penhorado. 
 
 Observando os fatos, identificamos que figura no polo passivo 
da ação de EXECUÇÃO a Livraria Cecília Meireles e sua representante legal(esposa do 
embargante), na RT nº 000455.2020.0005. 
 A RÉ, possivelmente, dispõe dos seus próprios bens, caso fora 
feita buscas e não encontrados nenhum, não há do que se falar em atingir os bens do seu 
cônjuge em substituição dos daquela, caso pelo qual esse processo, segundo o que foi 
apurado consultando os fatos, não dispõe assim, a possibilidade de prosperar o bloqueio 
monetário do valor pertencente ao EMBARGANTE. Comunicamos respeitosamente a 
este juízo, caso ainda busque a substituição de bens, que essa atinja somente os bens 
pertencentes à RÉ do processo executório. 
 Diante de tudo que foi exposto, esperamos que prospere este 
Embargo, sendo deferidos todos os pedidos, conforme o que assegura a verdade da lei. 
 
 
 
 
V – DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer: 
a) A distribuição do presente embargo, por dependência na RT nº000455.2020.0005. 
b) A Expedição de mandado liminar para manutenção da posse e a suspensão das 
medidas constritivas que recaem sobre o bem do EMBARGANTE, conforme já 
demonstrado e por força do art. 678 do NCPC; 
c) A citação do EMBARGADO, pessoalmente ou na pessoa do seu procurador caso 
tenha, conforme o art. 677 § 3º do NCPC para que, querendo, apresente 
contestação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de caracterização de revelia e 
verificação de seus efeitos art. 679 do NCPC; 
d) A confirmação da liminar no sentido de manter o EMBARGANTE 
definitivamente na posse do bem, cancelando-se o bloqueio realizado; 
e) No caso da não confirmação da liminar, no mérito, após conhecer os detalhes, 
acolher o pedido para a manutenção do EMBARGANTE, na posse do seu valor 
monetário, ficando extinto o bloqueio, de acordo com o art. 677 do NCPC; 
f) Julgar totalmente procedente a condenação do EMBARGADO ao pagamento das 
custas processuais e honorários de sucumbências, como também as demais 
despesas do processo, conforme art. 82, § 2º e 85 do NCPC; 
g) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a 
produção de provas, conforme art. 677 do NCPC, documental (em anexo), o art. 
450 do NCPC, testemunhal (rol); 
h) Que seja reconhecida a legitimidade processual do EMBARGANTE, de acordo 
com o art. 674 do NCPC; 
i) A ilegalidade do bloqueio, pelo fato do bem não figurar legitimamente no 
processo, pois os bens impenhoráveis são aqueles que não estão sujeitos à 
constrição judicial e, por causa disso, não estão sujeitos à execução. 
j) A juntada do recolhimento de custas, conforme artigo 84 NCPC. 
 
 
 
 
VI - DO VALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais, conforme 
dispõe a verdade do art. 291 do NCPC. 
 
 
 
 
 
Nestes termos. 
Pede deferimento. 
 
 
 
 
 
 
Local e data 
 
 
 
 
 
 
 
Advogado 
OAB/UF 
 
 
 
 
 
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 
2 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 
3 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp.......

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