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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 5ª VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE NATAL ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE – TRT 21. AÇÃO DE EMBARGOS DE TERCEIRO DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA NA RT n° 000455.2020. (NOVO CPC, ART. 676) PAULO AUGUSTO(“Embargante”), nacionalidade, casado, profissão, RG nº......, inscrito no MF sob CPF nº......, residente e domiciliado no endereço a rua......, nº......, CEP......, bairro......, cidade......, Estado......, endereço eletrônico@......, Telefone /WhatsApp......, ora intermediado por seu mandatário ao final firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 77, inc. V c/c art. 287, caput, um e outro do NCPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com o devido respeito a Vossa Excelência, com suporte no art. 674 e segs. do novo CPC, ajuizar presente EMBARGOS DE TERCEIRO ( com pedido de medida cautelar em caráter liminar ) em face de ANTÔNIO DOS SANTOS(“Embargado”), nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº......, inscrito no MF sob o CPF nº......, residente e domiciliado na Rua ......, nº ......, Cidade ......, no Estado ......, – CEP......, com endereço eletrônico@......, Telefone c/ WhatsApp......, em razão das justificativas de ordem fática e direito, abaixo delineadas. CONSIDERAÇÕES INICIAIS I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA A assistência Judiciária Gratuita está prevista no artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal, que atribui ao Estado a obrigação de garantir que a pessoa com poucos recursos financeiros tenha acesso a justiça, sem ter que arcar com o custo. A gratuidade de Justiça está regulamentada nos artigos 98 a 102 do NCPC, que revogou algumas disposições da Lei 1.060/50. Conforme o artigo 98, a parte que comprovar que não tem condições de arcar com as taxas e custas exigidas para a tramitação de um processo judicial, seja pessoa física ou jurídica, pode ter o benefício concedido por meio da decisão de magistrado, mesmo que tenha advogado particular. O benefício pode ser solicitado em qualquer fase do processo. A isenção deste benefício alcança as taxas ou custas processuais necessárias. Código de Processo Civil. Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. (.....) Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. (.......) (.......) § 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural. § 4º A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça. (.....) O EMBARGANTE vem respeitosamente, pedir a V.Exa. a concessão desse benefício, pois ele se declara pobre na forma da lei e que no caso de pagamento destas custas, terá afetada a condição ideal para o seu sustento e de sua família, cabendo assim, usar desse meio legal e justo para pleitear seu direito junto a esse juízo. II - DA TEMPESTIVIDADE Código de processo civil Art. 675 – Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Constata-se que a presente ação tem por fundamento desconstituir ato constritivo judicial (penhora ou bloqueio monetário), decorrente de ação de execução por título judicial ou extrajudicial. Na ação supracitada, a fase processual que ora se apresenta é a de execução, que bloqueou valores em conta de terceiros. Portanto, à luz do que preceitua o art. 675, caput, do CPC 2015 é possível embargar esse ato jurídico a esse tempo. Também por este prisma é o entendimento de Humberto Theodoro Júnior, que perfilha ele pensar, ao asseverar que: Dispõe o art. 675 do NCPC sobre a oportunidade de que dispõe o terceiro para fazer uso dos embargos, tratando separadamente as hipóteses de atos derivados do processo de conhecimento e de atos próprios do processo de execução: (a) se a constrição ocorre no curso de processo de conhecimento, o terceiro pode opor embargos enquanto não ocorrer o trânsito em julgado da sentença; (b) se a moléstia aos bens do estranho se dá na fase de cumprimento de sentença ou em processo de execução, a oportunidade dos embargos vai até cinco dias depois da arrematação, adjudicação ou alienação por iniciativa particular, mas nunca após a assinatura da respectiva carta. O trânsito em julgado é apontado pelo art. 675 do NCPC apenas como marco temporal, já que para o estranho à relação processual não se forma a res iudicata. Assim, mesmo depois de ultrapassado o dies ad quem assinalado na lei, ao terceiro sempre estará facultado o uso das vias ordinárias para reivindicar o bem constrito judicialmente. Apenas não poderá se valer da via especial dos embargos disciplinados pelo art. 674. Por isso, está assente na doutrina o entendimento de que nenhum terceiro está jungido à obrigação ou ônus de usar dos embargos. Trata- se de simples faculdade que a lei lhe confere, cuja não utilização em nada afeta o direito material do interessado [ ... ] III - DA TUTELA CAUTELAR COM PEDIDO LIMINAR O EMBARGANTE é casado sob o regime de separação de bens com a Sra. MARIA ANTUNES, esta é proprietária individual da LIVRARIA CECÍLIA MEIRELES, a qual foi condenada ao pagamento de verbas trabalhistas ao EMBARGADO no valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais. O EMBARGANTE não é parte nessa lide, que condenou a sociedade empresarial, RÉ da ação de execução, pois ela pertence exclusivamente a sua esposa, a qual figura como sociedade empresarial individual, caso este, que isentava de responsabilidade, anteriormente, os bens do sócio pessoa física. Essa segurança jurídica, servia como estímulo para a criação desse tipo de sociedade empresarial, era observada. O novo Código Civil de 2015 em seu art. 133. Dispõe sobre o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, esse pode ser instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo, caso que se observa neste processo, já que a execução atingiu, indevidamente, a pessoa física do cônjuge da proprietária da Livraria, quando deveria ter atingido os bens dessa, ação totalmente ilegítima, não pela desconsideração da personalidade jurídica, mas porque o EMBARGANTE não figura como parte na RT nº 000455.2020.0005 e seus bens não se comunicam com os da RÉ na ação. Na separação convencional de bens, a escolha pelo regime é de deliberação consensual e de plena vontade das partes. "Neste regime permanecerão sob exclusiva propriedade de cada cônjuge os bens trazidos para a comunhão, bem como aqueles adquiridos durante a constância do casamento, havendo a preservação de dois patrimônios distintos." Igualmente, as dívidas existentes serão de responsabilidade de cada consorte, havendo comunicabilidadesomente em relação àquelas auferidas para a manutenção e sustento do lar conjugal. "Este regime não traz qualquer impedimento em relação à aquisição patrimonial conjunta entre os cônjuges, mas, nestes casos, a aquisição comum será regida pelas regras gerais de Direito Civil, uma vez que se estabelecerá um condomínio entre os cônjuges”. Com a adoção desse regime, não se vislumbra qualquer repercussão patrimonial para os consortes, pois cada um manterá a condição de proprietário exclusivo do acervo de bens, estando também mantida a responsabilidade individual pelas obrigações, frutos e autonomia em sua administração. Sendo assim, não cabe o bloqueio do valor na conta do EMBARGANTE. Seus bens não figuram entre os bens da executada, não sendo capaz de satisfazer o resultado da execução do processo em tela; motivo pelo qual o EMBARGANTE alega - através de provas documentais - a ilegitimidade do ato processual e pede a liberação imediata do valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais bloqueado em sua conta bancária. Código de Processo Civil. Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. § 2º A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia. (......) Código de Processo Civil. Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. § 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz. Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Parágrafo único. O juiz poderá condicionar a ordem de manutenção ou de reintegração provisória de posse à prestação de caução pelo requerente, ressalvada a impossibilidade da parte economicamente hipossuficiente. O EMBARGANTE sofreu bloqueio financeiro indevido conforme o regime de separação de bens, escolhido no ato do seu casamento, de acordo com os arts. 1639 ao 1648 do CC, o EMBARGANTE está tendo seu direito violado e corre o risco de sofrer com o Periculum In Mora e o Fumus Boni Iuris. III.1 - Periculum In Mora Traduz-se, literalmente, como “perigo na demora”. Para o direito brasileiro, é o receio que a demora da decisão judicial cause um dano grave ou de difícil reparação ao bem tutelado. Isso frustraria por completo a apreciação ou execução da ação principal. Portanto, juntamente com o fumus boni iuris, o periculum in mora é requisito indispensável para a proposição de medidas com caráter urgente (medidas cautelares, antecipação de tutela). A configuração do periculum in mora exige a demonstração de existência ou da possibilidade de ocorrer um dano jurídico ao direito da parte de obter https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678 uma tutela jurisdicional eficaz na ação principal. Caso que se observa no direito do EMBARGANTE, pois o dinheiro em conta foi adquirido exclusivamente por ele, por isso, não há do que se falar em bloqueio do valor em questão, fato que torna ilegítimo o ato jurídico praticado na execução. III.2 - Fumus Boni Iuris Traduz-se, literalmente, como “fumaça do bom direito”. É um sinal ou indício de que o direito pleiteado de fato existe. Não há, portanto, a necessidade de provar a existência do direito, bastando a mera suposição de verossimilhança. Esse conceito ganha sentido especial nas medidas de caráter urgente, juntamente com o periculum in mora. Fonte: STF (Glossário Jurídico). III - DOS FATOS O EMBARGANTE relatou que é casado sob o regime de separação de bens com a Sra. MARIA ANTUNES, esta é proprietária individual da LIVRARIA CECÍLIA MEIRELES, sociedade empresarial individual, a qual foi condenada ao pagamento de verbas trabalhistas ao EMBARGADO no valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais. O EMBARGANTE não é parte nessa lide, que condenou a sociedade empresarial, RÉ da ação de execução, pois ela pertence exclusivamente a sua esposa, a qual, figura como sociedade empresarial individual, caso este, que isentava de responsabilidade pelas dívidas da empresa. Essa forma de sociedade empresarial dava segurança jurídica para alcançar uma boa operacionalidade e servia como estímulo para a criação desse tipo de sociedade empresarial. O novo Código Civil de 2015 em seu art. 133. Dispõe sobre o incidente de desconsideração da personalidade jurídica, fato observado no caso concreto relatado pelo EMBARGANTE. Este vem por meio desta ação, buscar respeitosamente neste juízo a reparação desse possível equívoco processual. IV - NO MÉRITO IV1 – Da legitimidade passiva e legitimidade ativa No Código, a legitimidade para a propositura da ação de embargos de terceiro é regulada pelo art. 674 do CPC/15. Os embargos são de terceiro. Deve-se então partir inicialmente desta ideia básica, legitimado ativo é aquele que não é parte no processo no qual praticado (ou em que se encontra em vias de praticar) o ato de constrição. Sendo que esse terceiro pode ser, mas não apenas, o proprietário, inclusive o proprietário fiduciário, ou o possuidor do bem. A ação de execução em mira (RT nº 000455.2020.0005), ora por dependência, tem como partes nos Embargos de Terceiro o sr. ANTÔNIO DOS SANTOS(Embargado) figurando no polo passivo e, no polo ativo dela, singularmente o Sr. PAULO AUGUSTO(Embargante). Nesse contexto, aquele é parte legitima para defender a posse dos seus bens em espécie, pois define o novo CPC/2015 que: Código de processo civil Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. À guisa de corroboração, necessário se faz trazer à baila o entendimento do eminente professor Alexandre Câmara: Também se considera legitimado a recorrer o terceiro prejudicado. Trata-se da afirmação de que terceiros, afetados por decisões judiciais, podem recorrer. O recurso de terceiro é uma modalidade de intervenção voluntária de terceiro (já́ que através de seu recurso um terceiro ingressa voluntariamente em um processo de que não participava). Em abono dessa disposição doutrinária, mister se faz trazer à colação a judiciosa ementa: APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DAPEQUENA PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. Considerando que o auto de penhora se encontra colacionado nos autos da execução correlata aos presentes embargos de terceiro, não há por que se falar em nulidade, decorrente da ausência de condição específica da ação incidental. São cabíveis embargos de terceiro com fundamento em promessa de compra e venda, a teor do entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição à pequena propriedade rural: Área qualificada como pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada pela família, para garantir a subsistência, de rigor a procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso Improvido [...] Endossam este raciocínio as lições de Nelson Nery Junior e Rosa Maria Andrade Nery, quando assim lecionam: "Natureza dos embargos. Trata-se de ação de conhecimento, constitutiva negativa, de procedimento especial sumário, cuja finalidade é livrar o bem ou direito de posse ou propriedade de terceiro da constrição judicial que lhe foi injustamente imposta em processo de que não faz parte. O embargante pretende ou obter a liberação (manutenção ou reintegração de posse), ou evitar a alienação de bem ou direito indevidamente constrito ou ameaçado de o ser... https://www.peticoesonline.com.br/modelo-recurso-apelacao-civel-novo-cpc-pn808 http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas http://www.stj.jus.br/sites/portalp/Jurisprudencia/Sumulas IV.2 - Ilegalidade do bloqueio O presente Embargo tem por objetivo excluir a constrição do bem cogitado. O Embargante, pois, apresenta-se como isento de responsabilidade civil na lide. Não é parte no processo de execução, contudo sofreu turbação por ato judicial (bloqueio e valor monetário). Antes de tudo, sopesemos o caso em vertente não representa fraude à execução. O valor bloqueado pertence exclusivamente ao EMBARGANTE. No art. 674 NCPC. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua, ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de EMBARGOS DE TERCEIRO. Na linha de entendimento descrita no art. 674, do Estatuto de Ritos, se o bem penhorado é de terceiro (aqui o Embargante), assiste-lhe o direito de pleitear a prestação jurisdicional, de sorte a desconstituir a constrição. Para isso, traz à colação prova da posse e/ou propriedade do bem, art. 677 do NCPC. Nesse compasso, demonstrado com esta peça vestibular, por meio de inúmeros documentos, que o EMBARGANTE detém a propriedade exclusiva de todos os seus bens, inclusive do seu capital. Código de Processo Civil. Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro. § 1º Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor. § 2º Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843 ; Código de Processo Civil. Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. § 1º É facultada a prova da posse em audiência preliminar designada pelo juiz. Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 Código de Processo Civil. Art. 678. A decisão que reconhecer suficientemente provado o domínio ou a posse determinará a suspensão das medidas constritivas sobre os bens litigiosos objeto dos embargos, bem como a manutenção ou a reintegração provisória da posse, se o embargante a houver requerido. Com esse enfoque, é altamente ilustrativo evidenciar as seguintes notas de jurisprudência: EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO EM FACE DO FIADOR. PENHORA SOBRE FRAÇÃO DO IMÓVEL OBJETO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA FIRMADO ENTRE IRMÃOS. Inocorrência de fraude à execução. Súmula nº 375, STJ. Ausência de registro prévio da penhora ou de citação. Presunção de boa-fé do adquirente. Imóvel vendido antes do ajuizamento da ação de execução e da constituição do crédito. Insolvência do devedor ao tempo da alienação não comprovada. Embargos de terceiro julgados procedentes para manter a embargante na posse do bem e declarar insubsistente a penhora. Sentença mantida. Recurso desprovido [ ... ] AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS DE TERCEIRO OPOSTOS EM AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. PRETENSÃO DE SUSPENSÃO DO FEITO AO ARGUMENTO DE QUE É O VERDADEIRO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL E QUE HOUVE OFENSA AO ART. 5º, LV, DA CR/88, JÁ QUE NÃO COMPÔS A LIDE PRINCIPAL E QUE ESTÁ NA IMINÊNCIA DE PERDER SEU BEM IMÓVEL. Decisão agravada que indeferiu a liminar sob o fundamento de que o demandante não apresentou o competente registro do imóvel, não prestou caução e não comprovou o pagamento das cotas condominiais. Inconformismo do embargante que pretende a reforma do decisim. Oposição de embargos de terceiros instruída por compromisso de compra e venda desprovido de registro. Cabimento. Súmula nº 84/STJ ("é admissível a oposição de https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/174276278/Lei-n-13.105-de-16-de-Marco-de-2015#art-678 https://www.peticoesonline.com.br/acao-cobranca-novo-cpc embargos de terceiro fundada em alegação de posse advinda do compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro"). Com efeito, o STJ no RESP nº 1.345.331/RS, submetido à sistemática do art. 543-c do CPC/73, sedimentou entendimento segundo o qual a responsabilidade pelas despesas de condomínio pode recair tanto sobre o promitente vendedor quanto sobre o promissário comprador e que, somente havendo a comprovação de que o promissário comprador se imitiu na posse do imóvel e que o condomínio teve ciência inequívoca da transação, seria possível afastar a legitimidade passiva do promitente vendedor. Ausência dos requisitos do art. 300 do CPC/2015. In casu, observa-se que o embargante é o possuidor do imóvel desde 27.06.2000, sendo certo que desde 2010 quando ajuizada a ação de cobrança as cotas condominiais não haviam sido adimplidas, inexistindo nestes autos comprovação da quitação da obrigação do condômino, conforme exige o art. 1.315 do Código Civil. Ademais, o embargante não prestou caução determinada pelo parágrafo único do art. 678 do NCPC. Por fim, a alegação de ciência inequívoca do condomínio sobre a imissão da posse pelo promitente comprador não lhe beneficia, pois demonstra na verdade que tem ele a obrigação de arcar o débito. Distorção da tese. Venire contra factum proprium. Recurso desprovido [ ... ] APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIROS. NULIDADES AFASTADAS. AUTO DE PENHORA JUNTADO NOS AUTOS DA EXECUÇÃO. LEGITIMIDADE ATIVA DO PROMITENTE COMPRADOR. ART. 674, §1º DO NCPC. SÚMULA Nº 84 DO STJ. IMPENHORABILIDADE DA PEQUENA PROPRIEDADE RURAL. REQUISITOS DEMONSTRADOS. SENTENÇA MANTIDA. Considerando que o auto de penhora se encontra colacionado nos autos da execução correlata aos presentes embargosde terceiro, não há por que se falar em nulidade, decorrente da ausência de condição específica da ação incidental. São cabíveis embargos de terceiro com fundamento em promessa de compra e venda, a teor do entendimento sumulado pelo E. STJ (Súmula nº 84: É admissível a oposição de embargos de terceiro fundado em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro). Demonstrados os requisitos legais para vedar a constrição à pequena propriedade rural: Área qualificada como pequena, nos termos legais; e propriedade seja trabalhada pela família, para garantir a subsistência, de rigor a procedência dos Embargos de Terceiro opostos. Recurso Improvido [...] https://www.peticoesonline.com.br/modelo-embargos-execucao-novo-cpc-pn527 Tal fato, por si só, torna admissível a oposição de Embargos de Terceiro, fundados em alegação de que não se comunicam os bens dos cônjuges que são casados sob o regime de separação de bens, não tendo do que se falar em bem do casal. Conclui-se que, o bloqueio do valor em conta, causará um imenso dano ao EMBARGANTE, pois esse necessita do valor bloqueado para sua manutenção no seu cotidiano, para seu uso em suas necessidades contínuas. O Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 estabelece que: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:” Dentro deste Artigo, o Inciso XXII determina: “XXII – é garantido o direito de propriedade” IV.3 – Substituição do bem penhorado. Observando os fatos, identificamos que figura no polo passivo da ação de EXECUÇÃO a Livraria Cecília Meireles e sua representante legal(esposa do embargante), na RT nº 000455.2020.0005. A RÉ, possivelmente, dispõe dos seus próprios bens, caso fora feita buscas e não encontrados nenhum, não há do que se falar em atingir os bens do seu cônjuge em substituição dos daquela, caso pelo qual esse processo, segundo o que foi apurado consultando os fatos, não dispõe assim, a possibilidade de prosperar o bloqueio monetário do valor pertencente ao EMBARGANTE. Comunicamos respeitosamente a este juízo, caso ainda busque a substituição de bens, que essa atinja somente os bens pertencentes à RÉ do processo executório. Diante de tudo que foi exposto, esperamos que prospere este Embargo, sendo deferidos todos os pedidos, conforme o que assegura a verdade da lei. V – DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) A distribuição do presente embargo, por dependência na RT nº000455.2020.0005. b) A Expedição de mandado liminar para manutenção da posse e a suspensão das medidas constritivas que recaem sobre o bem do EMBARGANTE, conforme já demonstrado e por força do art. 678 do NCPC; c) A citação do EMBARGADO, pessoalmente ou na pessoa do seu procurador caso tenha, conforme o art. 677 § 3º do NCPC para que, querendo, apresente contestação no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de caracterização de revelia e verificação de seus efeitos art. 679 do NCPC; d) A confirmação da liminar no sentido de manter o EMBARGANTE definitivamente na posse do bem, cancelando-se o bloqueio realizado; e) No caso da não confirmação da liminar, no mérito, após conhecer os detalhes, acolher o pedido para a manutenção do EMBARGANTE, na posse do seu valor monetário, ficando extinto o bloqueio, de acordo com o art. 677 do NCPC; f) Julgar totalmente procedente a condenação do EMBARGADO ao pagamento das custas processuais e honorários de sucumbências, como também as demais despesas do processo, conforme art. 82, § 2º e 85 do NCPC; g) A produção de todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente a produção de provas, conforme art. 677 do NCPC, documental (em anexo), o art. 450 do NCPC, testemunhal (rol); h) Que seja reconhecida a legitimidade processual do EMBARGANTE, de acordo com o art. 674 do NCPC; i) A ilegalidade do bloqueio, pelo fato do bem não figurar legitimamente no processo, pois os bens impenhoráveis são aqueles que não estão sujeitos à constrição judicial e, por causa disso, não estão sujeitos à execução. j) A juntada do recolhimento de custas, conforme artigo 84 NCPC. VI - DO VALOR DA CAUSA Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil) reais, conforme dispõe a verdade do art. 291 do NCPC. Nestes termos. Pede deferimento. Local e data Advogado OAB/UF ROL DE TESTEMUNHAS: 1 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 2 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp......; 3 - Nome............, endereço......., CPF......., Telefone/WhatsApp.......
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