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RESUMO (parte 1) - anti-inflamatórios

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Por: Rafaella Martins 
 
RESUMO 
 A inflamação é uma resposta normal de 
proteção às lesões teciduais causadas por trauma 
físico, agentes químicos ou microbiológicos nocivos. É 
a tentativa do organismo de inativar ou destruir os 
organismos invasores, remover os irritantes e preparar 
o cenário para o reparo tecidual. Quando a 
recuperação está completa, normalmente o 
processo inflamatório cessa. 
 Entretanto, a inflamação também pode advir 
da ativação imprópria do sistema imune, resultando 
em doenças imunomediadas. 
 
1.PROSTAGLANDINAS 
 Todos os AINEs atuam inibindo a síntese das 
PGs. Assim, para entender os AINEs, é preciso 
compreender a iossíntese e as ações das PGs 
derivadas de ácidos graxos insaturados. 
 
A. Papel das prostaglandinas como mediadores 
locais 
 As PGs e os compostos relacionados são 
produzidos em quantidades mínimas por 
praticamente todos os tecidos. Em geral, elas atuam 
localmente nos tecidos, onde são sintetizadas, sendo 
 rapidamente metabolizadas em produtos inativos 
em seus locais de ação. Portanto, as PGs não 
circulam em quantidades significativas no sangue. 
 
B. Síntese de prostaglandinas 
 O ácido araquidônico é o principal precursor 
das PGs e dos compostos relacionados. Ele é 
componente dos osfolipídeos das membranas 
celulares. O ácido araquidônico livre é liberado dos 
fosfolipídeos teciduais pela ação da fosfolipase A2 
por um processo controlado por hormônios e outros 
estímulos. 
 
 Existem duas vias principais para a síntese de 
eicosanoides a partir do ácido araquidônico: a via 
da cicloxigenase e a da lipoxigenase. 
 
1. Via da cicloxigenase: Todos os eicosanoides com 
estrutura anelar (PGs, tromboxanos e prostaciclinas) 
são sintetizados pela via da cicloxigenase. Foram 
descritas duas isoformas relacionadas das enzimas 
cicloxigenases: a cicloxigenase-1 (COX-1) é 
responsável pela produção fisiológica de 
prostanoides, e a COX-2 provoca o aumento da 
produção de prostanoides em locais de doença e 
inflamação crônicas. 
 
 
 
• COX-1 é uma “enzima constitutiva” que regula os 
processos celulares normais, como a citoproteção 
gástrica, a homeostase vascular, a agregação 
plaquetária e as funções reprodutiva e renal; 
• A COX-2 é expressa de maneira constitutiva em 
tecidos, como cérebro, rins e ossos. Sua expressão em 
outros locais aumenta durante os estados 
inflamatórios crônicos. 
 
2. Via da lipoxigenase: Alternativamente, várias 
lipoxigenases podem atuar no ácido araquidônico 
formando leucotrienos. Fármacos antileucotrienos 
como zileutona, zafirlucaste e montelucaste são 
opções de tratamento da asma. 
 
C. Ações das prostaglandinas 
 As PGs e seus metabólitos, produzidos 
endogenamente nos tecidos, atuam como 
sinalizadores locais que fazem o ajuste fino da 
resposta de um tipo celular específico. Suas funções 
variam amplamente, dependendo do tecido e das 
enzimas específicas daquela via e que estão 
disponíveis naquele local específico. 
 
D. Usos terapêuticos das prostaglandinas 
 As PGs têm seu papel principal na modulação 
da dor, da inflamação eda febre. Elas também 
controlam várias funções fisiológicas, como a 
secreção ácida e a produção de muco no trato 
gastrintestinal (TGI), a contração uterina e o fluxo de 
sangue nos rins. As PGs também estão entre os 
mediadores químicos liberados nos processos 
alérgicos e inflamatórios. 
 
E. Alprostadil 
 O alprostadil é uma PGE1 (Prostaglandina E2 
é um eicosanóide, portanto uma molécula lipídica 
com estrutura de 20C) produzida naturalmente em 
tecidos como as vesículas seminais e o tecido 
cavernoso, a placenta e o ducto arterioso do feto. 
Terapeuticamente, o alprostadil pode ser usado no 
tratamento das disfunções eréteis ou para manter o 
ducto arterioso aberto em neonatos com condições 
cardíacas congênitas até que seja possível a cirurgia. 
 
F. Lubiprostona 
 A lubiprostona é um derivado da PGE1 
indicado para o tratamento da constipação 
idiopática (algo com causa desconhecida) crônica, 
da constipação induzida por opioides e da síndrome 
do intestino irritável com constipação. Ela estimula 
canais de cloro nas células luminais do epitélio 
Anti-inflamatórios, antipiréticos e analgésicos 
 
 Por: Rafaella Martins 
ntestinal, aumentando a secreção de líquidos 
intestinais. 
 
G. Misoprostol 
 O misoprostol é um análogo da PGE1 usado 
para proteger a mucosa gástrica durante o 
tratamento crônico com AINEs. Ele interage com 
receptores de PGs nas células parietais gástricas, 
reduzindo a secreção de ácido gástrico. Além disso, 
o isoprostol tem efeito citoprotetor gastrintestinal (GI) 
por estimular a produção de muco e bicarbonato. 
Essa combinação de efeitos diminui a incidência de 
úlceras gástricas causadas por AINEs. 
 
 O misoprostol oferece risco de aborto em 
gestantes, por isso é contraindicado durante a 
gestação. Seu uso é limitado pelos efeitos adversos 
comuns, incluindo diarreia e dor abdominal. 
 
H. Análodos da prostaglandina F2α 
 Bimatoprosta, latanoprosta, tafluprosta e 
travoprosta são análogos da PGF2α indicados para o 
tratamento do glaucoma de ângulo aberto. Fixando-
se aos receptores das PGs, eles aumentam o efluxo 
uveoescleral e diminuem a pressão intraocular. 
 
 São usados como soluções oftálmicas uma 
vez ao dia e são tão eficazes quanto o timolol ou 
ainda melhores em reduzir a pressão intraocular. O 
bimatoprosta aumenta a proeminência, o 
comprimento e a pigmentação dos cílios e também 
está aprovado para o tratamento da hipotricose dos 
cílios. As reações oculares incluem visão turva, 
alteração na coloração da íris (aumento da 
pigmentação marrom), aumento do número e da 
pigmentação dos cílios, irritação ocular e sensação 
de corpo estranho. 
 
I. Análogos da prostaciclina 
 O epoprostenol, a forma farmacêutica da 
PGI2, de ocorrência natural, e o análogo sintético da 
PGI2 (iloprosta e treprostinila) são potentes 
vasodilatadores pulmonares usados no tratamento 
da hipertensão arterial pulmonar. Esses fármacos 
mimetizam os efeitos da PGI2 nas células endoteliais, 
reduzindo significativamente a resistência arterial 
pulmonar com subsequente aumento do índice 
cardíaco e oferta de oxigênio.

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