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Extensivo Essencial Carreiras Jurídicas (Estúdio) - Diurno 
CARREIRAS JURÍDICAS 
Damásio Educacional 
MATERIAL DE APOIO 
 
Disciplina: QSJ –Civil 
Professor: Christiano Cassetari 
Aula: 06 | Data: 16/06/2016 
 
 
ANOTAÇÃO DE AULA 
SUMÁRIO 
 
1. Questão 1 
2. Questão 2 
3. Questão 3 
4. Questão 4 
5. Questão 5 
6. Questão 6 
 
1. Questão 1 
Ano: 2015 Banca: FCC. Órgão: TJ-SC. Prova: Juiz Substituto 
Joaquim, viúvo, é pai de José, que se casara com Amélia. José e Amélia divorciaram-se. Três meses após esse 
divórcio, Joaquim e Amélia compareceram a um Cartório de Notas, solicitando ao Tabelião que lavrasse uma 
escritura pública de união estável, escolhendo o regime da comunhão universal de bens. O Tabelião recusou-se a 
lavrar a escritura, por reputar inválido o ato. A recusa: 
a) justifica-se, mas poderá ser estabelecida a união estável entre os pretendentes depois de transcorridos 
trezentos (300) dias do divórcio de Amélia e desde que os bens deixados pelo cônjuge de Joaquim tenham sido 
inventariados e partilhados. 
b) não se justifica, porque não há qualquer impedimento entre os pretendentes à união estável. 
c) justifica-se, porque Joaquim e Amélia não podem estabelecer união estável. 
d) só se justifica no tocante à escolha do regime de bens, porque seria obrigatório o regime da separação de bens. 
e) só se justifica no tocante à escolha do regime de bens, porque o único admissível é o da comunhão parcial de 
bens na união estável. 
 
Comentários: 
Joaquim é pai de José que se casou com Amélia; José e Amélia se divorciaram, ou seja, ficaram livres para contrair 
novo matrimônio. Amélia e Joaquim (pai de José) desejam constituir uma união estável. Não é possível lavrar esta 
escritura, pois quando Amélia se casou com José, Joaquim se tornou seu sogro, ou seja, um parentesco por 
afinidade. O artigo 1.595, §2º, CC1, aduz que a afinidade em linha reta não se extingue com o divórcio e nem com 
o fim da união estável. Assim, Joaquim e Amélia continuam sendo parentes por afinidade. O artigo 1.521, CC2, traz 
os impedimentos matrimoniais, e dentre eles, no inciso II, é aduzido que os afins em linha reta não podem 
contrair casamento. Quando a pessoa está impedida para casar, sua união denomina-se concubinato, previsto no 
artigo 1.727, CC3. A única exceção de uma pessoa impedida se casar é a prevista no art. 1.723, §1º, CC4 (separação 
de fato, judicial ou extrajudicial). 
a) Errada: não é possível, pois é concubinato. Os 300 dias remetem ao período em que a mulher está no período 
suspeito de gravidez e consequente há presunção de paternidade. 
b) Errada: há impedimento, pois mesmo com o divórcio continuam sendo parentes por afinidade em linha reta. 
c) Correta; 
 
1 (...) § 2o Na linha reta, a afinidade não se extingue com a dissolução do casamento ou da união estável. 
2 Art. 1.521. Não podem casar: 
I - os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural ou civil; 
II - os afins em linha reta; 
3 Art. 1.727. As relações não eventuais entre o homem e a mulher, impedidos de casar, constituem concubinato. 
4 (...) § 1o A união estável não se constituirá se ocorrerem os impedimentos do art. 1.521; não se aplicando a incidência do inciso VI no caso de a pessoa 
casada se achar separada de fato ou judicialmente 
 
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d) Errada: o regime da separação é obrigatório nos casos previstos para o casamento. 
e) Errada; 
 
Resposta: C 
 
2. Questão 2 
Ano: 2014 Banca: VUNESP. Órgão: TJ-PA. Prova: Analista Judiciário - Direito 
São requisitos para constituição da união estável, de acordo com o Código Civil de 2002: 
a) a convivência contínua e duradoura, a coabitação, instrumento público ou particular de constituição de união 
estável e ser solteiro. 
b) a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família e a coabitação. 
c) a convivência pública, contínua e duradora por, no mínimo, 3 (três) anos, estabelecida com o objetivo de 
constituir família e a coabitação. 
d) a convivência pública, contínua e duradoura, estabelecida com o objetivo de constituir família e ser solteiro ou, 
se casado, encontrar-se separado de fato ou judicialmente. 
e) a convivência contínua e duradoura por, no mínimo, 5 (cinco) anos, com o objetivo de constituir família e ser 
solteiro ou, se casado, encontrar-se separado de fato ou judicialmente 
 
Comentários: 
Na união estável não é exigido o dever de coabitação (more uxorio). 
Para a união estável não há prazo para sua configuração (desde 1996). 
 
Resposta: D 
 
3. Questão 3 
Ano: 2014 Banca: PUC-PR. Órgão: TJ-PR. Prova: Juiz Substituto 
Acerca de algumas das entidades familiares que vêm sendo admitidas em nosso Direito, assinale a opção 
CORRETA. 
a) São requisitos da união estável: a convivência ainda que não seja pública nem notória, mas duradoura e 
contínua entre duas pessoas que objetivam juntas constituir família. 
b) À constituição da união estável não concorrem os impedimentos aplicáveis ao casamento, elencados no art. 
1521 do CC. 
c) O Judiciário brasileiro admitiu o reconhecimento no país da união entre pessoas do mesmo sexo como 
entidade familiar, possibilitando a conversão de uniões homoafetiva em casamento. 
d) Os direitos e deveres entre os companheiros (art. 1724, CC) são exatamente os mesmos daqueles previstos 
para os cônjuges (art. 1566, CC). 
 
Comentários: 
a) Errada: a convivência na união estável deve ser pública - art. 1.723, CC5. 
b) Errada: concorrem sim os impedimentos aplicáveis ao casamento – art. 1.727 e 1.723, §1º, CC (já citados). 
c)Correta: ADI 4277 e ADPF 132 julgadas pelo STF. O CNJ permitiu a conversão de uniões homoafetiva em 
casamento. 
 
ADI 4277 
Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Tribunal Pleno 
 
5 Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e 
estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
 
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Julgado em 05/05/2011, DJe-198 DIVULG 13-10-2011 PUBLIC 14-10-2011 EMENT VOL-02607-03 PP-00341 RTJ 
VOL-00219-01 PP-00212 
EMENTA 
1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. 
RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO 
HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE 
AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ 
pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir “interpretação conforme à Constituição” ao art. 1.723 do 
Código Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM RAZÃO DO 
SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE 
CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. 
HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO-CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA 
SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA 
AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, 
salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de 
desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da Constituição Federal, por colidir 
frontalmente com o objetivo constitucional de “promover o bem de todos”. Silêncio normativo da Carta Magna a 
respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana “norma geral negativa”, segundo a 
qual “o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido”. Reconhecimento do 
direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da “dignidade da pessoa humana”: direito a auto-
estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Saltonormativo da 
proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz 
parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da intimidade e da 
privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO 
CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO 
EMPRESTA AO SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. 
A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR 
FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO-REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial 
proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial 
significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal ou informalmente constituída, ou se integrada por 
casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão “família”, 
não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. 
Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e 
a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus institucional de 
concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por “intimidade e vida privada” (inciso X 
do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido 
se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou 
continente, de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de 
família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição 
Federal de 1988 no plano dos costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-
cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse 
do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação 
sexual das pessoas. 4. UNIÃO ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS 
APENAS PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE ESTABELECER 
RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. 
IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE “ENTIDADE FAMILIAR” E “FAMÍLIA”. A referência 
constitucional à dualidade básica homem/mulher, no §3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se 
perder a menor oportunidade para favorecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das 
 
 Página 4 de 6 
sociedades domésticas. Reforço normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes 
brasileiros. Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não 
há como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da 
terminologia “entidade familiar”, não pretendeu diferenciá-la da “família”. Inexistência de hierarquia ou diferença 
de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico. 
Emprego do fraseado “entidade familiar” como sinônimo perfeito de família. A Constituição não interdita a 
formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém 
senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que 
não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos heteroafetivos à sua não-equiparação 
jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do §2º do art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar 
que outros direitos e garantias, não expressamente listados na Constituição, emergem “do regime e dos 
princípios por ela adotados”, verbis: “Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros 
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte”. 5. DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. 
Anotação de que os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular 
entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de família 
constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como 
uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem prejuízo do reconhecimento 
da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL EM 
CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA DA “INTERPRETAÇÃO CONFORME”). 
RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade 
de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz 
dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de “interpretação conforme à Constituição”. Isso para 
excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e 
duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas 
regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva. 
 
d) Errada: não são iguais. O artigo 1.724, CC6 não prevê a fidelidade recíproca na união estável, a qual é prevista 
para o casamento (art. 1.566, CC7), no entanto, para a união estável é previsto a lealdade, a qual é compreendida 
pelo STF como gênero do qual fidelidade é espécie. 
e) Errada; 
 
Resposta: C 
 
4. Questão 4 
Ano: 2014 Banca: FGV. Órgão: DPE-DF. Prova: Analista Assistência Judiciária 
Fernanda e Ricardo mantêm uma relação de namoro. Ricardo reside com seus pais e Fernanda mora com sua avó. 
Acontece que após seis anos de relacionamento, Fernanda engravidou, ficando confirmada a paternidade de 
Ricardo, mas os dois continuaram com suas residências originais, mantendo o relacionamento nos moldes 
anteriores à gravidez. É correto afirmar que: 
a) em momento algum se configurou uma união estável. 
 
6 Art. 1.724. As relações pessoais entre os companheiros obedecerão aos deveres de lealdade, respeito e assistência, e de guarda, sustento e educação dos 
filhos. 
7 Art. 1.566. São deveres de ambos os cônjuges: 
I - fidelidade recíproca; 
II - vida em comum, no domicílio conjugal; 
III - mútua assistência; 
IV - sustento, guarda e educação dos filhos; 
V - respeito e consideração mútuos. 
 
 
 Página 5 de 6 
b) após cinco anos de relacionamento, já havia uma união estável na forma da lei. 
c) havia uma união estável desde o início do relacionamento, independentemente do tempo em que o casal 
esteve junto. 
d) a união estável se configurou a partir do nascimento da criança. 
e) a união estável se configurou a partir do momento em que Fernanda ficou grávida. 
 
Comentários: 
Não houve configuração da união estável. 
 
Resposta: A 
 
5. Questão 5 
Ano: 2014 Banca: FCC. Órgão: Câmara Municipal de São Paulo – SP. Prova: Procurador Legislativo 
Maria e José viveram juntos por oito anos. Não tiveram filhos. Separaram-se e Maria, objetivando meação dos 
bens que José levou para o convívio, propõe ação declaratória de reconhecimento de união estável, cumulada 
com a partilha de tais bens. José contesta alegando que, como ele era casado, embora separado de fato de seu 
cônjuge, e não tiveram filhos, não haveria como configurar-se união estável, por impedimento matrimonial; além 
disso, os bens seriam somente dele, José, por terem sido adquiridos antes da alegada união estável. Ao examinar 
a questão, o juiz da causaa) não admitirá a união estável, pela existência de impedimento matrimonial a impedir a conversão em 
casamento; também não destinará qualquer bem a Maria, por serem de exclusiva propriedade de José. 
b) não admitirá a união estável, pela inexistência de filhos e pela ocorrência de impedimento matrimonial, mas 
determinará indenização a Maria pela caracterização de concubinato. 
c) admitirá a união estável por ser irrelevante a ausência de filhos e suficiente a separação de fato para sua 
constituição, destinando metade dos bens para Maria, já que, por analogia, o regime de bens na união estável 
equipara-se à comunhão total de bens. 
d) admitirá a união estável, porque a ausência de filhos é irrelevante e a separação de fato já permite sua 
constituição; quanto aos bens determinará que são apenas de José, porque só se comunicariam aqueles 
adquiridos na constância da união estável, à qual se aplicam, nas relações patrimoniais, no que couber, o regime 
da comunhão parcial de bens. 
e) não admitirá a união estável, pela existência de impedimento matrimonial, uma vez que é preciso estarem 
presentes todos os requisitos para conversão da convivência em casamento; no entanto, destinará metade dos 
bens para Maria, como indenização moral pelos oito anos de convívio. 
 
Comentários: 
José teve um relacionamento com Maria, sem filhos. Ele estava separado de fato e levou bens do casamento 
anterior para a união com Maria. José e Maria tinham uma união estável (art. 1.723, §1º, CC – já citado). A regra 
patrimonial é a comunhão parcial de bens. Pode haver outro regime caso tenha contrato escrito. No caso, a união 
estável existe, mas ela não possui direito aos bens. 
 
Resposta: D 
 
6. Questão 6 
Ano: 2013 Banca: VUNESP. Órgão: MPE-ES. Prova: Promotor de Justiça 
Considerando as normas que regem o instituto da união estável e o entendimento jurisprudencial dominante, 
assinale a alternativa correta. 
a) A pessoa casada, mas separada de fato, está impedida de constituir união estável até que se divorcie de seu 
cônjuge. 
 
 Página 6 de 6 
b) A união estável constituída quando um dos companheiros é maior de 70 (setenta) anos não prejudica a 
comunicação dos bens adquiridos na constância da união. 
c) Ao contrário do casamento, os companheiros não podem pedir uns aos outros alimentos de que necessitem 
d) Na união estável, aplica-se às relações patrimoniais o regime de comunhão universal de bens, salvo contrato 
escrito. 
e) As causas suspensivas para contrair casamento impedem a constituição de união estável 
 
Comentários: 
Pessoa separada de fato não está impedida de constituir união estável antes do divórcio (art. 1.723, §1º, CC). 
O STJ entende que deve ser aplicada a separação obrigatória de bens para pessoas maiores de 70 anos na união 
estável. No entanto, devido à Súmula 377, STF, não há prejuízo da comunicação dos bens adquiridos na 
constância da união. 
 
Súmula 377, STF 
No regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos 
na constância do casamento. 
 
Art. 1.694, CC8: companheiros podem requerer reciprocamente alimentos que necessitem. 
Art. 1.725, CC9: comunhão parcial de bens. 
 
Causas suspensivas para contrair o casamento não impedem a constituição de união estável (art. 1.723, §2º, CC), 
mas impõe o regime da separação obrigatória. 
 
“(...) § 2º As causas suspensivas do art. 1.523 não impedirão a 
caracterização da união estável”. 
 
Resposta: B 
 
8 Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a 
sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação. 
§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada. 
§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia. 
9 Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão 
parcial de bens. 
http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/listarJurisprudencia.asp?s1=377.NUME.%20NAO%20S.FLSV.&base=baseSumulas

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