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Apostila1_W90I8C

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Português para o TJPR
Prof. Décio Terror - aula extra 1
 
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Aula extra 1
SUMÁRIO PÁGINA
Parte 1: Prova TJ PR e gabarito 2
Parte 2: Prova TJ PR com comentário e gabarito 14
Olá, pessoal!
Começamos agora o comentário de algumas provas do TJ PR para que
você possa concatenar seu estudo e ter uma visão global da prova.
Dividi esta aula em duas partes.
Na primeira parte, inseri a prova e o gabarito.
Assim, você a realiza, marca a alternativa que julgar correta e em
seguida confere com o gabarito definitivo da prova.
Na segunda parte da aula, eu insiro o comentário da prova, para que
você possa sanar qualquer dúvida.
Vamos lá?!
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Parte 1
 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
 
Técnico Judiciário
2014
Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 05.
Dor de cotovelo tem remédio
1
5
10
15
20
25
Para a ciência, o amor é um fenômeno biológico que pode ser de
três subtipos, a paixão, a atração e a ligação afetiva com o objetivo
principal de procriar para manter a espécie e aumentar as chances de
sobrevivência dos envolvidos, pois dois lutam melhor do que um. Todos
esses sentimentos estão relacionados a circuitos neuronais onde há
predomínio de um neurotransmissor e, portanto, para modular esses
circuitos é preciso controlar o nível desse neurotransmissor dentro do
cérebro ou, de preferência, apenas nas regiões interligadas pelo circuito.
Paixão, por exemplo, é um sentimento intenso que torna o
indivíduo obcecado pelo outro. Essa condição é muito semelhante ao
transtorno obsessivo-compulsivo, o TOC, em que o indivíduo tem uma
compulsão a repetir um comportamento, como contar objetos, lavar as
mãos ou testar as travas das portas diversas vezes antes de sair de casa.
Um estudo da doutora Donatella Marazziti comparou o cérebro de 20
indivíduos apaixonados com o de 20 pessoas com TOC e descobriu que
os dois grupos apresentavam baixos níveis de uma proteína
transportadora de serotonina dentro do cérebro, tornando seu nível mais
baixo que o normal. Depois de um ano, quando não estavam mais
obcecados pelos parceiros, os cérebros dos apaixonados foram testados
novamente e descobriu-se que o nível dessa proteína havia voltado ao
normal, assim como o de serotonina. Os novos medicamentos
antidepressivos que aumentam os níveis de serotonina melhoram o
comportamento de pessoas com TOC, e podem modular as relações
afetivas, podendo ser utilizados para minimizar o sofrimento na hora da
separação.
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35
O doutor Larry Young, da Universidade de Atlanta, na Geórgia,
administrou uma droga que bloqueia a ação da oxitocina no sistema
nervoso em ratazanas-da-pradaria, Microtus ochrogaster, famosas por
sua fidelidade (casais são formados e não se separam por toda a vida; é
claro que a vida desses roedores dura apenas dois anos, mas, durante
todo esse tempo o casal está sempre junto, um cuidando do outro, e
ambos cuidando da cria e do ninho). Et voilà, a droga acabou com o
casamento das ratazanas-da-pradaria, todas se tornaram poligâmicas.
(...)
Enfim, existem medicamentos na prateleira que podem tornar as
pessoas mais imunes às perdas afetivas, mas seu uso corriqueiro e
“preventivo” tem um custo. Reduzir a chance de ligação afetiva pode 
também tornar as pessoas mais antissociais e dificultar relacionamentos
interpessoais.
(TUMA, Rogério. Carta Capital, 19 fev. 2014. Adaptado.)
01 - Com base no texto, é correto afirmar:
a) Os dois experimentos relatados no texto abordam o mesmo subtipo do
amor enquanto fenômeno biológico.
b) Os dois experimentos relatados no texto têm como foco a ação de
medicamentos sobre o cérebro de indivíduos apaixonados.
c) As afirmações de Tuma no texto permitem inferir que os indivíduos que
receberem os novos antidepressivos para o tratamento do TOC estarão
menos propensos a se apaixonar.
d) A abordagem do amor como fenômeno biológico é incompatível com a que
o considera uma condição psicológica.
02 - Identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas
sobre a organização argumentativa do texto:
( ) A tese do autor está expressa na última frase do primeiro parágrafo e
corresponde a duas afirmativas interligadas pelo conector “portanto”. 
( ) O experimento relatado no segundo parágrafo tem a função de validar a
segunda parte da tese.
( ) O experimento relatado no terceiro parágrafo tem a função de validar a
primeira parte da tese.
( ) Na conclusão, o autor adota um ponto de vista sobre o uso dos
medicamentos para reduzir o sofrimento associado às perdas afetivas que
apresenta diferenças em relação à perspectiva apresentada nos
parágrafos anteriores.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – F – F.
b) V – F – F – V.
c) F – F – V – F.
d) F – V – V – V.
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03 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões empregadas no
texto.
1. A expressão “dor de cotovelo” empregada no título não é característica da
linguagem predominantemente científica utilizada no corpo do texto.
2. A palavra “remédio” no título do texto é ambígua, tanto pode significar 
“solução” como “medicamento”, e ambas as leituras mantêm o efeito de 
coerência entre o título e o corpo do texto.
3. As aspas em “preventivo”, no último parágrafo, assinalam que essa não é a 
palavra adequada para expressar o sentido pretendido pelo autor.
4. A expressão francesa “et voilà” (“eis aí” ou “aí está”) no terceiro parágrafo, 
produz um efeito de ironia no relato feito pelo autor.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
04 - Com base no texto, é correto afirmar:
a) O uso de medicamentos para mudar o comportamento de pessoas
acometidas pelo TOC pode levar os indivíduos a aumentarem o número de
parceiros e os relacionamentos afetivos.
b) O comportamento dos casais de ratazanas-da-pradaria é semelhante ao
relacionamento de pessoas com o primeiro subtipo do amor (paixão).
c) O estudo realizado pela doutora Marazziti foi possível porque a paixão, que
torna o indivíduo obcecado pelo outro, em geral tem duração curta.
d) Abre-se a perspectiva de os medicamentos pesquisados serem usados para
minimizar o sofrimento provocado pela perda amorosa, já que não
apresentam efeitos colaterais.
05 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões utilizadas para dar
continuidade ao texto:
1. O uso de “pois” (linha 4) introduz uma explicação que abrange a
caracterização que o autor faz dos três tipos de amor.
2. “Essa condição” (linha 10) retoma “é preciso controlar o nível desse 
neurotransmissor dentro do cérebro” (linhas 7 e 8).
3. A expressão “todas” (linha 33) não se refere a quaisquer ratazanas-do-
deserto, mas somente àquelas que foram incluídas no experimento do
doutor Young.
4. O uso de “enfim” (linha 35) tem uma função delimitadora e sinaliza o início
da conclusão do texto.
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Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
As questões 06 e 07 têm como base a interpretação do quadrinho abaixo, de
Bill Watterson, que coloca em cena os personagens Calvin e Haroldo.
06 - Os elementos verbais e não verbais do quadrinho permitem afirmar que,
segundo Calvin:
1. se os seres humanos fossem realmente inteligentes se preocupariamcom a
preservação ambiental.
2. seres inteligentes procuram fazer contato com outros seres inteligentes.
3. o desmatamento pode ser um atrativo para os extraterrestres, pois poderia
facilitar o pouso de suas naves na Terra.
4. as formas de vida inteligente fora da Terra sabem que os humanos são
seres perigosos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
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07 - Um dos recursos mobilizados por Bill Watterson para produzir o efeito de
humor é a argumentação de Calvin. Assinale a alternativa que apresenta uma
argumentação análoga à do quadrinho.
a) Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.
b) É evidente que existem discos voadores, pois muitas pessoas já relataram
ter visto tais objetos.
c) Fantasmas existem. Prova disso é que nenhum deles apareceu para mim
até agora.
d) Um indício claro de que J.J.J. será candidato a governador é que ele
declarou não ser candidato.
Leia o texto a seguir para responder às questões 08 a 14.
Por que tanta pressa?
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30
A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida
moderna é dispersão. Existe uma competição constante pela nossa
atenção entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas;
há uma necessidade crescente de estarmos "ligados" com o que está
acontecendo, e já não basta rádio e televisão; tem que ser pelo
Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um bando de outras redes
sociais.
Cada instante é ocupado por algo que vemos numa tela, pequena
ou grande. A informação vem em torrentes incessantes. Se esquecemos
nosso celular em casa, é como se tivéssemos perdido um dedo ou outra
parte do corpo. Os celulares tornaram-se parte integral de nossa
existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos.
Tornaram-se um vício, como verificamos assim que pousa um avião e
todo mundo se precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy, como se
naquele voo de 45 minutos a história do mundo tivesse se transformado
de forma profunda e aquele e-mail que mudará a sua vida tivesse
finalmente chegado.
Não nos permitimos mais espaço para a contemplação.
Sei que isso está parecendo papo de velho, atravancado com os
avanços tecnológicos. Mas não é nada disso; eu mesmo tenho todos os
brinquedos tecnológicos que existem e os uso como todo mundo, com
muito prazer. Portanto, essa reflexão é para mim também, mesmo se
digitada em meu laptop.
Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais
rápido. Essa é uma percepção psicológica da passagem do tempo, que
nada tem a ver com a passagem física do tempo. A duração do dia muda
muito lentamente, e muda no sentido inverso, aumentando e não
diminuindo, devido à fricção gravitacional das marés causadas pela
atração entre Terra, Lua e Sol.
O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos,
porque cada vez temos menos controle sobre ele. O ócio é algo que
consideramos quase que pecaminoso (esquecendo os pecados capitais);
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qualquer brecha de tempo nós enchemos com uma leitura no Twitter, do
Facebook, de e-mail, um videozinho no YouTube, ou um podcast
qualquer.
Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão
com a natureza.
Na ânsia pela informação, pouco desviamos os olhos das telas.
Olhar para o céu é algo que raramente fazemos, especialmente nas
grandes cidades. Para a maioria das pessoas a natureza é um conceito,
algo que existe lá longe, nas fotos que vemos nas revistas, ou nos vídeos
do YouTube e especiais de TV.
Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo é necessário
retornarmos à natureza, criarmos espaço para a contemplação das
formas de vida, das árvores, das flores e animais; é necessário olharmos
para o céu noturno, longe das luzes da cidade. Assim conseguiremos
desacelerar, buscando outro tipo de informação que nos liga ao que
temos de mais essencial: nossa relação com os ciclos e ritmos do Cosmo.
(GLEISER, Marcelo. Folha de S. Paulo, 08 dez 2013. Adaptado.)
08 - A partir do ponto de vista do autor do texto, é correto afirmar:
a) Há efetivamente uma mudança física na duração dos dias, que se tornam
mais curtos, embora em um ritmo muitíssimo mais lento do que a mudança
correspondente na percepção psicológica.
b) O fator determinante para a dispersão na vida moderna é a disponibilidade
de informações e os recursos tecnológicos que permitem o acesso
constante a elas.
c) Uma das vantagens da vida moderna é o volume de informações e lazer
propiciados pela tecnologia.
d) Um caminho para melhorar a qualidade de vida é substituir o contato
virtual com a natureza pelo contato real, longe das cidades, e evitar o uso
de recursos tecnológicos no cotidiano.
09 - Identifique se os seguintes trechos do texto são apresentados pelo autor
como fatos (F) ou opiniões (O):
( ) “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice
tecnológico que nos define como indivíduos”. (linhas 11 e 12)
( ) “(...) como verificamos assim que pousa um avião e todo mundo se 
precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy (...)”. (linhas 13 e 14)
( ) “Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais 
rápido”. (linhas 24 e 25)
( ) “O ócio é algo que consideramos quase que pecaminoso (...)”. (linhas 31 e
32)
( ) “O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos,
porque cada vez temos menos controle sobre ele”. (linhas 30 e 31)
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) O – O – O – F – F.
b) F – O – F – O – F.
c) F – F – O – F – O.
d) O – F – F – O – O.
10 - “Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão com a 
natureza” (linhas 36 e 37). Segundo o autor, a conexão com a natureza é
vítima porque:
a) o contato real com a natureza foi substituído pelo contato virtual.
b) o ambiente urbano não tem espaço para plantas e animais.
c) a conexão com a natureza é incompatível com a tecnologia.
d) desligar os equipamentos eletrônicos e contemplar a natureza seria um
retrocesso.
11 - Assinale a alternativa que apresenta uma resposta adequada à pergunta
no título do texto.
a) Porque precisamos tanto nos manter informados quanto garantir tempo
livre para o lazer e a contemplação.
b) Porque a comunicação com os amigos pelas redes sociais é essencial para
nossa vida.
c) Porque o contato com as pessoas e com a natureza atualmente é mediado
pelas novas tecnologias.
d) Porque a dispersão produzida pelas novas tecnologias nos fez perder o
controle sobre o tempo.
12 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões empregadas como
recursos coesivos para a continuidade do texto:
1. “Como se” (linha 14) introduz uma afirmação que se contrapõe ao
anteriormente dito.
2. “Mesmo se” (linha 22) introduz uma afirmação que complementa e
confirma o anteriormente dito.
3. “Ou” (linha 30) introduz uma retificação, que coloca em evidência o
conceito de tempo psicológico.
4. “Assim” (linha 46) equivale a “dessa forma” e introduz uma afirmação que 
complementa e conclui o anteriormente dito.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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13 - Ao longo do texto, observa-se uma alternância entre formas (pronomes
ou verbos) de primeira pessoa do singular, de primeira pessoa do plural e de
terceira pessoa. Considereas seguintes afirmações sobre esse uso:
1. A primeira pessoa do plural é predominante e revela que o autor inclui a si
próprio e aos leitores na maior parte de suas afirmações.
2. Em três parágrafos do texto, o autor faz afirmações específicas sobre si
mesmo, o que é marcado por formas de primeira pessoa do singular.
3. A primeira pessoa do plural no texto abarca, além do autor e do leitor, uma
infinidade de outras pessoas que compartilham as mesmas experiências
sobre as quais Gleiser escreve.
4. O uso constante de formas na terceira pessoa do singular marca o
distanciamento e objetividade com que o autor aborda o tema.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
14 - “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um
apêndice tecnológico que nos define como indivíduos”. 
As palavras grifadas na frase acima poderiam ser substituídas, sem alteração
substancial no significado do texto, respectivamente, por:
a) constituinte – acessório – caracteriza.
b) complementar – item – envolve.
c) integrante – complemento – compete.
d) suplementar – recurso – delimita.
15 - O gráfico a seguir faz parte do relatório da pesquisa “Tolerância social à
violência contra as mulheres”, realizada pelo IPEA, versão retificada publicada 
em 04/04/2014.
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Assumindo o pressuposto de que o IPEA tenha analisado uma amostra
significativa da população brasileira e tendo como referência as informações
contidas no gráfico, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Quase todos os brasileiros têm uma opinião formada sobre o
comportamento das mulheres que são agredidas e não se separam dos
parceiros.
b) Aproximadamente dois terços da população consideram que a mulher
agredida pelo parceiro está satisfeita com sua condição.
c) A maioria dos brasileiros tem uma postura machista e tolerante em relação
à agressão doméstica contra a mulher.
d) Predominam entre os brasileiros posições moderadas, não categóricas,
sobre as mulheres vítimas de agressão doméstica.
Leia o texto a seguir para responder às questões 16 a 20.
Dados e os novos jornalismos
1
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A internet não mudou apenas a forma como absorvemos a
informação, mudou a própria informação. E continua mudando, neste
exato momento, até o que entendemos por jornalismo. Não se trata mais
apenas daquela história de chuva de informação, da morte do jornal, da
liberdade e aprisionamento online. Trata-se do fato de que as companhias
de comunicação, com atraso, estão começando a entender que esse novo
tempo pede um novo tipo de jornalismo.
O escritor Clay Shirky contextualiza bem esse cenário, quando diz
que há apenas quatro períodos nos últimos 500 anos em que os meios de
comunicação social mudaram suficientemente para se qualificarem à
denominação de Revolução (palavra tão adorada e mal usada por colegas
jornalistas). “O primeiro é a imprensa. Depois, há cerca de duzentos anos 
houve inovação na comunicação bilateral (telégrafo, depois o telefone).
No terceiro, há cerca de 150 anos houve uma revolução nos meios de
comunicação gravados com fotos, depois o som gravado, depois os filmes
codificados em objetos físicos. E finalmente, o aproveitamento do
espectro eletromagnético para enviar som e imagens através do ar, rádio
e televisão”. 
Como pontua Shirky, todas as tecnologias que motivaram essas
revoluções têm uma assimetria: quando são boas em gerar conversas,
não são boas em gerar grupos, e vice-versa. Se o telefone possibilitou
que duas pessoas fossem emissoras e receptoras de informação ao
mesmo tempo, não conseguia gerar comunicação com um grupo grande.
Do outro lado, se livros, jornais, TV e rádio conseguem passar uma
mensagem a milhões, a mensagem tem apenas um emissor, não há idas
e vindas, diálogo.
É aqui que entraria o que alguns chamam de quinto período de
revolução das comunicações: a internet. Se antes o padrão era a
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comunicação “um pra um” (telefone) ou “um pra muitos” (televisão, 
rádio, jornais), a web chega e institui um padrão nativo de comunicação
“muitos para muitos”. 
– Tá bom, Tiago. Mas e aí? O que isso tem a ver com as mudanças
no jornalismo?
Se a comunicação é de muitos para muitos, é natural aparecer um
jornalismo nativamente de muitos para muitos. Onde a figura do
jornalista em si não fique com o monopólio da informação à qual você,
leitor, também tem condições de chegar. Tão natural que já existe.
Uma das vertentes que começa a mostrar outros potenciais na
comunicação “muitos para muitos” é o chamado “jornalismo de dados”, 
onde o jornalista, muitas vezes, não cria a história, mas cria maneiras de
fazer com que qualquer um construa uma história, ou que todos a
construam conjuntamente.
Você pode parar neste ponto e perguntar “mas a maneira de criar
essas ferramentas, essas interações, não continua direcionando a
interpretação do leitor?”. Sim, continua. Mas o leitor tem a liberdade para 
baixar as bases de dados, criticar, fazer a sua própria interpretação e
espalhar. Isso diminui a necessidade da figura do jornalista? Isso é você
quem vai me dizer. Não estou certo de que todos tenham tempo e
disposição para fazer a sua própria história. Provavelmente essa
investigação e construção de uma narrativa do jornalista não seja
dispensável. Só não será mais exclusiva dele.
(MALI, Tiago. Galileu. 29 mar. 2013. Adaptado.)
16 - Este texto foi publicado sob a rubrica “coluna” na revista Galileu. Essa
caracterização de gênero o coloca no grupo dos textos de opinião da mídia
impressa. A partir dessa perspectiva, a inserção em discurso direto observada
após o quarto parágrafo tem como funções:
1. indicar que parte do texto é transcrição de uma entrevista.
2. simular a intervenção de um leitor fictício, que espera encontrar no texto o
tema anunciado no início do primeiro parágrafo.
3. demarcar no texto o início de um diálogo mais efetivo com o leitor, que se
manifesta nos últimos parágrafos.
4. fazer a transição entre uma linguagem escrita, formal, e uma linguagem
coloquial, que passa a ser dominante nos parágrafos finais do texto.
Estão corretas as funções caracterizadas nos itens:
a) 1 e 4 apenas.
b) 2 e 3 apenas.
c) 3 e 4 apenas.
d) 1, 2 e 4 apenas.
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17 - Tendo como ponto de partida a caracterização feita por Clay Shirky para
os períodos da revolução nos meios de comunicação social, numere a coluna
da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
1. Comunicação unilateral, de um para muitos. ( ) Primeiro período.
2. Comunicação bilateral, de um para um. ( ) Segundo período.
3. Comunicação bilateral, de muitos para muitos. ( ) Terceiro período.
( ) Quarto período.
( ) Quinto período.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita,
de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 1 – 1 – 3.
b) 1 – 1 – 2 – 1 – 3.
c) 2 – 1 – 1 – 2 – 2.
d) 1 – 2 – 1 – 3 – 3.
18 - Segundo o texto, a mudança fundamental introduzida no jornalismo a
partir da internet foi:
a) dispensar a atuação do jornalista na produção de notícias.
b) possibilitar a construção conjunta de notícias pelo profissional do jornalismo
com a colaboração dos internautas.
c) intensificar o monopólio da informação pelas grandes empresas de
comunicação.
d) reduzir o custo da produção de notícias, com a colaboração dos internautas
para coletar informações.
19 - “Como pontua Shirky, todas as tecnologias que motivaram essas 
revoluções têm uma assimetria: quando são boas em gerar conversas, não são
boas em gerar grupos, e vice-versa”. Aplicando-se essa observaçãoà internet,
é correto afirmar:
a) A internet rompe com a assimetria observada nos demais meios de
comunicação.
b) A internet distingue-se das demais tecnologias por não propiciar a geração
de conversas nem de grupos.
c) A internet provoca uma reanálise das tecnologias que a antecederam,
mostrando que a assimetria não estava presente no rádio e na televisão.
d) A principal qualidade da internet é facilitar a geração de grupos, ficando a
geração de conversas em segundo plano.
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20 - Assinale a alternativa correta sobre algumas expressões usadas no texto.
a) “Esse cenário” (linha 8) refere-se ao conjunto de informações contidas no
primeiro parágrafo.
b) “Aqui” (linha 27) retoma a expressão “livros, jornais, TV e rádio” (linha
24).
c) “Isso” (linha 32) refere-se a “web” (linha 30).
d) “Essas ferramentas” (linha 44) refere-se a “essas interações” (linha 44).
Gabarito: A
 
1. C 2. B 3. D 4. C 5. C 6. B 7. C 8. B 9. D 10. A
11. D 12. D 13. C 14. A 15. D 16. B 17. A 18. B 19. A 20. A
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TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
 
Técnico Judiciário
2014
Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 05.
Dor de cotovelo tem remédio
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Para a ciência, o amor é um fenômeno biológico que pode ser de
três subtipos, a paixão, a atração e a ligação afetiva com o objetivo
principal de procriar para manter a espécie e aumentar as chances de
sobrevivência dos envolvidos, pois dois lutam melhor do que um. Todos
esses sentimentos estão relacionados a circuitos neuronais onde há
predomínio de um neurotransmissor e, portanto, para modular esses
circuitos é preciso controlar o nível desse neurotransmissor dentro do
cérebro ou, de preferência, apenas nas regiões interligadas pelo circuito.
Paixão, por exemplo, é um sentimento intenso que torna o
indivíduo obcecado pelo outro. Essa condição é muito semelhante ao
transtorno obsessivo-compulsivo, o TOC, em que o indivíduo tem uma
compulsão a repetir um comportamento, como contar objetos, lavar as
mãos ou testar as travas das portas diversas vezes antes de sair de casa.
Um estudo da doutora Donatella Marazziti comparou o cérebro de 20
indivíduos apaixonados com o de 20 pessoas com TOC e descobriu que
os dois grupos apresentavam baixos níveis de uma proteína
transportadora de serotonina dentro do cérebro, tornando seu nível mais
baixo que o normal. Depois de um ano, quando não estavam mais
obcecados pelos parceiros, os cérebros dos apaixonados foram testados
novamente e descobriu-se que o nível dessa proteína havia voltado ao
normal, assim como o de serotonina. Os novos medicamentos
antidepressivos que aumentam os níveis de serotonina melhoram o
comportamento de pessoas com TOC, e podem modular as relações
afetivas, podendo ser utilizados para minimizar o sofrimento na hora da
separação.
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O doutor Larry Young, da Universidade de Atlanta, na Geórgia,
administrou uma droga que bloqueia a ação da oxitocina no sistema
nervoso em ratazanas-da-pradaria, Microtus ochrogaster, famosas por
sua fidelidade (casais são formados e não se separam por toda a vida; é
claro que a vida desses roedores dura apenas dois anos, mas, durante
todo esse tempo o casal está sempre junto, um cuidando do outro, e
ambos cuidando da cria e do ninho). Et voilà, a droga acabou com o
casamento das ratazanas-da-pradaria, todas se tornaram poligâmicas.
(...)
Enfim, existem medicamentos na prateleira que podem tornar as
pessoas mais imunes às perdas afetivas, mas seu uso corriqueiro e
“preventivo” tem um custo. Reduzir a chance de ligação afetiva pode 
também tornar as pessoas mais antissociais e dificultar relacionamentos
interpessoais.
(TUMA, Rogério. Carta Capital, 19 fev. 2014. Adaptado.)
01 - Com base no texto, é correto afirmar:
a) Os dois experimentos relatados no texto abordam o mesmo subtipo do
amor enquanto fenômeno biológico.
b) Os dois experimentos relatados no texto têm como foco a ação de
medicamentos sobre o cérebro de indivíduos apaixonados.
c) As afirmações de Tuma no texto permitem inferir que os indivíduos que
receberem os novos antidepressivos para o tratamento do TOC estarão
menos propensos a se apaixonar.
d) A abordagem do amor como fenômeno biológico é incompatível com a que
o considera uma condição psicológica.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois, no início do texto, o autor
afirma que, para a ciência, “o amor é um fenômeno biológico que pode ser de
três subtipos, a paixão, a atração e a ligação afetiva com o objetivo principal
de procriar”. O experimento relatado a partir da linha 14 tem relação com o
subtipo “paixão”; já o experimento em ratazanas-da-pradaria tem relação com
a ligação para procriação. Assim, não há o mesmo subtipo.
A alternativa (B) está errada, pois apenas o primeiro experimento tem
relação com o subtipo paixão.
A alternativa (C) é a correta, pois, no trecho “Os novos medicamentos
antidepressivos que aumentam os níveis de serotonina melhoram o
comportamento de pessoas com TOC, e podem modular as relações afetivas,
podendo ser utilizados para minimizar o sofrimento na hora da separação.”, o 
autor afirma que esse medicamento pode levar a pessoa a diminuir a
intensidade em relações afetivas.
No fim do texto, ele afirma que o uso corriqueiro e “preventivo” desse
tipo de medicamento “pode também tornar as pessoas mais antissociais e
dificultar relacionamentos interpessoais”.
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Tudo isso confirma que as afirmações de Tuma no texto permitem inferir
que os indivíduos que receberem os novos antidepressivos para o tratamento
do TOC estarão menos propensos a se apaixonar.
A alternativa (D) está errada, pois, nas linhas 21 a 24, a informação de
que “Os novos medicamentos antidepressivos (...) podem modular as relações
afetivas” demonstra que de certa forma há compatibilidade entre as
abordagens do amor como fenômeno biológico (por meio de pesquisa,
medicamentos etc) e a que o considera como uma condição psicológica.
Gabarito: C
02 - Identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas
sobre a organização argumentativa do texto:
( ) A tese do autor está expressa na última frase do primeiro parágrafo e
corresponde a duas afirmativas interligadas pelo conector “portanto”. 
( ) O experimento relatado no segundo parágrafo tem a função de validar a
segunda parte da tese.
( ) O experimento relatado no terceiro parágrafo tem a função de validar a
primeira parte da tese.
( ) Na conclusão, o autor adota um ponto de vista sobre o uso dos
medicamentos para reduzir o sofrimento associado às perdas afetivas que
apresenta diferenças em relação à perspectiva apresentada nos
parágrafos anteriores.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – V – F – F.
b) V – F – F – V.
c) F – F – V – F.
d) F – V – V – V.
Comentário: A primeira afirmação é verdadeira. A tese é a afirmação do autor
sobre sua ideia principal defendida no texto. Realmente há duas afirmativas:
“Todos esses sentimentos estão relacionados a circuitos neuronais onde há
predomínio de um neurotransmissor” e “para modular esses circuitos é preciso
controlar o nível desse neurotransmissor dentro do cérebro ou, de preferência,
apenas nas regiões interligadas pelo circuito”. Tais enunciados são interligados
pela conjunção “portanto”.
A segunda e terceira afirmações são falsas, porque tentaram iludir o
candidato a que cada experimento teria confirmado somente cada parte da
tese, quando na verdade o autor usou dois exemplos para confirmar toda a
tese. Nos dois experimentos, o autor confirmou o emprego demedicamento
para controlar o nível de neurotransmissor nos circuitos neuronais: ideia-chave
da tese.
A quarta afirmação é verdadeira, pois há uma recomendação de se
tomar o devido cuidado com o uso corriqueiro e “preventivo” desse tipo de
remédio, pois isso pode reduzir a chance de ligação afetiva e naturalmente
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tornar as pessoas mais antissociais e dificultar relacionamentos interpessoais.
Essa visão cautelosa é diferente daquela exposta nos parágrafos iniciais, a qual
tem uma postura mais técnica sobre o controle de comportamentos relacionais
por meio de remédios.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
03 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões empregadas no
texto.
1. A expressão “dor de cotovelo” empregada no título não é característica da 
linguagem predominantemente científica utilizada no corpo do texto.
2. A palavra “remédio” no título do texto é ambígua, tanto pode significar 
“solução” como “medicamento”, e ambas as leituras mantêm o efeito de 
coerência entre o título e o corpo do texto.
3. As aspas em “preventivo”, no último parágrafo, assinalam que essa não é a 
palavra adequada para expressar o sentido pretendido pelo autor.
4. A expressão francesa “et voilà” (“eis aí” ou “aí está”) no terceiro parágrafo, 
produz um efeito de ironia no relato feito pelo autor.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
d) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentário: A primeira afirmação é verdadeira, pois a expressão “dor de 
cotovelo” é uma expressão coloquial, conotativa e por isso não se enquadra 
numa linguagem técnica, científica, a qual prima pela objetividade,
impessoalidade e clareza.
A segunda afirmação é verdadeira, pois se entende que a dor de
cotovelo, isto é, o sofrimento pela perda do parceiro, tem remédio, ou seja,
tem solução. A expressão remédio tanto pode significar solução, quanto
medicamento, haja vista os novos medicamentos relacionados no primeiro
experimento: “novos medicamentos antidepressivos” que “podem modular as
relações afetivas, podendo ser utilizados para minimizar o sofrimento na hora
da separação”.
A terceira afirmação é verdadeira e as aspas nos fazem entender que
não se considera natural a prevenção de uma relação afetiva por meio de um
medicamento. Pode-se prevenir de doenças por meio de remédios e de uma
relação afetiva por meio de ações, comportamentos. Essa suposta inadequação
vocabular foi colocada entre aspas intencionalmente justamente para chamar a
atenção do leitor.
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A quarta afirmação é verdadeira. Tal expressão tem sentido irônico,
porque foi empregado um medicamento para tornar algo que era natural da
espécie (o casal viver sempre junto) em uma anomalia, um distúrbio no
comportamento dessa coletividade: a poligamia. Isso naturalmente resultará
em problemas nesse grupo.
Por que ironia? Ora, um remédio normalmente é empregado para curar,
melhorar a convivência, e não causar o desajuste numa coletividade, como
supostamente tal remédio pode provocar nesta.
Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D
04 - Com base no texto, é correto afirmar:
a) O uso de medicamentos para mudar o comportamento de pessoas
acometidas pelo TOC pode levar os indivíduos a aumentarem o número de
parceiros e os relacionamentos afetivos.
b) O comportamento dos casais de ratazanas-da-pradaria é semelhante ao
relacionamento de pessoas com o primeiro subtipo do amor (paixão).
c) O estudo realizado pela doutora Marazziti foi possível porque a paixão, que
torna o indivíduo obcecado pelo outro, em geral tem duração curta.
d) Abre-se a perspectiva de os medicamentos pesquisados serem usados para
minimizar o sofrimento provocado pela perda amorosa, já que não
apresentam efeitos colaterais.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois tais medicamentos, conforme
o último parágrafo “podem tornar as pessoas mais imunes às perdas afetivas” 
e com isso podem reduzir a chance de ligação afetiva, de relações sociais.
A alternativa (B) está errada, pois o comportamento das ratazanas
(segundo experimento) não tem relação de paixão (primeiro subtipo do amor),
mas de “ligação afetiva com o objetivo principal de procriar para manter a
espécie e aumentar as chances de sobrevivência dos envolvidos, pois dois
lutam melhor do que um” (terceiro subtipo do amor).
A alternativa (C) é a correta, pois o primeiro subtipo do amor (“paixão”) 
tem duração curta e com isso houve a possibilidade de “testar” os envolvidos 
na relação de paixão e após ela, segundo o texto, após um ano. Dessa
maneira, foi viável realizar o experimento.
A alternativa (D) está errada e o final do texto mostra que o efeito
colateral é a possibilidade de as pessoas tornarem-se mais antissociais e
dificultarem relacionamentos interpessoais.
Gabarito: C
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05 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões utilizadas para dar
continuidade ao texto:
1. O uso de “pois” (linha 4) introduz uma explicação que abrange a
caracterização que o autor faz dos três tipos de amor.
2. “Essa condição” (linha 10) retoma “é preciso controlar o nível desse 
neurotransmissor dentro do cérebro” (linhas 7 e 8).
3. A expressão “todas” (linha 33) não se refere a quaisquer ratazanas-do-
deserto, mas somente àquelas que foram incluídas no experimento do
doutor Young.
4. O uso de “enfim” (linha 35) tem uma função delimitadora e sinaliza o início
da conclusão do texto.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentário: A primeira afirmação é falsa, pois a explicação tem relação com
a expressão “a ligação afetiva com o objetivo principal de procriar para manter
a espécie e aumentar as chances de sobrevivência dos envolvidos”, isto é,
refere-se ao terceiro dos subtipos de amor.
A segunda afirmação é falsa, pois a expressão “Essa condição” retoma a 
informação do período imediatamente anterior: “Paixão, por exemplo, é um
sentimento intenso que torna o indivíduo obcecado pelo outro”. Essa 
obcecação da paixão é muito semelhante ao transtorno obsessivo-compulsivo,
o TOC.
A terceira afirmação é verdadeira, pois o pronome “todas” limitou-se às
ratazanas que tiveram sob a ação do remédio. Naturalmente, podemos
entender que as demais ratazanas mantêm seu comportamento original: a
convivência do casal até o final de suas vidas.
A quarta afirmação é verdadeira, pois a palavra denotativa “enfim” tem 
seu emprego para sinalizar o fechamento de uma sequência e lhe dá um tom
delimitador e de síntese.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C
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As questões 06 e 07 têm como base a interpretação do quadrinho abaixo, de
Bill Watterson, que coloca em cena os personagens Calvin e Haroldo.
06 - Os elementos verbais e não verbais do quadrinho permitem afirmar que,
segundo Calvin:
1. se os seres humanos fossem realmente inteligentes se preocupariam com a
preservação ambiental.
2. seres inteligentes procuram fazer contato com outros seres inteligentes.
3. o desmatamento pode ser um atrativo para os extraterrestres, pois poderia
facilitar o pouso de suas naves na Terra.
4. as formas de vida inteligente fora da Terra sabem que os humanos são
seres perigosos.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c)Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
Comentário: Primeiro, devemos entender que a charge é uma crítica à
devastação da natureza pela ação humana. Assim, ao dizer que o indício mais
óbvio de que existem formas de vida inteligente fora da terra e que nenhuma
delas tentou entrar em contato conosco, entendemos que Calvin transmite sua
visão de que, com essas ações, o ser humano não é inteligente e por isso vidas
inteligentes não teriam interesse em comunicar conosco.
Dessa forma, a primeira e segunda afirmações são verdadeiras.
A terceira afirmação está bem incoerente com a imagem, pois
certamente não é o fato de haver mais espaço para estacionar que seria um
atrativo aos extraterrestres.
A quarta afirmação é falsa, pois, pelo contexto, os seres extraterrestres
seriam superiores e inteligentes em relação aos humanos, os quais deterioram
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sua própria morada: sinal de pouca inteligência. Com isso, os humanos não
seriam tão perigosos assim.
Dessa forma, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
07 - Um dos recursos mobilizados por Bill Watterson para produzir o efeito de
humor é a argumentação de Calvin. Assinale a alternativa que apresenta uma
argumentação análoga à do quadrinho.
a) Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.
b) É evidente que existem discos voadores, pois muitas pessoas já relataram
ter visto tais objetos.
c) Fantasmas existem. Prova disso é que nenhum deles apareceu para mim
até agora.
d) Um indício claro de que J.J.J. será candidato a governador é que ele
declarou não ser candidato.
Comentário: Esta questão cobra nossa observação sobre a forma de
argumentação do texto de Calvin.
Pode-se entender dela uma premissa maior: os extraterrestres são
inteligentes.
Também cabe uma premissa menor: o ser humano não é inteligente.
Com base nisso, chegamos à conclusão de que seres inteligentes (os
extraterrestres) não entram em contato com seres não inteligentes (seres
humanos).
Agora, vamos a uma estrutura bem próxima dessa, que é a alternativa
(C).
Premissa maior: Fantasmas existem.
Segunda premissa: Não se consegue ver fantasmas.
Com base nisso, a comprovação de que fantasmas existem é não se conseguir
vê-los.
Resumindo, podemos entender que a comprovação da inteligência é não se
haver contato com quem não é inteligente, assim como a comprovação de que
fantasmas existem é não se conseguir vê-los.
A alternativa (A) apresenta uma relação antitética, de opostos, pois não
se acredita, mas tem como certa a existência das bruxas.
A alternativa (B) está correta, pois a comprovação da tese (a existência
inequívoca de discos voadores) é o relato de muitas pessoas terem visto.
A alternativa (D) trabalha novamente uma relação antitética, de opostos,
pois está clara a candidatura de J.J.J., mesmo ele tendo declarado não ser
candidato.
Gabarito: C
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Leia o texto a seguir para responder às questões 08 a 14.
Por que tanta pressa?
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A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida
moderna é dispersão. Existe uma competição constante pela nossa
atenção entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas;
há uma necessidade crescente de estarmos "ligados" com o que está
acontecendo, e já não basta rádio e televisão; tem que ser pelo
Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um bando de outras redes
sociais.
Cada instante é ocupado por algo que vemos numa tela, pequena
ou grande. A informação vem em torrentes incessantes. Se esquecemos
nosso celular em casa, é como se tivéssemos perdido um dedo ou outra
parte do corpo. Os celulares tornaram-se parte integral de nossa
existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos.
Tornaram-se um vício, como verificamos assim que pousa um avião e
todo mundo se precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy, como se
naquele voo de 45 minutos a história do mundo tivesse se transformado
de forma profunda e aquele e-mail que mudará a sua vida tivesse
finalmente chegado.
Não nos permitimos mais espaço para a contemplação.
Sei que isso está parecendo papo de velho, atravancado com os
avanços tecnológicos. Mas não é nada disso; eu mesmo tenho todos os
brinquedos tecnológicos que existem e os uso como todo mundo, com
muito prazer. Portanto, essa reflexão é para mim também, mesmo se
digitada em meu laptop.
Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais
rápido. Essa é uma percepção psicológica da passagem do tempo, que
nada tem a ver com a passagem física do tempo. A duração do dia muda
muito lentamente, e muda no sentido inverso, aumentando e não
diminuindo, devido à fricção gravitacional das marés causadas pela
atração entre Terra, Lua e Sol.
O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos,
porque cada vez temos menos controle sobre ele. O ócio é algo que
consideramos quase que pecaminoso (esquecendo os pecados capitais);
qualquer brecha de tempo nós enchemos com uma leitura no Twitter, do
Facebook, de e-mail, um videozinho no YouTube, ou um podcast
qualquer.
Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão
com a natureza.
Na ânsia pela informação, pouco desviamos os olhos das telas.
Olhar para o céu é algo que raramente fazemos, especialmente nas
grandes cidades. Para a maioria das pessoas a natureza é um conceito,
algo que existe lá longe, nas fotos que vemos nas revistas, ou nos vídeos
do YouTube e especiais de TV.
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Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo é necessário
retornarmos à natureza, criarmos espaço para a contemplação das
formas de vida, das árvores, das flores e animais; é necessário olharmos
para o céu noturno, longe das luzes da cidade. Assim conseguiremos
desacelerar, buscando outro tipo de informação que nos liga ao que
temos de mais essencial: nossa relação com os ciclos e ritmos do Cosmo.
(GLEISER, Marcelo. Folha de S. Paulo, 08 dez 2013. Adaptado.)
08 - A partir do ponto de vista do autor do texto, é correto afirmar:
a) Há efetivamente uma mudança física na duração dos dias, que se tornam
mais curtos, embora em um ritmo muitíssimo mais lento do que a mudança
correspondente na percepção psicológica.
b) O fator determinante para a dispersão na vida moderna é a disponibilidade
de informações e os recursos tecnológicos que permitem o acesso
constante a elas.
c) Uma das vantagens da vida moderna é o volume de informações e lazer
propiciados pela tecnologia.
d) Um caminho para melhorar a qualidade de vida é substituir o contato
virtual com a natureza pelo contato real, longe das cidades, e evitar o uso
de recursos tecnológicos no cotidiano.
Comentário: A alternativa (A) está errada e a informação está literalmente
escrita nas linhas 24 a 26: “Muita gente me pergunta se o tempo está
mudando, passando mais rápido. Essa é uma percepção psicológica da
passagem do tempo, que nada tem a ver com a passagem física do tempo.”.
A alternativa (B) é a correta e se subentende no primeiro parágrafo do
texto: “A primeira palavra que me vem em mente quando penso na vida
moderna é dispersão¹. Existe uma competição constante pela nossa atenção
entre os produtores de novas tecnologias, de comida, de roupas; há uma
necessidade crescente de estarmos "ligados" com o que está acontecendo, e já
não basta rádio e televisão; tem que ser pelo Facebook, pelo Twitter, pelo
Google Plus e um bando de outras redes sociais².”
Dessa forma, é certo afirmar que o fator determinante para a dispersão¹
na vida moderna é a disponibilidade de informações e os recursos tecnológicos
que permitem o acesso constante a elas².
A alternativa (C) está errada, pois o autor não apresenta a tecnologia
como uma formade lazer. Na realidade, ele critica o uso exacerbado da
tecnologia.
A alternativa (D) está errada e tem relação com as afirmações realizadas
no último parágrafo. Realmente o autor fala da contemplação da natureza, de
se evitar o uso exacerbado da tecnologia, mas o autor não desmerece a
tecnologia no uso cotidiano, no trabalho, por exemplo. Assim, a afirmação da
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alternativa de que se deve “evitar o uso de recursos tecnológicos no cotidiano” 
extrapola a informação do texto e não apresenta respaldo nas palavras do
autor.
Gabarito: B
09 - Identifique se os seguintes trechos do texto são apresentados pelo autor
como fatos (F) ou opiniões (O):
( ) “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice
tecnológico que nos define como indivíduos”. (linhas 11 e 12)
( ) “(...) como verificamos assim que pousa um avião e todo mundo se 
precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy (...)”. (linhas 13 e 14)
( ) “Muita gente me pergunta se o tempo está mudando, passando mais 
rápido”. (linhas 24 e 25)
( ) “O ócio é algo que consideramos quase que pecaminoso (...)”. (linhas 31 e
32)
( ) “O tempo está passando mais rapidamente, ou assim o percebemos,
porque cada vez temos menos controle sobre ele”. (linhas 30 e 31)
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) O – O – O – F – F.
b) F – O – F – O – F.
c) F – F – O – F – O.
d) O – F – F – O – O.
Comentário: Primeiramente é preciso lembrar que fato é algo concreto,
comprovado, cuja existência não há como negar. Já a opinião é o julgamento
de alguém sobre um fato, um acontecimento.
A primeira afirmação é uma opinião, pois percebemos o julgamento do
autor sobre o celular: “parte integral de nossa existência”, “nos define como 
indivíduos”. Ora, tal afirmação, na visão de uma pessoa voltada à tecnologia e 
sua defensora, mostraria por dados objetivos e concretos que o que faz parte
integral de nossa existência é o nosso corpo, nossa mente etc. Mas não
simplesmente o celular. Além disso, algumas pessoas ainda não usam celular,
nem por isso deixam de ser indivíduos. Isso corrobora que a frase é apenas
uma opinião, não um fato.
A segunda afirmação mostra acontecimentos rotineiros quando o avião
pousa: as pessoas ligarem os celulares para se comunicarem com o mundo
virtual novamente. Isso é notório a qualquer pessoa que se depara com tal
situação. É o avião pousar e várias pessoas já ligam o celular.
Há uma generalização nela com a expressão “todo mundo”. Mas isso não
descaracteriza o fato, tendo em vista que a expressão “todo mundo” não 
significa sempre a totalidade dos indivíduos, mas uma indefinição deles. Assim,
quando falamos que todo mundo gosta de hambúrguer, por exemplo, não
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significa que a totalidade da população gosta, mas que de uma forma geral as
pessoas adoram hambúrgueres. Assim, aquela frase pode ser entendida como
fato.
Na terceira frase, há um fato, pois o autor recebe perguntas, não há
julgamento na afirmação, simplesmente ele recebe perguntas. É algo concreto:
fato.
Na quarta frase, o verbo “consideramos” já demonstra julgamento, 
opinião.
Na quinta frase, a expressão “ou assim o percebemos” é suporte para 
entendermos aí uma opinião, uma percepção, um julgamento.
Dessa forma, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D
10 - “Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão com a 
natureza” (linhas 36 e 37). Segundo o autor, a conexão com a natureza é
vítima porque:
a) o contato real com a natureza foi substituído pelo contato virtual.
b) o ambiente urbano não tem espaço para plantas e animais.
c) a conexão com a natureza é incompatível com a tecnologia.
d) desligar os equipamentos eletrônicos e contemplar a natureza seria um
retrocesso.
Comentário: A alternativa (A) é a correta e duas expressões no texto nos
fazem entender que realmente o contato real com a natureza foi substituído
pelo contato virtual:
“Uma das maiores vítimas dessa correria moderna é nossa conexão com a
natureza”. 
“Para resgatarmos nosso controle sobre o tempo é necessário retornarmos à
natureza...” 
A alternativa (B) está errada, pois no texto nada foi falado a respeito de
não haver espaço nas cidades para as plantas e animais.
A alternativa (C) está errada, pois, mesmo nosso conhecimento de
mundo nos mostrando que há muita gente que emprega a tecnologia até
mesmo para ajudar na preservação da natureza, o próprio texto não afirma em
nenhum trecho que a conexão com a natureza seria incompatível com a
tecnologia. Há, sim, a afirmação de “uma das maiores vítimas dessa correria
moderna é nossa conexão com a natureza”. Mas veja bem: é vítima da correria
da vida moderna, isto é, do uso exacerbado da tecnologia.
A alternativa (D) está errada, pois o texto faz uma crítica ao emprego
exacerbado da tecnologia. Assim, desligar os equipamentos eletrônicos e
contemplar a natureza seria um avanço, não um retrocesso.
Gabarito: A
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11 - Assinale a alternativa que apresenta uma resposta adequada à pergunta
no título do texto.
a) Porque precisamos tanto nos manter informados quanto garantir tempo
livre para o lazer e a contemplação.
b) Porque a comunicação com os amigos pelas redes sociais é essencial para
nossa vida.
c) Porque o contato com as pessoas e com a natureza atualmente é mediado
pelas novas tecnologias.
d) Porque a dispersão produzida pelas novas tecnologias nos fez perder o
controle sobre o tempo.
Comentário: Note que a possível resposta tem que se respaldar nas ideias do
texto.
A alternativa (A) está errada, pois o texto critica a falta de contemplação
da natureza.
A alternativa (B) está errada, pois o texto não defende que a
comunicação com os amigos pelas redes sociais é essencial para nossa vida.
Isso é criticado no texto.
A alternativa (C) está errada, pois o texto critica a falta de contemplação
da natureza.
A alternativa (D) é a correta, pois o texto critica a falta de tempo, pelo
uso sistemático da tecnologia. Assim, há pressa, justamente porque as
pessoas, segundo o texto, perderam o controle sobre o tempo.
Gabarito: D
12 - Considere as seguintes afirmativas sobre expressões empregadas como
recursos coesivos para a continuidade do texto:
1. “Como se” (linha 14) introduz uma afirmação que se contrapõe ao
anteriormente dito.
2. “Mesmo se” (linha 22) introduz uma afirmação que complementa e
confirma o anteriormente dito.
3. “Ou” (linha 30) introduz uma retificação, que coloca em evidência o
conceito de tempo psicológico.
4. “Assim” (linha 46) equivale a “dessa forma” e introduz uma afirmação que 
complementa e conclui o anteriormente dito.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
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Comentário: A primeira afirmação é falsa, pois “como se” é uma locução 
conjuntiva de comparação hipotética, e não uma contraposição, uma oposição.
A segunda afirmação é verdadeira, pois o fato de digitar em laptop, que
é um dos símbolos da tecnologia, é um reforço e uma extensão (complemento)
de sua reflexão de que se deve ponderar o uso da tecnologia, pois a própria
crítica é digitada num dos meios eletrônicos.
A terceira afirmação é verdadeira, pois a conjunção alternativa “ou” inicia 
informação que corrige a ideia de que o tempo está passando mais
rapidamente. Na realidade, quis-se informar que essa é apenas uma percepção
relativa nossa, porque cada vez temos menos controle sobre o tempo.
A quarta afirmação é verdadeira,pois o conectivo “assim” inicia um 
segmento conclusivo, o qual desenvolve uma informação anterior. Por isso
equivale ao conectivo de mesmo valor: “dessa forma”.
Portanto, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D
13 - Ao longo do texto, observa-se uma alternância entre formas (pronomes
ou verbos) de primeira pessoa do singular, de primeira pessoa do plural e de
terceira pessoa. Considere as seguintes afirmações sobre esse uso:
1. A primeira pessoa do plural é predominante e revela que o autor inclui a si
próprio e aos leitores na maior parte de suas afirmações.
2. Em três parágrafos do texto, o autor faz afirmações específicas sobre si
mesmo, o que é marcado por formas de primeira pessoa do singular.
3. A primeira pessoa do plural no texto abarca, além do autor e do leitor, uma
infinidade de outras pessoas que compartilham as mesmas experiências
sobre as quais Gleiser escreve.
4. O uso constante de formas na terceira pessoa do singular marca o
distanciamento e objetividade com que o autor aborda o tema.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
Comentário: A primeira afirmação é verdadeira, pois percebemos em quase
todo o texto a primeira pessoa do plural, em palavras como “nossa”, 
“estarmos”, “vemos”, “esquecemos” etc, o que evidencia que o autor inclui os
leitores em sua visão da realidade.
A segunda afirmação é verdadeira, pois realmente o 1º, 4º e 5º
parágrafos fazem referência a experiências particulares do autor, o que é
evidenciado em trechos como “A primeira palavra que me vem em mente
quando penso na vida moderna é dispersão”, “Sei que isso está parecendo
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papo de velho, atravancado com os avanços tecnológicos” e “Muita gente me
pergunta se o tempo está mudando, passando mais rápido”.
A terceira afirmação é verdadeira e basta pegarmos o exemplo do
primeiro parágrafo:
“Existe uma competição constante pela nossa atenção entre os produtores de
novas tecnologias, de comida, de roupas; há uma necessidade crescente de
estarmos "ligados" com o que está acontecendo, e já não basta rádio e
televisão; tem que ser pelo Facebook, pelo Twitter, pelo Google Plus e um
bando de outras redes sociais.” 
O pronome de primeira pessoa “nossa” se liga ao substantivo “atenção”. 
Assim, entendemos que a competição não é apenas pela atenção de quem
escreveu este texto e de quem o leu, mas pela de qualquer pessoa que se
enquadre neste contexto. O mesmo ocorre com a expressão “estarmos 
ligados”.
A quarta afirmação é falsa, pois o autor interage com o leitor em várias
partes do texto. O fato de haver verbo em terceira pessoa em alguns excertos
não indica necessariamente um distanciamento do autor ou uma objetividade,
pois há, de maneira geral, uma aproximação do autor.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Gabarito: C
14 - “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um
apêndice tecnológico que nos define como indivíduos”. 
As palavras grifadas na frase acima poderiam ser substituídas, sem alteração
substancial no significado do texto, respectivamente, por:
a) constituinte – acessório – caracteriza.
b) complementar – item – envolve.
c) integrante – complemento – compete.
d) suplementar – recurso – delimita.
Comentário: Quanto ao primeiro vocábulo, o que é integral é aquilo que faz
parte, é constituinte. A segunda palavra, apêndice, significa parte anexa,
acessória, complementar. Já o verbo “define”, pelo contexto, transmite a 
noção de caracterização. Assim, a alternativa (A) é a correta. Compare as duas
frases com as palavras substitutas e substituídas:
“Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice
tecnológico que nos define como indivíduos”.
“Os celulares tornaram-se parte constituinte de nossa existência, um
acessório tecnológico que nos caracteriza como indivíduos”.
Gabarito: A
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15 - O gráfico a seguir faz parte do relatório da pesquisa “Tolerância social à 
violência contra as mulheres”, realizada pelo IPEA, versão retificada publicada 
em 04/04/2014.
Assumindo o pressuposto de que o IPEA tenha analisado uma amostra
significativa da população brasileira e tendo como referência as informações
contidas no gráfico, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Quase todos os brasileiros têm uma opinião formada sobre o
comportamento das mulheres que são agredidas e não se separam dos
parceiros.
b) Aproximadamente dois terços da população consideram que a mulher
agredida pelo parceiro está satisfeita com sua condição.
c) A maioria dos brasileiros tem uma postura machista e tolerante em relação
à agressão doméstica contra a mulher.
d) Predominam entre os brasileiros posições moderadas, não categóricas,
sobre as mulheres vítimas de agressão doméstica.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois do universo entrevistado, o
qual representa a população brasileira, conforme o pedido da questão,
somente 1,9% não se posicionou. Assim, podemos entender que quase todos
os brasileiros têm uma opinião formada sobre o comportamento das mulheres
que são agredidas e não se separam dos parceiros.
A alternativa (B) está correta, pois, somando os que concordam
totalmente (42,7%) com os que concordam parcialmente (22,4%), há como
resultado 65,1%, isto é, aproximadamente dois terços da população
consideram que a mulher agredida pelo parceiro está satisfeita com sua
condição.
Os números da alternativa (B) nos comprovam que maioria dos
brasileiros tem uma postura machista e tolerante em relação à agressão
doméstica contra a mulher. Assim, a alternativa (C) está correta.
A alternativa (D) é a errada, pois os números mais altos da pesquisa
demonstram predomínio de posições extremadas, categóricas: 42,7%
concordam totalmente e 24% discordam totalmente.
Gabarito: D
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Leia o texto a seguir para responder às questões 16 a 20.
Dados e os novos jornalismos
1
5
10
15
20
25
30
35
40
A internet não mudou apenas a forma como absorvemos a
informação, mudou a própria informação. E continua mudando, neste
exato momento, até o que entendemos por jornalismo. Não se trata mais
apenas daquela história de chuva de informação, da morte do jornal, da
liberdade e aprisionamento online. Trata-se do fato de que as companhias
de comunicação, com atraso, estão começando a entender que esse novo
tempo pede um novo tipo de jornalismo.
O escritor Clay Shirky contextualiza bem esse cenário, quando diz
que há apenas quatro períodos nos últimos 500 anos em que os meios de
comunicação social mudaram suficientemente para se qualificarem à
denominação de Revolução (palavra tão adorada e mal usada por colegas
jornalistas). “O primeiro é a imprensa. Depois, há cerca de duzentos anos 
houve inovação na comunicação bilateral (telégrafo, depois o telefone).
No terceiro, há cerca de 150 anos houve uma revolução nos meios de
comunicação gravados com fotos, depois o som gravado, depois os filmes
codificados em objetos físicos. E finalmente, o aproveitamento do
espectro eletromagnético para enviar som e imagens através do ar, rádio
e televisão”. 
Como pontua Shirky, todas as tecnologias que motivaram essas
revoluções têm uma assimetria: quando são boas em gerar conversas,
não são boas em gerar grupos, e vice-versa. Se o telefone possibilitou
que duas pessoas fossem emissoras e receptoras de informação ao
mesmo tempo, não conseguia gerar comunicação com um grupo grande.
Do outro lado, se livros, jornais, TV e rádio conseguem passar uma
mensagem a milhões, a mensagem tem apenas um emissor, não há idas
e vindas, diálogo.
É aqui que entrariao que alguns chamam de quinto período de
revolução das comunicações: a internet. Se antes o padrão era a
comunicação “um pra um” (telefone) ou “um pra muitos” (televisão, 
rádio, jornais), a web chega e institui um padrão nativo de comunicação
“muitos para muitos”. 
– Tá bom, Tiago. Mas e aí? O que isso tem a ver com as mudanças
no jornalismo?
Se a comunicação é de muitos para muitos, é natural aparecer um
jornalismo nativamente de muitos para muitos. Onde a figura do
jornalista em si não fique com o monopólio da informação à qual você,
leitor, também tem condições de chegar. Tão natural que já existe.
Uma das vertentes que começa a mostrar outros potenciais na
comunicação “muitos para muitos” é o chamado “jornalismo de dados”, 
onde o jornalista, muitas vezes, não cria a história, mas cria maneiras de
fazer com que qualquer um construa uma história, ou que todos a
construam conjuntamente.
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50
Você pode parar neste ponto e perguntar “mas a maneira de criar
essas ferramentas, essas interações, não continua direcionando a
interpretação do leitor?”. Sim, continua. Mas o leitor tem a liberdade para 
baixar as bases de dados, criticar, fazer a sua própria interpretação e
espalhar. Isso diminui a necessidade da figura do jornalista? Isso é você
quem vai me dizer. Não estou certo de que todos tenham tempo e
disposição para fazer a sua própria história. Provavelmente essa
investigação e construção de uma narrativa do jornalista não seja
dispensável. Só não será mais exclusiva dele.
(MALI, Tiago. Galileu. 29 mar. 2013. Adaptado.)
16 - Este texto foi publicado sob a rubrica “coluna” na revista Galileu. Essa
caracterização de gênero o coloca no grupo dos textos de opinião da mídia
impressa. A partir dessa perspectiva, a inserção em discurso direto observada
após o quarto parágrafo tem como funções:
1. indicar que parte do texto é transcrição de uma entrevista.
2. simular a intervenção de um leitor fictício, que espera encontrar no texto o
tema anunciado no início do primeiro parágrafo.
3. demarcar no texto o início de um diálogo mais efetivo com o leitor, que se
manifesta nos últimos parágrafos.
4. fazer a transição entre uma linguagem escrita, formal, e uma linguagem
coloquial, que passa a ser dominante nos parágrafos finais do texto.
Estão corretas as funções caracterizadas nos itens:
a) 1 e 4 apenas.
b) 2 e 3 apenas.
c) 3 e 4 apenas.
d) 1, 2 e 4 apenas.
Comentário: A afirmação 1 está errada, porque fica patente no texto que as
expressões entre aspas são uma suposta pergunta do leitor, justamente para
chamar a atenção desse leitor quanto ao conteúdo veiculado. Assim, não
houve transcrição de uma suposta entrevista.
A afirmação 2 está correta, porque realmente houve uma simulação da
intervenção de um leitor fictício. Além disso, o tema do texto está anunciado
no início do primeiro parágrafo: “A internet não mudou apenas a forma como
absorvemos a informação, mudou a própria informação”. Essa mudança se
reflete até na intervenção de um suposto leitor na dinâmica deste texto.
A afirmação 3 está correta, pois a resposta à pergunta “O que isso tem a
ver com as mudanças no jornalismo?” é colocada nos parágrafos subsequentes 
do texto, com elementos de linguagem que caracterizam a conversa com o
leitor, como:
“você, leitor”; “Você pode parar neste ponto e perguntar”; “Sim, continua”; 
“Isso é você quem vai me dizer”.
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A afirmação 4 está errada, porque o texto inicialmente não é formal. Ele
já apresentava sinais de coloquialidade, como “É aqui que entraria o que
alguns chamam de quinto período”; “um pra um”; “um pra muitos”. Além
disso, o discurso direto é empregado para transcrever a fala de um
personagem, não simplesmente para a transição de formalidade para
informalidade.
Com isso, entendemos que a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B
17 - Tendo como ponto de partida a caracterização feita por Clay Shirky para
os períodos da revolução nos meios de comunicação social, numere a coluna
da direita de acordo com sua correspondência com a coluna da esquerda.
1. Comunicação unilateral, de um para muitos. ( ) Primeiro período.
2. Comunicação bilateral, de um para um. ( ) Segundo período.
3. Comunicação bilateral, de muitos para muitos. ( ) Terceiro período.
( ) Quarto período.
( ) Quinto período.
Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita,
de cima para baixo.
a) 1 – 2 – 1 – 1 – 3.
b) 1 – 1 – 2 – 1 – 3.
c) 2 – 1 – 1 – 2 – 2.
d) 1 – 2 – 1 – 3 – 3.
Comentário: Primeiramente, é preciso observar o segundo e quarto
parágrafos do texto:
O escritor Clay Shirky contextualiza bem esse cenário, quando diz que há
apenas quatro períodos nos últimos 500 anos em que os meios de
comunicação social mudaram suficientemente para se qualificarem à
denominação de Revolução (palavra tão adorada e mal usada por colegas
jornalistas). “O primeiro é a imprensa. Depois, há cerca de duzentos anos
houve inovação na comunicação bilateral (telégrafo, depois o telefone). No
terceiro, há cerca de 150 anos houve uma revolução nos meios de
comunicação gravados com fotos, depois o som gravado, depois os filmes
codificados em objetos físicos. E finalmente, o aproveitamento do
espectro eletromagnético para enviar som e imagens através do ar,
rádio e televisão”.
É aqui que entraria o que alguns chamam de quinto período de revolução
das comunicações: a internet. Se antes o padrão era a comunicação “um pra 
um” (telefone) ou “um pra muitos” (televisão, rádio, jornais), a web chega e 
institui um padrão nativo de comunicação “muitos para muitos”.
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O primeiro (a imprensa) se caracteriza como Comunicação unilateral, de
um para muitos (1).
O segundo (telégrafo, depois o telefone) se caracteriza como
Comunicação bilateral, de um para um (2).
O terceiro (fotos, som gravado, filmes) se caracteriza como
Comunicação unilateral, de um para muitos (1).
O quarto (rádio e televisão) se caracteriza como Comunicação
unilateral, de um para muitos (1).
O quinto (a internet) se caracteriza como Comunicação bilateral, de
muitos para muitos (3).
Assim, a alternativa (A) é a correta.
Gabarito: A
18 - Segundo o texto, a mudança fundamental introduzida no jornalismo a
partir da internet foi:
a) dispensar a atuação do jornalista na produção de notícias.
b) possibilitar a construção conjunta de notícias pelo profissional do jornalismo
com a colaboração dos internautas.
c) intensificar o monopólio da informação pelas grandes empresas de
comunicação.
d) reduzir o custo da produção de notícias, com a colaboração dos internautas
para coletar informações.
Comentário: A mudança fundamental introduzida no jornalismo a partir da
internet está localizada entre as linhas 38 e 42:
Uma das vertentes que começa a mostrar outros potenciais na comunicação
“muitos para muitos” é o chamado “jornalismo de dados”, onde o jornalista,
muitas vezes, não cria a história, mas cria maneiras de fazer com que qualquer
um construa uma história, ou que todos a construam conjuntamente.
Assim, a alternativa (B) é a correta.
As demais alternativas fugiram bastante do contexto.
Gabarito: B
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19 - “Como pontua Shirky, todas as tecnologias que motivaram essas
revoluções têm uma assimetria: quando são boas em gerar conversas, não são
boas em gerar grupos, e vice-versa”. Aplicando-se essa observação à internet,
é correto afirmar:
a) A internet rompe com a assimetria observada nos demais meios de
comunicação.
b) A internet distingue-se das demais tecnologias por não propiciar a geração
de conversas nem de grupos.
c) A internet provoca uma reanálisedas tecnologias que a antecederam,
mostrando que a assimetria não estava presente no rádio e na televisão.
d) A principal qualidade da internet é facilitar a geração de grupos, ficando a
geração de conversas em segundo plano.
Comentário: A questão faz referência ao que se afirma no quarto parágrafo:
É aqui que entraria o que alguns chamam de quinto período de revolução das
comunicações: a internet. Se antes o padrão era a comunicação “um pra um” 
(telefone) ou “um pra muitos” (televisão, rádio, jornais), a web chega e institui
um padrão nativo de comunicação “muitos para muitos”.
Dessa forma, a alternativa (A) é a correta, pois realmente a internet
rompe com a assimetria observada nos demais meios de comunicação. Antes
havia apenas os padrões “um para um” ou “um para muitos” e a internet 
rompeu esse paradigma com o padrão nativo “muitos para muitos”.
A alternativa (B) está errada, porque ela propicia a geração de
conversas.
A alternativa (C) está errada, pois o texto afirma que “todas as
tecnologias que motivaram essas revoluções têm uma assimetria”, o que 
enquadra também a televisão e o rádio.
A alternativa (D) está errada, pois, apesar de o texto não fazer menção à
principal finalidade da internet, esta é vista como a geração de conversação,
como se vê na seguinte passagem do texto: “a web chega e institui um padrão
nativo de comunicação „muitos para muitos’”.
Gabarito: A
20 - Assinale a alternativa correta sobre algumas expressões usadas no texto.
a) “Esse cenário” (linha 8) refere-se ao conjunto de informações contidas no
primeiro parágrafo.
b) “Aqui” (linha 27) retoma a expressão “livros, jornais, TV e rádio” (linha
24).
c) “Isso” (linha 32) refere-se a “web” (linha 30).
d) “Essas ferramentas” (linha 44) refere-se a “essas interações” (linha 44).

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