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APENDICITE AGUDA E PLASTRÃO APENDICULAR Anatomia do apêndice ● Variações de posição Incidência de apendicite Principal causa de abdome agudo e emergência cirúrgica mais comum Incidência máxima entre 10 e 30 anos de idade (70%) Mais comum em homens Perfuração ocorre em 19% dos casos - mais comuns nos extremos de idade devido a diagnósticos mais tardios Fisiopatologia Apresentação clínica ● Sinais e sintomas Dor migratória (periumbilical → fossa ilíaca direita) - Dor constante, em pontada Anorexia / inapetência Náusea Vômitos Febre baixa (38ºC) Íleo adinâmico Evolução: 12-24 horas ● Exame físico Sinal de Blumberg: descompressão brusca dolorosa realizada no ponto de McBurney (2/3 medial) Sinal de Rovsing: pressão do lado esquerdo do abdome causando dor no lado direito sobre o apêndice Sinal do obturador: dor hipogástrica à flexão e rotação interna do quadril. Presente no apêndice pélvico. Sinal de Dunphy: dor a tossir ● Exames laboratoriais Leucocitose PCR elevado EAS: piócitos + sem bacteriúria (o apêndice repousa sobre o ureter) Exames que ajudam no diagnóstico diferencial: urina, amilase, lipase, enzimas hepáticas e beta HCG ● Exame de imagem Us abdominal Sensibilidade 86%, especificidade 81% - Aumento da dimensão (> 6mm) - Abscesso, líquido livre e/ou borramento da gordura periapendicular - Apendicolito intraluminal (hiper ecogenicidade focal com sombra acústica posterior) - Espessamento e incompressibilidade da parede do apêndice - Sinais de perfuração (perda da continuidade da parede ou coleção extra luminal) TC de abdome Sensibilidade 94%, especificidade 95% Critérios diagnósticos Escala de alvarado: teste de triagem - Reduz a proporção de falsos negativos 0-3: baixa probabilidade de apendicite → considerar outras hipóteses diagnósticas 4-6: condizente com apendicite → realizar exames de imagem 7-10: alta probabilidade de apendicite → encaminhar para cirurgia Diagnóstico diferencial Linfadenite mesentérica Gastroenterite aguda Ureterolitíase Pielonefrite aguda Doença inflamatória Divertículo de Meckel Tuberculose intestinal Úlcera intestinal DIP Cisto ovariano roto Gravidez ectópica Classificação Apendicite perfurada Irritação local difusa Geralmente ocorre se diagnóstico tardio Pode levar a sepse Conduta ● Apendicectomia aberta ● Apendicectomia videolaparoscópica Plastrão apendicular (apendicite hiperplásica) Infecção do apêndice bloqueada por processo inflamatório intenso englobando alças intestinais, mesentério e epíplon formando uma massa tumoral palpável. ● Incidência 2-7% dos casos de apendicite aguda ● Evolução O tempo de evolução é mais longo (5 a 10 dias) Progride para infecção circunscrita pelas defesas peritoneais, geralmente há a presença de abscesso ● Clínica Ritmo intestinal mantido Sinais de irritação peritonial bem localizados e pouco intensos Presença de massa palpável na fossa ilíaca direita ● Tratamento Ainda controverso O tratamento conservador do plastrão apendicular é uma alternativa ao tratamento cirúrgico, utilizando antibióticos e eventual drenagem de abscesso apendicular, com possibilidade de efetuar-se apendicectomia após a remissão do quadro infeccioso, diminuindo. Porém, outros estudos sugerem que o tratamento cirúrgico é seguro em qualquer fase de apendicite aguda, evitando nova internação para apendicectomia eletiva. Questões ● Questão 1 De acordo com a peça cirúrgica, se trata de apendicite fase: a. I b. II c. III d. IV ● Questão 2 De acordo com a peça cirúrgica, está indicado: a. Antibioticoterapia por 7 dias b. Antibioticoterapia por 72h c. Antibioticoterapia por 14 dias d. Antibioticoprofilaxia no momento da indução anestésica ● Questão 3 Sobre o sinal do obturador é correto afirmar: a) O paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-se com uma rotação externa da coxa b) Dor à extensão da coxa direita sobre o quadril contra a resistência em decúbito lateral esquerdo c) Esse sinal é patognômonico de apendicite aguda d) Tem maior sensibilidade nas apendicites com posição retrocecal, aderido ao músculo obturador ● Questão 4 Um jovem de 19 anos retorna à UPA após 8 horas do primeiro atendimento, com persistência de dor abdominal, antes tratada com analgésico endovenoso. No momento, queixa-se de dor periumbilical com predominância a direita, náuseas e anorexia. Em sua avaliação, observa-se os achados de leve sensibilidade a descompressão em fossa ilíaca direita, temperatura 37,8 C, sinais de Dunphy's e do obturador positivos. Laboratório com Hb 11,7 g/dl, Leucócitos 11.840 mm3 e 7% de bastões. O paciente realizou ultrassonografia abdominal que foi prejudicada pela presença gasosa e descreve pouco líquido livre em pelve. Qual a conduta a ser tomada? A) Iniciar protocolo de tratamento clínico de apendicite aguda. B) Indicar tratamento cirúrgico para realização da apendicectomia. C) Transferir para realização de tomografia abdominal sem contraste. D) Analgesia e antibiótico venoso, repetir o ultrassom com 8 a 12 horas. ● Questão 5 Em relação à utilização da Tomografia Computadorizada para o diagnóstico da apendicite aguda, qual (ais) afirmativa (s), a seguir, é (são) correta (s)? I - O protocolo recomendado é a utilização de contraste via oral e endovenoso. II - Sinal do alvo é um indicativo de apendicite aguda. III - Líquido ou ar periapendicular sugere apendicite aguda perfurada. IV - Possui sensibilidade e especificidade acima de 90%. a) I e II são corretas. b) I e III são corretas. c) I, II, III e IV são corretas. d) II, III e IV são corretas. ● Questão 6 Talita,25 anos,tabagista, admitida no PA com quadro indicado há dois dias, de dor abdominal, mesogástrica, migrando posteriormente para fossa ilíaca direita e hipogástrio, acompanhada de anorexia, dor e defesa à palpação. Não há alteração no ciclo menstrual. Inicialmente medicada com ciprofloxacino e metronidazol por via oral e orientada a retornar caso não tivesse melhora da dor. Retorna na manhã seguinte com piora da dor e febre (38.9°C), além de dor à palpação em todo o andar inferior do abdome. Hemograma com 22.000 leucócitos (15% de bastões; 80% segmentados; 5% linfócitos) Qual seria o escore de Alvarado? (A) 9 (B) 10 (C) 5 (D) 6 ● Questão 7 Talita,25 anos,tabagista, admitida no PA com quadro indicado há dois dias, de dor abdominal, mesogástrica, migrando posteriormente para fossa ilíaca direita e hipogástrio, acompanhada de anorexia, dor e defesa à palpação. Não há alteração no ciclo menstrual. Inicialmente medicada com ciprofloxacino e metronidazol por via oral e orientada a retornar caso não tivesse melhora da dor. Retorna na manhã seguinte com piora da dor e febre (38.9°C), além de dor à palpação em todo o andar inferior do abdome. Hemograma com 22.000 leucócitos (15% de bastões; 80% segmentados; 5% linfócitos) Qual seria sua conduta diagnóstica mais adequada para determinar a terapêutica cirúrgica dessa paciente (A) Colonoscopia (B) Tomografia computadorizada de abdômen (C) Ultrassonografia de abdômen (D) Retossigmoidoscopia (E) Urinocultura e ultrassonografia de lojas renais ● Questão 8 Talita foi submetida ao exame de imagem. Qual o tratamento? a) Antibioticoterapia e conduta conservadora b) Antibioticoterapia e apendicectomia após 8 semanas c) Antibioticoterapia e apendicectomia d) Antibioticoterapia e Drenagem guiada ● Questão 9 Paciente masculino, 18 anos, chegou a UBS com queixa de dor periumbilical há cinco dias com migração para fossa ilíaca direita e hipogástrio. Negava febre e outros sintomas associados. Previamente hígido, sem história de cirurgias anteriores. Ao exame físico apresentava dor em fossa ilíaca D com blumberg positivo. Submetido a exames laboratoriais. O leucograma evidenciou leucocitose discreta (10,2/mm3) com desvio à esquerda, proteína C reativa de 16 mg/L. Solicitado TC abdome que evidenciou: Qual a melhor conduta? A) Antibioticoterapia e avaliação de apendicectomia após 8 semanas B) Antibioticoterapia e laparotomia mediana C) Antibioticoprofilaxiae videolaparoscopia D) Colonoscopia e após apendicicetomia
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