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hospital psiquiátrico sao pedro

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HOSPITAL PSIQUIATRICO SÃO PEDRO 
 
 
“Aos loucos o hospício”... 
Frase que demonstrava o perigo do louco, mas também o seu inadequado destino 
nas prisões e recomendava a sua reclusão em um espaço adequado. O isolamento se 
destinava à massa marginal dos loucos pobres. Portanto, o principal alvo da polícia 
médica era a população desviante que se abarrotava pelas ruas da cidade. Essa camada 
social passou a ter como destino as Santas Casas de Misericórdia, que abrigavam loucos 
e outros indigentes em porões sem assistência adequada, submetidos à violência de 
guardas e carcereiros. 
Historia 
O Hospital Psiquiátrico São Pedro é 
um hospital psiquiátrico de alta complexidade, 
localizado em Porto Alegre. Foi a primeira 
instituição psiquiátrica de Porto Alegre, sendo 
até hoje é o maior hospital psiquiátrico do sul 
do Brasil, possuindo uma área de 13,9 
hectares, que inclui 43.710 metros quadrados 
de área edificada, o prédio histórico do São 
Pedro está tombado pelos poderes públicos 
estadual e municipal. 
Fonte: Acervo pessoal de Luciana Bandeira. Disponível em: http:// www.flickr.com/photos/lubandeira/4778131715/ 
Fundado em 13 de maio de 1874, desde sua inauguração foi considerado um grande 
avanço para a época, sendo um centro de inovação em psiquiatria. 
Até hoje, o Hospital Psiquiátrico São Pedro é referência na assistência e ensino 
da psiquiatria no Estado. Em 29 de junho de 2009, no aniversário de 125 anos do 
hospital, a então governadora Yeda Crusius recriou uma força-tarefa para analisar 
formas de recuperar o prédio histórico de 12 mil metros quadrados. Em 2007, a 
estimativa era de que seriam necessários R$ 30 milhões para a reforma. 
O HPSP suporta 470 pacientes na área asilar e nos residenciais terapêuticos e 
conta com 130 leitos para internação. 
Serviços: 
 Unidade para dependência química; 
 Unidades para pacientes agudos; 
 Centro Integrado de Atenção Psicossocial - Infância e Adolescência (CIAPS); 
 Serviço de emergências psiquiátricas; 
 Unidade de observação; 
 Centro de Reabilitação; 
 Ambulatório especializado em saúde mental, com programas de atendimento 
para as principais patologias mentais. 
 Residência em Psiquiatra e Residência Multidisciplinar em Saúde Mental. Hoje, 
o hospital tem em torno de 200 alunos de graduação e pós-graduação através de 
convênios de ensino e treinamento com as principais Universidades do Estado 
do Rio Grande do Sul. 
Usos 
1. Prédio Centenário. 
2. Unidade de Moradia. 
3. Atividades Múltiplas. 
4. Cozinha. 
5. Almoxarifado. 
6. Lavanderia. 
7. Caldeira. 
8. Sias. 
9. Unidade de portadores de 
necessidades especiais. 
10. Unidade de moradia. 
11. Teto solar. 
12. Dependentes químicos. 
13. Hospital psiquiátrico. 
14. Reabilitação 
15. Salão de beleza. 
16. Unidade de moradia. 
17. Enfermaria. 
18. Unidade de moradia. 
19. Unidade de moradia. 
20. Admissão. 
21. Recursos humanos. 
22. Recursos humanos. 
23. Ambulatório. 
24. Unidade de moradia. 
25. Portaria. 
26. Creche. 
27. Farmácia. 
28. Necrotério. 
29. Unidade de moradia. 
 
Arquitetura HPSP 
O local escolhido para a construção do prédio atendeu perfeitamente a demanda: 
em 1879 se comprou uma chácara na estrada do Mato Grosso (atual Av. Bento Gonçalves), 
no Arraial do Partenon, a uma légua da cidade e se lança a pedra fundamental do futuro 
hospício. A localização no subúrbio da cidade invocava explicitamente a necessidade de 
um ambiente próprio ao tratamento terapêutico, deixando implícita a sua função de 
excludente social: “o local era arborizado, rico em água potável e ar puro, apto ao 
tratamento terapêutico e à segregação social da loucura” 
Como mostram os relatórios da Santa Casa, o projeto arquitetônico já estava pronto 
e aguardava apenas um local ideal para ser implantado e construído. Dessa forma, o projeto 
se desvincula de fatores como o contexto, o qual não existia em princípio e não se desejava 
que existisse. O projeto do Hospício São Pedro se apresentava como uma resolução 
espacial de um objeto isolado, que se findava em si mesmo, e que se limitava a satisfazer 
os requisitos e cuidados das regulamentações e tratados existentes na época. 
 
Localização atual HPSP. 
O exemplo mais monumental do Ecletismo porto-alegrense é o conjunto histórico 
do Hospital Psiquiátrico São Pedro, que segundo os técnicos do IPHAE é: 
"a maior área edificada de interesse social do século XIX. Com 12.324 m2, o conjunto 
arquitetônico centenário é composto por seis pavilhões de dois pavimentos voltados para o 
sul e ligados transversalmente por um pavilhão na direção leste-oeste. Com linhas 
ecléticas, predomina na área histórica do São Pedro a arquitetura neoclássica” 
Arquitetura manicomial 
O projeto do Hospício São Pedro promove a captura dos fluxos de ar, luz e de 
corpos, e em seguida organiza os seus deslocamentos. O fluxo dos corpos é direcionado e 
controlado em espacializações classificatórias, onde será possível dividi-lo em categorias 
distintas segundo alguns critérios analíticos, o que impedirá seu encontro e sua mistura, 
para evitar a propagação de desordem. No que se refere ao fluxo de ar e luz, é necessário 
contemplar uma maior infiltração possível no espaço asilar, impedindo a umidade e 
estagnação do ar, produtores de insalubridade. Para tanto, se deviam planejar as aberturas, 
passagens volumes que permitissem farta incidência solar e renovação do ar constante. 
Pela especificidade dos seus enfermos, ao pensar o espaço manicomial outros fatores têm 
que ser levados em consideração: 
“Janelas de grossos vidros e meias venezianas, fixas por um varão de ferro que lhes serve 
de eixo, giram facilmente sem que permitam nos espaços laterais a passagem de quem 
quer que seja. O ar e a luz, penetrando largamente no aposento, trazem aos que ali 
permanecem a impressão de liberdade completa. Asseio, flores, enfermeiros e enfermeiras 
carinhosos, outros doentes deitados em agradável repouso, etc., fornecem a qualquer, 
mais inquieto e subversivo, a plena convicção de que é ele um doente a quem o resguardo 
sob os lençóis é aproveitável. [...] Assim é que os doentes de todas as categorias sociais, 
de todas as graduações das perturbações cerebrais, encontram ali guarda sem alterar 
muito os seus hábitos, sem se sentirem coagidos, sem se aperceberem que estão reclusos.” 
 
Fonte: Acervo pessoal de Luciana Bandeira. Disponível em: http:// www.flickr.com/photos/lubandeira/4778131715/ 
Incluso num conjunto de 13,9 de hectares, está o prédio centenário do Hospital 
Psiquiátrico São Pedro, idealizado em planta pelo Engenheiro Alvaro Nunes Pereira. Além 
dos doze pavilhões previstos que findaram em seis, o projeto apresenta algumas diferenças 
com relação ao prédio quanto à sua fachada. Tal diferença pode ser fruto da interferência 
do estilo do construtor, Julio Nectroux. 
 
Monumento arquitetônico, o hospício foi considerado como uma das obras mais 
notáveis da expressão imperial. Absurdamente, um lugar construído para isolar e esconder 
da civilização seus sujeitos anormais. Expressando riqueza arquitetônica, o hospício teve, 
posteriormente, seu acesso facilitado pela implantação de um terminal de bondes de tração 
animal, que estendia até o conjunto a então linha do Partenon. 
Em 1903, a construção de toda a edificação é terminada, revelando sua solução 
pavilhonar, já consagrada na Europa desde o século XVIII. Com 12.324 m2 de área 
construída, o conjunto arquitetônico é composto por seis pavilhões de dois pavimentos e 
porão, que se voltam para o sul, onde se localizam os quartos dos pacientes, as áreas 
administrativas, áreas médicas e de serviços. São ligados transversalmente por um extenso 
eixo de circulação, na direção leste-oeste, gerando cinco pátios internos num arranjo tipo 
pente, herdeiro da configuração do Panóptico de Jeremy Bentham. O edifício revela uma 
disciplina geométrica neoclássica em planta e fachada, com maior ênfase decorativa nas 
fachadas principais. O vazio frontal existente entre avenida BentoGonçalves e o edifício 
permite um distanciamento que colabora com a visualização da sua arquitetura, 
destacando-o em uma posição privilegiada na paisagem urbana. 
 
 
 
 
Acessos ao prédio histórico. 
O hospício é recebido pela 
cidade como uma importante 
maquina disciplinadora. A arquitetura 
imponente e majestosa do hospício 
expressa toda a magnificência do 
absolutismo imperial. Na composição 
do edifício do hospício há uma 
racionalidade clássica, que impõe, 
através da harmonia de suas retas, 
arcos e simetrias sóbrias, uma ação 
contra a confusão dos sentidos dos 
homens loucos que ali se pretendia 
agrupar. 
O hospício não era, de forma 
alguma, um instrumento médico. 
Funcionava como um instrumento 
administrativo a serviço da província 
ao prevenir a desordem, dividindo, 
fixando, anulando e marcando uma 
população em um espaço de 
exclusão. 
 
Logo após ser inaugurado, o edifício mostrou-se insuficiente e inviabilizador das 
práticas alienistas. Segundo a classe dos médicos, não havia um esquadrinhamento espacial 
suficiente para sustentar a classificação psiquiátrica, o que impedia a disposição espacial 
enquanto um instrumento formador de saberes e práticas. O primeiro diretor do Hospício 
São Pedro, clamava pela construção das demais alas do Hospício: 
Como alvo de disputa entre poderes, o pátio adquiria dois modos de compreensão: 
enquanto que para o olhar médico o pátio era um espaço de cura, para a administração não 
passava de um espaço vazio, com fins de permitir a ventilação, a insolação e o isolamento 
dos loucos. 
Em 21 de março de 1951, a situação precária do hospital foi exposta pela imprensa. 
Nesse mesmo período, o hospital, que havia sido construído distante do centro da cidade, 
já tinha sido envolvido pela malha urbana, passando a situar-se em área densamente 
povoada. A cidade cresceu, transformando o terreno do hospital em área central, que 
passou a ser cercada e dominada por invasões de moradias irregulares e de instituições 
imponentes. No ano de 1961, o antigo hospício passa a ser chamado de Hospital 
Psiquiátrico São Pedro. 
O hospital Psiquiátrico São Pedro 
não difere da história de qualquer outro 
manicômio do Brasil: em 1942 são 
registrados 1.898 pacientes; em 1957 são 
3.280; na década de 60 a superlotação 
chega ao seu máximo extremo de 5.500 
pacientes internados numa área física com 
capacidade real para menos de 1.000 leitos. 
Nesse período, o hospital se fechou com 
relação à cidade: paredes passaram a cercar 
os pátios internos e a arquitetura original 
do conjunto foi agredida; um muro passou 
a separar a área do hospital da rua, 
suprimindo a praça de visitas com lagos e passeios, característica marcante do conjunto. 
Em cumprimento da lei da Reforma Psiquiátrica, o Hospital Psiquiátrico São Pedro 
vem sendo progressivamente desativado e o governo tem como meta zerar o número de 
pacientes. Atualmente boa parte da área do conjunto permanece desocupada ou com 
utilização informal. O edifício centenário: Atualmente, encontra-se em avançado estado de 
deterioração, apresentando infiltrações em vários pontos da cobertura, alvenarias com 
desabamentos, ataque generalizado de cupins, presença de fungos, descolamento de pintura 
e reboco, entre outras várias patologias comuns a prédios históricos em estado de 
abandono. 
Composto por quarenta edifícios, o conjunto arquitetônico, juntamente com seu 
entorno, foi tombado em nível estadual em 1990 e em nível municipal em 1993, obtendo 
suas áreas frontal e lateral sudeste gravadas como praça pelo Conselho Municipal de 
Desenvolvimento Urbano Ambiental em 2002. 
Atualmente, os seis pavilhões históricos não mais abrigam pacientes, que foram 
realocados, seja para os residenciais terapêuticos, seja para outras edificações que fazem 
parte do complexo do hospital. Os pavilhões 1, 2 e 3 abrigam a direção, administração e 
museu do São Pedro; o Pavilhão 4 é utilizado, em partes, para as atividades da Oficina de 
Criatividade, e os Pavilhões 5 e 6 estão sendo utilizados, através de uma concessão de uso, 
pelo Condomínio Cênico do Hospital Psiquiátrico São Pedro. 
Os relatos e as histórias contadas por aqueles que já passaram pelo hospital 
aumentam a curiosidade da população em relação ao objeto arquitetônico e sua 
Bairro Partenon 
HPSP 
Centro de Porto Alegre 
implantação. Uma obra arquitetônica que assistiu desde as primeiras dificuldades para ser 
edificada, passando pelo horror anônimo das internações dos homens loucos e miseráveis, 
das superlotações, hoje testemunha o descaso, a degradação, e se mantém aguardando 
intervenção, restauro e a retomada de seu uso pela população. 
O hospital atualmente é palco de ensaios e apresentações de teatro. Cinco grupos de 
teatro ocupam o local além do próprio grupo de teatro dos pacientes. 
Estudos de insolação e ventilação 
 
Pontos de atração 
 
FOTOS 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_de_Porto_Alegre 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital_Psiqui%C3%A1trico_S%C3%A3o_Pedro 
Paula vieceli – lugares da loucura – arquitetura e cidade no encontro com a diferença – 
dissertação de mestrado (propar) 
FOTOS 
Fonte: Acervo pessoal de Luciana Bandeira. Disponível em: http:// 
www.flickr.com/photos/lubandeira/4778131715/

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