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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA CURSO: PSICOLOGIA TURMA: PSI0301M VISTO DO COO RDENADOR PROVA TRAB. GRAU RUBRICA DO PROFESSOR DISCIPLINA: TEORIA E PRÁTICA EM ENTREVISTA PSICOLÓGICA AVALIAÇÃO R EFERENTE: A1 A2 A3 PROFESSOR: RITA DE CASSIA M.WALCHAN MATRÍCULA: 21103473 Nº NA ATA: DATA: 19/04/2021 NOME DO AL UNO: UNIDADE: BONSUCESSO I-Instruções: Leia cuidadosamente os critérios referentes a sua avaliação! Você deve responder as questões em um único arquivo, com no máximo 2 páginas. O texto deve estar na seguinte FORMATAÇÃO: Letra Times New Roman, espaço 1,5 tamanho 12 e texto justificado. Você deverá postar o arquivo com as respostas no ambiente Classroom no dia 19/04/2021 até as 23h00. LEMBRANDO que suas respostas devem ser discursivas e de sua AUTORIA, ou seja, não podem ser respondidas em formato de tópicos! Atividade para obtenção de grau da A1 – 2021.1. Vale 8,0 (oito pontos). Qualquer dúvida, fale comigo. I QUESTÃO: Foi organizado um comitê composto por 10 (dez) especialistas de diferentes áreas de atuação (neurologistas, biólogos, enfermeiros, médicos, infectologistas e outros) que se reuniram para um estudo sobre os impactos psicológicos nas pessoas durante um período da pandemia em 2020, como medo, ansiedade, pânico e estresse. Várias pessoas foram envolvidas nesse estudo, respondendo a entrevistas. Após o levantamento dos dados obtidos, chegaram à conclusão que 80% da população está em sofrimento, sofrimento este que pode estar afetando sua saúde mental. A partir do estudo acima e dos conteúdos discutidos em nossas aulas remotas responda qual a modalidade, o tipo de entrevista e o contexto envolvido. Explique-as:(3,0 pontos – 1,0 cada) R: De acordo com a questão, podemos analisar que a união desses profissionais de diferentes áreas de atuação para realização de um estudo desenvolveu-se no contexto hospitalar. O estudo tem por finalidade realizar um levantamento sobre impactos psicológicos das pessoas durante a pandemia do ano de 2020, o mesmo, foi realizado na modalidade de pesquisa, logo podemos considerar que essa entrevista possa ter sido quantitativa ou qualitativa, o que implicaria no tipo de entrevista realizada. Se atendo aos dados levantados e disponibilizados, a entrevista para essa pesquisa foi feita de forma Erika Cavalcante Alves dos Santos quantitativa com perguntas estruturadas, ou seja, do tipo de entrevista diretiva. Esse tipo de entrevista estruturada é onde o participante responde apenas o que é perguntando e essa pergunta já foi elaborada e não se pode fugir ou reformular as perguntas, segue a mesma ordem. Na pesquisa quantitativa é possível fazer essa análise através do levantamento de dados- números percentuais, por isso o ideal é a entrevista estruturada. Portanto, conseguiram chegar à conclusão de que 80% da população está em sofrimento. II QUESTÂO: Leia atenciosamente os textos abaixo e identifique as modalidades de entrevista comentada. Explique-as: (2,0 pontos – 1,0 ponto cada ). a) Considera-se um dos tipos de entrevista fundamental para avaliar a gravidade de uma situação, e tem como objetivo principal avaliar a demanda do sujeito e fazer um encaminhamento, sendo geralmente utilizada em serviços de saúde pública ou em clínicas sociais, onde existe a procura contínua por uma diversidade de serviços psicológicos, e torna-se necessário avaliar a adequação da demanda em relação ao encaminhamento pretendido. Resposta: Como citado, com a modalidade de Triagem, sendo uma entrevista inicial, se faz possível essa separação da demanda, é possível analisar, com os dados colhidos, para onde o paciente será encaminhado, é possível verificar o que fazer com aquele paciente, ficará aos cuidados de que tipo de profissional. Um exemplo é que muitas vezes, pode chegar um paciente que já está tendo uma gravidade onde precisa de medicação, logo é encaminhado para um Psiquiatra, depois quando estiver estável emocionalmente pode retornar à um Psicólogo para um atendimento. Na triagem colhe-se os dados para depois iniciar a avaliação. b) Fala-se do tipo de entrevista que tem por objetivo primordial e imprescindível o levantamento detalhado da história do desenvolvimento da pessoa, principalmente na infância, sendo considerada uma técnica de entrevista que pode ser facilmente estruturada cronologicamente. Embora sua utilidade seja mais claramente vislumbrada na terapia infanto juvenil, muitas abordagens que integram ou valorizam o desenvolvimento precoce podem se beneficiar deste tipo de entrevista. Finalmente, pode-se afirmar que um tipo de entrevista bastante utilizada para avaliar casais e famílias, principalmente quando há a demanda de atenção psicológica para crianças e adolescentes. Elas podem focalizar a avaliação da estrutura ou da dinâmica familiar, além de avaliar aspectos importantes da rede social de pessoas e famílias. Resposta: Como citado, com a modalidade de anamnese, também sendo uma entrevista inicial, é possível essa coleta de informações mais aprofundadas do contexto e histórico de vida do cliente. A coleta de informações da anamnese pode acontecer de forma mais estruturada, quando pergunta e o paciente responde, seguindo apenas o que já foi elaborado para perguntar sem fugir daquilo, pode ser de forma semi-dirigida onde o cliente responde aquela questão direta e precisamos fugir do estruturado porque algo não está tão esclarecido, ou pode ser não diretiva, onde através das falas do cliente se faz possível essa coleta de dados para preencher a anamnese do cliente. Pode ter uma durabilidade mais estendida essa coleta da anamnese, com ela é possível estabelecer o objetivo da entrevista, devido essa apresentação de informações, como a queixa principal do paciente e seu contexto, estabelecendo o início do processo de atendimento e avaliação psicológica. III QUESTÃO: Você, que é quase psicólogo(a), vai começar a atender no SPA. .Na semana do atendimento, recebe uma ficha com o seguinte caso: Cliente: Marieny Data de nascimento: 11/ 04 / 1982 Idade: 39 anos. É casada e tem três filhos: Vilma, com 10 anos, Nice (com 13 anos,que é a mais apegada à mãe e mostra bastante maturidade.) e Nilton, com apenas 06 anos de idade. Seu pai (Nelson) faleceu em decorrência de COVID-19, há um ano e dois meses (logo no início da pandemia) e ela tem um câncer de pele mas se nega a tratá-lo. Começou a fazer uso de Fluoxetina após ter recebido o diagnóstico de câncer, para tratamento de humor depressivo..Apresentou, depois, muitos sintomas de depressão. Ela é a filha mais velha de seis irmãos. Foi a única que não deu continuidade aos estudos. Engravidou do terceiro filho sem desejar e negou a gravidez até o momento do nascimento da criança pois, segundo a filha (Nice), a mãe se escondeu da sociedade pelo fato de já ter duas filhas que estavam ficando “mocinhas” e, por isso, se achava muito velha para ter filho. Temia que os vizinhos dissessem que era falta de vergonha. Em função da dificuldade dela aceitar a gestação e também o filho, foi Nice quem assumiu os cuidados do irmão mais novo. A doença da mãe veio à tona logo depois que o pai dela faleceu. O diagnóstico só aconteceu porque as filhas (principalmente a mais velha), a mãe dela (avó das meninas) e o marido, obrigaram-na a procurar um médico, por causa de um sinal que havia aparecido próximo ao olho direito há pelo menos cinco anos. Apesar da resistência da mãe, Nice agendou uma consulta para a mãe, com um dermatologista que, imediatamente, a encaminhou para um médico oncologista. A filha a acompanhou em todas as consultas. Quando o médico recomendou que não deveria apanhar sol, disse prontamente que sempre que saía usava protetor solar, sendo que a filha comentou que ela nunca havia comprado um protetor solar. Como ela não portava máscara, o médico fez uma “preleção”sobre o Corona Virus, seus malefícios, principalmente para ela, que já apresentava uma comorbidade, a importância de se proteger, etc, etc. Ela, ao mesmo tempo que parecia ouvir as palavras do médico, mostrava-se distante. Ao se despedir do profissional, fez o seguinte comentário: Ah! Doutor, isso de ter que usar máscara é uma “chatice”. Se tiver que pegar ... Por considerar Juliete muito ansiosa, triste e denotando grande desesperança / rebeldia, o cirurgião oncológico, antes da cirurgia, a encaminhou para a(o) psicóloga(o) da instituição: Você. a) A partir do caso acima relatado e conforme os conteúdos discutidos em nossas aulas remotas, descreva 2 (duas) habilidades de grande relevância para o estabelecimento do vínculo terapêutico.(2,0 pontos) Resposta: Através da anamnese colhida, é possível perceber que Marieny possuí alguns temores, algumas crenças do que pensam ao seu respeito, de que será julgada, ela mente para o médico, aparentemente pelo mesmo motivo, o medo do julgamento se ele souber a verdade. Esse medo de esclarecer as coisas pelo julgamento do outro pode interferir no atendimento comigo, logo é de extrema importância que eu traga essa paciente para mim com as habilidades necessárias para estabelecer o vínculo terapêutico, dentre eles o estabelecimento do rapport que é exatamente essa relação de trazer a paciente demonstrando empatia, para ganhar a confiança e conseguir colher as informações que preciso, mostrando que não estou ali para julgá-la, que não sou superior, é ter um olhar, fala e gestos demonstrando essa empatia e esse respeito de que não sou “maior” do que ela. Levando tudo isso em consideração, percebe-se também que se um bom rapport foi estabelecido, é necessário fazer uma boa escuta, o saber escutar é importante, todas essas crenças da paciente estão ali por alguma razão, tem um contexto, é sua vida e tudo é importante, meu objetivo não é apenas colher a informação é que através dessas técnicas se faz possível amenizar a dor da cliente. b) Qual o tipo de entrevista mais adequado para o caso em pauta? (1,0 ponto) Resposta: Sendo eu uma quase psicóloga da abordagem humanista, devido ao informado através da anamnese colhida, entendo que a paciente não se sentiria confortável em se sentir analisada, partindo da premissa que ela não fala a verdade quando é questionada, utilizaria de questionamentos abertos, logo não diretivos, sendo assim seria possível obter informações com ela se sentido livre para falar, também evitaria anotar o que ela fala na frente dela, poderia gerar um desconforto, ela pode se sentir julgada. Quando ela se refere à um vírus letal, “Se tiver que pegar ...”, percebe-se que praticamente ela já tem desistido de viver, não precisaria de “testes” para medir o grau de depressão. Com a minha abordagem humanista e com o tipo de entrevista não diretivo, onde ela fique à vontade, perguntando sempre de forma mais aberta, confirmando essa fala, é necessário um sinal de alerta, sendo eu uma quase psicóloga em atendimento no SPA, posso ter em mãos uma paciente que pode pensar em tirar sua vida, e essa investigação é possível com a entrevista. Pela descrição da anamnese percebe-se essa indiferença com um vírus que pode matá-la. Ou seja, se pela escuta das informações disponibilizadas pela mesma, onde ela está aberta para falar, fala o que vem à cabeça, todo seu histórico de vida, suas dores, tudo que faz dela um ser único, se nessas falas ficar mais clara essa desistência dela pela vida, passaria para o coordenador do SPA e verificarmos como vamos ajudar à cliente. BOA SORTE!!!!!
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