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Doença de Parkinson

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Neuro Doença de Parkinson 
EPIDEMIOLOGIA 
• Acomete 1% da população idosa. 
QUADRO CLÍNICO 
• Apresenta-se após 55 anos. Caracterizada pela tétrade: 
1. tremor de repouso do tipo contar dinheiro ou pronação-
supinação 
2. bradicinesia 
3. rigidez em roda denteada 
4. instabilidade postural 
• Tremor e rigidez: são unilaterais ou assimétricos. 
• A marcha parkinsoniana: passos curtos, ausência de 
movimentos dos braços e tronco para frente. Pode haver 
congelamento (acinesia) e fácies de múmia (perda da 
expressão facial). 
• Sinal de myerson – não esgotamento do reflexo de piscar 
após sucessivos toques na glabela. 
• Força muscular e os reflexos tendinosos e cutâneo-plantar 
estão normais. 
• Há dificuldade de parar a marcha, para: 
Frente = propulsão 
Traz = retropulsão 
Lado = lateropulsão 
 
FÍSIOPATOLOGIA 
 
• Evento inicial: degeneração progressiva da substância 
negra mesencefálica. Ela participa do sistema 
extrapiramidal, composto pelos núcleos da base e pelo 
córtex pré-motor frontal. Este sistema é responsável pelo 
automatismo e modulação dos movimentos. Os neurônios 
da substância negra são dopaminérgicos e inibem os 
neurônios colinérgicos do corpo estriado, através do feixe 
nigro-estriatal. Na doença de Parkinson, o corpo estriado 
(putâmen e núcleo caudado) e o globo pálido interno 
encontram-se ativados. Este último ativa núcleos 
talâmicos que, por sua vez, mandam fibras inibitórias para 
o córtex pré-motor. 
 
DIAGNÓSTICO 
 
• Feito pelo quadro clínico e exclusão de outra entidade que 
cursam com parkinsonismo (drogas, doença de Wilson, 
paralisia supranuclear progressiva, síndrome de Shy-
Drager, hidrocefalia comunicante normobárica, demência 
vascular multinfarto etc.). 
• As drogas que levam ao parkinsonismo são: 
✓ Neurolépticos (especialmente o haloperidol), 
✓ Metoclopramida, 
✓ Cinarizina 
✓ Flunarizina. 
• Dx diferencial: tremor essencial é diferenciada pelo tipo de 
tremor (fino postural). 
 
 
 
TRATAMENTO 
• Selegilina – inibidor da MAO-B. inibe a degradação da 
dopamina na fenda sináptica. Tem efeito neuroprotetor par 
doença de Parkinson. Porém é um fraco antiparkinsoniano. 
• Anticolinérgicos (Biperideno, triexifenidil) – reservado para 
pacientes jovem cujo sintoma predominante seja tremor. 
Contraindica se acima de 65 anos, pois levam a confusão 
mental, retenção urinária, borramento visual e constipação 
intestinal. 
• Amantadina – bloqueia a recaptação de serotonina na fenda 
sináptica. Útil em paciente com sintomas iniciais ou estágios 
avançados. 
 
• Agonistas dopaminérgicos(pramipexol) – usadas em 
monoterapia nas fases avançadas. Retardam o inicio do uso de 
levodopa e a discinesia induzida por ela. Não se usa pergolida 
e cabergolina – risco de doença valvular cardíaca. 
• L-Dopa: é a mais eficaz como precursor da dopamina., 
repondo os estoques da subst. Negra. Para fazer efeito, o L-
Dopa deve penetrar no SNC e ser metabolizado em dopamina 
nos neurônios. Contudo, uma parte do fármaco sofre a ação da 
descarboxilase presente na mucosa intestinal e no plasma, 
convertendo-o em dopamina na periferia e acarretando dois 
problemas: (1) menos L-Dopa passa para o SNC – redução do 
efeito; (2) aumento da dopamina plasmática – efeitos adversos 
do tipo náuseas, intolerância gástrica, taquicardia, hipotensão 
arterial. Para evitar este problema, a formulação do L-Dopa é 
preparada associada a um inibidor da descarboxilase 
periférica (carbidopa ou benzerasida), na proporção 4:1 (ex.: 
250 mg de L-Dopa e 50 mg de carbidopa – Sinemet ou de 
benzerazida – Prolopa). O efeito do L-Dopa é maior na 
bradicinesia, rigidez e instabilidade postural, sendo menos 
eficaz no tremor. 
 
Neuro Doença de Parkinson 
O seu efeito torna-se cada vez menor após os primeiros 3 anos de 
tratamento. Nesse momento surgem diversos efeitos colaterais 
(alucinações, agitação, discinesias e o fenômeno liga/desliga – 
melhora do estado motor na primeira hora após a tomada do 
comprimido – “liga” – e piora importante no período restante – 
“desliga” –, até a próxima dose). Para evitar este problema, deve-
se associar ao L-Dopa a amantadina e/ou anticolinérgicos (se idade 
< 65 anos). 
• Os inibidores da COMT (tolcapone e entacapone) são úteis 
para prolongar os efeitos da levodopa. Eles são ineficazes 
quando em monoterapia. Estes medicamentos são 
principalmente usados para tratar pacientes com flutuações 
motoras como o fenômeno liga-desliga. 
• Nos casos de parkinsonismo refratário, indicasse o tratamento 
cirúrgico estereotáxico (palidotomia ou talamotomia).

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