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Abdomen Agudo Hemorrágico

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Abdômen Agudo Hemorrágico 
 
Epidemiologia 
A hemorragia intra-abdominal espontânea é rara. Está 
presente em aproximadamente 2% dos pacientes 
adultos que procuram os serviços de emergência com 
dor abdominal. Apesar de rara, pode ser fatal, com 
taxas de mortalidade que chegam a 40% nos pacientes 
não-operados e de 100% nos operados sem 
identificação do foco hemorrágico. 
Etiologia 
Doenças como a ruptura de aneurisma da aorta ou de 
outras artérias viscerais, o traumatismo abdominal, as 
neoplasias malignas de vísceras sólidas, os processos 
inflamatórios erosivos (pancreatite, por exemplo) e, 
nas mulheres, além dessas mencionadas, as afecções 
ginecológicas e obstétricas como a gravidez ectópica 
rota. 
Quadro Clinico 
A dor abdominal varia de intensidade e localização de 
acordo com a causa da hemorragia. Pode estar 
associada à manifestações de hipovolemia e choque. A 
apresentação clínica varia de acordo com o volume 
perdido, a velocidade da perda sanguínea, as 
condições gerais do paciente e a causa da hemorragia. 
Quando a perda sanguínea é lenta e inferior a 15% da 
volemia, o quadro pode passar despercebido. Nesta 
situação observa-se a pele pálida e fria, lentificação do 
enchimento capilar, pulso fino e aumento da 
frequência respiratória. Com a piora do quadro, os 
sinais ficam mais evidentes, surgindo a taquicardia, 
hipotensão, taquipnéia, redução do débito urinário e 
agitação. Nos casos de hemorragia intra-abdominal, 
súbita, maciça e contínua, o paciente pode evoluir 
rapidamente para o choque. 
 
 
 
Ruptura de Aneurisma 
Epidemiologia 
O aneurisma da aorta abdominal (AAA) ocorre em 5% 
a 7% das pessoas acima de 60 anos de idade e 
predomina no sexo masculino 
Fatores de risco 
 Consideram- se fatores de risco no desenvolvimento 
do AAA o sexo masculino, idade superior aos 65 anos, 
a hipertensão arterial, o tabagismo, a DPOC, a 
arteriosclerose, a síndrome de Marfan, a síndrome de 
Ehlers-Danlos e história familiar positiva para AAA. 
Quadro Clinico 
A localização do aneurisma e o local para onde o 
sangue extravasa determina o sítio da dor ou 
desconforto. Podem surgir também náuseas e 
vômitos. Ao exame físico, os achados de massa 
pulsátil (principal característica), são encontrados em 
menos da metade dos pacientes. A hipotensão 
arterial está presente em 25% dos casos no 
atendimento inicial. 
A maioria dos AAA é assintomática e detectados de 
forma ocasional em exames de diagnóstico por 
imagem realizados com outros objetivos 
Fisiopatologia e Diagnósticos 
Aneurisma é definido como uma dilatação focal e 
permanente da artéria com um aumento de pelo 
menos 50% do diâmetro normal do vaso. 
Os mecanismos mais aceitos para explicar a 
dilatação e a ruptura arterial são as alterações 
estruturais do tecido conjuntivo e/ou os 
distúrbios do metabolismo da matriz 
extracelular. 
Abdômen Agudo Hemorrágico 
As síndromes de Marfan e de Ehlers-Danlos, por 
exemplo, hereditárias do tecido conjuntivo, predispõem 
à formação de aneurismas e são associadas, em alguns 
relatos, ao etiopatogenia das dilatações arteriais. 
Muitos pacientes com AAA são assintomáticos e o diagnóstico é 
suspeitado no exame físico pela palpação de massa pulsátil. 
Nesses pacientes, o ultrasom ou a tomografia computadorizada 
confirma o diagnóstico. Se o diâmetro do aneurisma for menor 
que quatro centímetros, repete-se o exame em seis meses. 
O AAA pode romper-se anteriormente sangrando para a 
cavidade peritoneal ou posteriormente provocando 
sangramento retroperitoneal. Apenas 12% dos pacientes com 
ruptura do aneurisma sabem ser portadores de AAHE, 
corroborando o atual conceito da AAA. 
A presença de calcificação “em casca de ovo” 
delineando o perfil do aneurisma e a ausência de sinais 
radiológicos de abdome agudo de outra natureza, 
obstrutivo ou perfurativo, aliadas aos dados clínicos, 
sugeriam o diagnóstico. Nos pacientes estáveis 
hemodinamicamente, além do ultra-som, a tomografia 
computadorizada helicoidal e a ressonância magnética 
são métodos de grande utilidade no diagnóstico. Assim, 
o ultra-som tem o papel primordial de selecionar os 
pacientes para a tomografia. Esta tem a vantagem de 
permitir medir o diâmetro e a extensão do AAA, além de 
identificar as demais estruturas do abdome.

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