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O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR NA PRÁTICA DOCENTE

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NOME COMPLETO: SAMYRA SANTANA NAGIB
RGM: 24218421
CURSO: PEDAGOGIA
NOME DA ATIVIDADE: UNIDADE 2 - O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR NA PRÁTICA DOCENTE
INTRODUÇÃO 
Quando se propõe a trabalhar com crianças bem pequenas, deve-se ter como princípio, conhecer seus interesses e necessidades. Isso significa saber verdadeiramente quem são saber um pouco da história de cada uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária e a fase de desenvolvimento em que se encontra, além de considerar o tempo que permanecem na escola. Só assim pode-se compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, lembrando que, para elas, a fase inicial é a porta de entrada para uma vida social mais ampla, longe do ambiente familiar.
Cuidar e educar é impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade, peculiares à infância. Desta forma, o educador deve estar em permanente estado de observação e vigilância para que não transforme as ações em rotinas mecanizadas, guiadas por regras. Consciência é a ferramenta de sua prática, que embasa teoricamente, inova tanto a ação quanto à própria teoria. Cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos e de maneira compartimentada.
A criança é um ser completo, tendo sua interação social e construção como ser humano permanentemente estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu esforço particular e a mediação dos adultos como forma de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e responsabilidade.
Portanto, neste trabalho faz-se uma reflexão baseada na observação sobre o que consiste no cuidar e o educar, bem como, discute-se as bases do significado de cuidar e educar, ressaltando seu caráter de unicidade, ao invés de dupla tarefa.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA SOBRE O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR NA PRÁTICA DOCENTE
Quando se pensa em rotina no trabalho pedagógico na educação infantil, deve-se pensar em uma organização que permita que aconteça na instituição o suprimento das necessidades básicas da criança, considerando as especificidades das crianças e o desenvolvimento de sua aprendizagem.
Em uma rotina de qualidade, deve haver espaços para atividades previsíveis, como o momento da acolhida, da entrada, da roda de conversa, do lanche, do parque e da saída, e deve haver também espaços para momentos espontâneos, como brincar, correr, conversar etc. para se estabelecer uma rotina que respeite as necessidades das crianças, faz-se necessário perceber a criança como um sujeito ativo, permitindo um espaço para diálogo e reflexão. Na perspectiva de uma Educação Infantil de qualidade, ao vivenciar as atividades cotidianas bem como a sua autonomia, aprende também a questionar e expor suas ideias (DO VALE, 2012 p.119)
 Conforme Barbosa (2006) a rotina é importante para organização das atividades diárias em todas as instâncias da vida social. A forma de organizar a rotina na educação infantil ajuda a criança a se organizar, pois “[...] o desenvolvimento de atividades de cuidado e educação das crianças pequenas traduzem os objetivos, as concepções e as diretrizes que os adultos possuem com relação ao futuro das novas gerações” (BARBOSA, 2006, p 122). É necessário refletir sobre a prática pedagógica, para que a rotina não se torne um dificultador do trabalho. Conforme Do Vale (2012 p. 120) “a lógica temporal predominante na organização da rotina nas instituições que trabalham com crianças pequenas tem dificultado um trabalho educativo pedagógico que permita a formação do sujeito em suas múltiplas dimensões”.
REFLEXÕES SOBRE O CUIDAR, O EDUCAR E O BRINCAR NA PRÁTICA DOCENTE
Assim, pode-se dizer que a ludicidade contribui de forma significativa para que o processo ensino-aprendizagem se efetive com prazer, favorecendo desenvolvimento cognitivo, afetivo, emocional. É importante afirmar que os jogos pedagógicos não podem ser considerados atividades complementares e sim, atividades fundamentais para o desenvolvimento infantil. Visto que, brincando a criança vai construindo os alicerces da percepção e compreensão de mundo, e utilizando sistemas simbólicos, como capacidade e habilidade em perceber, criar, manter e desenvolver laços de afeto e confiança no outro e em si mesma, dessa forma desenvolvendo suas habilidades e competências.
Nessa perspectiva, pode-se afirmar que é preciso que a infância seja respeitada, tanto pela família quanto pela escola, pois a criança não é um adulto em miniatura. É muito importante que ela tenha as fases infantis respeitadas, pois a vida cobra as etapas não vividas. As necessidades lúdicas e afetivas da criança têm a mesma importância que as suas necessidades físicas. Se não forem atendidas, estará correndo riscos, desperdiçando as melhores oportunidades, quem sabe as únicas, de tornar-se uma criança integrada e capaz de ser feliz.
Enfim, o brincar cumpre uma dupla função: lúdica e educativa, ou seja, essa dualidade alia divertimento e prazer em aprender. Portanto, trabalhar com a ludicidade é dar vida às aulas. É abrir caminhos para um ensino-aprendizagem dinâmico e criativo, é envolver a todos, crianças, pais e educadores, propiciando uma aprendizagem significativa e prazerosa.
Pela importância do brincar na Educação Infantil educação, sugere-se que o brincar seja parte principal do planejamento diário das Escolas de Educação Infantil, que tenham objetivos claros, que o brincar seja valorizado e bem aproveitado. O fato de nem todas as escolas possuírem espaços específicos para brincar como pátio, sala de brinquedos, quadra, muitas vezes compromete o desenvolvimento de brincadeiras ao ar livre na escola, mas não quer dizer que a escola não possa proporcionar estes momentos em locais públicos existentes em seus bairros, como pracinhas, parques, quadras, campinhos.

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