Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Ácido úrico A quantidade de ácido úrico no organismo depende do seguinte: Certos medicamentos (por exemplo, diuréticos) e condições médicas (por exemplo, pressão alta) podem afetar a quantidade de ácido úrico que o organismo produz ou perde (principalmente através da urina). Purinas: alguns alimentos e bebidas contêm compostos chamados purinas. Purinas se transformam em ácido úrico no organismo. Carne e frutos do mar são ricos em purinas e podem aumentar os níveis de ácido úrico. As purinas encontradas em alimentos vegetais não aumentam os níveis de ácido úrico e não são uma preocupação. É importante gerenciar as condições abaixo: Excesso de peso ou obesidade; Pressão alta; Hiperlipidemias; Diabetes tipo 2; Doença cardíaca; Doença renal crônica. Sugestões para elaboração do Plano Alimentar: Diminua a gordura saturada e trans. Orienta-se uma dieta rica com alimentos à base de plantas e com alimentos que não são processados. Diminuir ou restringir o consumo de carne vermelha em 1 x na semana e evitar frutos do mar. O peixe é uma escolha saudável porque é rico em gorduras ômega-3 e pobre em gordura saturada. Suplementos de ômega-3 para complementar a dieta é uma boa opção para reduzir o processo inflamatório. Evite víscera (fígado, rim, coração) porque elas contêm altos níveis de purina. Escolha fontes de proteína vegetal com mais frequência: feijão, lentilha, oleaginosas e sementes sem sal. Embora alguns desses alimentos contenham purinas, eles não estão relacionados com aumentos no ácido úrico ou risco de sintomas de gota. Escolha leite com baixo teor de gordura (desnatado, 1%, 2%) e produtos lácteos. Exemplos incluem iogurte desnatado e/ou natural (0%, 1%, 2%) ou queijo com baixo teor de gordura (ricota, minas, coalhada). Estes alimentos têm pouca ou nenhuma purina e podem ajudar a diminuir os níveis de ácido úrico e o risco de ataque de gota. Faça dos legumes uma parte importante do Plano Alimentar. Recomenda-se pelo menos quatro porções de legumes por dia. Escolha frutas inteiras em vez de suco (pois na fruta encontra-se também fibras). Sugere-se pelo menos três porções de frutas por dia. Evite açúcar e alimentos e bebidas com alto teor de açúcar, como refrigerantes, bebidas de frutas industrializadas, cafés especiais, doces e sobremesas açucaradas, como doces, donuts, cookies, bolos e biscoitos. Limite de álcool. Até mesmo uma ou duas doses de bebidas podem aumentar o risco de um ataque de gota. Todo o álcool, e especialmente cerveja, pode aumentar o risco de ataques de gota. Evitar é a melhor solução. Fique bem hidratado. Apontar para beber 2-3 L de líquidos por dia. A água é a melhor escolha. Pode-se incluir chás antioxidantes no Plano Alimentar (veja no material extra do IAPP+ as receitas de chás). Se a perda de peso é uma meta para o paciente, a recomendação é que a perda de peso lenta e constante (pode-se adotar uma dieta Low Carb em casos de pacientes com Diabetes tipo 2). Perda de peso rápida ou seguir uma dieta rica em proteína animal não é recomendada porque pode aumentar os níveis de ácido úrico no sangue e a chance de um ataque de gota. O tratamento da gota é multifacetado, uma vez que essa população de pacientes apresenta outras comorbidades, como obesidade, diabetes mellitus, dislipidemia e hipertensão. Coletivamente, esses fatores de risco dependem da dieta e requerem uma estratégia de tratamento centrada na modificação dos hábitos nutricionais e nutricionais. Quando os níveis de ácido úrico são altos, os cristais podem se acumular nas articulações. Esse processo desencadeia inchaço, inflamação e dor intensa. Veja mais informações: Os ataques de gota geralmente ocorrem à noite e duram de 3 a 10 dias. O médico pode recomendar medicamentos para tratar sua dor. Estes podem incluir: o Anti-inflamatórios (AINEs), que podem reduzir a dor e o inchaço. Corticosteróides, como a prednisona, que são fortes hormônios anti- inflamatórios. o Colquicina, que funciona melhor quando tomado nas primeiras 12 horas de um ataque de gota. Outros medicamentos para reduzir os sintomas ou reduzir o acúmulo de ácido úrico no sangue. A maioria das pessoas que têm essa condição experimenta esses sintomas porque seus corpos não conseguem remover o excesso de ácido úrico com eficiência. Isso permite que o ácido úrico se acumule, cristalize e acomode-se nas articulações. Os alimentos gatilho são comumente ricos em purinas, uma substância encontrada naturalmente nos alimentos. Quando você digere as purinas, seu corpo produz o ácido úrico como um resíduo. As pesquisas mostram que restringir alimentos ricos em purinas e tomar a medicação apropriada pode prevenir ataques de gota. Alimentos que comumente desencadeiam ataques de gota incluem vísceras, carnes vermelhas, frutos do mar, cerveja e outras bebidas alcóolicas. Eles contêm uma quantidade moderada a alta de purinas: SUGESTÃO DE LEITURA: RICHETTE, Pascal; BARDIN, Thomas. Gout. The Lancet, [s.l.], v. 375, n. 9711, p.318-328, jan. 2010. https://www.niams.nih.gov/health-topics/gout https://www.niams.nih.gov/health-topics/gout E, ainda, a frutose e as bebidas açucaradas (industrializadas) podem aumentar o risco de ataques de gota e gota, apesar de não serem ricos em purinas. Abaixo segue alguns dos principais alimentos ricos em purinas, alimentos moderadamente ricos em purinas e alimentos com alto teor de frutose a serem evitados: Todas as carnes de órgãos: incluem fígado, rins, coração e cérebro Frutos do mar: camarão, lula, siri, caranguejo, ostras, dentre outros. Bebidas açucaradas: Especialmente sucos de frutas e refrigerantes açucarados (industrializados). Açúcares adicionados: mel, néctar de agave e xarope de milho rico em frutose (esses ingredientes fazem parte dos alimentos industrializados). Leveduras: levedura nutricional, levedura de cerveja e outros suplementos de levedura. Além disso, carboidratos refinados como pão branco, bolos e biscoitos devem ser evitados. Embora não sejam ricos em purinas ou frutose, são pobres em nutrientes e podem elevar os níveis de ácido úrico. SUGESTÃO DE LEITURA: CHOI, Hyon K; CURHAN, Gary. Soft drinks, fructose consumption, and the risk of gout in men: prospective cohort study. Bmj, [s.l.], v. 336, n. 7639, p.309- 312, 31 jan. 2008. Quais alimentos devo comer? Embora uma dieta amigável à gota elimine muitos alimentos, ainda há muitos alimentos com baixo teor de purina que pode-se ofertar: Frutas: todas as frutas geralmente são aceitáveis. Entretanto, se a pessoa estiver passando por uma dieta de emagrecimento e/ou com baixo teor de carboidratos sugere-se as de médio a baixo índice e carga glicêmica (limão, abacaxi, abacate, maçã, morango, amoras, frutas vermelhas em geral irão ajudar no processo inflamatório, pois são ricas em antioxidantes). Pode-se fazer vitaminas com frutas vermelhas, flocos de aveia e iogurtes com baixo teor de gordura e/ou natural). Legumes: Todos os vegetais são bons, incluindo batatas, ervilhas, abobrinha, cogumelos, berinjelas e vegetais de folhas verdes escuras. Leguminosas: Todas as leguminosas são boas, incluindo lentilhas, feijão, soja e tofu. Oleaginosas: Todas as nozes e sementes. Cereais integrais: incluem aveia, arroz integral, arroz vermelho, preto, dentre outros cereais. Produtos lácteos: Todos os laticínios são seguros, mas laticínios com baixo teor de gordura parecem ser especialmente benéficos. Ovos. Bebidas: Café, chá e chá verde. SUGESTÃO DE LEITURA: A SINGH, Jasvinder; REDDY, Supriya G; KUNDUKULAM, Joseph. Risk factors for gout and prevention: a systematic review of the literature. Current Opinion In Rheumatology, [s.l.], p.190-202, fev. 2011. JURASCHEK, Stephen P et al. Effects of LoweringGlycemic Index of Dietary Carbohydrate on Plasma Uric Acid: The OmniCarb Randomized Clinical Trial. Arthritis & Rheumatology, [s.l.], p.1281-1289, nov. 2015. Ervas e especiarias: Todas as ervas e especiarias (pode-se utilizar frescas e desidratadas). Óleos vegetais: dê preferência ao azeite de oliva, de linhaça, abacate ou girassol. SUGESTÃO DE LEITURA: SHULTEN, P. et al. The role of diet in the management of gout: a comparison of knowledge and attitudes to current evidence. Journal Of Human Nutrition And Dietetics, [s.l.], v. 22, n. 1, p.3-11, fev. 2009. GARREL, D R et al. Milk- and soy-protein ingestion: acute effect on serum uric acid concentration. The American Journal Of Clinical Nutrition, [s.l.], v. 53, n. 3, p.665-669, 1 mar. 1991.
Compartilhar