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Streptococcus agalactiae (Fontes: Trabulsi, Athernum, Google Images) História/Epidemiologia? • 1887 - Isolado a partir do leite bovino, relacionado com a causa da mastite bovina • 1930 – Encontrado em secreções vaginais de pacientes assintomáticas, associado com sepse e pneumonia puerperal/neonatal • 1970 – confirmado como patógeno em seres humanos • Causa frequente de bacteremias, pneumonias e meningites em crianças com idade inferior a 3 meses de idade • Pode infectar também as mães puérperas, idosos e adultos (imunossupressão ou nosocomial) • Fatores socioeconômicos do tratamento podem influenciar a infecção por streptos B Características • Apresenta um antígeno específico em sua parede celular: antígeno de grupo B (classificação de Lancefield - identificação) o Polissacarídeo ▪ Estrutura central: ramnose, glicose e fosfato ▪ Cadeias laterais trissacarídicas: ramnose, galactose e N- acetilglicosamina • Características morfológicas, nutricionais e fisiológicas comuns aos outros estreptococos o Peculiaridades ▪ Produção do fator CAMP ▪ Capacidade de hidrólise do hipurato (?) • Considerada beta-hemolítica, apesar da variabilidade nas capacidades de hemólise das amostras Patogênese: como é o processo de infecção por esta bactéria? • Coloniza assintomaticamente os tratos genital e intestinal (no caso da infecção neonatal, os femininos) • Causa infecções graves em recém-nascidos o Imaturidade do sistema imune do bebê o Pode infectar idosos e adultos imunossuprimidos • Etapa crítica: colonização reto-vaginal da grávida o Adere muito eficientemente ao epitélio vaginal, placenta, boca, faringe, superfície alveolar o Transmissão vertical da bactéria e início da infecção neonatal • Duas possibilidades: o 1 – Dentro do útero, aspiração de líquido amniótico contaminado o 2 – Contato com secreção vaginal materna durante o parto • Invasão das células epiteliais alveolares (etapa decisiva) o Evasão dos macrófagos pulmonares (menor quantidade no recém-nascido, menos ainda em prematuros) o Força sua endocitose, sobrevive dentro das células epiteliais – Pneumonia (lises celulares) o Passa e entra na circulação sanguínea – Bacteremia o Fatores de virulência reduzem muito a eficiência dos fagócitos o Dissemina-se e prolifera nas meninges, ossos e articulações o Choque séptico – indução de citocinas pró-inflamatórias pela bactéria • Diagnóstico: Microscopia, antígenos para grupo B (pouco sensíveis), cultura em meio seletivo (mais sensível), reação em cadeia da polimerase (PCR), teste para fator CAMP (presente nos estreptococos de grupo B) • Tratamento: penicilina G, associação com cefalosporinas e/ou aminoglicosídeos (evidência recente de alguma resistência); para alérgicos a beta-lactâmicos: eritromicina; prevenção: antibiótico profilático parenteral durante o parto; estudos sobre desenvolvimento de vacinas, nenhuma presente Fatores de virulência: O que faz a bactéria conseguir permanecer nos tecidos, driblar as defesas corporais, e se aproveitar dos nutrientes celulares? • Grau de virulência associado às estruturas na superfície da bactéria • Gram-positiva – parede celular o Peptideoglicano o Carboidratos o Ácido teicoico o Proteínas • Capacidade de aderência a diferentes tipos de células epiteliais – vários componentes na parede celular o Cápsula ▪ Inibição da fagocitose e da ativação do sistema do complemento (ácido siálico) na ausência de anticorpos específicos a ela o Ácido lipoteicoico o Várias proteínas superficiais (antigênicas) – função de aderência aos tecidos ▪ Expressão variável ▪ Família Alp – ligam-se às células epiteliais humanas ▪ C-beta – evasão do sistema imunológico ▪ Lipoproteína ligante à laminina – aderência à membrana basal ▪ Proteínas ligantes à fibronectina, fibrinogênio e queratina (epitélio pulmonar, pele, vagina) ▪ GA-3-DPH: enzima da via glicolítica; na superfície bacteriana, liga-se a componentes da matriz extracelular tecidual (ex. plasminogênio e plasmina) o Pili – adesão à células hospedeiras, formação de biofilmes, resistência a fagócitos e peptídeos antimicrobianos (anticorpos) o Enzimas ▪ C5a peptidase – quebra e inativa parte do sistema do complemento, impede fagocitose ▪ Hialuronidase – maior permeabilidade tecidual, facilita disseminação ▪ Beta-Hemolisina – forma poros nas membranas celulares de diferentes células, destrói tecidos e causa hemólise o Fator CAMP – liga-se às imunoglobulinas G e M, também é usado na identificação da cepa o Outros o *Evidência genômica comparativa de compartilhamento horizontal de genes entre outros estreptococos
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