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Maria Fernanda Moncorvo – T5 1 - Imunização ativa (contém antígenos) • Indivíduo estimula seu próprio sistema imunológico a produzir anticorpos e célula de memória, mediante contato com um antígeno • Natural – ex: criança adquire sarampo e cria anticorpos • Artificial – ex: vacina - Imunização passiva (contém anticorpos) • Indivíduo recebe anticorpos prontos • Natural – ex: através da gestação e amamentação; transferência de anticorpos da mãe para o filho • Artificial – ex: indivíduo picado por escorpião que recebe soro; transferência de anticorpos após a exposição ao antígeno, que a pessoa não possui imunidade • Como funciona: o anticorpo é capaz de neutralizar antígenos rapidamente. O antígeno que é neutralizado pelo anticorpo é fagocitado pelas células de defesa (opsonização) - Imunização passiva artificial (soro homólogo) • Doador humano, podendo o anticorpo ser uma imunoglobulina específica • Doadores humanos que receberam imunização ativa recente ou de convalescentes de doença infecciosa contra a qual se pretende proteger • Ex: hepatite B, antitetânica, antirrábica, palivizumabe - Imunização passiva artificial (soro heterólogo) • Doador animal, principalmente equinos • Ex: soro antitetânico, antirránico, antidiftérico • Ex: soro antiveneno (aranha, escorpião, serpente) Imunização passiva Imunização ativa Ação: Imediata Demorada Proteção: Temporária Duradoura Memória imunológica: Não Sim - Vacina de patógeno atenuado (vivo): • Patógeno vivo, porém enfraquecido • Resposta imune: LTCD4 de memória, LTCD8 de memória, IgG e linfócito B de memória → no caso da VOP incluir IgA que neutraliza poliovírus no intestino • EX: vacina da febre amarela e VOP - Vacina de patógeno inativado (morto): • Patógeno morto com formol • Resposta imune: LTCD4 de memória, IgG e linfócito B de memória • EX: VIP e influenza - Vacina de subunidade (toxóide): Contém toxoides diftérico e tetânico, derivados das toxinas produzidas pelas bactérias causadoras das doenças; LTCD4, IgG e linfócito B - Vacina de subunidade (conjugada): Antígeno polissacarídeo conjugado a uma proteína; LTCD4, IgG e linfócito B - Vacina de subunidade (recombinante): Antígeno obtido por técnica de DNA recombinante; LTCD4, IgG e linfócito B - Vacinas de primeira geração: patógeno inteiro - Vacinas de segunda geração: fragmento do patógeno (antígeno / subunidade) - Vacinas de terceira geração: material genético do patógeno (em teste) Maria Fernanda Moncorvo – T5 2 - Reação exagerada, maior do que aquela considerada normal, do sistema imune - Causas: reposta imune exagerada contra microrganismos, doenças autoimunes ou resposta imune contra antígenos ambientais - O sistema imune responde ao agente estranho causando dano tecidual, ao invés de proteger o organismo - Acontece a partir de falhas na maturação dos linfócitos → não sabem o que devem atacar e acabam atacando erroneamente as células - Hipersensibilidade do tipo 1: • Imediata ou anafilática • Acontece minutos após a exposição, mais ou menos 30min • Além da resposta imediata, esse tipo de hipersensibilidade apresenta uma fase tardia de resposta • Frente a uma exposição a alérgenos, os indivíduos muito sensíveis (alérgicos) respondem com uma alta produção do anticorpo IgE • O tratamento para esse tipo de hipersensibilidade exige o uso imediato de epinefrina • INDIVÍDUOS ATÓPICOS: exacerbada produção de TH2 e anticorpo IgE em resposta a exposição aos alérgenos • INDIVÍDUOS NÃO ATÓPICOS: desenvolvem anticorpos IgM e IgG ao invés do IgE para a mesma exposição aos alérgenos - Sequência de eventos: • Sensibilização: primeiro contato do alérgico com o alérgeno, esse contato permite que os IgE se liguem aos mastócitos antes da fase efetora • Fase efetora: antígeno se liga ao IgE estimulando a liberação de mediadores que geram alterações vasculares - Mediadores: • Fase imediata: liberação de histamina e heparina, causando vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e extravasamento do plasma • Fase tardia: consiste no aparecimento de inflamação e acúmulo de neutrófilos, eosinófilos, basófilos e células de TH2 o Prostaglandina é liberada causando a contração da musculatura brônquica, aumento na permeabilidade vascular e a vasodilatação - Tratamento: dessensibilização • Administração repetida de baixas doses de alérgenos • Induz a tolerância de células T • Reduz a ativação do sistema imune contra o alérgeno - Hipersensibilidade do tipo 2 (citotóxica): • Células citotóxicas tem a capacidade de destruir outras células através da liberação de substâncias • Anticorpos IgM ou IgG se ligam à um “antígeno” em células ou em tecidos • Os anticorpos IgM ativam o sistema complemento Maria Fernanda Moncorvo – T5 3 • Os anticorpos IgG recrutam células inflamatórias (fagócitos) que liberam citocinas • Tais mecanismos geram a perda da homeostase celular devido a inflamação • IgG e IgM causam dano tecidual por meio da ativação do sistema complemento, esse sistema faz opsonização (marca células para fagocitose) • Tratamento: imunização passiva RhoGAM (anticorpo IgG anti Rh+) - Hipersensibilidade do tipo 3 (imunocomplexa): • Envolve anticorpos contra antígenos solúveis circulantes no soro – formação de imunocomplexos • Formação dos imunocomplexos circulantes ➔ junção dos antígenos com os anticorpos IgM e IgG circulantes no organismo através do sangue • O complexo imune se deposita nos vasos induzindo uma resposta inflamatória nos tecidos - Sequência de eventos da tipo 3: • Fase 1: formação do complexo imune → anticorpo (IgM ou IgG) + antígeno • Fase 2: complexo imune se deposita nos vasos e nos tecidos • Fase 3: reação inflamatória e dano tecidual, atraindo neutrófilos que liberam enzimas - Hipersensibilidade do tipo 4 (tardia ou granulomatosa): • Acontece de 24 - 72 horas após o contato com o antígeno • É mediada por linfócitos T • Envolvem células Th1 e células T citotóxicas em resposta a exposição ao antígeno • Os linfócitos T são apresentados aos antígenos, por meio das APC via MHC de classe I ou II • Linfócitos começam a secretar citocinas • As citocinas estimulam células pró- inflamatórias (macrófagos e neutrófilos) • No local onde houve liberação de citocinas, começa a acontecer lesão tecidual • Necessita da interação do receptor celular com o antígeno via MHC para que haja liberação de citocinas e então a inflamação propriamente dita - Sequência de eventos da tipo 4: • Estágio de sensibilização o Apresentação do antígeno às células T por APCs o Liberação de citocinas o Diferenciação das células T em T1 e T17 • Estágio de desencadeamento: o Apresentação do antígeno às células T pelas APCs o Ativação de Th1 e Th17 o Liberação de citocinas o Recrutamento e ativação de macrófagos • Th1: ativam macrófagos e neutrófilos • Th17: aumentam a resposta inflamatória Maria Fernanda Moncorvo – T5 4 - É definida como a não responsividade de linfócitos a um antígeno próprio, induzida pela exposição prévia a esse mesmo antígeno - A tolerância ocorre com os linfócitos e anticorpos, devido a memória imunológica - O sistema imunológico tem como principal função combater ou tolerar os antígenos no organismo - Antígeno: qualquer fragmento que induza uma resposta imunológica - O sistema imune precisa: • Tolerar as células próprias do organismo • Tolerar as células não próprias do organismo que não são patológicas, fazem bem ao corpo • Combater células não próprias do organismo que são patológicas, fazem mal ao corpo - As células responsáveis por combater ou tolerar são os linfócitos T e os linfócitos B - Linfócitos B: • Produzidos e maturados na medula óssea• Tem um importante papel na imunidade humoral e são essenciais no sistema imune adaptativo • A sua principal função é a produção de anticorpos • Quando ativados, se diferenciam em plasmócitos ou células de memória • Plasmócitos: células que foram expostas ao antígeno e secretam anticorpos para destruí-lo → ativam o sistema inume complementar • Células de memória: memorizam a sua exposição aos antígenos e se houver uma segunda exposição a ele respondem rapidamente • Para que reconheçam o próprio e o não próprio, obedecem a LEI DO TUDO OU NADA • Ou seja, um linfócito B não pode reconhecer e não reagir a uma célula patológica ➔ ou ele reconhece essa célula e reage a ela, ou ele nem reconhece • Se o linfócito B reconhecer a célula patológica, ele reage fazendo com que a célula sofra morte celular por necrose ou apoptose • Se o linfócito B não reconhecer o antígeno, este passará para os órgãos linfoides secundários comandados pelo linfócito T - Linfócitos T: • Produzidos na medula óssea e maturados no timo • Depois que amadurecem no timo, entram no sistema linfático e funcionam como parte do sistema imune de vigilância • Tem a função de coordenar a defesa imunológica contra antígenos através da produção e liberação de citocinas • Para que haja resposta imunológica, diferentes linfócitos B precisam se ligar a proteína de membrana das células chamada de MHC • Se diferenciam em TCD8 e TCD4 • Para que as células de defesa T reconheçam o próprio e o não próprio elas dependem da expressão de um gene chamado AIRE • Esse gene está presente na glândula do timo e é responsável por controlar a expressão de auto antígenos apresentando aos timócitos (células T imaturas) quais as Maria Fernanda Moncorvo – T5 5 proteínas constituem o próprio e o não próprio • A seleção positiva e a seleção negativa definem quais são as células que devem permanecer e quais as células devem ser eliminadas do organismo - Processo de maturação: • Para que as células saibam o que é próprio e o que não é próprio é necessário que os linfócitos sejam maturados ➔ cada um em seu respectivo lugar • Uma vez maturados, os linfócitos são armazenados nos órgãos linfoides secundários onde são ativados e começam a atuar tolerando ou combatendo conforme “aprenderam” • É nessa etapa de maturação que recebem seus receptores de membrana • Os linfócitos T se comunicam através de receptores TCR • Os linfócitos B se comunicam através de receptores BCR • As células criam os seus receptores a partir de um processo de aleatoriedade chamado de “splicing alternativo” - Seleção Negativa: • Linfócitos T imaturos que reconhecem antígenos próprios com ALTA afinidade (LINFÓCITOS AUTORREATIVOS) ou NÃO RECONHECEM podem sofrer apoptose (deleção clonal) ou se desenvolverem em linfócitos Treg (subpopulação LTCD4) - Seleção Positiva: • Linfócitos T imaturos que reconhecem antígenos próprios com BAIXA afinidade (correto reconhecimento: MHC II/LTCD4 e MHC I/LTCD8) sobrevivem e migram para os órgãos linfóides secundários Maria Fernanda Moncorvo – T5 6 - Células do sistema imunológico agindo contra células próprias do organismo → linfócitos T e linfócitos B - Falha na tolerância imunológica de forma que haja resposta imune específica contra antígenos próprios - Para que ocorra a autoimunidade, alguns mecanismos precisam apresentar erros, como: • Defeitos no processo de seleção negativa na tolerância imunológica ➔ falha na deleção de linfócitos B e T autorreativos • Defeito no processo de morte celular (apoptose) de linfócitos autorreativos maduros • Defeitos na edição de receptores de linfócitos B • Defeitos nos linfócitos T reguladores ➔ regulam a resposta imune e mantem a auto tolerância → regulam a ação de outros linfócitos - As doenças autoimunes surgem devido a junção de fatores genéticos e ambientais (genótipo + fenótipo) - Fatores genéticos: • Autoimunidade induzida por meio de alterações genéticas • Alguns genes aumentam a probabilidade de um indivíduo desenvolver uma doença autoimune • Esses genes são passados hereditariamente • A mutação pode ser em um gene associado ao MHC ou gene não associado ao MHC; • Os genes que causam a autoimunidade são principalmente ligados ao MHC • As falhas nos genes associados ao MHC fazem com que essas células deixem de reconhecer os antígenos • Mutações herdadas em alelos do gene HLA (alelos DR3 e DR4) aumentam em 25% a chance de a pessoa desenvolver diabetes tipo 1 - Fatores ambientais: • Autoimunidade induzida através da presença de microrganismos • As infecções virais e bacterianas contribuem para o desenvolvimento de inflamação • Um processo inflamatório contra um antígeno não próprio pode desencadear um processo de autoimunidade através do mimetismo molecular ou da ativação expectadora - Mimetismo molecular: • Um antígeno não próprio adquire as características de um antígeno próprio • O sistema imune responde a esse mimetismo de duas maneiras: ou ele reconhece esse antígeno não próprio ou não reconhece • Se não reconhece: o antígeno deixa de ser combatido pelo sistema Maria Fernanda Moncorvo – T5 7 imune; consegue exercer suas funções patológicas sem intervenção • Se reconhece: antígeno passa a ser combatido; como esse antígeno passou pelo processo de mimetismo molecular, as suas características são iguais às de uma célula própria; o organismo deixa de diferenciar o que é ou não próprio e ataca todas as células - Ativação Expectadora: • Um antígeno não próprio induz a ativação e o reconhecimento de APCs teciduais residentes ➔ essas células passam a reconhecer e apresentar mais antígenos aos anticorpos • Aumentam a secreção de citocinas • Essas mesmas células que foram ativadas apresentam antígenos próprios aos linfócitos de forma que eles passem a reconhecer e combater Maria Fernanda Moncorvo – T5 8 - São doenças causadas a partir de falhas e/ou defeitos no sistema imunológico - A principal consequência das imunodeficiências é o aumento da susceptibilidade a infecção - A imunodeficiência pode ser resultado de defeito no desenvolvimento ou da ativação dos linfócitos ou de defeitos nos mecanismos efetores da imunidade inata e adaptativa - Imunodeficiência primária: • Também chamada de imunodeficiência congênita • São causadas por defeitos genéticos que impedem a maturação ou função de diferentes componentes do sistema imune • Os defeitos genéticos podem ser nos genes autossômicos ou no cromossomo X • Esse tipo de imunodeficiência envolve falhas em diferentes mecanismos, sendo eles: o Falha em componentes do sistema inato ➔ via complemento ou dos fagócitos o Falha no desenvolvimento de linfócitos B e T➔ causadas por mutações em genes específicos que resultam na produção deficiente de anticorpos o Falha nas respostas dos linfócitos maduros aos estímulos antigênicos - Imunodeficiência Secundária: • Também chamada de imunodeficiência adquirida • Não são doenças hereditárias, mas são doenças adquiridas ao longo da vida • São causadas por diversos mecanismos patogênicos • A imunossupressão pode ocorrer nas seguintes situações: o Como uma complicação biológica de uma doença o Como complicações do tratamento de outras doenças o Pode ser adquirida por uma infecção que afeta as células do sistema imune ➔ a mais importante delas é a infecção pelo HIV Maria Fernanda Moncorvo – T5 9 - Geralmente realizados parasuprir um déficit funcional do organismo do receptor - A reposta imune do receptor em relação ao órgão recebido do doador pode variar - Existem diferentes tipos de enxertos, envolvendo o doador e o receptor do órgão Tipos de transplante: • Autólogo: o Também chamado de auto enxerto o Transplante de um indivíduo para ele mesmo o Resultado 100% compatível sem chances de haver rejeição • Singênico: o Também chamado de iso enxerto o Transplante entre gêmeos univitelinos o Resultado 100% compatível sem chances de haver rejeição ➔ compartilham o mesmo material genético • Alogênico: o Também chamado de alo enxerto o Transplante entre indivíduos da mesma espécie (de humano para humano) o Resultado não é 100% compatível com chances de haver rejeição → não compartilham do mesmo material genético • Xenogênico: o Também chamdo de xeno enxerto o Transplante entre indivíduos de espécies diferentes (animal → humano) o Resultado não é 100% compatível com grandes chances de haver rejeição ➔ material genético muito diferente - O processo de rejeição consiste na ação do sistema imune contra aquele órgão recebido ➔ o sistema imune do receptor reage aos antígenos do órgão do doador, reconhecendo-os como estranhos e começa a ataca-lo - Se a reposta imune do sistema imunológico do receptor for baixa, maiores são as chances daquele órgão ser aceito no organismo ➔ menos atacado - Como forma de “driblar” a rejeição do organismo do receptor faz se o uso de fármacos imunossupressores - Imunossupressores: medicamentos que diminuem a ação do sistema imune e evitam a rejeição de órgãos transplantados - IMPORTANTE: Como consequência do uso dos imunossupressores, o indivíduo fica com uma maior susceptibilidade a adquirir infecções e a desenvolver tumores ➔ sistema imune com ação diminuída - As principais moléculas que geram rejeição do transplante são as células do MHC - Quando o doador doa um órgão de MHC diferente do organismo do receptor, o seu sistema imune passa a agir contra ele - O reconhecimento do MHC do órgão doado no organismo do receptor se dá através das células T O reconhecimento se dá de duas formas: - Apresentação direta: • TCD8 ➔ MHC1 Maria Fernanda Moncorvo – T5 10 • É direta quando o MHC alogênico (do doador) é apresentado intacto para a célula T do receptor • APC do doador possui o seu MHC expresso na membrana, que é diferente do MHC do receptor, mesmo assim ela o apresenta para a célula T do receptor • O MHC do doador é estranho ao organismo do receptor, então, as células T do receptor são ativadas • A APC alogênica tem uma ação co- estimulatória, dando sinais para a célula T do receptor para que haja uma reposta de rejeição • A reposta imune do receptor é iniciada quando há apresentação de MHC diferente do seu e quando há ativação das células T por meio da ação co-estimulatória da APC alogênica - Apresentação indireta: • TCD4 ➔ MHC11 • O MHC alogênico (do doador) é processado e apresentado como um antígeno comum por uma APC do receptor para as células T • O tecido enxertado expressa MHC do doador, que é diferente do MHC do receptor • A APC do receptor reconhece o MHC alogênico, percebe que aquelas células não são próprias, induzindo uma reposta contra elas • As células apresentadoras de antígeno fagocitam o MHC desconhecido e o processam • As APC apresentam o MHC alogênico processado para as células T através do seu MHC próprio • Ao serem apresentados, as células T reagem ao MHC alogênico induzindo uma reposta imunológica Tipos de Rejeição: - Rejeição Hiperaguda: • Acontece nos primeiros dias depois de realizado o transplante • O receptor possui anticorpos pré- formados que, ao entrarem em contato com o enxerto iniciam uma resposta de rejeição em pouco tempo • Os anticorpos do receptor se ligam aos antígenos endoteliais do tecido doador • Os anticorpos presentes no endotélio iniciam uma resposta inflamatória • A inflamação acaba por gerar a morte do órgão por isquemia => deixa de receber o suprimento sanguíneo necessário - Rejeição Aguda: • Acontece nos primeiros meses depois de realizado o transplante • Principalmente linfócitos TCD8 reconhecendo antígenos endoteliais (vasos) • Anticorpos iniciam uma resposta inflamatória que gera oclusão do vaso • A inflamação acaba por gerar a morte do órgão por isquemia - Rejeição Crônica: • Acontece anos depois do transplante ser realizado • Linfócitos TCD4 ativam a ação de macrófagos que liberam citocinas gerando inflamação • O processo inflamatório gera uma proliferação de células musculares lisas dos vasos que gera oclusão do vaso; • Morte do órgão por isquemia Maria Fernanda Moncorvo – T5 11 - O tumor é caracterizado por ser a proliferação anormal de um grupo de células não controladas pelo organismo - Características principais das células neoplásicas: • Sinais contínuos de proliferação • Evasão de sinais supressores de crescimento • Invasão e metástase • Imortalidade • Induzir angiogênese • Resistir a morte celular - Mutações nos genes estimuladores (proto- oncogenes) e genes bloqueadores da divisão (supressores) podem levar a desregulação do ciclo celular - Proto oncogenes: genes que promovem a proliferação celular (genes relacionados ao controle do ciclo celular). Quando super expressos, causam câncer (ex: MYS e RAS) - Genes supressores tumorais: genes que promovem a parada do ciclo celular e apoptose. Quando inibidos, causam câncer (ex: P53, RB, BCL2, ABL) - As células tumorais se dividem em dois tipos: - ATEs Antígenos Tumor-Específico: • Antígenos expressos apenas em células tumorais • Antígenos que as células tumorais passam a expressar que ajudam o sistema imunológico a perceber sua presença no organismo • Expressam um gene tumoral de forma que sistema passe a reconhecer como uma célula não própria - AATs/ TATA Antígenos Associados ao Tumor: • Expressos em todas as células do organismo • As células tumorais passam a apresentar uma super expressão desse gene → mais proteínas sendo produzidas - Ação do Sistema Imune: • A ação de controle do sistema imunológico contra tumores se inicia pela imunidade inata com as células NK e pela imunidade adaptativa com os linfócitos TCD8 • NK possui receptores de ativação de citotoxicidade (KARs) que reconhecem as moléculas de estresse (MICA/ MICB) expressas nas células tumorais e levam a morte celular, gerando corpos apoptóticos • Esses corpos apoptóticos são fagocitados e iniciam a resposta imune adaptativa • Os linfócitos TCD8 reconhecem as células nucleadas que expressam MHC de classe I → passam a ter dificuldade de reconhecimento das células tumorais pois, elas têm pouca expressão de MHC I devido as mutações sofridas nas células • Essas células utilizam a citotoxicidade para combater os antígenos no organismo → induzem a liberação de citocinas para levar a morte celular • TNF e IFN são secretadas por macrófagos ativados e possuem atividade antitumoral • TNF-ALFA → inibe angiogênese • IFN-GAMA → inibe a proliferação de células tumorais Maria Fernanda Moncorvo – T5 12 • Anticorpos gerados levam há ativação da via clássica do sistema complemento - Sistema Complemento: • A ativação se dá pelo reconhecimento da célula tumoral pelo linfócito TCD4 • Quando o TCD4 é ativado, ele recruta a célula Th2 e linfócitos B • Os linfócitos B quando ativados, passam a produzir anticorpos, ativando a via clássica do sistema complemento • As moléculas do sistema complemento se ligam ao anticorpo afim de ativá-los • Uma porção dos anticorpos se ligam as células do sistema complemento e a outra porção se liga ao antígeno (célula tumoral nesse caso) • A 1ª célulaa se ligar ao anticorpo é a C1 • Quando a C1 se liga ao anticorpo, passa a ativar as outras células do sistema complemento Eliminação das células tumorais do organismo: - Aumento de FASL: • Células tumorais começam a expressar FASL (faz ligante) • Com o aumento da expressão dessas moléculas receptoras, as células tumorais passam a se ligar nas células do sistema imunológico mais facilmente • FASL é um receptor de morte que estimula a via extrínseca de apoptose induzindo a morte celular • A célula tumoral aumenta a expressão de receptores desse tipo para conseguir se ligar aos receptores das células do sistema imune - Aumento de PDL – 1: • Células tumorais começam a expressar PDL – 1 • As células tumorais passam a se ligar nos linfócitos T fazendo com que elas entrem no estado de ANERGIA • Anergia é o estado de inativação daquelas células → células T não conseguem exercer a sua função • Fármaco NIVOLUMAD impede a ligação PD1 → estado de anergia não acontece - Inibição por CTLA-4: • Receptor que a célula T expressa • Quando a molécula B7 se liga ao receptor CTLA-4 a célula T é inibida → deixa de exercer sua função • B7: molécula coestimulatória Maria Fernanda Moncorvo – T5 13 - Exame barato e de fácil execução - Avalia de forma quantitativa e morfológica os elementos figurados do sangue - Todos os elementos figurados do sangue são oriundos de uma célula tronco - Esse exame é composto por 3 partes: • Eritrograma: análise da série vermelha do sangue/ hemácias • Leocograma: análise da série branca do sangue/ leucócitos • Paquetograma: análise de plaquetas - Eritrograma: • Determinação do perfil hematológico da série vermelha do sangue • Para fazer essa análise é necessário avaliar os seguintes aspectos: o Tamanho o Coloração o Morfologia o Quantidade o Dosagem de hemoglobina • Para saber o padrão de normalidade é necessário avaliar se a concentração está normal E: quantidade de eritrócitos Hb: concentração de hemoglobina; abaixo do VR → anemia Ht: concentração de eritrócitos no plasma VCM: tamanho do eritrócito; acima do VR → eritrócito macrocítico; abaixo do VR → eritrócito microcítico HCM: coloração dos eritrócitos (peso da hemoglobina); abaixo do VR → eritrócito hipocrômico CHCM: coloração dos eritrócitos (concentração de hemoglobina); abaixo do VR: eritrócito hipocrômico RDW: população de eritrócitos é homogênea ou não em relação ao seu formato? Acima do VR: poiquilocitose - Normocíticas e normocrômicas → tamanho normal e cor normal: • VCM normal • HCM normal • CHCM diminuído/normal - Microcíticas e hipocrômicas → tamanho diminuído e pouco coradas: • VCM diminuído • HCM diminuído • CHCM diminuído/normal - Macrocíticas e normocrômicas → tamanho aumentado e cor normal: • VCM aumentado • HCM aumentado/normal • CHCM diminuído/normal - Anemia: estado caracterizado pela diminuição dos níveis de hemoglobina no sangue COM ou SEM diminuição do hematócrito de acordo com a idade, sexo e altitude para indivíduos normovolêmicos OBS: não basta diagnosticar a anemia, é preciso classifica-la de acordo com o tamanho e coloração do eritrócito - Leucograma • Determinação do perfil hematológico da série branca do sangue, leucócitos • A análise dos leucócitos se dá a partir da sua quantidade, morfologia e da presença de inclusões celulares Maria Fernanda Moncorvo – T5 14 • Os principais diagnósticos de leucocitose são: infecção por bactéria, por helminto ou alergia - Paquetograma • Teste que determina o perfil hematológico das plaquetas, avaliação da morfologia e determinações de volume plaquetário • Quando o valor de referência estiver muito acima do normal recebe o sufixo OSE → plaquetose/ trombocitose • Quando o valor de referência está muito abaixo do normal recebe o sufixo PENIA → plaquetopenia/ trombocitopenia - Desvio a esquerda: • Quando não há a maturação completa do neutrófilo → deixa de apresentar a célula na forma segmentada • Os neutrófilos não conseguem completar a hematopoese e passam a apresentar altos níveis de células “interminadas” → geralmente são altos níveis de bastonetes, mas podem ser de qualquer célula no hemograma • Relacionado a infecções bacterianas (meningite) OBS: menos comum → desvio a direita • Célula passa a ser maturada até demais → hipersegmentação dos neutrófilos Maria Fernanda Moncorvo – T5 15 – - Locais de infecção dos patógenos: • Tecido moles: o Epiderme o Derme/ folículo piloso o Subcutânea (gordura) o Fáscia muscular o Músculo - Barreiras da epiderme: • Pele integra (barreira física) • Epitélio estratificado queratinizado, estrato córneo (descamação) • Umidade limitada • pH ácido (barreira química), ácidos graxos e ácido propiônico produzidos por bactérias • Lisozima • Defensina (peptídeo antimicrobiano secretado pelos queratinócitos) • Salinidade (suor) • Microbiota residente (barreira biológica) / antagonismo microbiano • Excreções: sebo, ureia etc - Se a barreira da epiderme não for suficiente, os macrófagos entram em ação - Influenciam na perda da integridade: mordedura, picada de insetos, traumas, cirurgias - Epiderme: • Queratinócitos (secretam defensinas e citocinas inflamatórias) • Células de Langerhans epidérmica (APC / DC) • LTCD8 - Derme: • Mastócitos • Macrófagos • LTCD4 / LTCD8 (efetivos e/ou memoria) • Célula dendrítica dérmica • Plasmócitos - Células de Langerhans epidérmica capturam o antígeno e migram para a derme e posteriormente para linfonodos, através de vasos linfáticos, ATIVANDO a resposta imune adaptativa - Características das lesões de pele • Vesículas (lesões pequenas e cheias de fluidos) • Bolha (lesões maiores e cheias de fluido) • Mácula (lesões planas e frequentemente avermelhadas) • Pápulas (lesões elevadas, quando tem pus, são chamadas de pústulas) Staphylococcus aureus • Morfologia: estafilococo, gram positivo • Fatores de crescimento: mesófilos, anaeróbios facultativos • Características bioquímicas: objetiva identificar o patógeno • Principal bactéria de feridas cirúrgicas • Bactéria mais frequente de bacteremia, podendo evoluir para sepse • Cepas resistentes a antibióticos. EX: MRSA, comum em iinfecções hospitalares • Encontrada em: muco nasal, pele, intestino, faringe, vagina etc - Gênero Staphylococcus • Infecção superficial / local o Supurativa (pus) infecção no local de instalação da bactéria na pele, que é Maria Fernanda Moncorvo – T5 16 proveniente do meio externo • Infecção profunda / disseminada o Bacteremia / infecção no local distante do local de entrada da bactéria na pele / formação de abcesso • Síndrome toxigênica o Toxinas com ação local ou a distância (sistêmica) - Provas Bioquímicas: • Prova da hemólise - presença ou não de substância (hemolisina) que lisa hemácias o A hemólise é causada por citotoxina hemolisina o Resultados: alfa-hemolítico, beta-hemolítico, gama- hemolítico ou não hemolítico • Prova da coagulase – presença ou não da enzima coagulase o Coagulase: enzima que coagula a fibrina no sangue o Resultados: coagulase positiva (possui a enzima, presença de coágulo); coagulase negativa (não possui a enzima, ausência de coágulo) • Prova da catalase: presença ou não da enzima catalase o Catalase: enzima que catalisa peróxido de hidrogênio em água e oxigênio o Todos os Staphylococcus são catalase positivo o Catalase positiva: possui a enzima, presença de bolhas o Catalase negativa: não possui a enzima, ausência de bolhas - Fatores de virulência do Staphylococcus aureus • Esfoliatina: sãoproteases de serina que destroem os desmossomas que unem as células da pele umas às outras, resultando em perda da camada superior da pele (esfoliação) • Cápsula: adesão e evasão da fagocitose • Proteína A: se liga a fração constante do IgG, impedindo que esses anticorpos interajam com os fagócitos • Ácidos teicóicos: adesão do patógeno as células epiteliais da mucosa nasal • Coagulase: enzima que convertem fibrinogênio em fibrina, provocando a deposição de fibrina em torno do microorganismo e dificultando a fagocitose. Essencial para a formação de abcesso • Catalase: enzima que converte peróxido de hidrogênio em água e oxigênio, neutralizando essa substância tóxica para a bactéria • Hialuronidase: enzima que destrói o ácido hialurônico do tecido conjuntivo e permite invasão bacteriana • Toxina esfoliativa/ esfoliatina: toxinas esfoliativas A e B. Atua nos desmossomos descamando a pele • TSST-1: toxina que funciona como SUPERANTÍGENO - Foliculite: • Infecção piogênica do folículo piloso • Hordéolo (infecção no cílio), conhecido como terçol • Lesão: pústula / eritema • Ocorrência: pelos encravados • Penetram na pele por aberturas cutâneas, ex: folículo piloso - Furúnculo • Pode se desenvolver a partir de uma foliculite (folículo piloso inflamado) • Lesão: nódulo grande, duro, elevado, eritematoso, dolorido, com pus Maria Fernanda Moncorvo – T5 17 • Drenagem espontânea ou cirúrgica, importante fazer a drenagem do pus, já que os antibióticos não penetram bem no abcesso • Comum em áreas de atrito (axilas, nádegas e virilha) - Carbúnculo • Furúnculos coalescem e se estendem ao TECIDO SUBCUTÂNEO • Quando o organismo falha em isolar o furúnculo, o tecido adjacente pode ser progressivamente invadido • Lesão: inflamação endurecida, profunda e eritematosa • Calafrio e febre / Pode ocorrer bacteremia - Impetigo não bolhoso • Infecção altamente contagiosa na epiderme mais superficial, principalmente face e membros • Evolução da lesão: mácula / pústula sobre a base eritematosa / rompimento da pústula / formação de crosta de coloração castanha • Impetigo não bolhoso é a forma mais comum da doença • Também causada por Streptococcus pyogenes - Impetigo bolhoso • Bolhas localizadas e superficiais na pele EPIDERME MAIS PROFUNDA (INTRAEPIDÉRMICA), causada pela TOXINA ESFOLIATIVA PRODUZIDA NO LOCAL • Forma localizada da síndrome da pele escaldada • Eritema não se estende para o exterior da bolha • Sinais de Nikolsky negativo • Contagiosa • Secreção colhida da bolha tem cultura positiva - Síndrome da pele escaldada • Causado pela TOXINA ESFOLIATIVA, que se dissemina via hematogênica • Disseminação de bolha e descamação da pele. • Toxina cliva a desmogleína-1, proteína presente no desmossomo responsável pela adesão entre células epiteliais, ocorrendo a separação das camadas epiteliais (EPIDERME/INTRAEPIDÉRMICA) • Sinal de Nikolsky positivo (leve pressão desloca a pele) • Bolhas com ausência de bactérias e leucócitos. • Aparecimento abrupto de um eritema que espalha pelo corpo • Epitélio intacto de 7-10 dias (anticorpos contra a toxina) • Comum em crianças, neonatos e imunocomprometidos - Síndrome do choque tóxico estafilocócico • Ação sistêmica provocada por linhagens de S. aureus produtoras de TSST-1 (SUPERANTÍGENO), liberadas na corrente sanguínea • Caracterização da doença: febre, hipotensão, erupção cutânea (difusa, macular e similar à queimadura de sol, que evolui para descamação) e envolvimento de três ou mais dos seguintes órgãos: fígado, rim, trato gastrintestinal, sistema nervoso central, músculos ou sangue • Classificação clínica epidemiológica: casos menstruais (menos comum, atualmente) e não menstruais (ex.: cirurgias nasais, com bandagens absorventes) Maria Fernanda Moncorvo – T5 18 - Infecções superficiais: foliculite, furúnculo, carbúnculo, celulite, impetigo não bolhoso - Doenças toxigênicas: impetigo bolhoso, síndrome da pele escaldada, síndrome do choque tóxico Streptococcus pyogenes • Morfologia: estreptococo ou diplococo, gram positivo • Encontrado na orofaringe • Fatores de crescimento: mesófilos e anaeróbios facultativos • Características bioquímicas: objetivo identificar o patógeno - Provas bioquímicas: • Provas da hemólise - presença ou não de substância que lisa hemácias o A hemólise é causada por citotoxina estreptolisina (tipo de hemolisina) em Streptococcus o Resultados: alfa-hemolítico, beta-hemolítico, gama- hemolítico ou não hemolítico - Fatores de virulência • Proteína M: interfere na fagocitose • Enzimas DNAse: degradam DNA • Hialuronidase e estreptoquinase: degrada ácido hialurônico e digere fibrina • Estreptolisinas S: responsável pelo halo de hemólise • Estreptolisina O: capacidade de lisar hemácias e leucócitos • Toxina eritrogênica: responsável pelo eritema da escarlatina • Adesinas: adesão aos tecidos • Evasinas: escape do sistema imunológico Doenças – Streptococcus pyogenes - Fasciíte necrosante (bactéria comedora de carne) • Infecção da camada subcutânea e fáscia muscular. É uma infecção profunda do tecido conjuntivo subcutâneo • Rápida progressão de edema para bolhas e necrose. • Transmissão: ruptura na pele (corte, trauma, queimadura, cirurgia) • Fator de virulência: exotoxina pirogênica - SPEB: degrada imunoglobulinas, citocinas e C3b • Falência múltipla de órgãos / alta taxa de mortalidade (> 50%) • Pode ser causado por outras bactérias (menos comum) • Tratamento: antibióticos, desbridamento, câmara hiperbárica, amputação - Celulite e Erisipela • Celulite: derme profunda, gordura subcutânea • Erisipela: derma superior, linfáticos superficiais Celulite Erisipela Local da infecção: Derme profunda e camada subcutânea Epiderme e derme superficial Características: Superfície lisa e opaca Superfície com aspecto de casca de laranja e brilhante Sintomas: Febre, dor, calafrios, mal estar Febre, dor, calafrios, mal estar Maria Fernanda Moncorvo – T5 19 - Componentes imunes do trato superior • Barreira imunológica física: epitélio ciliado • Barreira imunológica física/química: muco (contém defensinas) • Barreira imunológica biológica: microbiota • Barreira imunológica química: lisozima (saliva) • Componente imune da resposta adaptativa: anticorpo IgG, IgA em grande quantidade (mucosa) - Componentes imunes do trato inferior • Macrófagos alveolares - espaços alveolares • Inibem as respostas de célula T, bem como a função de apresentação de antígeno das DCs das vias aéreas. • Mantêm um fenótipo anti-inflamatório • Expressam IL-10, óxido nítrico e TGF- beta, são fracamente fagocíticos • BALT - Principais agentes infecciosos do trato respiratório • Trato superior: o Streptococcus (gênero) e várias espécies o Principal: Streptococcus pyogenes o Corynebacterium diphtheriae • Trato inferior: o Streptococcus (gênero) e várias espécies o Principal: Streptococcus pneumoniae o Bordetella pertussis - Transmissão: • Contato com secreções das vias respiratórias: tosse, espirro, saliva, beijo, aerossóis, compartilhamento de copos ou talheres • Mãos contaminadas com secreções respiratórias, toalhas, roupa de cama e roupas pessoais - Fatores de virulência • Adesão • Invasão tecidual • Presença de toxinas que lesam os tecidos • Escape do sistema imunológico - Doenças do trato superior: • Faringite estreptocócica • Escarlatina • Difteria • Otite média • Sinusite - Doenças do trato inferior: • Coqueluche • Pneumonia • Tuberculose - Bacilos irregulares, gram positivos - Pleomorfismo celular: arranjo em paliçada (letra chinesa) - Anaeróbio facultativo (fator de crescimento) - Imóveis,não formam esporos - Catalase positiva (característica bioquímica) - Fator de virulência: toxina diftérica (TD) - Tipos de toxina AB • A: porção ativa, inibe síntese proteica das células humanas através da Maria Fernanda Moncorvo – T5 20 ribosilação do fator de alongamento da síntese de proteínas EF2 • B: porção ligante a célula humana - A toxina AB se liga ao receptor HB-EGF, o fragmento B se instala na membrana e o A passa para dentro da célula (translocação do fragmento A) - Translocação do fragmento A → inibe o EF2 → não há síntese proteica, ocorrendo necrose - Por causa dessa toxina, ocorre o tropismo para outros órgãos pois ela se conecta ao receptor - Fator de crescimento epitelial ligante de heparina (HB-EGF) → receptor celular - Síntese de proteínas EF2 → causa morte celular por necrose - Sinais e sintomas (difteria) • Placas pseudomembranosas branco- acinzentadas, aderentes, que se instalam nas tonsilas e invadem estruturas vizinhas, causa asfixia mecânica aguda. • Constituída de: eritrócitos, leucócitos, células epiteliais necróticas, bactérias e fibrina • Ocorre sangramento na tentativa de remoção (alta vascularização do tecido) • Pescoço taurino, edema do pescoço, grande aumento dos linfonodos. • Algumas cepas podem causar infecção nasofaríngea e doença sistêmica (endocardite, artrite séptica). • Feridas diftéricas. • Febre 37,5 a 38,5°C - Coqueluche - Características microbiológicas: • Cocobacilos • Gram negativos • Muito pequena • Aeróbia estrita • Não móveis - Transmissão e sintomas • Crianças com menos de 1 ano de idade • Transmissão gotículas e aerossóis • Inalado: coloniza as células epiteliais ciliadas dos brônquios • 7 a 10 dias: sintomas leves de rinite, tosse e espirro • Proliferação da bactéria, células ciliadas comprometidas • Tosse intensa, manifestando-se em paroxismos • 10 a 30 crises em 24 horas • Esforço inspiratório massivo - Manifestações clínicas (fases) 1. Catarral: febre pouco intensa, mal estar, coriza, tosse seca. Inicia-se surtos de tosse paroxística (período de transmissibilidade) 2. Fase paroxística: paroxismos de tosse seca, inspiração forçada, súbita, acompanhada de ruído (guincho), seguido de vômito (duração de 2 a 3 semanas) e cianose 3. Fase de convalescença: tosse comum (até 3 meses), podem ocorrer outras infecções - Virulência • Toxina Pertussis Ptx: quando lançada no ambiente funciona como adesina e fixa a bactéria a superfície das células do hospedeiro o Inibe também várias funções dos leucócitos, incluindo a quimiotaxia, fagocitose e impede a morte das células NK Maria Fernanda Moncorvo – T5 21 • Adenilato ciclase: exotoxina penetra na célula hospedeira e catalisa a conversão de ATP em cAMP, inibindo a fagocitose e as funções das células NK • Citotoxina traqueal: interfere na síntese de DNA afetando a regeneração das células lesadas → disfunção de mecanismos • Toxina dermonecrótica: substância vasoconstritora associada a isquemia causando a inflamação - Pneumonia, otite, sinusite - Características Microbiológicas: • Cocos aos pares, gram positivo • Anaeróbio facultativo • Catalase negativa • Colonização da nasofaringe - Doenças: • Trato superior: otites e sinusites • Inferior: pneumonia e derrame pleural purulento • Meningite • Bacteremia - Virulência • Capsula de polissacarídeo → escape da fagocitose e adesão • Adesinas e evasão o PspA: adesão e inibição do sistema complemento (componente C3) o CbpA: adesão e translocação dos pneumococos a partir das células epiteliais da nasofaringe para a corrente sanguínea, atua na patogênese da meningite pneumocócica • Hialuronidase • Pneumolisinas (citotoxina) o Capacidade de formar poros na membrana plasmática (lise celular) o Diminuição do movimento ciliar o Estímulo da via clássica do complemento (resposta inflamatória) o Diminuição da atividade de leucócitos • Evasão: degradação de IgA (protease) - Faringite, escarlatina, choque tóxico - Características Microbiológicas: • Cocos, estreptococos • Gram positiva • Aeróbios facultativos • Beta hemolíticos • Catalase negativa - Sinais e sintomas da Escarlatina • Incubação 2 a 5 dias • Inflamação na faringe, dores pelo corpo e febre acima de 38,5°C • Aumento dos gânglios do pescoço • Dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos. • 12 a 24 horas: “rash” cutâneo • Língua branca, morango ou framboesa - Virulência • Capsula: função de adesão e evasão da fagocitose • PROTEÍNA M: se liga a componentes do anticorpo IgG, impedindo que a célula seja fagocitada pelo sistema imune Maria Fernanda Moncorvo – T5 22 • Proteína F: adesão a mucosa da faringe • C5a PEPTIDASE: degrada o componente C5a do sistema complemento => reduz o recrutamento de neutrófilos para o local da infecção, ajuda na proliferação de bactérias • Hialuronidase • ESTREPTOQUINASE: dissolve coágulos • Estreptolisina: capacidade de lisar hemácias e leucócitos • SPE - Superantígenos (SPE) • Complicações: o Endocardite o Febre reumática o Glomerulonefrite o Choque toxico • Choque toxico estreptocócico STSS o Febre, calafrios, mal estar, náuseas o Hipotensão e choque o Falência múltipla de órgãos Maria Fernanda Moncorvo – T5 23 - As doenças do trato gastro intestinal podem apresentar diarreia ou disenteria - Características: • Bastonetes, Gram negativa, anaeróbia facultativa e não esporulada - Fatores de Virulência: • ANTÍGENO O (O1-0181): componente do LPS • ANTÍGENO H (H1 – H56): flagelina • ANTÍGENO K (60 SUBTIPOS): polissacarídeo capsular ácido • Shiga-Toxina: toxina adquirida de outros organismos pela bactéria capaz de causar a Síndrome Hemoítico - Urêmica => essa síndrome causa anemia hemolítica, trombocitopenia (redução da contagem de plaquetas) e lesão renal aguda - E. Coli enterotoxigênica (ETEC): • Diarreia volumosa; • Principal responsável pela diarreia dos viajantes • Diarreia limitada – não é capaz de invadir o tecido, adere apenas na mucosa - E. Coli entoropatogênica (EPEC): • Diarreia em crianças • Causa comum de surtos em neonatos e crianças que estão começando a introdução alimentar • Bactéria adere na mucosa, mas não invade os tecidos - E. Coli enterro-hemorrágica (EHEC): • Colite hemorrágica => causa disenteria • Transmitida principalmente por ingestão de carnes malcozidas e sucos de frutas • Presença da Shiga-Toxina => fator de virulência responsável pelo quadro da síndrome hemolítico- urêmica - E. Coli entreroinvasina (EIEC): • Disenteria • Bactéria capaz de penetrar na mucosa intestinal e se reproduzir no meio intracelular - E. Coli enteroagregativa: • Diarreia persistentes em crianças e pacientes com HIV • Acomete crianças em países em desenvolvimento => grave problema de saúde pública em áreas periféricas com condições precárias de saneamento básico • As bactérias podem se aderir no organismo quando formam biofilme => conseguem resistir mais Classificação das gastroenterites: - Aguda: • Mais de três evacuações por dia • Dura até 10 Dias • Causado por bactérias => agente etiológico • São elas: Shingella spp; Salmonella spp; Compylobacter jejuni; Clostridium difficile. - Crônica: • Mais de três evacuações por dia • Dura mais de 1 mês Maria Fernanda Moncorvo – T5 24 • Causada por protozoários ou vírus => agentes etiológicos - Características: • Bastonetes, gram positiva, esporulada, catalase negativa - Fatores de Virulência: • Hialuronidase • Enterotoxina A e Citotoxina B: capazes de desestabilizar o citoesqueleto das células fazendo comque surjam espaços entre uma célula e outra e a bactéria consiga penetrar mais facilmente - Características: • Heliocoidal, gram negativa, não esporulada, urease positiva, microaerófila, flagelo - Úcera: • Gástrica: quando a bactéria chega ao estômago e se adere as suas paredes (adesina) • Duodenal: quando a bactéria passa o estômago e chega ao duodeno se aderindo às suas paredes • Toxinas proteases e citotoxinas CagA e VacA estão associadas aos casos de câncer de gástrico, causadas por H. pylori - Características • Bacilos, gram negativa, anaeróbias facultativas, intracelular facultativa - Fatores de Virulência: • PROTEÍNA INJETORA (T3SS): proteína injetada no citoplasma d • PROTEÍNA EFETORA (GtgA) Resposta imune na mucosa intestinal: - Composto por célula dendrítica, célula M, macrófagos, linfócitos T e linfócito B - A célula M, presente no epitélio intestinal, faz o processo de transcitose. - Trancitose: processo celular de transporte de macromoléculas com propósito de reciclagem ou de translocação de componentes da membrana plasmática Maria Fernanda Moncorvo – T5 25 - São bacilos pleomórficos, imóveis e aeróbicas obrigatórias - Não apresentam nenhum fator de virulência presente das bactérias comuns - Alcool-ácido resistentes (BAAR) - Considerados fracamente gram positivos pois a parede de peptideoglicano não permite que a coloração de gram se fixe - Técnica de Ziehl – Neelsen • Usada em bactérias que a coloração de gram não se fixa • As bactérias coradas por essa técnica são denominadas de BAAR - Principal agente causadora da tuberculose - Parasita intracelular facultativo - Crescimento lento/ tempo de geração de 24 horas - Infecções que podem durar a vida toda do indivíduo → infecções em estado de latência - Possui como fator de virulência → fosfolipases, lipases, esterases, proteases e proteínas kinases G - A maioria das bactérias e micobactérias não patogênicas são rapidamente mortas quando fagossomo funde-se com lisossomos - Essa micobactéria permanece dentro dos fagossomos e libera a proteína kinase G para bloquear a fusão do fagossomo com lisossomo OBS.; as bactérias que não têm o gene pknG são rapidamente transferidas para os lisossomos e então eliminadas - A transmissão dessa doença se dá a partir de partículas infectantes do paciente com TB ativa - Transmissão: contato direto com a inalação de aerossol (fala/ espirro/ tosse) - Resposta Imunológica: • Reconhecimento dos glicolipideos da parede por receptores presentes nos macrófagos • Produção de enzimas que bloqueiam fusão do fagossoma com o lisossomo => proliferação bacilar • Ocorre apresentação de proteínas do bacilo para as células TCD4 - diferenciação em Th1, secreção de IFN • Resultando na ativação de macrófagos que produzem: NO, EROS, TNF => recrutamento de monócitos, lesão tecidual, necrose e formação de granuloma • Resposta do tipo celular => hipersensibilidade do tipo IV • A formação de granulomas é uma das principais características clínicas da tuberculose => acúmulo de leucócitos e macrófagos espumosos - Tuberculose Secundária: ocorre por reativação do foco primário ou por reinfecção endógena - Principal agente causadora da hanseníase no homem - Não móveis e não produtores de esporos - Caracterizada por ser uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória Maria Fernanda Moncorvo – T5 26 - Atinge principalmente a pele e os nervos periféricos => única bactéria conhecida por invadir o sistema nervoso periférico - Necessário um longo período de exposição à bactéria para que a doença possa se desenvolver - Intracelular obrigatório sendo o homem único a apresentar a doença - Possui baixa patogenicidade – alta infectividade => infecta um grande número de indivíduos - Transmissão: • Aparecimento da doença se dá de 2 a 7 anos após a infecção • Pessoa doente elimina o bacilo -> entra no próximo por vias aéreas superiores (gotículas) -> necessário contato direto e prolongado com o doente Classificação quanto a patogenicidade e manifestação: - Paucibacilar: • Apresentam até 5 lesões • Abrigam pequeno número de bacilos, não infectam outras pessoas e tem cura espontânea • Tem alta resposta celular e baixa disseminação - Indeterminada: máculas hipocrômicas, intensa reposta celular e paucibacilar (não é transmissor) - Tuberculóide: • Máculas com coloração eritematosa acastanhado • Ausência de sensibilidade • Bordas papulosas • Perda de peso e ausência de suor - Multibacilar: • Lesões generalizadas => mais de 5 lesões • Sem reposta imune específica => associada a resposta humoral e produção de AC • Lesões em superfícies frias => mucosa nasal, cotovelos e joelhos - Dimorfa: • Lesões eritematosas planas ou infiltradas com o centro claro, de tonalidade ferruginosa ou pardacenta • Alteração de sensibilidade • Excessiva multiplicação bacilar • Forma onde a resposta imunológica não está bem definida • Coexiste com aspectos das formas tuberculoide e virchowiana - Virchowiana: • Placas eritematosas e infiltradas • Presença de nódulos • Atrofia de musculosas => diminuição da força muscular • Queda de pelo, ausência de suor • Resposta imune celular ausente • Grande quantidade de bacilos • TRANSMISSOR Sinais e sintomas da Hanseníase - Sinais e sintomas dermatológicos: • Lesões – alteração da sensibilidade • Mais frequentes: face, orelha, nádegas, brações, pernas e costas - Sinais e sintomas neurológicos: • Dor e espessamento dos nervos periféricos • Perda de sensibilidade de área inervada (olhos, mãos e pés) • Perda na força de músculos inervados • Neurite Maria Fernanda Moncorvo – T5 27 - As infecções do trato urinário são classificadas de acordo com a localidade dos órgãos: Uretra → uretrite • Bexiga → cistite → disúria, polaciúria, febre não é comum, dor suprarúbica • Rim → pielonefrite → disúria polaciúria, febre elevada, calafrios, dor lombar • Ureter → ureterite - Exames complementares para ITU: • Hemograma: o Leucocitose o Neutrofilia • Coleta de urina: o Piúria: esbranquiçada o Hematúria: vermelho/ marrom (mais comum em pielonefrite) o Urocultura é o definidor de diagnóstico → mostra a carga bacteriana, característica da colônia, prova bioquímica, microscopia pela coloração de Gram e antibiograma Escherichia Coli uropatogênica – UPEC - Características gerais: • Bacilo gram negativo • Família Enterobacteriacea • Anaeróbio facultativo • Lactose positivo • Glicose positivo • Catalase positivo • Citrato negativo • Intracelular facultativo - Fatores de Virulência: • Catalase • Capsula • Fimbria tipo 1 → adesão ao epitélio vaginal e da bexiga → formaçãp de biofilmes e invasão celular • Fimbria P → adesão ao epitélio renal • Flagelo → motilidade • Exotoxina a-hemosilina → esfoliação (degradação) das células da bexiga e lesão tecidual → aumenta a disseminação • LPS → endotoxina • Sideróforo ITU - Indivíduos com tendência a desenvolver: • Crianças até 6 anos → higienização • Mulheres em geral → pela anatomia • Gestantes → redução do tônus vesical, favorecendo estase urinária • Jovens com vida sexual ativa → micro lesões com o ato sexual, facilita a entrada de bactérias • Hiperplasia prostática benigna em homens idosos → estase urinária - ITU não complicada: • Quadros somente de cistite • Sistema urinário sem alterações • Imunocompetentes • E. Coli - ITU complicada: • Casos de pielonefrite • Falhas terapêuticas • Alterações estruturais ou funcionais do trato urinário (uso de cateter, litíase, neoplasia) • Histórico de comorbidades: diabetes, câncer Maria Fernanda Moncorvo– T5 28 • Geralmente desenvolvida em ambiente hospitalar • Patógenos comuns → bactérias gram positivas e negativas com elevada frequência de organismos multirresistentes • ITU de repetição (E. Coli) Profilaxia ITU • Higiene pessoal → higiene intima no sentido antero-posterior do períneo, evitando migração de bacterias da região anal para periuretral • Ingestão de água • Micção com intervalos mais curtos, evitando estase urinária - Mecanismos imunes de defesa: • pH da urina • Fluxo urinário • Válvula fisiológica no ureter que impede o fluxo reverso da urina para o rim • Secreções prostáticas • Inibidores de adesão: proteinas Tamm-Horsfall e mucopolissacarídeos secretados pelo uroepitélio • Resposta imune para patógeno intracelular facultativo e extracelular - Resposta imune: • Resposta inata → macrófagos e neutrófilos, células NK • Resposta adquirida → neutralização por Ac, linfócitos T citotóxicos, linfócitos T helper (TH1 – IFN-y e TNF-a) Maria Fernanda Moncorvo – T5 29 Bacteriologia genital - ISTs - Causadas por vírus, bactérias ou outros organismos - A transmissão pode não só acontecer de forma sexual, mas também de mãe para filho, durante a gestação, parto ou amamentação - Fatores de risco para as ISTs: • Início precoce da atividade sexual • Troca frequente de parceiros sexuais • Baixo uso de preservativos • Ducha vaginal - Profilaxia: • Uso de preservativos • Manter parceiro sexual fixo • Educação em IST Treponema Pallidum - Microrganismo espiralado, gram negativo e engoflagelado - Não cultiváveis; microaerófilo - Causador da sífilis - Fatores de virulência: • Movimentação • Proteína de membrana externa que promove aderência as células hospedeiras • Hialuronidase • Camada de fibronectina protege contra a fagocitose - Transmissão: • Contato íntimo (sexual) • Congênita • OBS: doença se inicia no local de inoculação da bactéria - Sífilis primária: • Lesão inicial geralmente localizada na genitália • Lesão primária: 2 a 10 semanas após a infecção; pápula no local de infecção e sofre ruptura, originando uma úlcera → cancro duro • A inflamação caracteriza-se por um predomínio de linfócitos e plasmócitos • Altamente contagiosa • O T. Pallidum multiplica-se no local de entrada e alguns se propagam para linfonodos vizinhos, alcançando a corrente sanguínea - Sífilis secundária: • Lesões em qualquer parte do corpo • Tanto as lesões primarias quanto as secundarias são altamente infecciosas • Desaparecem espontaneamente • Presença de exantema → lesões arredondadas e avermelhadas no corpo, principalmente pés e mãos • Pápulas presentes em região anogenital, axilas e boca • Pode ocorrer: meningite, cariorretinite, hepatite, nefrite e periostite - Sífilis terciária: • Manifestações clínicas 3-12 anos ou mais, após contágio → SE NÃO DIAGNOSTICADOS • Apresenta lesões cutâneas nos ossos, cardiovasculares e neurológicas - Sífilis congênita: • Ausência de treponemas Maria Fernanda Moncorvo – T5 30 • Lesões granulomatosas na pele, ossos, fígado e região cardiovascular • Alterações degenerativas no SNC - Sífilis congênita precoce: • Diagnosticada até o segundo ano de vida • Maioria assintomáticos • Prematuridade, baixo peso, hepatomegalia, esplenomegalia, lesões cutâneas, periostite e muito mais - Imunidade do T. Pallidum • Não gera memória imunológica • As várias respostas imunológicas geralmente não conseguem erradicar a infecção ou deter sua evolução - Diagnóstico da Sífilis: • Diagnóstico direto → observação morfológica • Testes sorológicos: o Treponêmicos (detecção de anticorpos específicos) o Não treponêmicos (detecção de anticorpos cardiolipina) Neisseria Gonorrhoeae - Agente causador da gonorréia - Diplococo, gram negativo, mesófilos, aeróbia obrigatória, catalase positiva, intracelular facultativa - Fatores de virulência: • Fímbria • OPA: adesão forte as células • POR (porina): proteína responsável pela invasão da bactéria através da abertura de um poro na célula humana • LOS: endotoxina com função de destruir tecido na célula humana • IgA1 protease • RMP - Imunidade na gonorréia: • Comum a ocorrência de infecções gonocócicas repetidas, devido a variedade antigênica dos gonococos • Presença de IgA nas superfícies das mucosas • Células de Langerhans (vagina), células dendríticas e macrófagos (endocérvice, uretra), células T e B residentes na mucosa genital • Presença de anticorpos específicos • Resposta imune Th1 com ativação de TCD8 e macrófagos Chlamydia trachomatis - Agente causador da clamídia - Bactérias arredondadas, intracelular obrigatória, gram negativa - Infectam principalmente células do epitélio colunar das mucosas - Fatores de Virulência: • MOMP → adesinas • LPS • Ser intracelular obrigatório - Replicação: • Proteínas de membrana aderem ao epitélio do hospedeiro e o corpo elementar (CE) é fagocitado • Depois, ocorre inibição da adesão de lisossomos, criando um ambiente protegido, delimitado por uma membrana • É formada uma estrutura chamada corpo reticulado (CR) • No interior do vacúolo, o CR se divide por fissão binária Maria Fernanda Moncorvo – T5 31 • Assim, são formado novos CE • Podem ser liberados e infectar novas células - Manifestações clínicas: • Destruição direta das células • Resposta inflamatória, através da produção de citocinas - Resposta imune: • Celular (Th1) – efetiva (macrófagos e TCD8+) • Humoral (Th2) – crônica • Anticorpos anti LPS e MOMPS - Diagnóstico: • Amostra contendo células humanas infectadas • Coloração com Giemsa • Hibridização de ácidos nucleicos • Amplificação de ácidos nucleicos • Exame citológico direto e imunoensaio ligado a enzima • Sorologia - Imunidade: • As infecções não tratadas tendem a ser crônicas, com persistência do agente durante muitos anos • A coexistência de infecção latente Maria Fernanda Moncorvo – T5 32 - Infecções causadas por bactérias que atingem as meninges e o líquido cerebrospinal - Meninges tem 3 camadas: dura-máter, aracnoide e pia-máter → entre a aracnoide e a pia-máter há o espaço aracnóideo onde tem o líquido cefalorraquidiano (LCR) - Características e funções do LCR: • Absorção de impacto • Menos pressão sobre vasos sanguíneos e nervos • Facilita a difusão de substâncias • Facilita a difusão de seus componentes • Homogeneização dos mecanismos de defesa - Mecanismo de defesa do SN: • Neuroglia • Barreira hematoencefálica - Sinais e Sintomas: • Sinais meníngeos • Rigidez na nuca • Alteração de reflexos - Etiologia e fatores de risco: • Idade do paciente • Porta de entrada ou foco séptico inicial • Tipo e localização da infecção do SNC • Estado imunitário prévio específico e geral • Situação epidemiológica local - Portas de entrada: • Por via hematogênica (através do sangue) • Por contiguidade: a partir de focos próximos as estruturas anatômicas do SNC • Por continuidade ou acesso direto Neisseria Meningitidis - Diplococos, gram negativa, aeróbias, catalase positiva - Fatores de virulência: • Capsula • OPA: adesão forte as células • LOS: tem endotoxina que aumenta a produção de TNF • PORB: proteína responsável pela invasão da bactéria • Fimbria • Produção de IgA protease • Produção de beta-lacmatase - Patogenicidade: • Aderências em células epiteliais da nasofaringe e consequente interação das proteínas OPA com a superfície das células epiteliais • São internalizadas em vacúolos fagocíticos, se multiplicame migram para os espaços subepiteliais • As propriedades antifagocíticas da capsula polissacaridea protege da fagocitose • O dano vascular ligado as infecções meningocócicas, é devido ação da endotoxina LOS • Clivam LAMP1, glicoproteína presente nos lisossomos - Meningococcemia: sepse com ou sem meningite Características clinicas: trombose de pequenos vasos e de múltiplos órgãos. Lesões de pele em forma de petéquias, podem formar lesões hemorrágicas maiores. Pode ocorrer a coagulação intravascular disseminada, com choque, junto com a destruição bilateral das glândulas adrenais Maria Fernanda Moncorvo – T5 33 Haemophilus influenzae - Cocobacilos, gram negativo, imóveis, anaeróbios facultativos, oxidase e catalase positiva - Infecções por H. Influenzae: pneumonia, traqueobronquite, otite, sinusite, meningite e sepse - Fatores de virulência: • Capsula polissacarídica: antifagocitica • Membrana externa: de LPS • Endotoxinas e adesinas • Adesinas: pili – aderência ao muco e colonização • IgA protease: clivagem de IgA, inibe ação de IgM e IgG - Resposta imune: • Opsonização • Ativação do sistema complemento • Ativação de fagócitos e inflamação • Reposta humoral Streptococcus pneumoniae - Diplococos, gram positivos, anaeróbios facultativos, catalase negativa - Fatores de virulência: • Cápsula • Parede celular • Adesina A e Pili • Proteínas de membrana externa (CBP) • Produção de proteases IgA1 • Hialuronidase • Neuraminidase - Patogênese: a infecção se instala quando as defesas do organismo diminuem por alguma razão. A partir da região inicialmente colonizada, os pneumococos podem alcançar o ouvido médio, e os pulmões através dos brônquios. Podem também entrar na corrente circulatória (bacteremia) e causar meningite - Diagnóstico: cultura a partir do LCR, bacterioscopia direta com teste de Gram, hemocultura, PCR convencional Clostridium tetani - Anaeróbio obrigatório, bacilos, gram positivo, não tem capacidade de invasão - Transmissão: contaminação acidental de ferimento profundos com material contaminado com esporos de bactérias - Tratamento: utilização do soro anti-tetânico e antibiótico - Profilaxia: vacina dTp - Tetanoplasmina: toxina que se liga a receptores de membrana pré-sináptica dos neurônios motores, se difunde para as terminações dos neurônios bloqueando a liberação de GABA e glicina (inibitórios) → neurônios motores não são inibidos e continua a liberar acetilcolina Clostridium botulinum - Anaeróbio estrito, bacilos, gram positivos, esporulados - Transmissão: intoxicação alimentar pela toxina butolínica - Tratamento: uso de soro heterólogo antitoxina e antibióticos - Toxina butolínica: toxina absorvida pelos enterócitos, que cai na corrente sanguínea. Se ligam aos receptores de membranas pré- sinápticas de neurônios motores do SN periférico e de nervos cranianos → toxina nos neurônios inibe a liberação da acetilcolina na sinapse, resultando em paralisia muscular Maria Fernanda Moncorvo – T5 34 - Parede celular fúngica composta por quitina - MP contem ergosterol - Divisão: leveduras, fungos filamentosos ou bolores e cogumelos - Digestão extracelular (amilases, celulases, proteases, lipases etc) - Micotoxina: toxina produzida por fungos - Micotoxicoses: ingestão de alimentos contaminados por toxinas produzidas por bolores - Micoses Superficiais: • Induzem pouca ou nenhuma resposta imune • Assintomáticas • Fáceis de diagnosticas e tratar, em geral Pitiríase Versicolor (tinea versicolor – superficial) • Agente etiológico: Malassezia furfur • Levedura lipofílica (dependente de lipídios) • Fator de virulência: LIPASES • Faz parte da microbiota da pele/ Natureza:saprofítico • Característica da lesão: lesão macular, finamente descamativa, de tamanho, forma e cor variáveis hipocrômica ou hipercrômica, observada em áreas seborreicas do corpo, tórax, ombros, abdome etc. e em áreas inusitadas, como pálpebras e pênis. • HIPOCROMIA: pode ser atribuída ao ácido azelaico que interfere na melogênese • HIPERCROMIA: pode ser estar atribuída ao aumento da distribuição de melanossomas.; lesões ficam visíveis após exposição ao sol • Fatores predisponentes: alta temperatura, alta umidade relativa do ar, elevada sudorese, terapia imunossupressora Tinea Negra (micose superficial) • Agente etiológico: Hortaea werneckii • Fungo melanizado • Presente no meio ambiente • Característica da lesão: lesão macular, pouco descamativa, de cor marrom a negro, comum em regiões palpar e plantar • Fatores predisponentes: hiperhidrose, fatores ambientais etc Piedra Branca (micose superficial) • Agente etiológico: Trichosporon spp. (Ex.: Trichosporon beigelli) • Presente em haste livre de pelos/cabelos • Características: nódulos claros ao redor dos pelos de qualquer parte do corpo e cabelos. Nódulos macios, pastosos, e por conta da cor branca, são associados a caspas Piedra Preta/ Negra (micose superficial) • Agente etiológico: Piedraria hortae • Haste livre de cabelos (encontrado somente em cabelos) • Características: nódulos endurecidos de coloração escura fortemente aderido Micoses cutâneas: • Dermatofitoses: complexo de doenças causadas por fungos filamentosos, denominados dermatófitos Maria Fernanda Moncorvo – T5 35 • Invadem a pele, pelos e unhas (camadas queratinizadas) • Fator de virulência: queratinase e outras enzimas (elastase, colagenase e dnase) • Critério quanto a classificação: o localização anatômica ou estrutura afetada o habitat natural • Geofílicos: vivem no solo e são patógenos ocasionais de animais e humanos • Zoofílicos: parasitam na pele e pelo de animais, mas podem ser transmitidos ao homem • Antropofílicos: parasitam em humanos e podem ser transmitidos de forma direta ou indireta • Lesões características: manchas inflamatórias na pele, lesão de tonsura no pelo, destruição da lâmina ungueal na unha - Tinea Capitis (cutânea): couro cabeludo, sobrancelha e cílios - Tinea Pedis (cutânea): conhecido como pé de atleta; esporos encontrados em pisos de piscinas e vestiários • Aguda: eczematóide (vesículas plantares e digitais) • Crônica: lesões eritematosas descamativas em toda região plantar, acompanhas de discreta ou nenhuma inflamação - Tinea Unguium (cutânea) • Destruição da lâmina ungueal • Fungos antropofílicos • Patogênese: invasão das hifas – unhas amareladas, quebradiças, espessas e esfarelada - Tiena Corporis (cutânea) • Localização preferencial nos braços, face e pescoço • Quando contraída de animais, o processo inflamatório é maior - Tinea Cruris (cutânea): região inguinal em homens e adultos Micoses subcutâneas • Inoculação de fungo saprofítico em decorrência de trauma e perfurações • Dificilmente se disseminam para órgãos distantes • Manifestação: granuloma ou lesão supurada da pele ou tecido subcutâneo • Pacientes infectados não possuem deficiência imune de base, geralmente - Esporotricose (subcutâneas) • Proveniente do solo, vegetais, madeira • Animais podem agir como vetores do fungo • Fatores de virulência: dimorfismo, termotolerância, produção de melanina que acaba fazendo parte da parede celular fúngica • Forma cutânea, forma localizada ou cutânea fixa, forma linfocutânea - Diagnostico das micoses: • Exame micológico direto, cultura, microscopia após cultura, exame histopatológico, sorologia e exame molecular - Tratamentos: • Anti-fungicos Maria Fernanda Moncorvo – T5 36 - Causadas por fungos dimórficos, fungos que apresentam duas morfologias distintas - São termodimórficos, pois o fator chave que determina a morfologia desse fungo é a temperatura - Conídios transmitidos por inalação e se disseminam para outros órgãos - Infecçõesprofundas podem afetar vários tecidos e órgãos Histoplasmose • Fatores de virulência: o Dimorfismo térmico o Evasão do sistema imune o Sideróforos • Mecanismo de infecção: inalação dos conídios o Conídios – infectante o Levedura – patogênica • O fator determinante para o desenvolvimento dos sintomas é o tamanho do inóculo • Inalação de microconídios → conídios chegam aos alvéolos pulmonares → resposta inflamatória → caem na circulação sanguínea → infecção primária → reativação • Resposta imune a infecção: resposta Th1 – formação de granulomas compactos e resolução da doença • Formas clinicas da Histoplasmose: o Infecção pulmonar aguda o Histoplasmose pulmonar crônica (Th1) o Infecção disseminada (Th2) Paracoccidioidomicose (PCM) • Patógeno responsável: P. brasiliensis • A PCM é primeiramente uma infecção de trato respiratório, mas o fungo pode se disseminar e colonizar outros tecidos • Fatores de virulência: o Adesina o Evasão intracelular do sistema imune o Produção de melanina (escape da fagocitose) • Aguda/ subaguda (tipo juvenil) o Reposta Tfh, não há formação de granuloma, formação de anticorpos e disseminação do fungo é rápida • Crônica (tipo adulto) o Comprometimento pulmonar e tegumentar P. Brasiliensis e resposta imunológica • O controle da infecção depende da resposta imune celular (Th1) – Síntese de citocinas que ativam macrófagos e linfócitos T (CD4+ e CD8+) – granulomas • Formas mais graves predominam resposta imune Tfh – Ativação de linfócitos B e hipergamaglobulinemia Resposta imunológica aos fungos • Reconhecimento de PAMPs na parede celular fúngica por moléculas de reconhecimento de padrão solúveis (família TLR), receptor de manose e de complemento • Principal mecanismo: fagócitos, atuam por meio da produção de NO e EROS • IFN-y aumenta a função de neutrófilos e macrófagos (via Th1) • Apresentação de neutropenia = micoses recorrentes • As defensinas têm propriedades antifúngicas, colectinas e as proteínas Maria Fernanda Moncorvo – T5 37 surfactantes A e D podem se ligar, agregar e auxiliar a opsonização • Neutrófilos: degranulação e liberação de materiais tóxicos em hifas indigeríveis • Papel protetor da resposta TH1 (e também linfócitos TH17) e ativação de fagócito, em vez de respostas mediadas por anticorpos • Pacientes com deficiências de linfócitos T, em vez de defeitos na produção de anticorpos, estão sob maior risco de doença fúngica disseminada. OBS: Os fungos se distinguem dos demais organismos por terem uma parede celular rígida composta por polissacarídeos (QUITINA) e MANOPROTEÍNAS uma membrana plasmática contendo ergosterol Maria Fernanda Moncorvo – T5 38 - Infecções oportunistas, ou seja, o patógeno se aloja em hospedeiros debilitados - Componentes da superfície celular fúngica permitem a sua adesão às células do hospedeiro => mananas, glucanas e polissacarídeos - Os PAMPs identificados pelo sistema imunológico ativam resposta celular, sistema complemento e resposta inflamatória - Resposta de linfócitos Th1, macrófagos, IFN- γ → estimula a migração, aderência, fagocitose e lise oxidativa de neutrófilos e macrófagos - Macrófagos alveolares inativam esporos e induzem resposta de linfócitos Th1 e produção de anticorpos - Formação de granulomas e supuração aguda (neutrófilos em exsudato - Aspergillus, Mucor) - Resposta de hipersensibilidade tardia - Resposta imune celular e IgG e IgM são importantes Candida Albicans - Microbiota humana - Forma invasiva/ patogênica (hifas) - Forma comensal (leveduras) - Dimorfismo - As diferentes morfologias estão associadas a padrões de expressão gênica, estrutura da parede celular, moléculas de superfície celular, capacidade de disseminação e invasão - OBS: pacientes com uso prolongado de antibióticos, facilitam para que haja uma mudança de levedura para hifa, sendo mais propícios a candidíase - Leveduras → pseudo-hifas (transição) → hifas - Fatores de virulência: • Dimorfismo fúngico invertido • Adesina • Formação de biofilme • Enzimas hidrolíticas → proteases, degradam a MEC e invadem o endotélio - Resposta inata e Th1, Th2 e Th17 - Pode acometer a cavidade oral, vagina, partes úmidas como axila, virilha, glúteos, mamas e entre os dedos além das unhas Criptococose - Agente etiológico Cryptococcus neoformans, c. gatti - Não dimórfico → leveduras globosas ou ovaladas com presença de capsula polissacarídica - Transmissão ocorre através da inalação das leveduras secas em solo ou arvores contendo fezes de aves (principalmente pombos) - Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa - Infecção pulmonar assintomática ou pneumonia branda - Disseminação para SNC (meningite) e outros órgãos (nódulos subcutâneos, olhos, ossos, próstata) - Ocorre a evasão do sistema imune através da formação de cápsula mucopolissacarídica por fagocitose - Diagnosticado por meio da presença de leveduras capsuladas no LCR com tinta nanquim, tecidos, exsudatos, escarro, sangue, raspado cutâneo, urina Maria Fernanda Moncorvo – T5 39 Aspergilose - Hifas saprófitas, com esporos do tipo conídios - Transmissão por inalação dos esporos oriundos de vegetação e decomposição - Ampla distribuição através do solo, ar, plantas e em matéria orgânica, e são contaminantes comuns em laboratórios e hospitais - Infecção pulmonar fracamente invasiva → neutropênicos - O Aspergillus fumigatus pode causar: • Aspergiloma em pacientes com cavidades pulmonares preexistentes (fungos não invade tecidos pulmonares) • Aspergilose disseminada, em pacientes imunossuprimidos, fungo invade a partir dos pulmões • Alergias por inalação dos esporos causando Aspergilose Alérgica Broncopulmonar Maria Fernanda Moncorvo – T5 40 - Família Orthomyxoviridae - Influenza A e B: responsáveis pelas epidemias respiratórias que ocorrem quase todos os invernos e estão frequentemente associados com o aumento das taxas de hospitalização e de mortalidade - Influenza A: infecta vários mamíferos - Influenza B: infecta apenas humanos - Influenza C: não causa epidemias, assintomático ou sintomas leves Ortomixovírus - Esféricos ou ovóides - Envelopados - Nucleocapsídeo helicoidal - Genoma segmentado - RNA (-) fita simples - Estrutura viral: • Hemaglutina: proteína trimérica responsável pela ligação do vírus às células hospedeiras e pela fusão das membranas viral e celular, 17 tipos. (H1- H17) • Neuraminidase: importante na libertação do vírus após a sua síntese, 9 tipos. (N1-N9) • Proteína M1 (proteína de matriz) • Proteína M2, atravessa o envelope funcionando como canal iônico • Genoma de RNA • Segmentos associados a uma nucleoproteína, nucleocapsídeo helicoidal ou ribonucleoproteína (RNP), associada a uma enzima RNApolimerase. Influenza A - Drift: mutações que alteram o tipo de aminoácidos, com alteração gradual do vírus • Reduzem a ligação aos anticorpos e facilita a disseminação do vírus • Epidemias - Shift: alteração drástica das proteínas superficiais (HA e NA) substituindo-se todo um segmento genético viral por outro segmento da mesma proteína • Pandemias - Replicação Viral: • Inicia-se quando uma partícula viral entra em contato com a célula alvo • A ligação entre o vírus e a célula é possível devido à afinidade que a hemaglutinina (HA) possui com uma mucoproteína • Essa ligação pode ser anulada pela ação da neuraminidade (NA) prevenindo que a partícula viral se ligue a células inadequadas para a sua
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