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AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE NITERÓI /RJ Processo nº: 12345 LILIAN, Brasileira, Casada, Professora, inscrito no CPF sob o número (NÚMERO DO CPF), com endereço eletrônico (ENDEREÇO ELETRÔNICO), residente e domiciliado Niterói, Rio de Janeiro/RJ, vem, por seu advogado devidamente constituído Dayane Marinho Cunha com endereço eletrônico Dayane.cunhaaa@gmail.com, com escritório profissional na Rua Jornalista Roberto Marinho 240, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da Ação indenizatória de danos materiais e estéticos , pelo rito comum, movida por Thiago, já qualificado nos autos, vem com o devido respeito e acato de estilo perante Vossa Excelência apresentar sua CONTESTAÇÃO Para expor e requerer o que se segue: I- BREVE SÍNTESE DOS FATOS Alega a parte autora em breve síntese ter sido atropelado por Lílian enquanto pedalava sua bicicleta elétrica pelo centro do Rio de Janeiro. Por este motivo propôs contra a parte ré pleiteando indenização por danos materiais no valor de R$ 7.000,00 pela perda total de sua bicicleta elétrica bem como por danos estéticos no valor de R$ 8.000,00. II- DAS PRELIMINARES II.I INCAPACIDADE DA PARTE, DEFEITO DE REPRESENTAÇÃO OU FALTA DE AUTORIZAÇÃO Inicialmente cabe destacar acerca de relevante pressuposto processual não observado, qual seja: A CAPACIDADE DA PARTE. Conforme esclarece renomada doutrina sobre o tema: "Capacidades processual e postulatória como requisitos do ato de demandar. Como se disse acima, para demandar, deve a parte ter capacidade processual, isto é, aptidão para exercitar direitos em juízo, e, além disso, capacidade postulatória, que é a aptidão para pleitear algo em juízo." (MEDINA, José Miguel Garcia. Novo Código de Processo Civil Comentado. 5ª ed. Ed. Revista dos tribunais, 2017. Versão ebook, Art. 71) No presente caso, há manifesta incapacidade do autor, uma vez que, verifica- se, que existe procuração nos autos, no entanto, o único advogado que subscreve a petição inicial recebeu seus poderes por intermédio de um substabelecimento sem a assinatura do advogado constituído pelo autor conforme passa demostrar. Portanto, por manifesta incapacidade processual, devem ser considerados ineficazes os atos produzidos até o momento. III- MÉRITO Inicialmente, cumpre ressaltar que, constata-se culpa única e exclusiva do requerente, eis que atravessava a rua, pedalando sua bicicleta elétrica em cima da faixa de pedestre, quando o sinal estava aberto para o tráfego de veículos. Assim sendo, resta evidente que os danos materiais e estéticos sofridos pela autora não podem ser reputados ao requerido, vez que em momento algum agiu de forma a contribuir para o infortúnio. Tendo relacionado ao menos três testemunhas que corroboram esta narrativa. No caso em questão, não resta dúvida que o agente causador do dano foi o requerente, a suposta vítima da lide em questão. IV- DA RECONVENÇÃO Como bem aduz o novo código de processo civil, no caput do artigo 343, é agora uma possibilidade de o réu trazer em sua peça contestatória, pretensão própria conexa com a causa principal. E com isso, nesta oportunidade, aqui se traz a pretensão da parte pertencente ao pólo passivo da demanda, que agora passa - se a expor. V- DOS PEDIDOS Por todo o exposto, o réu, com o devido acatamento e respeito, desde logo, requer: I - O acolhimento da preliminar aludida nesta peça, devendo ser reconhecido, o defeito de representação, por verificar que existe procuração nos autos, no entanto, o único advogado que subscreve a petição inicial recebeu seus poderes por intermédio de um substabelecimento sem a assinatura do advogado constituído pelo autor. II- O reconhecimento da improcedência do pedido no mérito da questão do caso em tela visto que a patente ocorrência se deu por negligência e imprudência exclusiva da parte autora, pois esta não deveria ter atravessado pedalando a bicicleta na faixa de pedestre, com o semáforo para veículos aberto. III - Deferido o pedido constante na Reconvenção proposta, qual seja condenar a parte Autora a pagar como forma indenizatória pelos danos morais e os demais transtornos sofridos pela réu em decorrência, negligência e imprudência exclusiva da parte autora, por atravessar na faixa de pedestre com o semáforo aberto para os veículos. IV – Condenar a parte autora ao pagamento dos honorários advocatícios ante a sucumbência. VI - DAS PROVAS Requer a parte autora a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal do Réu, sob pena de confissão. DO VALOR DA CAUSA Dá-se à causa o valor de R$ 10.000 (dez mil reais) conforme determina o artigo 292, IV, V e IV do CPC. Termos em que pede deferimento. São Gonçalo, 25 de Maio de 2021 Dayane Cunha OAB- RJ 201356
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