teorico

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Intraempreendedorismo 
e Liderança
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Eva Susana Soares de Oliveira
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Luciene Oliveira da Costa Granadeiro
O Empreendedor e o Intraempreendedor
• Introdução;
• O Futuro do Mundo do Trabalho;
• O que é Empreendedorismo?
• Quem são os Empreendedores?
• O Empreendedor Social;
• Intraempreendedorismo e Intraempreendedores;
• Desenvolver Empreendedores e Intraempreendedores.
• Estudar e refl etir sobre os conceitos de empreendedorismo, empreendedor e intraempreendedor. 
• Aprender com a história de empreendedores e intraempreendedores e compreender o 
seu movimento no cenário das organizações contemporâneas.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
O Empreendedor e o 
Intraempreendedor
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua 
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de 
aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Contextualização
O empreendedorismo e intraempreendedorismo fazem parte da história do homem 
e do mundo do trabalho. 
Desde os primórdios, verifica-se o empenho do homem na construção de produ-
tos, serviços, formas de gestão, que possibilitem mais segurança, conforto e prazer 
a si e suas comunidades. 
Estudar empreendedorismo possibilita compreender a força que move o homem 
na busca por mais progresso.
São muitas as histórias de homens e mulheres que acreditam no seu potencial e 
fazem a diferença nas suas cidades, no seu país, ou no planeta. 
Nesta unidade, você terá a oportunidade de estudar e refletir sobre os conceitos 
de Empreendedorismo, empreendedor e intraempreendedor e aprender com a his-
tória de empreendedores e intraempreendedores. 
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Introdução
Vive-se uma grande transformação na atualidade, são mudanças nas mais diver-
sas áreas: culturais, econômicas, tecnológicas e outras. 
Nesse âmbito, o homem busca não somente adaptar-se, mas antecipar-se a 
elas. E isso nos remete a Charles Darwin: as espécies que mais sobrevivem não 
são as mais fortes nem as mais inteligentes, mas aquelas que se adaptam mais 
rapidamente às mudanças. 
O conceito continua atual e, dessa forma, pode-se considerá-lo em relação às or-
ganizações, pois as empresas precisam constantemente equalizar ambiente externo 
e ambiente interno. Profissionais das mais diversas áreas precisam estar atentos e 
fazer o mesmo, ou seja, conhecerem-se e buscar potencializar forças e administrar 
as fraquezas. 
Desenvolver comportamentos empreendedores e intraempreendedores pode 
possibilitar ao indivíduo oportunidades de negócios, de trabalho e de crescimento 
nas diversas áreas. 
O Futuro do Mundo do Trabalho
Muitos estudiosos têm buscado respostas, procurado entender o futuro, entre-
tanto, visualizar os próximos tempos, tornou-se um grande desafio. 
Certezas? Não há. Apenas percebe-se que tudo será rapidamente muito dife-
rente, em um processo de mudança constante – surfamos em mares revoltos sem 
previsão de calmaria. 
Se, em um tempo não muito remoto, o que interessava às companhias era a 
mão de obra dos seus trabalhadores, o bom trabalhador era aquele que cumpria o 
horário de trabalho e fazia exatamente o que lhe era solicitado. 
Será que na atualidade esses comportamentos ainda são adequados? 
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Talvez, para algumas organizações, sim! 
É preciso reconhecer que existem empresas que ainda utilizam procedimentos 
datados da época da Revolução Industrial. 
Por outro lado, temos também empresas extremamente atualizadas e que já 
usufruem o que há de mais moderno, é o caso das Startups. 
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Compreenda o que é uma startup e as características que definem esse tipo peculiar de em-
preendimento. Disponível em: https://goo.gl/2W8c7jEx
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Nos tempos atuais, as organizações desejam comprar talento, inteligência, cria-
tividade dos colaboradores. 
As empresas que estão ligadas nas transformações que ocorrem no seu ambiente 
contextual buscam profissionais autônomos, proativos, que querem fazer acontecer, 
que não se conformam em fazer exatamente o que é e como é solicitado. 
Esses profissionais querem propor ideias, soluções, inovar, fazer diferente e fazer 
a diferença. Esse é o intraempreendedor. 
O futuro já chegou a muitas organizações e outras talvez esperem o próximo 
século para se transformarem – se estiverem lá. 
Para aqueles que desejam sair na frente, ou se adaptar rapidamente às mudan-
ças antes que se tornem seres “jurássicos” e sejam extintos, é preciso aprender as 
novas tendências, seja como empresário, ou funcionário. 
Importante considerar também que é preciso combinar companhias arrojadas, 
que desejam participar do processo de transformação do seu ambiente – inovado-
ras e proativas, com trabalhadores dinâmicos, questionadores, inconformados com 
fazer sem saber por que fazem. 
Cada um precisa encontrar o seu lugar ou o seu par, a fim de, juntos, “surfarem 
as enormes ondas” que se apresentam todos os dias no mundo, onde a única cer-
teza é a de que tudo muda, o tempo todo. 
Sem dúvida, existem outras inúmeras razões que impactam essas transforma-
ções, contudo, o foco deste estudo é empreendedorismo e intraempreendedorismo. 
Portanto, seguir-se-á nesse sentido. 
O que é Empreendedorismo?
O termo Entrepreneur é de origem francesa cuja tradução é: aquele que está 
entre, ou intermediário. No seu sentido mais atual, segundo Mariano e Mayer 
(2011), empreender é fazer a coisa acontecer, utilizar capacidades para realizar 
algo significativo para sociedade – realizar, fazer, executar, enfrentando as dificul-
dades e superando os desafios. 
Conforme Dornelas (2017), empreender é fazer algo novo, transformar a situa-
ção atual, buscar incessantemente novas oportunidades de negócios, focando na 
inovação e na criação de valor.
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O termo empreendedorismo é antigo e vem evoluindo com o passar dos séculos, 
acompanhando as mudanças sociais e tecnológicas que ocorrem no mundo. 
Desde o início da história, verifica-se o empenho e desejo do homem para cons-
truir novos objetos, abrir novos caminhos, criar soluções, na busca de recursos que 
possibilitem uma vida mais confortável, segura e prazerosa. 
O empreendedorismo está presente em diversas áreas, o empreendedor é o indi-
viduo que busca fazer diferenteonde quer que se encontre: cria empresas, produtos, 
serviços, soluções, ele percebe oportunidades, transforma problemas em soluções. 
Para Dornelas (2017), os empreendedores são indivíduos atentos às oportunida-
des, criativos, proativos, que buscam formas diferentes de realizar o trabalho, criar, 
ou inovar produtos e processos. 
Quem são os Empreendedores?
Ao se ouvir tal questionamento, imediatamente pensa-se em Thomas Edison, 
Santos Dumont, Bill Gates, Steve Jobs, Larry Page e Sergey Brin e muitos outros 
que transformaram o mundo. 
No Brasil, temos empreendedores muito arrojados como: Jorge Paulo Lemann, 
Abílio Diniz, Luiza Helena Trajano e tantos outros. 
Luiza Helena Trajano
Luiza Helena Trajano, empreendedora do grupo Magazine Luiza, natural da ci-
dade de Franca - SP, é empresária respeitada e reconhecida em vários países. 
A empresária conta em suas palestras que, quando ainda era muito jovem, gos-
tava muito de dar presentes e então foi orientada pela sua mãe, a trabalhar. 
Segundo a empresária, ela trabalhou como vendedora e comprou os presentes 
que desejava e teve a sua primeira poupança. Ela diz que gostou tanto de trabalhar 
que não parou mais. 
Certamente trabalhou como intraempreendedora. 
Essa é uma característica observada em empreendedores – eles dizem que são 
apaixonados pelo trabalho e, muitas vezes, começam como intraempreendedores. 
A talentosa atriz Fernanda Montenegro diz que gostaria de morrer no palco. 
Ao contrário de muitos trabalhadores que sonham com a aposentadoria, os em-
preendedores dizem e demonstram que gostam de trabalhar. E normalmente, eles 
realmente trabalham muito.
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Conforme Marques (2018), em 1957, os tios de Luiza Helena compraram uma 
pequena loja de presentes na cidade de Franca SP, chamada Cristaleira, que, poste-
riormente como resultado de um concurso de uma rádio local, passou a chamar-se 
Magazine Luiza. 
Importante observar que esse comportamento demonstra o desejo dos empre-
endedores de envolver os clientes nas decisões, o que passaria posteriormente a 
compor a cultura da companhia. 
Luiza Helena diz que sempre ouviu os clientes e implementou na companhia as 
sugestões recebidas – estratégia fundamental para o sucesso. 
Em 1991, a empresária assumiu a empresa, criou a primeira loja virtual do 
mundo (Case na universidade Harvard), alcançou o primeiro lugar de Melhor loja 
para se trabalhar, no ranking promovido pela Revista Exame em parceria com o 
Instituto Great Place to Work, criou a famosa Liquidação Fantástica, entre outros 
importantes feitos. 
Atualmente, a companhia possui mais de 740 lojas, nove centros de distribuição 
e três escritórios, distribuídos em 16 estados brasileiros, e está entre os maiores 
varejistas do país. 
Figura 1 – Luiza Helena Trajano, empreendedora do Magazine Luiza
Fonte: Wikimedia Commons
Assista ao vídeo e aprenda mais com a incrível história de Luiza Helena.
Disponível em: https://youtu.be/bew5KzrV-7wEx
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Seria possível contar inúmeras histórias de grandes empreendedores como 
Antônio Luiz Seabra, da Natura, Ozires Silva, da Embraer, Antônio Ermírio de 
Moraes, do grupo Votorantim e muitos outros empresários brasileiros que trans-
formaram o Brasil com o seus sonhos, persistência e dedicação. 
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São muitas as histórias de grandes empreendedores à microempreendedores e 
contá-las todas seria uma satisfação e traria, com certeza, excelentes lições. No en-
tanto, não é possível, especialmente quando se observam os milhares de pequenos 
empreendedores que perceberam a oportunidade e criaram negócios, produtos e 
serviços, ao quais são homens e mulheres que fazem a diferença gerando trabalho 
para si, suas famílias e comunidades. 
Indivíduos que enfrentam enormes desafios para concretizarem o sonho do ne-
gócio próprio e gerar soluções para as sociedades em que se encontram inseridos. 
O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é im-
portante apoiador do empreendedorismo no Brasil, inclusive narrando a história 
de inúmeros empreendedores, muitas vezes ocultos – seus produtos e serviços são 
consumidos, sem que a população perceba quem os produz.
Rodrigo de Jesus Santana
Esse foi o caso de Rodrigo de Jesus Santana, que começou a trabalhar com dez 
anos de idade. Naquela ocasião, vendia picolé, catava papelão e sucata em Salva-
dor, no município de Santaluz. 
Com quinze anos de idade, vendia produtos de limpeza caseiros, sempre para 
ajudar nas despesas da família. 
Aos dezoito anos, participou de várias capacitações do Sebrae e iniciou o seu 
primeiro negócio em uma sala de nove metros quadrados, onde vendia cestas bási-
cas – naquela ocasião, contava com apenas 20 itens. 
O negócio evolui e, em 2009, o empreendedor já possuía um supermercado de 
108 metros quadrados e quatro funcionários. 
Rodrigo ganhou por dois anos consecutivos, 2012 e 2013, o Prêmio de Mérito 
Lojista, na categoria Jovem Empresário, na sua cidade. 
Figura 2 – Rodrigo de Jesus Santana
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Rodrigo representa outros incontáveis empreendedores das diversas áreas que 
sonham e acreditam que podem transformar a própria vida, a sociedade e o mundo 
– e transformam. 
Como diz Souza (2016), o sonho é a primeira etapa do planejamento estratégico. 
Portanto, sonhar é preciso! 
É importante ter a cabeça nas nuvens e, ao mesmo tempo, os pés fincados no 
chão – se sonhar é preciso, planejar é absolutamente necessário, pois é o caminho 
para a realização. 
Aprenda sobre planejamento e os erros de gestão que acabam com o seu negócio. Disponível 
em: https://goo.gl/ZTzvFTEx
pl
or
Idaiane Cristine de Matos e José Barbosa de Araújo
Conforme Anholete (2018), os agricultores familiares Idaiane Cristine de Matos 
e José Barbosa de Araújo iniciaram as suas trajetórias trabalhando em terrenos 
arrendados e produzindo verduras. 
Em 2011, a família mudou-se para o assentamento do Pipiripau, Brasília (DF). 
E, em um terreno de 7,5 hectares, o casal começou com a plantação do maxixe e, 
posteriormente, passou a cultivar também couve-flor, brócolis, pimentão, maracujá, 
limão, abóbora, repolho, entre outros. 
Interessante observar que os três filhos do casal já possuem áreas para os pró-
prios cultivos. Desse modo, enquanto ajudam os pais trabalhando como intraem-
preendedores, certamente já aprendem a arte do empreendedorismo. 
O casal possibilita aos filhos, ainda muito jovens, a oportunidade de apreender 
a empreender. 
Extraordinário método de desenvolver o espírito empreendedor se mostra nos jo-
vens, que aprendem a planejar, decidir, lidar com desacertos, comemorar sucessos e 
ganhos, porquanto mais importante do que prover de bens os filhos é ensinar a fazer, 
premissa no desenvolvimento de indivíduos empreendedores e intraempreendedores. 
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Figura 3 – Os fi lhos do casal: Thaian, Willian e Rian
Fonte: Canal Rural
Com entusiasmo, o filho mais velho conta que já conseguiu comprar carro e 
moto com o próprio trabalho. 
Ao mesmo tempo em que os jovens desenvolvem as próprias habilidades, po-
dem também usufruir das experiências e conhecimentos dos pais, que chegaram 
antes e, portanto, podem contribuir e muito para o sucesso dos negócios dos filhos. 
A família investe na produção com irrigação e também está construindo casa 
para os filhos. 
O Empreendedor Social
O Brasil é um país riquíssimo em empreendedores, pois o brasileiro investe co-
rajosamente – erguem empresas, criam produtos, serviços, geram trabalho, enfim, 
criam riquezas –, seja por necessidade ou por visualizar uma oportunidade. 
No Brasil, a maioria dos negócios começa por necessidade, isso ocorre quando 
o indivíduo está desempregado, precisa gerar renda, assim inicia um pequeno ne-
gócio, que, muitas vezes, transforma-se em uma grande empresa. 
Por outro lado, temos também aquele indivíduo que está sempre observando o 
mercado, as oportunidades de negóciose, quando detecta uma chance, imediata-
mente investe naquela área, ou negócio. 
Compreenda o que é o empreendedorismo por oportunidade e necessidade. Disponível em: 
https://goo.gl/tduLQ8Ex
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Há também aqueles que olham para as causas sociais e desejam mudar a co-
munidade onde vivem. São os que se caracterizam como empreendedores sociais.
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Reinaldo Pamponet
Esse é o caso do empreendedor Reinaldo Pamponet, promissor executivo da 
Microsoft, recusou uma promoção da multinacional e escolheu implementar o pró-
prio sonho: criar um projeto para explorar novos meios de geração e distribuição 
de renda. 
Conforme Gomes (2018), em 2004, Reinaldo criou, em Salvador, o Instituto 
Eletrocooperativa – desenvolveu, em um portal na internet, um método inédito 
que explorava novos meios de geração e distribuição de renda por meio da tec-
nologia digital. 
Com as chamadas criativas, a Eletrocooperativa convidava jovens de todo o país 
para desenvolver conteúdo audiovisual: músicas, vídeos, programas de rádio, podcasts, 
fotografias, ilustrações, cartazes e textos e os melhores eram remunerados. 
Em 2009, o empreendedor criou a ItsNOON, rede social criativa. Trata-se de 
uma plataforma nacional de economia criativa. 
A ItsNOON une governo, empresas privadas e ONGs, gerando conexão, renda, 
educação e conhecimento. 
Verifique as diversas oportunidades que a ItsNOON oferece, acesse: https://goo.gl/TPO0haEx
pl
or
Figura 4 – Reinaldo Pamponet, empreendedor da ItsNOON
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios
Para Reinaldo Pamponet, é preciso sair do olhar do que você não tem e começar 
a se conectar com o que você tem. Nesse sentido, o empresário criou o termo “se-
virologia”, que significa: é preciso fazer acontecer com o que se tem, do jeito que é. 
Empreendedores são assim: positivos, sonhadores, inovadores, querem mudar o 
mundo, impossível é palavra desconhecida para eles. 
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Assista ao vídeo e aprenda com história do empreendedor social Reinaldo Pamponet. Dispo-
nível em: https://youtu.be/ci7A9SzTbrwEx
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Para Reinaldo, empreender é apropriar-se da própria história.
Será que empreender é apropriar-se da própria história? 
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O mundo, com todas as suas transformações, o consumismo e as exigências da 
sociedade – você tem que ter, tem que ser, ou melhor, parecer ter e ser –, muitas 
vezes, provocam a desconexão do indivíduo de si mesmo e da própria vida. 
Para muitos, empreender a própria vida pode ser a primeira etapa do caminho 
de empreendedor – refletir sobre quem se quer ser, para onde se quer ir, olhar para 
os próprios sonhos e criar estratégias para realizá-los talvez seja a maior responsa-
bilidade do ser humano. 
Para Teles (2009), empreender é uma atitude, o empreendedor deve ser prota-
gonista da própria vida, consciente de que a realização dos seus sonhos depende 
unicamente de si mesmo. 
E você? Tem Sonhos? Projetos? Empreende a própria vida? Trabalha para transformar seus 
sonhos em realidades?Ex
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Teles (2009) diz que sonhar é uma das melhores sensações da vida, pois os 
sonhos nos põem em movimento. Ele ainda acrescenta que melhor que sonhar é 
realizar, consciente de que se trata de um ciclo infinito.
Intraempreendedorismo
e Intraempreendedores
Para Morais (2013) o Intraempreendedor é o indiví duo que atua como vetor de 
transformaç ã o no ambiente em que trabalha, alinhando os seus sonhos e metas aos 
interesses da companhia. 
O intraempreendedor é um empreendedor que empreende dentro da empresa 
em que atua, ou seja, ele percebe oportunidades e cria os meios para persegui-las 
e realizá-las. 
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
É um profissional diferenciando, assume postura de proprietário da empresa, 
comporta-se como se fosse o dono do negócio. 
Os funcionários empreendedores ou intraempreendedores trabalham na gera-
ção de ideias que possam se transformar em novos negócios, produtos ou serviços 
para as organizações em que atuam. 
São focados na solução e no resultado, proativos, persistentes e extremamente 
comprometidos com o negócio, clientes e imagem da empresa. 
Os intraempreendedores estão espalhados pelas diversas empresas que já 
possuem cultura empreendedora e possibilitam o desenvolvimento de empreen-
dedores internos. 
Observe como funcionários intraempreendedores e empresas que fomentam o empreende-
dorismo interno já existem. Disponível em: https://goo.gl/RTTcP5Ex
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AmBev, Thomas e Carlos Brito
Na American Beverage Company (AmBev), Thomas e Carlos Brito construíram 
um caso de sucesso de intraempreendedorismo. 
Conforme Mariano e Mayer (2011), no ano de 1990, Thomás era gerente de ven-
das e operações da AmBev, em uma área do Rio de Janeiro. Todos os dias, Thomás 
reunia a sua equipe pela manhã e no final do dia: cedo definia os objetivos de vendas 
de cada vendedor e, à tarde, procurava compreender os resultados das vendas. 
Tomás percebeu que os resultados dos vendedores variavam muito e as justifi-
cativas, as mais variadas, não o convenciam. Assim, ele decidiu criar um relatório 
que constasse informações que possibilitassem melhor diagnóstico dos resultados. 
Os vendedores passaram a preencher o formulário e Thomás organizava os 
dados em uma planilha, o que permitiu fazer análises, simulações e comparações. 
Para compreender os resultados do seu novo modelo de gestão, Thomás perma-
necia no escritório até tarde e, no dia seguinte, sete da manhã, estava novamente 
na companhia e pronto para passar as estratégias definidas aos vendedores. 
Os resultados foram imediatos, as vendas de sua equipe superaram as de todas 
as outras da empresa. 
Thomás poderia ter se queixado da economia, mercado, preço, enfim, ele pode-
ria dar inúmeras explicações e justificativas para o problema, mas diferentemente 
da maioria dos trabalhadores, ele focou na solução e buscou saídas, meios, cami-
nhos para resolver a situação.
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O comportamento e as atitudes de Thomás foram de um intraempreendedor, 
pois ele atuou como se fosse o dono da empresa, procurou fazer diferente, encon-
trar soluções para os desafios que enfrentava. 
Thomás foi aperfeiçoando o seu método e o diretor da empresa, Carlos Brito, 
reconhecido por fomentar o espírito empreendedor da sua equipe, percebeu o po-
tencial do modelo proposto por ele e o expandiu para toda a companhia. 
Reconhecido como intraempreendedor, Thomás foi promovido a gerente de 
vendas coorporativo, ganhou um bônus financeiro e um aumento de salário. 
Carlos Brito que havia apoiado e criado as condições para que o projeto de Thomás 
fosse implementado em toda companhia, tornou-se, então, presidente da mesma. 
Companhias que desejam desenvolver o espírito empreendedor de seus profis-
sionais e equipes precisam motivar e valorizar os seus colaboradores, pois o intra-
empreendedorismo precisa de um ambiente organizacional que possibilite o seu 
desenvolvimento e crescimento.
Outros exemplos de Intraempreendedorismo
A Embraer empenha-se para desenvolver o intraempreendedorismo, pois reco-
nhece que soluções simples podem possibilitar condições de trabalho mais adequa-
das, bem como proporcionar bons resultados financeiros para os funcionários e 
para a companhia.
A empresa possui um programa de incentivo à melhoria da eficiência produtiva 
e da gestão.
Segundo Pereira (2013), em 2009, ano em que a Embraer comemorou vinte 
cinco anos de sua criação, a empresa lançou o programa Boa ideia e acumulou 
110 mil sugestões, das quais 46 mil foram implementadas. 
Fábio Luis Leite Junqueira e Carlos Frederico Muramatsu, da área de suprimen-
tos, foram premiados. 
Os trabalhadores sugeriram melhorias no acondicionamento de material com-
posto importado e transportado em contêineres, e tal sugestão proporcionou ga-
nhos no pagamento de frete marítimo com a redução do número de contêineres.
André Ragazzini sugeriu mudanças no sistema de pintura das aeronaves para a 
aviação comercial, que utiliza robô, o queevitou manchar o acabamento do avião.
Na Embraer, os funcionários que têm as suas propostas implantadas são reco-
nhecidos e recebem prêmios variados, o que é fundamental para fomentar o espí-
rito empreendedor da equipe.
Ainda segundo Pereira (2013), a Johnson também possui há anos programa de 
incentivo ao intraempreendedorismo. 
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
No ano de 2012, a empresa coletou 750 propostas, das quais 280 foram imple-
mentadas e 1.140 funcionários foram reconhecidos. 
Para as empresas que desejam desenvolver o intraempreendedorismo, os com-
portamentos empreendedores devem ser fomentados em todos os níveis organiza-
cionais, ou seja, em nível estratégico, tático e operacional. 
Leia o artigo e aprenda sobre os níveis organizações. 
Disponível em: https://goo.gl/v4pX1AEx
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Desenvolver Empreendedores 
e Intraempreendedores
Alguns autores questionam se seria possível desenvolver características e com-
portamentos empreendedores e intraempreendedores. 
Sim! Certamente! Pelo menos, para muitos deles. 
A árvore está virtualmente contida numa semente, já dizia Aristóteles no século 
IV a.C. 
Para Cortela (2007), é possível desenvolver qualquer habilidade e comportamen-
to, pois tudo já está contido na semente, portanto, o indivíduo já possui tudo em si. 
Não obstante, é necessário empoderar o trabalhador, dar oportunidades aos in-
divíduos para que possam desenvolver as sementes da criatividade, autoconfiança, 
autodisciplina, entre outros. 
Estudar o empreendedorismo possibilita reflexões das mais variadas e pode ser 
extremamente motivador. 
É possível, repentinamente, sentir-se envolvido pelo entusiasmo de empreende-
dores e intraempreendedores que, com coragem, determinação, vontade de reali-
zar, de fazer diferente, vão paulatinamente transformando o meio em que vivem. 
O que impede muitos indivíduos de avançar nesta direção?
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As repostas, certamente, são inúmeras e levam a diversos caminhos, no entanto, 
pode-se pensar sobre alguns aspectos, especialmente sobre paradigmas.
O que é um paradigma? Compreenda o que é um paradigma.
Disponível em: https://goo.gl/Dds31EEx
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Paradigmas são crenças conscientes ou inconscientes que norteiam a vida de um 
indivíduo – verdades, muitas vezes inquestionáveis para aquele sujeito.
Refletir sobre os próprios paradigmas ou crenças pode ser a primeira etapa para 
despertar a semente empreendedora que vive dentro do indivíduo. 
Em que você acredita? 
Por exemplo, ainda existem profissionais que utilizam falas como: é impossível, 
não vai dar, não tenho tempo, sou velho demais, sou novo demais, eu não consigo, 
não vou dar conta etc. A lista é infinita. 
Robbins (1996) nos alerta: cuidado com a “desculpite”. 
Às vezes, a pessoa é tão eficiente para dar desculpas que convence a si mesma 
de que não pode. Nesse caso, a situação se torna bastante complexa. 
É preciso observar os próprios paradigmas e refletir sobre eles. 
Observe os empreendedores.
Quais são as crenças dos empreendedores? 
Podem ser: eu quero, eu vou, vai dar certo, se não der de um jeito dará de 
outro, eu consigo, eu realizo, pode deixar comigo, deixa que eu faço, eu resolvo, 
vou achar um jeito! A lista também é infinita, e, como diz Reinaldo Pamponet, é 
preciso “se virar”!
Pode-se aprender muito com os empreendedores e intraempreendedores, quem 
sabe seja possível começar aprendendo suas atitudes e comportamentos. 
Tornar-se um empreendedor em todas as áreas e lugares pode ser um objetivo 
e uma decisão – pode-se começar com a própria vida, tomando o leme da própria 
história. É a maior responsabilidade do ser humano, dizem os sábios!
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UNIDADE O Empreendedor e o Intraempreendedor
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
SEBRAE
https://goo.gl/TWjhgT
Pequenas Empresas & Grandes Negócios
https://goo.gl/qcQV7A
 Livros
Empreendedorismo enxuto
COOPER, Brant. Empreendedorismo enxuto: como visionários criam produtos, 
inovam com empreendimentos e revolucionam mercados. São Paulo: Empreende: 
Atlas, 2016. (E-book). 
Empreendedorismo para visionários
DORNELAS, José. Empreendedorismo para visionários: desenvolvendo negócios 
inovadores para um mundo em transformação. Rio de Janeiro: Empreende: LTC, 
2014. (E-book). 
 Vídeos
Day1 – A História de Superação de Eloi D’Avila
Neste vídeo, você vai conhecer a história de superação de Eloi D’Avila de Oliveira, 
proprietário da Flytour.
https://youtu.be/IkCBwhOd_d4
Empreendedorismo: Cacau Show com Alexandre Tadeu da Costa, versão compacta
Neste vídeo, você vai conhecer a incrível história de Alexandre Tadeu Costa, proprietário 
da Cacau Show.
https://youtu.be/zlciR0fGrPo
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Referências
ANHOLETE, Andressa. Agricultores familiares veem de perto os benefícios 
da sucessão. Canal Rural. Agricultura. Casos de sucesso. Disponível em: <http://
www.canalrural.com.br/noticias/agricultura/agricultores-familiares-veem-perto-be-
neficios-sucessao-68044>. Acesso em 17 jun. 2018. 
BRUNING, Camila. Comportamento organizacional e intraempreendedorismo. 
[livro eletrônico] Curitiba: InterSaberes, 2015.
CORTELLA, Mário S. Qual a sua obra? Inquietações propositivas sobre gestão, 
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