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AS Teoria literária: Prosa. Links substitutivos Seguem links substitutivos que estão indisponíveis no material. BERTOZZI, Carla. “Literatura Negra: uma outra história”: http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa/g_pdf/vol17A/TRvol17Af.pdf O que é literatura? - Terry Eagleton: https://grad.letras.ufmg.br/arquivos/monitoria/Capitulo%203%20-%20O%20que%20e%20literatura%20EAGLETON%20T.pdf ZILBERMAN, R. Teoria da Literatura I. Curitiba, PR : IESDE Brasil, 2012.: https://www.academia.edu/31310360/Teoria_da_literatura_I_Regina_Zilberman_Completo Cantiga de D. Dinis: https://cantigas.fcsh.unl.pt/cantiga.asp?cdcant=530&tr=4&pv=sim EDicionário de Termos Literários: https://edtl.fcsh.unl.pt/ Edson Rossato, Cem toques cravados: https://catracalivre.com.br/wp-content/uploads/2010/11/cemtoques_miolo_1cap.pdf UNIDADE I Tempo decorrido 5 minutos · Pergunta 1 0,2 em 0,2 pontos Sobre as funções da linguagem, de Roman Jakobson, considere as seguintes afirmações: I. A chamada função emotiva ou "expressiva", centrada no remetente, visa a uma expressão direta da atitude de quem fala em relação àquilo de que está falando. II. A função poética não é a única função da arte verbal, mas tão somente a função dominante. Ela pode ser observada por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, das novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos, proporcionando novos jogos de imagens e de ideias. III .A função referencial está relacionada ao referente ou contexto, que é o objeto ou situação de que a mensagem trata. Transmite uma informação objetiva e predomina em textos científicos e jornalísticos. Pode-se afirmar corretamente em · Pergunta 2 0,2 em 0,2 pontos Sobre a apresentação feita por Domício Proença Filho acerca da linguagem literária, exposta no conteúdo teórico desta unidade, considere as seguintes afirmações: I. O autor apresenta como características do discurso literário os seguintes itens: complexidade, multissignificação, conotação, liberdade, ênfase no significante e variabilidade; II. A denotação, que caracteriza o discurso literário depende dos seguintes fatores: 1) aspectos fônicos do vocábulo; 2) da associação com outras palavras; 3) da própria denotação; 4) de pertencer a palavras a uma dada língua especial; 5) de se situar entre os arcaísmos e regionalismos; 6) de impressões emocionais coletivas ou mesmo individuais (de época). III. O texto literário exige um tipo de descodificação que se relaciona com o repertório cultural e a capacidade do receptor. Pode-se afirmar corretamente em: · Pergunta 3 0,2 em 0,2 pontos Leia atentamente os poemas a seguir: Canção (de Cecília Meireles) Nunca eu tivera querido dizer palavra tão louca bateu-me o vento na boca e depois no teu ouvido. Levou somente a palavra, deixou ficar o sentido. O sentido está guardado no rosto com que te miro, neste período suspiro que te segue alucinado, no meu sorriso suspenso como um beijo malogrado. Nunca viu ninguém que o amor pusesse tão triste. Esta tristeza não viste, E eu sei que ela se vê bem... Só se aquele mesmo vento Fechou teus olhos, também... Cantores Inúteis (de Carlos Drummond de Andrade) Um pássaro flautista no quintal caçoa de meu verso modernista. Afinal fez-nos ambos o universo aprendizes ao sol ou à garoa. A canção absoluta não se escreve, à falta de instrumentos não terrestres. Aos mestres indagando, mal se escuta pingar, de leve, a gota de silêncio. Eu, pretensioso, e tu, pássaro crítico, vence o mítico amor nossa vaidade: Os amantes que passam, distraídos e surdos a tais cantos discordantes, a melodia interna é que os governa. Tudo mais, em verdade, são ruídos. Considere as seguintes afirmações quanto à temática apresentada nos dois poemas: I. Os dois poemas apresentam uma temática metalinguística, pois falam sobre o próprio fazer poético. II. Apenas o primeiro poema, de Cecília Meireles, é metalinguístico. III. Apenas o segundo poema, de Carlos Drummond de Andrade, é metalinguístico. Pode-se afirmar corretamente em · Pergunta 4 0,2 em 0,2 pontos A Educação pela Pedra (de João Cabral de Melo Neto) Uma educação pela pedra: por lições; Para aprender da pedra, freqüentá-la; Captar sua voz inenfática, impessoal (pela de dicção ela começa as aulas). A lição de moral, sua resistência fria Ao que flui e a fluir, a ser maleada; A de poética, sua carnadura concreta; A de economia, seu adensar-se compacta: Lições da pedra (de fora para dentro, Cartilha muda), para quem soletrá-la. Outra educação pela pedra: no Sertão (de dentro para fora, e pré-didática). No Sertão a pedra não sabe lecionar, E se lecionasse, não ensinaria nada; Lá não se aprende a pedra: lá a pedra, Uma pedra de nascença, entranha a alma. Irene no céu (de Manuel Bandeira) Irene preta Irene boa Irene sempre de bom humor. Imagino Irene entrando no céu: - Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: - Entra Irene. Você não precisa pedir licença. Mãe Preta (de Augusto Linhares) Quando Dodora ao Céu chegar, é minha crença, e ao Chaveiro disser: — Dá licença, meu Santo? São Pedro, vendo-a, lhe dirá com certo espanto: — Você, Dodora, não precisa de licença!... E a porta lhe abrirá paternalmente. E ela, para de todo ser feliz numa tal hora, seu cachimbinho acende. Acende-o numa estrela; mas São Pedro lhe diz: — Não, aqui não, Dodora... O que não dizia o poeminha do Manuel: (de Mário Barbosa) Irene preta! Boa Irene um amor mas nem sempre Irene está de bom humor Se existisse mesmo o Céu imagino Irene à porta: - Pela entrada de serviço - diz S. Pedro dedo em riste - Pro inferno, seu racista - ela corta. Irene não dá bandeira ela não é de brincadeira Leia atentamente as afirmações a seguir, sobre os poemas que você acabou de ler: O poema “A educação pela pedra”, de João Cabral de Melo Neto, é caracterizado pela ________________, procedimento pela qual o texto descreve o próprio ato criador, no caso, a pedra ensina o poeta a criar um estilo para sua poesia: concreta e impessoal. O poema de Mário Barbosa, “O que não dizia o poeminha de Bandeira”, é caracterizado pela________________, pois promove um diálogo com o poema “Irene no céu”, de Manuel Bandeira, recriando a conversa entre Irene e São Pedro, porém discordando das ideias presentes no poema de Bandeira. Já o poema de Augusto Linhares, “Mãe Preta”, é caracterizado pela________________, pois recupera o poema de Manuel Bandeira, apresentando ideias que não contrariam a situação de submissão de Irene. Assinale a alternativa que preenche, de forma CORRETA, as lacunas: Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 15h21min36s BRT UNIDADE II 0,2 em 0,2 pontos Leia atentamente o fragmento a seguir, de Lígia Cademartori: "O estudo da literatura não pode dispensar uma identificação do fenômeno em relação ao momento histórico em que surgiu. Assim, "período", "movimento", "escola", "fase literária" são termos de circulação freqüente, e manifestam a tentativa de ordenação dos fenômenos literários no tempo. Essa tentativa, porém, enfrenta dificuldades metodológicas. A principal delas é a questão da divisão em períodos, em que é preciso conciliar os critérios de tempo e os critérios estéticos. Sem essa relação, a divisão pode se tornar arbitrária. Uma periodologia pode obedecer a um procedimento meramente cronológico, referindo-se à literatura do século XVI, do século XVII, etc." (CADEMARTORI, 2001, p.7) Sobre o texto de Cademartori, é possível afirmar que: · I. Cada estilo de época reúne um conjunto de obras escritas em uma determinada época, porém os critérios usados pelos historiadores conciliam o tempo e as características estéticas das obras. · II. A cronologia é um critério suficiente para ordenar os fenômenos literários, sem a necessidade dos critérios estéticos. · III. A periodologia literáriaconsiste em, não podendo se afastar da história, precisa superá-la para se inserir em um sistema de normas estéticas que dominam a literatura num dado momento histórico. Está correto o que se diz em: · Pergunta 2 0,2 em 0,2 pontos Escolha as palavras que completam corretamente o fragmento dado: movimento _________, ao contrário da objetividade e racionalidade árcades, valorizou a subjetividade, o plano das emoções, o individualismo como protesto contra o ordem social em que ele se aliena. O período medieval abarcou o estilo literário ____________, que vigorou mais intensamente entre os séculos XII e XIV. Essa tensão e jogo de contradições no ____________, conforme observou Cadermatori, você poderá observar, na literatura, por meio do uso das chamadas figuras de oposição: antíteses (contraposição de uma palavra a outra de significação oposta) e paradoxos (ideias contrárias). Ao evocar a natureza e a vida pastoril como alternativa saudável (expressão racional da natureza), a poesia ______________ também incorporou diferentes expressões latinas comuns à poesia pastoril greco-romana, como forma de conceber o seu fazer poético. O que vai reger a literatura ___________ é a objetividade, a razão, uma descrição nua e crua dos seres vivos e dos lugares, detectando as contradições da natureza humana e os vícios da sociedade burguesa, apelando para uma descrição minuciosa das personagens no romance. Completa corretamente o fragmento as palavras na ordem em que se apresentam em: · Pergunta 3 0,2 em 0,2 pontos Leia o fragmento do romance Senhora, de José de Alencar: Há anos raiou no céu fluminense uma nova estrela. Desde o momento de sua ascensão ninguém lhe disputou o cetro; foi proclamada a rainha dos salões. Tornou-se a deusa dos bailes; a musa dos poetas e o ídolo dos noivos em disponibilidade. Era rica e formosa. Duas opulências, que se realçam como a flor em vaso de alabastro; dois esplendores que se refletem, como o raio de sol no prisma do diamante. Quem não se recorda da Aurélia Camargo, que atravessou o firmamento da Corte como brilhante meteoro, e apagou-se de repente no meio do deslumbramento que produzira o seu -fulgor? Tinha ela dezoito anos quando apareceu a primeira vez na sociedade. Não a conheciam; e logo buscaram todos com avidez informações acerca da grande novidade do dia. (Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000011.pdf Acessado em 18 de setembro de 2012.) No trecho do romance Senhora, temos a ocorrência de marcas de qual estilo literário? · Pergunta 4 0,2 em 0,2 pontos Leia o fragmento a seguir, do romance O Cortiço, de Aluísio Azevedo: Entretanto, das portas surgiam cabeças congestionadas de sono; ouviam-se amplos bocejos, fortes como o marulhar das ondas; pigarreava-se grosso por toda a parte; começavam as xícaras a tilintar; o cheiro quente do café aquecia, suplantando todos os outros; trocavam-se de janela para janela as primeiras palavras, os bons-dias; reatavam-se conversas interrompidas à noite; a pequenada cá fora traquinava já, e lá dentro das casas vinham choros abafados de crianças que ainda não andam. No confuso rumor que se formava, destacavam-se risos, sons de vozes que altercavam, sem se saber onde, grasnar de marrecos, cantar de galos, cacarejar de galinhas. De alguns quartos saíam mulheres que vinham pendurar cá fora, na parede, a gaiola do papagaio, e os louros, à semelhança dos donos, cumprimentavam-se ruidosamente, espanejando-se à luz nova do dia. Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente; uma aglomeração tumultuosa de machos e fêmeas. (Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000003.pdf, acessado em 15 de setembro de 2012) O fragmento revela as marcas do estilo Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 15h33min14s BRT UNIDADE III Tempo decorrido 7 minutos · Pergunta 1 0,2 em 0,2 pontos Leia o fragmento a seguir: “Quando entrei no pequeno restaurante da praia os dois já estavam sentados, o velho e o menino. Manhã de um azul flamante. Fiquei olhando o mar que não via há algum tempo e era o mesmo mar de antes, um mar que se repetia e era irrepetível. Misterioso e sem mistério nas ondas estourando naquelas espumas flutuantes (bom-dia, Castro Alves!) tão efêmeras e eternas, nascendo e morrendo ali na areia. O garçom, um simpático alemão corado, me reconheceu logo. Franz?, eu perguntei e ele fez uma continência, baixou a bandeja e deixou na minha frente o copo de chope. Pedi um sanduíche. Pão preto?, ele lembrou e foi em seguida até a mesa do velho que pediu outra garrafa de água de Vichy. Fixei o olhar na mesa ocupada pelos dois, agora o velho dizia alguma coisa que fez o menino rir, um avô com o neto. E não era um avô com o neto, tão nítidas as tais diferenças de classe no contraste entre o homem vestido com simplicidade mas num estilo rebuscado e o menino encardido, um moleque de alguma escola pobre, a mochila de livros toda esbagaçada no espaldar da cadeira.” Lygia Fagundes Telles, “O menino e o velho”. Disponível em: http://www.releituras.com/lftelles_menino.asp Considerando o que você estudou sobre o ponto de vista ou foco narrativo, no trecho dado temos o narrador: · Pergunta 2 0,2 em 0,2 pontos Leia o fragmento de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis: “(....)Vai senão quando, cai-me o vidro do relógio; entro na primeira loja que me fica à mão; e eis me surge o passado, ei-lo que me lacera e beija; ei-lo que me interroga, com um rosto cortado de saudades e bexigas... Lá o deixei; meti-me às pressas na sege, que me esperava no Largo de São Francisco de Paula, e ordenei ao boleeiro que rodasse pelas ruas fora. O boleeiro atiçou as bestas, a sege entrou a sacolejar-me, as molas gemiam, as rodas sulcavam rapidamente a lama que deixara a chuva recente, e tudo isso me parecia estar parado. Não há, às vezes, um certo vento morno, não forte nem áspero, mas abafadiço, que nos não leva o chapéu da cabeça, nem rodomoinha nas saias das mulheres, e todavia é ou parece ser pior do que se fizesse uma e outra coisa, porque abate, afrouxa, e como que dissolve os espíritos? Pois eu tinha esse vento comigo; e, certo de que ele me soprava por achar-me naquela espécie de garganta entre o passado e o presente, almejava por sair à planície do futuro. O pior é que a sege não andava. — João, bradei eu ao boleeiro. Esta sege anda ou não anda? — Uê! nhonhô! Já estamos parados na porta de sinhô conselheiro.” Sege: espécie de carruagem. Fonte: http://machado.mec.gov.br/ No capítulo dado, prevalece o tempo: · Pergunta 3 0,2 em 0,2 pontos São características exclusivas do conto, em geral: · Pergunta 4 0,2 em 0,2 pontos Considerando-se os elementos da ficção, enredo, tempo, espaço, personagens e o ponto de vista ou foco narrativo, quais desses elementos podemos identificar no fragmento dado a seguir na ordem em que aparecem? “Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa sexta-feira de Novembro de 1869, quando este ria dela, por ter ido na véspera consultar uma cartomante; a diferença é que o fazia por outras palavras.” (Machado de Assis, A Cartomante) Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 15h41min13s BRT AS IV · Pergunta 1 0,2 em 0,2 pontos Considerando-se os elementos da ficção, ação, tempo, espaço, personagens e o narrador, quais desses elementos podemos identificar no fragmento dado a seguir na ordem em que aparecem? “- Abre-te, Sésamo! gritava, o Raul, no meio do silêncio pasmado da assistência. A fiada estava apinhada naquela noite.” · Pergunta 2 0,2 em 0,2 pontos Se a ação de A Horada estrela, de Clarice Lispector, é complexa e o narrador entrecruza as poucas aventuras da protagonista (Macabéa) com a vida dele (que se dá a conhecer por meio de comentários que faz) e ainda os questionamentos sobre os valores da sociedade moderna e a própria existência humana, podemos dizer que o tempo que prevalece é: · Pergunta 3 0,2 em 0,2 pontos Leia o fragmentos do conto “Sésamo” dado a seguir: “A fiada acabou tarde, com a assistência a cair de sono e a lutar para prender na imaginação aquela riqueza oriental enfragada. E de manhãzinha., o Rodrigo, contra o costume, esgueirou-se sozinho para a serra da Forca atrás do rebanho. A história do Raul tinha-lhe encandescido os miolos. Necessitava por isso de solidão e de apagar o incêndio sem testemunhas.” Por meio da leitura do fragmento podemos perceber: · Pergunta 4 0,2 em 0,2 pontos Leia os fragmentos a seguir de A Hora da estrela, de Clarice Lispector: I) “Macabéa sentou-se um pouco assustada porque faltavam-lhe antecedentes de tanto carinho. E bebeu, com cuidado, pela própria frágil vida, o café frio e quase sem açúcar. Enquanto isso, olhava com admiração e respeito a sala onde estava”. II) “Lá tudo era luxo. Matéria plástica amarela nas poltronas e sofás. E até flores de plástico.” III) “Pois que a vida é assim: aperta-se o botão e a vida acende. Só que ela não sabia qual era o botão de acender. Nem se dava conta de que vivia numa sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável”. Nos fragmentos anteriores, predominam, respectivamente, os tipos textuais: Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 15h50min20s BRT AS V Resultados exibidos Respostas enviadas · Pergunta 1 0,2 em 0,2 pontos Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo sobre o teatro: Segundo Angélica Soares: “O ___________ é a forma própria para que as personagens ajam sem qualquer mediação, dando-nos sempre a impressão, até mesmo nos dramas históricos, de que tudo está acontecendo pela primeira vez”. (2001, p.59) Resposta Selecionada: b. Diálogo. · Pergunta 2 0,2 em 0,2 pontos Leia atentamente o fragmento da crônica a seguir, de Rubem Braga: Recado ao senhor 903, de Rubem Braga "Vizinho – Quem fala aqui é o homem do 1003. Recebi outro dia, consternado, a visita do zelador, que me mostrou a carta em que o senhor reclamava contra o barulho em meu apartamento. Recebi depois a sua própria visita pessoal – devia ser meia-noite – e a sua veemente reclamação verbal. Devo dizer que estou desolado com tudo isso, e lhe dou inteira razão. O regulamento do prédio é explícito e, se não o fosse, o senhor teria ainda ao seu lado a Lei e a Polícia. Quem trabalha o dia inteiro tem direito ao repouso noturno e é impossível repousar no 903 quando há vozes, passos e músicas no 1003. Ou melhor: é impossível ao 903 dormir quando o 1003 se agita; pois como não sei o seu nome nem o senhor sabe o meu, ficamos reduzidos a ser dois números, dois números empilhados entre dezenas de outros." (In: 200 Crônicas escolhidas. Rio de Janeiro: Record, 2002) Sobre a crônica de Rubem Braga, considere as seguintes assertivas: I - A crônica retrata um evento extremamente banal, ou como pensou Antonio Candido, pega o “fato miúdo” do cotidiano, da “vida ao rés-do-chão”, que é um desentendimento entre vizinhos de um prédio residencial. II - O narrador, em primeira pessoa, relata uma situação comum, porém a forma com que apresenta as personagens e a si mesmo coloca em xeque certa humanidade natural às pessoas envolvidas. III - O narrador protagonista se nomeia como “o homem do 1003” que recebe a reclamação do barulho em seu apartamento por parte de seu vizinho, o “senhor 903”. As assertivas I, II e III são, respectivamente: Resposta Selecionada: e. V, V, V · Pergunta 3 0,2 em 0,2 pontos Ainda sobre a crônica “Recado ao senhor 903”, de Rubem Braga, de acordo com os tipos de crônica apresentados no conteúdo teórico desta unidade, assinale a alternativa correta quanto ao tipo predominante no texto de Rubem Braga: Resposta Selecionada: d. Crônica narrativa. · Pergunta 4 0,2 em 0,2 pontos Assinale a alternativa correta que melhor completa a lacuna do texto abaixo: "Segundo Anatol Rosenfeld, no (a)___________, “os personagens apresentam-se autônomos, emancipados do narrador (que neles desapareceu), mas ao mesmo tempo dotados de todo o poder da subjetividade lírica (que neles se mantém viva).” (Rosenfeld, 2008, p.28)" Resposta Selecionada: a. Teatro Segunda-feira, 17 de Maio de 2021 16h01min33s BRT
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