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Suporte Básico de Vida BLS 1 Suporte Básico de Vida (BLS) Introdução Os procedimentos de emergência visam manter as funções vitais e evitar o agravamento de uma pessoa física, inconsciente ou em perigo de morrer, até que ela receba assistência qualificada. URGÊNCIA → situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora corre-se o risco até mesmo de morte. EMERGÊNCIA → circunstância que necessita de intervenção imediata; a avaliação da vítima e seu atendimento devem ser prontamente realizados de forma objetiva e eficaz; "mais urgente que urgência". O BLS inclui o reconhecimento precoce de pacientes com os primeiros sinais e sintomas de síndrome coronariana aguda, AVC e obstrução de via aérea. Inclui as manobras de RCP (ressuscitação cardiopulmonar) nas vítimas de parada e manobras de desobstrução de vias aéreas por corpo estranho. Quanto maior o tempo sem a oferta de suporte básico de vida adequado à vítima, menor será a chance de reversão da PCR (parada cardiorrespiratória) e pior será o prognóstico neurológico observado após o retorno à circulação espontânea. O foco principal no tratamento da parada cardíaca em adultos inclui o reconhecimento rápido, fornecimento imediato de RP de qualidade e desfibrilação precoce da fibrilação ventricular e taquicardia ventricular sem pulso. Parada cardiorrespiratória extra- hospitalar (PCREH) Suporte Básico de Vida BLS 2 ELOS DA CADEIA PCREH: RECONHECER O AMBIENTE E A VÍTIMA e ACIONAMENTO DO SERVIÇO MÉDICO DE URGÊNCIA RCP DE ALTA QUALIDADE DESFIBRILAÇÃO, se necessário RESSUSCITAÇÃO AVANÇADA AMBULÂNCIA CUIDADOS PÓSPCR INTRAHOSPITALAR RECUPERAÇÃO Suporte Básico de Vida BLS 3 1) Verificação da segurança da cena Quando você se depara com uma situação de possível PCR, seu primeiro foco deve ser você mesmo (realizar a segurança do local), senão serão 2 vítimas. O algoritmo de BLS da AHA 2020 inicia-se com a verificação da cena, priorizando a avaliação de riscos envolvidos a este atendimento. A cena é segura? Se sim, próximo passo. 2) Avaliação da responsividade O socorrista profissional de saúde deve verificar o pulso central em até 10s, se nenhum pulso for sentido, deve assumir que a vítima está em parada cardíaca. Suporte Básico de Vida BLS 4 Após o reconhecimento da PCR, deve-se chamar por ajuda 1 ELO da cadeia). Se existir alguém por perto, convoque o indivíduo para efetuar a ligação ao serviço de emergência - 192 SAMU; 193 Corpo de Bombeiros; 190 - Polícia Militar. Caso o socorrista esteja só na cena, ele mesmo deve providenciar ajuda. É crucial que a ajuda venha com um desfibrilador portátil. Não se esqueça de solicitar um DEA Desfibrilador Externo Automático) inicialmente. 3) Compressão torácica (RCP) A compressão torácica de qualidade 2 ELO da cadeia) deve ser prioridade e, se disponíveis dispositivos de barreia, pode-se efetuar 2 ventilações a cada 30 compressões. Se tiver 2 pessoas, pode-se alterar a ventilação e a massagem, desde que com segurança. Ajoelhe-se ao lado da vítima; Inicie a RCP na frequência de 100120 vezes por minuto; Coloque a base de uma mão no centro do tórax da vítima e a outra mão sobre a primeira. Os dedos devem ser entrelaçados; Ceritifique-se de que seus ombros estão acima do centro do tórax da vítima; Dispositivos de barreira. Suporte Básico de Vida BLS 5 Cada vez que pressionar para baixo, deixe que o tórax retorne a posição inicial. Isto permitirá que o sangue flua de volta ao coração; As mãos devem se manter sempre em contato com o tórax; Continue as manobras até a chegada de ajuda. Ao aplicar as compressões torácicas durante um atendimento de BLS, o socorrista deve colocar a base de uma das mãos no centro do tórax da vítima, na metade inferior do esterno e a base da outra mão sobre a primeira. A interrupção deve ser realizada assim que o desfibrilador estiver disponível, quando será realizada avaliação do ritmo e a aplicação de choque caso indicado 3 ELO da cadeia). obs.: choque ocorre por conta de taquicardia ou fibrilações ventriculares. Durante a reanimação cardiopulmonar é indicada a ABERTURA DE VIAS AÉREAS → inclinar a cabeça e elevar o queixo simultaneamente, caso não haja suspeita de lesão cervical. Suporte Básico de Vida BLS 6 Sempre que possível, deve-se realizar a RCP com a vítima em superfície rígida e em posição supina. DEA (Desfibrilador Elétrico Automático) A grande maioria das PCR, em adulto, envolvem pacientes com ritmo inicial de Fibrilação Ventricular FV ou Taquicardia Ventricular TV sem pulso, portanto, a desfibrilação precoce e a compressão torácica são necessárias. Se você tiver à sua disposição o DEA, deverá utilizá-lo: Posicionar as placas no tórax do paciente, conforme a indicação nelas existente; Ligar o aparelho, ele fará uma análise de situação da pessoa e dará as instruções como: continue as compressões OU compressões ineficientes (precisa de mais vigor ou velocidade) OU Afaste-se para que o equipamento efetue o choque ATENÇÃO! → se você não tiver um DEA, mantenha as compressões torácicas até a chegada de uma equipe de emergência. Suporte Básico de Vida BLS 7 4) Suporte avançado Após a chegada do serviço de resgate, devemos fornecer ao paciente o suporte avançado de vida 4 ELO da cadeia), juntamente ao transporte para o serviço hospitalar, priorizando as medidas pós-PCR 5ELO da cadeia). Famílias e cuidadores necessitam de assistência (apoio psicológico e físico aos sobreviventes e às pessoas que o cercam). É recomendada uma avaliação para transtornos de ansiedade e depressão em pacientes e familiares. Pacientes sobreviventes muitas vezes enfrentarão problemas físicos, neurológicos, cognitivos, emocionais ou sociais, que nem sempre estão evidentes após a alta hospitalar. 5) Reabilitação A jornada para reabilitação e recuperação 6 ELO da cadeia) se inicia e o planejamento é fundamental. Avaliação multidisciplinar - fonoaudiologia, neurologia, cardiologia etc. Suporte Básico de Vida BLS 8 O socorrista pode, eventualmente, sofrer ansiedade ou transtorno de estresse pós-traumático, após fornecer o BLS e deve receber apoio psicológico após o evento. Importante A ênfase na desfibrilação precoce integrada com RCP de alta qualidade é a chave para melhorar a sobrevivência à PCR súbita. Cerca de 6080% das vítimas de PCR no ambiente pré-hospitalar ocorrem em fibrilação ventricular FV, o sucesso de ressuscitação está relacionado a uma desfibrilação precoce, ideal nos primeiros 35 minutos após PCR (aha, 2015. A cada minutos pós-parada sem desfibrilação as chances de sobrevida diminuem em 710% Desobstrução das Vias Aéreas A obstrução da via aérea pela língua é a causa mais comum de PCR em TCE (trauma cranio-encefálico), choque e em situações clínicas com paciente inconsciente. O relaxamento da língua da vítima em decúbito dorsal impede a passagem de ar das vias aéreas superiores para as inferiores. A inconsistência também favorece o retorno do conteúdo gástrico para a via aérea causando asfixia. Quando a respiração for interrompida, deve-se utilizar as manobras de desobstrução, elevando o queixo e inclinando a cabeça da vítima para trás ou, em caso de traumatismo realizar a manobra de elevação da mandíbula. Obstrução de via aérea por corpo estranho Suporte Básico de Vida BLS 9 Os sinais clássicos da vítima de ENGASGO são: TOSSE (na tentativa de expelir o corpo estranho); AGITAÇÃO (sensação de morte); LEVAR AS MÃOS À GARGANTA (a vítima não consegue falar); DIFICULDADE PARA RESPIRAR; MUDANÇA DE COR DA PELE (cianose/arroxeado). Se a vítima não for socorrida a tempo, ela poderá evoluir para PCR. Manobra de Heimlich Esta manobra poderá ser executada em pessoas de qualquer idade. Quando a vítima estiver consciente. Apresente-se e explique o que será feito; Posicionar-se atrás da vítima; Colocar a mão fechada abaixo do apêndice xifoide; Colocar a mão oposta sobre a primeira; Fazer 4 compressões firmes direcionadas para cima; Se não obtiver sucesso e notar que a vítima está prestes a desmaiar, coloque-a gentilmente no chão (ela vai perder a consciência e pode evoluir para parada respiratória); Estenda o pescoço da vítima, o que facilita a passagem do ar; Abra-lhe a boca e tente visualizar algo que possa estar causando a obstrução; se possível retire o corpo estranho; Se não for possível, iniciar as manobras de reanimação. Suporte Básico de Vida BLS 10
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